Lisa Manobal
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Finalmente eu poderia dizer que estava namorando Jennie Kim, nosso encontro foi ótimo, fomos a um drive-in ao norte de Seoul, assistimos a dois filmes antes de irmos até uma lanchonete/Roller Jam, comemos hambúrguer com batatas fritas e patinamos até cairmos de cansaço em uma cadeira, seus olhos brilhavam tanto, tinha um sorriso lindo nos lábios.
- Você é a mulher mais linda daqui. - Murmuro pra ela que ri baixinho e me dá um tapinha no ombro, depois de decidirmos ir embora, com mais dois sanduíches embrulhados pra viagem, acabamos em um mirante onde eu pedi ela, enfim, em namoro, Jennie primeiro disse que não queria, para logo em seguida soltar uma risada alta e falar:.
- Óbvio que eu quero, idiota. - Enquanto gargalhada da minha cara de tacho, depois disso transamos no carro, depois no chuveiro, na cama... No domingo de tarde ela teve que ir embora, disse que a mãe estava reclamando do fato dela não estar em casa a três dias, fiz questão de levar ela até seu apartamento e deixá-la na porta. - Obrigada pelo final de semana maravilhoso.
- Eu quem agradeço, é sempre um prazer estar contigo. - Seu sorriso era grande e gengival, a mulher mais linda do mundo, meu deus, eu quero pintar um quadro enorme dela e pregar na sala, vou tatuar essa mulher inteira nas minhas costas, juro. - Vou trabalhar durante a semana toda, mas se precisar falar comigo, pode ligar, eu vou te atender na hora.
- Você também, não exite em me ligar, independente do horário, eu vou estar aqui para você. - Concordo com a cabeça, trocamos um beijo apaixonado e depois ela desceu do carro, indo para o prédio enorme, esperei até que ela estivesse do lado de dentro para ir embora, o coração sofrendo um pouco, já antecipando a saudade que eu sabia que sentiria, espero que a semana corra rápido, para que possamos nos encontrar logo.
[...]
Foram três semanas inteiras atrás do cara que achávamos ser o assassino, três semanas direto que eu não sabia o que era dormir na minha cama, na verdade, que eu não sabia o que era dormir direito. Três semana que não ouvia a voz de Jennie pessoalmente, que não via ela, não sentia seu corpo, não beijava seus lábios, fodidas três semanas sendo feitos de idiota.
- Inferno. - Rosé berra enquanto chuta uma cadeira, virando-a de cabeça para baixo, quebrando uma perna da mesma. - Esse cuzão do caralho, eu quero a cabeça desse filho da puta na minha mesa.
- Rosé... - Ryujin até tenta acalmar a mulher, mas o olhar mortal que a loira lança a ela, faz com que seus planos mudem e ela volte a sentar novamente. Durante essas três semanas muitos bilhetes e fotos dos corpos foram enviados a nós, pistas de possíveis lugares em que ele estava e quando chegavamos lá, não havia nada, os bilhetes vieram de vários lugares, Busan, Incheon, Ulsan. A tensão era palpável, todos do galpão estavam a um fio de realmente surtar e sair quebrando tudo.
- Não me venha com Rosé. - Murmura brava, eu até iria entrar no meio da discussão para apaziguar, mas meu telefone toca e quando vejo o nome na tela, me afasto, indo para o lado de fora para atender.
- Oi, linda.
- Lis, acho que estou sendo seguida. - Sua voz é fraca, sinto uma pequena tontura me invadir e me encosto na parede atrás de mim. - Não tenho certeza, mas estou com essa sensação... Tem esse... carro.
- Onde você está? - Entro novamente no galpão e vou até minha mesa sem me importar com os chamamentos dos outros. - Eu vou até você, ok?
- No centro, estava indo para casa, não vai te atrapalhar? - Concordo e saio como uma bala para fora do local enquanto enfiava a arma no coldre da cintura, escuto superficialmente passos atrás de mim e sei que são Rosé e Kai me seguindo para fora.
- Tente despistar, dê algumas voltas nos quarteirões próximos, estou indo, ok? - Depois da sua confirmação, entro no carro disponibilizado pelo estado, um Civic, eram baixos, mas rápidos, Kai e Rosé entram atrás de mim, dou a partida pisando fundo. - Jennie acha que está sendo seguida.
