- Roseanne's point of view -
_ Yuna, entra no carro por favor estamos atrasadas!
Mais um dia que começou em Miami, não achei que morar aqui seria tão bom. Morávamos em Nova York, mas minha mãe Mi-suk ofereceu um trabalho aqui como médica pediatra, então eu aceitei, estava fazendo alguns meses que havia acabado a faculdade e trabalhava como podia em um hospital público.
Faz duas semanas que chegamos aqui em Miami, Yuna adorou a escola que a matriculei, ela diz que não sente falta da nossa antiga casa por que faz lembrar do seu pai, Suho, ela nunca o conheceu por que o mesmo nunca quis ver a garota e eu não quero força essa aproximação dos dois deixo a minha pequena fazer o que quiser com sua dúvida sobre o pai.
Suho me abandonou grávida quando eu tinha 17 anos, e eu não desisti dos meus sonhos. Minha mãe e meu pai me ajudaram muito. Eu terminei o colégio e fiquei um ano só para cuidar da minha gravidez e do nascimento da minha pequena. Minha mãe e meu pai são os avós mais corujas do mundo, mimam a menina de tudo que é jeito, Yuna como não se faz de rogada aceita tudo.
Yuna Haewon Park tem 8 anos, feitos três dias atrás, mais esperta que eu na idade dela, sabe que eu sou muito ocupada com meus horários de trabalho e me entende quando não tenho tempo pra ela e a deixo com uma babá. Ela odeia mas fingem, por que na verdade ela ama a Dona Lee que faz as vontades dela. Mas quando extrapola leva broncas.
Meu nome é Roseanne Park tenho 25 anos, não tenho tempo para namoros, meu coração já foi quebrado uma vez e depois disso nunca mais me envolvi com ninguém. Morava em Nova York por que cursava na universidade de medicina, agora aqui estou eu atrasada para o trabalho.
_ Mamãe, eu não acho minha camiseta azul.
Olhei para a pequena encrenqueira dos olhos castanhos fazendo um bico nas escadas, fui até ela que logo tirou o bico do rosto. A observei de cima a abaixo erguendo uma sobrancelha, não sei por que eu deixo ela se vestir do jeito.
Yuna tinha o costume de se vestir como uma garotinha rebelde, ela não puxou a mim nesse quesito. Ainda anda de skate, não sei por que meu pai a presenteou com isso. A garota é viciada em programas de skates e ainda tem uns ídolos, fora os posters e vídeos que ela tem no computador. Sinto que um dia vou enfartar só de ver ela quebrar algo.
_ Você não tem outra camiseta, meu amor?
Questionei assim que fomos até seu quarto que estava todo organizado, pelo menos ela puxou isso de mim.
_ Aquela camiseta é da sorte, mas tudo bem não precisa procurar estamos atrasadas.
Olhei para a menina parada na porta que vestia calça Jeans, boné e uma camiseta com estampas na frente.
_ Por que fez eu vir aqui, Yuna? Pegue suas coisas e vamos tenho que te deixar na escola.
Yuna pegou sua mochila e o famoso skate e saímos de casa as pressas. No caminho ela me contou o que estava fazendo na aula e que tinha feito uma amiga nova chamada Minnie e que a garota era a irmã que ela nunca teve, sorri por saber que minha pequena estava feliz por fazer amizades.
_ Desculpas pelo atraso.
Falei assim que entrei na sala de minha mãe, ela estava em uma conversa no telefone com alguém e pelo jeito se conhecem muito bem.
_ Estamos a sua espera Lalisa vai ser um prazer recebe-la... Claro com maior prazer... Não se preocupe minha outra médica acabou de chegar... sim, ela é minha filha e está começando, ela é média Pediatra... OK. Estarei a sua espera, beijos.
Mama desliga o telefone e sorri grande em quanto vem ao meu encontro, ela me abraça e beijou minha bochecha. Isso tudo aqui na sala dela por que na frente dos funcionários desse Hospital ela me trata profissionalmente.
- Buenos días mi hija! Como está minha neta querida?
Sentamos em um dos sofás que tinha em sua sala.
- Buenos días Mama. Yuna está bem, depois que ela conheceu uma amiguinha chamada Minnie ela quer ir para escola todos os dias, Yuna diz que encontrou uma irmã que não tem.
Começamos em uma conversa que durou mais alguns minutos até que meu nome foi chamado e tive que começar meu dia.
Estava no elevador que estava descendo para o segundo andar ala de pediatria quando o mesmo parou e as portas se abriram e uma mulher, posso dizer que ela era a mulher mais linda que eu já vi em toda a minha vida. Seu corpo era todo malhado, cada coisa em seu devido lugar, seus olhos estavam na tela de seu celular e não percebeu que o elevador estava esperando por ela, as portas começaram a se fechar e eu coloquei a mão.
