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By ibusenbek

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"𝐎𝐬 𝐨𝐩𝐨𝐬𝐭𝐨𝐬 𝐬𝐞 𝐚𝐭𝐫𝐚𝐞𝐦" Alyssa é assediada após ir de penetra no estÑdio Allianz Parque, e é... More

Introdução πŸ₯‚
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040 - mΓ­dia nascimento
aviso
Nova fanfic

009

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By ibusenbek


Alyssa Cupello
segunda 03h09

O ruim da depressão, não é se sentir mal quando as coisas vão mal, ficar no fundo do poço quando tudo está ruim. É você ainda se sentir assim, quando as coisas estão indo certo pra você, quando não está sozinha, quando está acontecendo coisas maravilhosas.

Tenho a sensação de que a qualquer momento, isso dominará sobre mim.

Já tem 5 meses que deixei de ir até a minha psicóloga, 5 meses que larguei tudo pra trás pra fingir que sou perfeita e que não preciso da Liliane, pra cada passo da minha vida. É normal se sentir dependente emocional da sua psicóloga?

Quem me vê no instagram, ou por fora, pensa que eu vivo a vida dos sonhos. Rica, mora numa casa legal,  cursa a faculdade dos sonhos, tem carro, bolsas e roupas de luxo, viagens pra quando e pra onde eu quiser. A vida dos sonhos. Mas quem vê por trás da cortina, vê que nada é um sonho.

Humilhada, violentada, espancada, drogada. Diagnosticada com depressão, tdah, ansiedade e transtorno bipolar apenas com 8 anos. Primeira tentativa de suicídio, aos 12, depois de ser abusada pela 3 vez pelo seu tio e ninguém acreditar em mim. Começo de uma vida de álcool, drogas, e toda a ilusão da vida pra me tirar da dor. Mãe espancada, irmão tendo overdose, irmã saindo de casa e apanhando do namorado.

Tenho a vida dos sonhos no instagram, mas fora disso tudo é um pesadelo. Tudo me atormenta. O medo de não conseguir sair das garras do meu pai, o medo de deixar o meu bem maior passar por isso.

A sensação de ser um erro, de que não mereço ser feliz, que tenho que morrer. Tudo isso me atormenta, e eu não consigo viver em paz.

Era assim que me sentia, era bom nos momentos só que estava ali, depois tudo ia por água abaixo. E eu sentia que todo momento precisava da Lili, pra me ajudar a cada obstáculo, e ela estava ali por mim, mas eu me sentia dependente demais. Alyssa e dependência não combinam.

As crises de ansiedade, pânico e bipolaridade ficaram mil vezes pior desde que larguei a terapia. As vezes não consigo entender se estou fazendo o melhor pra mim, ou cada vez me matando.

Me sinto como se eu tivesse afogando e não existisse ninguém ali pra me salvar, e realmente, ninguém realmente consegue me salvar. Até podem tentar, mas acabo embaralhando todo mundo em meus problemas e tudo sai de controle.

Estou ficando com alguém legal, na praia, viajando, com as melhores pessoas do mundo. Era pra eu estar feliz mais que tudo, né? Errado! Me sinto como se eu tivesse vivendo algo que não é pra mim, que não mereço isso.

O ar está sumindo dos meus pulmões, meu corpo dói, ele por inteiro se treme. Mesmo com o ar condicionado no 17, eu estou pingando de suor.

Preciso pegar um ar, sair de dentro desse quarto apertado. Me levanto da cama com cuidado, já que o Piquerez dormia agarrado ao meu corpo.

Ele poderia ser uma tentativa de uma nova vida e realidade, mas não posso envolvê-lo na minha bagunça, ele é precioso, fofo, não merece se envolver com alguém como eu.

Abro a minha mala e pego o milagroso pote de creme que havia um baseado, eu senti que iria precisar. Saio do quarto sem fazer barulho, depois de um final de semana inteiro de farra, todos estão dormindo, acredito eu que em um sono profundo.

Caminho até a praia e me sento, estava vazia, já que é uma praia privativa do condomínio e está tarde. Acendo o baseado e dou o primeiro pega, a dor que eu sinto em fazer isso, ninguém consegue expressar.

Essa definitivamente não é a vida que eu preparei, eu prometi pra mim mesma que não voltaria usar isso. E que eu sairia de casa feliz com a Liz no meu peito quando entrasse na faculdade, e na realidade eu não consegui levá-la, então adiei a minha mudança com desculpas no apartamento.

Eu jamais conseguirei levar a Liz, meu pai entraria na justiça. Eu só conseguiria levá-la, se denunciasse ele primeiro, ele é um filho da puta do caralho, mas ainda sim é o meu pai. E eu digo com a maior dor no coração do mundo que por mais que eu queira me ver livre dele, eu não consigo denunciar.

Muitas pessoas julgam, e eu julguei minha mãe por muito tempo. Até chegar a minha vez de denunciar e não conseguir, ele merece, nós sabemos, mas ele era pra ser o meu amor, o homem que me salva do mal, o meu super-herói, o único homem a não quebrar o meu coração. Mas, ele foi o primeiro a quebrar o meu coração, a ser o meu inimigo e o que me leva o mal.

Isso não é justo, como pode um pai odiar a filha como ele me odeia? Como pode ao invés de dar amor, destilar ódio?

Eu já não conseguia mais controlar a minha crise, eu estava em prantos de choro, com vontade de entrar nesse mar e me deixar afogar nele, porque é assim que me sinto, afogando.