- Que merda, cara, quem é idiota de seguir logo a Jen... - O celular de Rosé toca cortando sua fala, ela franze o cenho e atende rapidamente, a cor some do seu rosto bonito e ela aperta a mão em punho. - Não abre a porta para ninguém, se certifique de que tudo está trancado, eu estou indo... Só faça o que eu estou pedindo Kim Jisoo... Porque eu me preocupo com você, caralho, será que pelo menos uma vez você pode me ouvir e fazer o que eu peço?
Vejo pelo retrovisor, o rosto de Jongin tensionar, ele pega o celular rapidamente e digita algo com pressa, provavelmente querendo saber se o ficante estava bem.
- Jisoo disse que há alguém do lado de fora observando seu apartamento, ela nunca viu a pessoa, é um homem, disse que vai tentar tirar uma foto e enviar, talvez ajude. - Assinto e viro na rua do prédio de Jennie, estaciono na porta e espero por um momento até que vejo seu carro a distância vindo com pressa, saio do meu e me encosto no capô esperando que ela chegue até mim, Rosé logo está ao meu lado também. - Que inferno está rolando agora?
- Esse filho da puta tá fazendo terror psicológico. - Digo para Rosé, o carro de Jennie para em frente ao meu, enquanto o outro carro mais atrás passa por nós e some de vista. - Pegou a placa, Jongin?
- Sim, mandei pra equipe, já estão atrás dele. - Concordo, Jennie desce do seu carro e caminha com calma até nós, o rosto estava pálido e suas mãos tremiam, não tardo a ir até ela, com os braços abertos, ela se joga em mim e começa a chorar baixo, afago seus fios com calma e deixo alguns beijinhos em seus cabelos.
- Tá tudo bem, eu estou aqui com você, ok? - Murmuro baixo para ela e olho para Rosé, ela abre um sorriso pequeno. - E Jisoo?
- Me mandou a foto, já mandei pra equipe, eles estão indo.
- Okay, obrigada. - Rosé abre um sorriso e da tapinhas no topo da minha cabeça.
- Fique com ela um pouco, qualquer coisa ligue, nós viemos te buscar. - Concordo, vejo Rosé se afastando para o bando do motorista, Kai saindo de trás e indo para o banco da frente, tudo isso ainda abraçada a Jennie, ficamos ali por mais alguns minutos, paradas na calçada do seu prédio.
- Vamos entrar? Você precisa de uma água com açúcar pra acalmar. - Murmuro em seu ouvido e vejo ela assentir. - Vou colocar seu carro na garagem, a gente entra por lá, a chave está dentro?
- Sim. - Sua voz tremia um pouco, sinto um pequeno aperto no peito, caminho com ela até a porta do passageiro e abro, ajudando-a a entrar, dou a volta rapidamente e entro já dando partida e saindo com o carro, a garagem era perto, uma pequena viagem de três minutos, quatro no máximo. Jennie me indica sua vaga de sempre e eu manobro o carro ali, descendo e indo até ela, pego sua bolsa e coloco no ombro e ajudo-a descer.
- Qual o seu andar? - As portas do elevador se abrem e nós entramos, espero pacientemente ela me responder, estava com a cabeça baixa e os braços cruzados.
- O último. - Concordo e aperto o andar indicado, puxando o seu corpo para o meu, abraçando ela apertado, tento não pensar no que aconteceria caso não chegasse a tempo, ou não atendesse o telefone logo de cara, a sensação de desamparo e tristeza me domina por alguns instantes mais abandono ela, precisava ser forte por Jennie. - Está acontecendo alguma coisa, não é?
- Sim, vou te contar quando estivermos quietinhas na sua casa, quando você estiver mais calma. - Ela concorda e se deixa encostar em meu peito. O elevador para e um novo painel aparece, pedindo um código de números, Jennie se desencosta de mim e digita sem se preocupar se estou vendo, as portas logo se abrem e da para um pequeno saguão, com uma porta enorme e fechada. - O elevador e essa porta, eles só abrem com o código, certo?
- Sim senhora. - Concordo com a cabeça, Jennie vai até a porta e coloca sua digital que logo a reconhece e abre, nós entramos e tiramos os sapatos juntas, ainda usava o uniforme da equipe de investigação, uma camisa preta com o nome da corporação, uma calça tática preta, o coturno e a arma. Pego a pantufa que ela me aponta e calço seguindo-a casa adentro, era tudo muito reconfortante, parecia uma casa bem atual e tecnológica e ao mesmo tempo antiquada.