- Você vai entrar?
Minha voz saiu baixa e vacilante, mas pareceu funcionar por que seus olhos capturaram os meus...
Meu Deus! Que olhos são esses?
Ela ficou me encarando e eu também, tipo um jogo de quem piscava primeiro, o elevador fez sinal que iria fechar e ela pareceu sair de seu transe e entrou no elevador.
- Obrigada.
Ela agradeceu apertou no botão do segundo andar. Sorri simpática e fiquei focando na porta ou o chão, mas eu me sentia observada, secada e comida com os olhos por ela.
Deveria estar louca mas era o que eu estava sentindo.
Assim que as portas do elevador se abriram eu pulei de dentro e fui em passos rápidos até a mesa de Chaeyung, ela organizava minhas consultas.
- Bom dia Dra. Park!
Chaeyung sempre com sua formalidades, sorri e respondi seu 'bom dia' fui para minha sala e coloquei meu jaleco branco com meu nome no lado direito do peito.
Minha manhã foi toda agitada algumas crianças estava tendo um surto de gripe.
Quando olhei no relógio já passava de 12:10 o que fez eu ligar para a Dona Lee ir buscar Yuna na escola.
No almoço que nem sentei para comer, eu a vi de novo, e, me surpreendi por que ela também era médica. Parece que vamos nos encontrar muito nesses corredores.
_ Dra. Park compareça na emergência.
A voz que soava pela caixas de som do hospital fez com que eu soltasse minha salada e corresse para emergência. Quando cheguei encontrei uma garotinha dos cabelos negros e olhos verdes mais azuis, ela estava sentada em uma maca, seu olhar estavam cheios de lágrimas e ela tinha uma bolsa de gelo no tornozelo e os joelhos ralados.
_ Oi, mocinha! Vamos ver o que aconteceu aqui?
Limpei os ferimento dos joelhos e depois fomos para sala de raio X que não apareceu nada de quebrado e sim um inchaço na região. Quando estava voltando para minha sala com a garotinha em uma cadeira de roda me deparo com a mulher dos olhos verdes na sala de espera. Parecia preocupada, estava encostada no balcão, Chaeyung só assistia tudo enquanto fazia seu trabalho.
_ Minnie, a mamãe está aqui filha. O que aconteceu?
_ Mamãe, eu só cai. Minha amiga estava tentando me ensinar, mas eu quis fazer sozinha... aí eu cai...
A mulher pegou a menina no colo, que tinha o mesmo tamanho da minha filha. A menina se agarrou na mãe que a ergueu, seu vestido azul fazia seus olhos ressaltar. Ela era uma legítima princesa.
_ Skate? Agora minha princesa gosta de skate?
Brincou com a filha que tinha o rosto em seu pescoço, a morena beijou a menina e fazia um cafune na mesma que pareceu relaxar.
_ MINNIEEE?
Ouvi a voz bem conhecida chamar a garotinha que estava quieta no colo da mulher dos olhos verde, que assim que ouvi a voz de nada mais e nada menos que minha pequena pestinha.
_ Yuna!?
A garotinha e eu falamos ao mesmo tempo fazendo minha filha olhar em nossa direção. Yuna correu até nós e eu estava sem falar nada apenas observando a cena das duas.
_ Minnie, eu disse para você esperar. Eu poderia te ajudar...
Minha filha parecia assustada vendo a outra garota descer do colo da mulher e sentar na cadeira de rodas.
_ Eu queria aprender sozinha, Una!
Disse cruzando os braços e fazendo bico, a mulher ao seu lado só observava a cena sem interromper as duas.
_ Mas isso não se aprende assim do nada né, mamãe?
Yuna me perguntou fazendo a mulher e a filha olharem para mim com aqueles olhos dos verdes e cheios de curiosidade.
_ Mãe???
Ela questiona totalmente surpresa erguendo as sobrancelha esquerda, aceno com a cabeça dando um singelo sorriso. Mas logo volto minha atenção para minha filha que tinha o rosto suado e as bochechas vermelhas.
_ Yuna, como chegou aqui? Por que não está no colégio? Essa é a última vez que leva esse troço de rodas amarelas para escola, olha como sua amiga está!!!
Eu comecei a fazer perguntas e nem percebi que fiquei levemente nervosa do nada. Os dois pares de olhos verdes me encarando e o olhar de assustado de minha filha fez com que eu parasse de falar e a chamei para perto. Yuna veio ao meu encontro e abraçou minha cintura enfiando o rosto em minha barriga, que abracei pelos ombros, ela olhou com aquele rostinho de drama que só ela sabe fazer.
_ Eu juro, que não levo mais o skate para escola. Só não o tire de mim!
