o medo de te perder é como afogar,
voluntariamente em lago de gelo,
é saber que pra mim você era o mesmo ar,
que me preenchia e sufocava inteiro,
mas que eu precisava respirar.
é te ter por perto ainda e não poder falar,
do que foi, do que era e do que há de ser,
e com migalhas de afeto ter que tentar,
esse vazio no peito satisfazer,
na esperança que você possa me amar.
é lembrar do cheiro doce de sabonete,
na sua pele ardente e tentar não sentir dor,
é jogar sereno, truco solitário,
e ainda sim não sair ganhador.
é ver a vista atráves da varanda velada,
trazer nostalgia amarga na face gelada,
e sentir que nunca mais terá o mesmo sabor.
é saber que o que tínhamos não era perfeito,
não era nada,era tudo... menos amor.