A sala de estar é incrivelmente espaçosa e iluminada, com grandes janelas que oferecem uma vista deslumbrante da cidade. As paredes são revestidas com um papel de parede tradicional sul-coreano com padrões geométricos em tons pastéis, que contrasta com o mobiliário moderno, como um sofá de couro cinza e uma poltrona branca com base de metal.
Coloco sua bolsa cuidadosamente no sofá e olho em volta achando a cozinha, vou até ali e encho um copo d'água, mexendo na maior cara de pau em tudo até achar o açúcar e uma colher, volto para a sala mexendo a água e entrego na sua mão.
- Beba um pouco. - Acaricio seu rosto e deixo um beijo em sua testa, sento na mesa de centro, de frente pra ela e olho em seus olhos. - Tem alguém aqui?
- Não sei. - Jennie diz e vira um pouco da água na boca, ela abre um sorriso pequeno em agradecimento. - Mamãe já tinha saído quando eu terminei meu turno ent...
- Jennie, é você meu amor? - Olho para trás e vejo a senhora Kim descendo as escadas, quando seus olhos batem em mim, eles duplicam de tamanho e ela desce mais rápido, indo em direção a filha, me levanto rapidamente e dou espaço a elas. - O que aconteceu? Você está bem? Está ferida? Alguém fez algo com você?
- Mãe, calma, por favor. - Me afasto alguns centímetros delas e observo a interação, sua mãe segurando seu rosto e fazendo perguntas e mais perguntas, a preocupação é real em seus gestos, abro um sorriso feliz. - Essa é Lisa.
- Lisa? - Sua mãe se vira para mim e me olha atentamente, me escaneando por inteira. - Aquela Lisa?
- Sim. - Arqueio a sobrancelha e olho para as duas sem entender nada, Senhora Kim assente e me oferece sua mão ao qual eu seguro e aperto.
- Prazer conhecer a senhora. - Digo com tranquilidade, a mulher olha para a filha e elas trocam um olhar que não entendo muito bem.
- O prazer é meu querida, sinta-se em casa. - Reverêncio a mulher e ela logo se afasta, indo para a cozinha. Olho para Jennie que tinha os olhos em mim, um sorriso pequeno enfeitava seus lábios, ela iria abrir a boca para me dizer algo, mas se interrompe quando escuta o toque do meu celular.
- Sinto muito. - Ela da de ombros e se afasta até a cozinha, vou para perto da janela e atendo a ligação. - Lalisa falando.
- O pau no cu do seu irmão que estava seguindo a Jennie. - É a voz de Rosé, reconheço a raiva em sua voz, aperto os olhos e deixo um rosnado sair da garganta. - Ele está preso, gritando feito uma vadia, espero que venha dar um jeito nele ou eu mesma dou.
- Vou sim, fique calma, ok?. - Aperto os punhos da mão e encosto a testa na janela. - E com Jisoo?
- O desgraçado fugiu, talvez seja ele, Lalis, a foto que ela me enviou vai ajudar nas investigações. - Concordo com calma e reflito sobre aquilo por um momento. - Já pedi para a equipe começar a trabalhar em algumas coisas, só esperamos você chegar para continuarmos.
- Tudo bem, logo estou aí, você disponibilizou alguém para ficar próximo a Jisoo? ela pode estar correndo perigo. - Vejo o movimento dos carros a distância e solto um gemido desgostoso, Rosé faz um barulho de concordância do outro lado da linha. - Ótimo, deixe Jeon preso por enquanto, preciso me certificar de que Jennie ficará bem.
- Tome seu tempo, se quiser, pode transar com ela a noite toda, o pirralho vai ficar aqui, se sua mãe aparecer aqui gritando feito uma louca também, vou colocá-la na cadeira dos desobedientes, você sabe que não tenho paciência. - Deixo uma risada escapar e suspiro. - Cuide da sua garota, Lalis.
- Ok, obrigada, Rosie. - Desligamos segundos depois, estava frustrada por saber que Jeon estava seguindo Jennie, eu deveria ter suspeitado quando vi o carro, mas não me liguei direito, estava muito preocupada com Jennie. - Idiota.
- Está tudo bem, amor? - Sinto seu corpinho quente colar no meu, ela abraça minha cintura e deixa um beijo entre minhas omoplatas. - Quem era?