Eu soltei uma leve gargalhada e neguei com a cabeça.
_ Dramática...
Falei e ao mesmo tempo fui acompanhada da outra garotinha. Yuna revirou os olhos e quebrou o abraço, sentou em um dos bancos de espera e Minnie que estava na cadeira de rodas foi até ela com um pouquinho de dificuldade, mas não durou muito porque a mãe a levou até o lugar e falou algo no ouvido da pequena que sorriu e voltou a falar com minha pequena encrenqueira. Alguns passos e a mulher de olhos verdes já estava em minha frente com aquele olhar penetrante. Não esperei ela falar e já me antecipado.
_Eu quero pedir desculpas por minha filha, Yuna, ela nem deveria levar aquele troço para escola...
_ Então, essa é a famosa Yuna?
A morena interrompeu sorrindo e eu franzi o cenho quando se referiu a Yuna. Ela olhou para as duas rapidamente e eu pela primeira vez a olhei da cabeça aos pés e só então percebi que usava um jaleco aberto na frente com o estetoscópio dependurado no pescoço. E eu franzi o cenho, ela trabalha aqui? Em que ala e por que nunca a vi por esses corredores?
Quando ela virou para me dar atenção pude ver seu nome Dra. Manoban.
Manoban? Onde foi que li esse nome?
_ Minnie fala de uma tal de Yuna duas semana, ela chega em casa dizendo "Mamãe, eu acho que encontrei uma irmã que nunca tive! Yuna é muito legal e preciso que a senhora adote ela."
_ Diga para Minnie que minha bolinha não está na adoção.
Rimos juntas do comentário.
Um dos enfermeiros trouxe a ficha da pequena aventureira e eu passei uns remédios e assinei mais algumas coisas junto com alta e senti que era observada a cada segundo e cada momento. Quando terminei peguei a Dra. Manoban me olhando tão concentrada que pude sentir um arrepio subir da lombar até o meu pescoço.
_ Lalisa Manoban e aquela mocinha é Minha . prazer Dra.?
Ela estendeu a mão e eu fiz o mesmo sentindo seu toque quente, firme e suave.
_ Dra. Roseanne Park, prazer é todo meu Dra. Manoban.
Ficamos encarando uma a outra e seus olhos não desviam dos meus nem os meu dos dela.
_ Mamãe!
Fomos tiradas do nosso transe pela garotinha chamando nossa atenção, soltamos nossas mãos e rimos sem graça.
Por que tanta vergonha?
_ Estou indo, meu amor. Só um minuto.
Entreguei a receita e ela assinou o termo de responsável.
Assim que elas saíram da sala de espera chamei Yuna com o dedo e a mesma se despediu de sua amiga e veio a meu encontro, ela abraçou minha cintura e começou.
_ Mama, eu juro, juro que não vi quando Minnie pegou meu bebê. Eu só olhei pro lado e boooow...
Entrou na minha sala se desculpando pela milésima vez. Eu não estava brava, só estava... Nem eu sabia.
_ Okay. Yuna tudo está bem. Sua amiga vai ficar bem, agora me escuta, tudo bem?
Ela sentou na a poltrona que eu tinha sala e ficou me encarando, aqueles olhos castanhos me fitavam curiosos.
_ Você comeu alguma coisa? Onde estão seus materiais? Sua babá...
_ Babá não, ainda não almocei e meus materiais estão com a moça baixinha.
Foi falar em babá que Yuna surta, dona Lee é um amor, Yuna gosta dela só não dar o braço a torcer.
Uma batida na porta e Chaeyung passou por ela com a mochila da minha filha e um prancheta em mãos.
_ Desculpe o incomodo, mas a senhora Lee está aqui e tem paciente a sua espera.
Yuna sorriu disfarçadamente levantou da poltrona e beijou meu rosto e fez o mesmo com Chaeyung.
_ Vamos jantar juntas hoje, Mama?
_ Acho que sim, qualquer coisa eu ligo e peço para Lee fazer sua comida preferida e...
_ Lasanha!!! Não se preocupe ela vai fazer de almoçar pra mim. Tchau mama, tchau Chaeyung e tchau hospital.
O resto do dia foi bem cansativo tinha muitas crianças precisando de mim, não parei nem para tomar água. Quando passou das 19:30 percebi que estava na minha hora tirei meu jaleco, peguei meu celular e bolsa e fui pra casa. Yuna com certeza estaria agitando e Lee estaria tentando fazer a menina tomar banho.
Mais uma adaptação para vocês 🙃❣️✨
Obs: mais só irei continuar quando a fic ''My Domme'' tiver 1K de votos! ❣️✨
Autora original RMM180 Então todos os créditos vão para ela ❣️✨
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