— Allyssa? O que você ta fazendo aí? — escuto uma voz masculina e o meu coração gela. Ele não pode me ver assim — Por que está chorando? Você tá bem? — ele se aproxima e logo percebe o que eu estava fazendo pelo cheiro, que não tem como esconder — Você tava fumando?

— Por favor, não fala nada, por favor. — tento dizer em choro — ninguém sabe, por favor. — apago o baseado na areia, nesse momento eu estava me sentindo com a maior vergonha do mundo, eu não queria que ele tivesse o desprazer de me encontrar em uma crise fumando maconha.

Pela a minha surpresa, o moreno somente me abraçou e fez carinho no meu cabelo. Eu não sabia o porque, mas estava me sentindo tão segura no colo dele, eu não queria sair daquele lugar por nada nesse mundo.

— Eu não tô aqui pra te julgar, ok? — ele beija a minha cabeça — Tá tudo bem, princesa. — ele continua abraçado comigo, e ficou assim até a minha crise de choro se abater — Você quer conversar? Eu tô aqui pro que der e vier, pode desabafar. — ele segura as minhas mãos

— Pra falar a verdade eu tô envergonhada de alguém ter me visto fazendo isso. — respiro fundo pra não cair no choro outra vez — Eu preciso que você mantenha isso em segredo, do Henrique principalmente. Ele não sabe e não pode sonhar.

— Tudo bem, Ally. Você pode confiar em mim! — não tem motivos algum pra eu confiar em alguém que eu conheci a um mês, mas eu confiava.

— Eu tô me sentindo péssima por fazer isso novamente, e sabe aquela frase, que sabemos quando estamos fazendo algo muito errado é que não podemos nem contá-la ao nosso melhor amigo? Então. Eu sei que estou fazendo a pior coisa, por isso não contei pra ele — limpo meu rosto que estava molhado devido às lágrimas

— Talvez se você conseguir contar, ele consiga te ajudar e você não precisará lidar com isso sozinha. — dessa vez ele me colocou deitada em seu colo e fazia um carinho incrível nos meus cabelos.

— Mas, se eu fingir que nada está acontecendo, realmente não vai estar acontecendo, entende?

— Entendo! Mas, porque está fumando? Algo tá te empurrando pra isso, né? — ele pergunta com delicadeza

— Sim! São tantas coisas, que não sei nem pode onde começar — rio

— Por onde você estiver confortável, princesa. Não precisa dizer o que não quer.

— Bom, eu tenho depressão, ansiedade, transtorno bipolar, crise de pânico, borderline, enfim entre outras coisas, mas acho que as maiorais são essas. — respiro fundo — Eu passo por muita coisa barra pesada em casa? Pai que tem problemas com bebida, agressivo, irmão que já teve problemas com drogas e teve uma overdose na minha frente, irmã que já saiu de casa pra viver em paz e começou a viver um inferno maior ainda, por conta de marido com problemas de bebida também, Mãe apanhando. Enfim, muitas coisas mesmo. Então aos meus 15 comecei a fumar, e não conseguia parar, a Liz nasceu, e eu decidi que tentaria, e na minha suposta última vez minha mãe viu, e tornou aquilo tudo né. que eu era a vergonha da família, pelo menos lutei muito pra ter um cargo — rio

— Aí, ally. Você fala da dor como se estivesse tudo bem. — ele fazia carinho em meu braço que estava arrepiado devido a brisa fria

— E enfim, eu parei, prometi que não voltaria, mas a 10 meses eu voltei, escondido. Disse que seria só uma vez, e foi se prolongando, e cá estamos! — sorrio amarela — Por favor, não quero que você me vê como uma viciada, eu juro que não sou! Só tentei usar isso como refúgio pros meus problemas. — eu estava com tanta vergonha, que não queria olhar pra ele.

— Eu não te vejo assim. Pelo contrário, te vejo como uma menina incrível, forte, que consegue se livrar disso, que não precisa de nada disso! — ele diz calmo — Uma menina que merece todo amor do mundo, que merece ser feliz, viver longe de coisas ruins que a perseguiram durante toda a vida. — eu tentei não chorar novamente, mas com as palavras dele, as lágrimas já estavam descendo

— obrigada por acreditar, já que nem eu mesma acredito — limpo meu rosto

— Eu vejo potencial em você, Ally. Você pode não ver, ainda não! Mas você tem um brilho fora do normal e ainda vai superar tudo isso que você passa, e eu vou estar ao seu lado a cada passo te ajudando! — ele beija a minha cabeça — Vamos fazer um combinado? — balanço com a cabeça — Eu serei apartir de hoje quando estiver em crises, com qualquer coisa acontecendo, pode ser às 10 da manhã, as 23 da noite, de madrugada, tarde, qualquer hora, você me liga. Quando tiver com vontade de fumar, me liga, se eu tiver em viagem, a gente conversa por facetime, se eu tiver em são paulo, a gente sai pra caminhar. — Não precisa dizer nada, só me ligar que eu entenderei tudo, serei seu porto seguro, estarei sempre que você precisar, eu te prometo!

— Combinado então! — me sento na sua frente — Obrigado de verdade. Nunca imaginei tanta compreensão vindo de alguém que mal me conhece.

— Eu mal te conheço, mas pode ter certeza, em outras vidas nós éramos almas gêmeas, nos conhecemos de outras vidas. — ele beija a minha bochecha

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