- Rosie, pegaram o babaca que te seguia, eu vou cuidar disso depois, quero dar uma lição nele. - Bufo e me viro, olhando em seus olhos, tudo parece se acalmar de repente, abro um sorriso pequeno. - Está mais calma?
- Sim, obrigada por vir, não queria te atrapalhar... agora quem precisa se acalmar é você. - Diz com um pequeno sorriso nos lábios.
- Não atrapalhou, você nunca vai atrapalhar, e já estou calma, você me causa isso. - Deixo um beijinho na sua testa e puxo o ar para dentro, seu perfume entra no meu sistema como droga, me deixa letárgica e calma, quase boba, me deixo sentar no peitoril da janela, ficando do seu tamanho, Jennie não tarda a ficar entre minhas pernas, as mãos nos fios da minha nuca acariciando, enquanto as minhas tomam o rumo da sua cintura. - Sua mãe está bem? Contou para ela?
- Contei, ela ficou bem preocupada, mas está tranquila de saber que você está aqui cuidando de mim. - Concordo com a cabeça e olho para os seus lábios, queria beija-los. - Ela te achou bonita..
- Sério? - Pergunto aérea ainda olhando fixamente para aquela parte do seu rosto, um sorriso em câmera lenta se abre em seus lábios e eu me perco completamente no espaço tempo, deixo um suspiro escapar. - Ela é bonita também...
- Lis? Está me ouvindo? - Ouço sua pergunta mas sinceramente? Não conseguia saber o que estava sendo perguntado de fato, então concordo com a cabeça. - Acho que vou rapar os cabelos..
- Hum, vai ficar maravilhosa..
- Talvez as sobrancelhas..
- E o nariz...
- Sim, você acha que eu deveria fazer uma tatuagem? - Abaixo os olhos pro seu tronco e deixo outro suspiro bobo escapar.
- Sim, eu aceito...
- Aceita? - Arqueia a sobrancelha e deixa uma gargalhada alta escapar, balanço a cabeça tentando voltar ao normal e olho envergonhada para ela. - Não tem mais volta.
- O que? - Olho desconfiada para ela que solta outra risada.
- Vai ter que casar comigo. - Arregalo os olhos e Jennie ri novamente, bufo baixinho e cruzo os braços. - Eu estou brincando com você, meu bebezão.
- Idiota. - Seus olhos voltaram ao seu brilho natural e bonito me deixando encantada, Jennie desfaz os meus braços cruzados e chega mais perto, seguro suas mãos entrelaçando nossos dedos e puxo-as para cima, beijando as costas de ambas as suas e olhando seus olhos bonitos de gato. - Eu amo você, bastante.
- Amo você também, obrigada por tudo. - Abro um sorriso e deixo as mãos caírem em sua cintura novamente, puxando-a para mais perto e finalmente, beijando seus lábios, era calmo, carinhoso e saudoso, eu sentia tanto a sua falta, queria ficar o tempo inteiro próxima a ela, se pudesse, o dia inteiro, abraço sua cintura com força tentando matar um pouco da saudade. O beijo durou alguns minutos até um pigarro soar atrás de nós.
- Fiz café, venha lanchar conosco, Lisa. - Era sua mãe, com um sorriso pequeno nos lábios, concordo com a cabeça e aceito o lanche, conversamos durante algum tempo, foi bom para conhecer a senhora Kim, que era uma mulher bastante inteligente, e bom para matar a saudade que sentia de Jennie.
[...]
Quando coloquei os pés no galpão, pude ouvir os gritos, não só de Jeon, mas de mamãe também, abro a porta com a maior calma do mundo e fecho em um baque alto, fazendo com que todos parem o que estão fazendo e me olhem, Kai sabia como a minha paciência era, ele sabia o quão frustrada eu ficava com algumas situações, principalmente as que envolviam pessoas das quais eu gostava.
- Filha, finalmente você chegou, veio tirar seu irmão não é? Ele não fez nada de errado, só estava dirigindo e... - Levanto um dedo para ela, para calar sua boca.
- Por favor, fique quieta. - Digo entre dentes, olhando para a senhora Jeon, seu sorriso se desmancha e ela dá alguns passos para trás, aponto a cadeira próxima a minha mesa para que ela se sente ali. - Jeon Jungkook foi preso após ser pego perseguindo por vários quarteirões uma mulher. Eu não sei se você se lembra, senhora, mas estamos passando por um momento delicado em que pessoas estão sendo mortas o tempo todo, há uma tensão palpável no país, não é hora de brincar de perseguir as pessoas, entao eu espero que entenda o porquê dele estar aqui.
- Ele não fez nada...
- Tenho provas o suficiente para prender ele por nos confundir, estamos em uma operação policial. - Digo monótona para ela e entrego o cartão de um advogado. - Caso queira contratar ele para defender seu filho, ligue nesse número, agora peço que se retire, precisamos trabalhar.
- Lalisa, eu sou sua mãe e eu exijo que você...
- Você não tem que exigir nada, senhora Jeon. - Digo entre dentes e dou um tapa forte na mesa, me levantando e ficando cara a cara com ela, seus olhos dobram o tamanho e ela engole em seco. - Obedeça ou será presa com ele. E só para lembrar a você, aqui dentro, eu não sou sua filha, sou uma policial, se eu tiver que punir você, seu filho, seu cachorro ou seja lá que caralhos for, eu punirei.
Vou até um dos oficiais e peço para que ele leve minha mãe para casa, ele assente e vai até ela que se deixa ser levada sem fazer mais escândalos, tiro a arma do coldre e coloco sobre a minha mesa, tiro também os anéis dos dedos e prendo meus cabelos em um rabo de cavalo, Jeon e toda a equipe me olhava, pareciam prender a respiração juntos.
- Lalis... - Ignoro o chamado de Rosé e foco em Jeon.
- O que você estava pensando? Porque estava seguindo ela? - Pergunto para ele, por alguns minutos nos mantemos todos em silêncio.
- Eu queria conversar com ela.
- E se esqueceu que agora ela está comigo? Que a partir do momento em que, mesmo que não queira, se tornou uma ameaça para ela e automaticamente para mim também? - Caminho até ele, estralando dedo por dedo lentamente. - Você se esqueceu que eu consigo engatilhar uma arma? Que eu poderia atirar na porra do seu pneu e fazer seu carro capotar?
- Lisa, eu... - Dou o primeiro soco, seu rosto cai para o lado, mas não fica assim por muito tempo, seu olhar logo recai sobre o meu e sustenta. - Me desculpe.
- Desculpar você? Pelo que, Jeon Jungkook? - Me agacho a sua frente e arqueio a sobrancelha. - O que você fez? Sua mamãe estava gritando aos quatro cantos que você é inocente, o que fez?
- Por seguir ela, não era a intenção, eu... - Me levanto novamente e dou outro soco, esse mais forte que o primeiro, sua cabeça fica tombada para o lado dessa vez.
- Você pensou em algum momento que aquilo assustaria ela? Em algum momento você pensou em como ela ficaria? Você sequer pensou, Jeon? - Berro próxima ao seu ouvido e levanto seu rosto, seus olhos estavam cheios de lágrimas, seu nariz vermelho denunciava o choro, sua boca agora tinha um corte pequeno que sangrava e sua bochecha estava vermelha, seguro seu rosto com uma mão apertando e fincando as unhas em suas bochechas com força. - Faremos o seguinte querido irmão, eu vou te deixar ir embora, não te colocarei no sistema, mas se você pensar, cogitar, ou ponderar, em chegar perto da Jennie novamente, eu estouro sua cabeça, mexa comigo, Jungkook, mas não com ela, eu não permito.
- Vocês estão juntas? - Concordo com a cabeça. - Me perdoa, Lisa... irmã por favor, me desculpe, por favor, por favor.
- Não é a mim que você tem que pedir perdão, Jeon. - Rosno as palavras para ele e me levanto, virando para Rosé que tinha um olhar surpreso, dando as costas a ele que ainda pedia por perdão. - Pode soltar, acho que ele entendeu.
- Ok, chefe.
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Olá a todes, então, não sei se vocês queriam que isso acontecesse, talvez sim, enfim.
Eu tô muito ansiosa para que vocês leiam um capítulo, ele é bastante especial e foi muito bem pensado para ser feito, levando em consideração o teor da fic (gip) é meio que inusitado a forma como eu escrevi ele.
Também terá alguns novos personagens, mas vocês vão entender no decorrer.
Não sei se tá explícito o plot, mas meio que não é sobre o assassino, sobre os corpos ou a investigação, minhas fics são todas sobre Jenlisa e sobre o amor delas, apenas.
No mais, é isso, espero que estejam bem, bebam água, se estiver frio, se protejam dele, tenham guarda-chuvas nas suas bolsas e mochilas, beijos beijos.