~𝑯𝒂𝒚𝒂𝒕𝒐 𝒑𝒐𝒗~
Finalmente em casa depois de um longo, e satisfatório dia. Nunca me senti tão feliz como eu me sinto hoje, acho que finalmente consegui fazer Emilly e Nayara se afastarem, e finalmente, terei o final feliz que eu tanto mereço. Ontem, Info-Chan me mandou uma mensagem, dizendo sobre a suposta doença que Nayara tem, que é 𝐂𝐚𝐫𝐝𝐢𝐨𝐩𝐚𝐭𝐢𝐚 𝐜𝐨𝐧𝐠𝐞̂𝐧𝐢𝐭𝐚. Que é qualquer anormalidade na estrutura ou função do coração que surge nas primeiras 8 semanas de gestação, quando se forma o coração do bebê. Ocorre por uma alteração no desenvolvimento embrionário da estrutura cardíaca. A condição é uma das principais causas de morte em recém-nascidos com até 30 dias. Porém, Nayara teve sorte de ter conseguido sobreviver até a idade que tem atualmente, porém, como a mesma parou de fazer os tratamentos, e parou de tomar o medicamentos necessários, isso acabou fazendo sua doença ficaria grave, e vai resultar em sua morte, em três meses, ou até menos. Me pergunto como Info-Chan sabe disso. Ela(e), sabe de coisas que eu nunca saberia, ele(a) sabe de coisas que nem os pais das pessoas sabem. Como por exemplo, foi o(a) Info-Chan que descobriu que uma ex colega de classe minha, mandava nudes para o professor de Educação Física, e depois disso, Info-Chan vazou as fotos, e as conversas dessa garota para toda a escola, inclusive, em todas as redes sociais existentes. Ah. Info-Chan é simplesmente incrível, mais acho que já está na hora de descobrir quem de fato é Info-Chan, quero descobrir suas história, e quero saber o motivo de estar me ajudando, e também quero ver se consigo descobrir, quem de fato, está por trás dessa lenda urbana. Peguei meu celular, e me joguei na cama, me sentindo radiante.
~𝑀𝑒𝑛𝑠𝑎𝑔𝑒𝑚 𝑜𝑛~
-𝑬𝒊 𝑰𝒏𝒇𝒐-𝑪𝒉𝒂𝒏!.
-𝑬𝒖.
-𝑷𝒓𝒆𝒄𝒊𝒔𝒂𝒎𝒐𝒔 𝒄𝒐𝒏𝒗𝒆𝒓𝒔𝒂𝒓.
-𝑷𝒓𝒆𝒄𝒊𝒔𝒂𝒎𝒐𝒔?.
-𝑺𝒊𝒎.
-𝑶𝒌. 𝑺𝒐𝒃𝒓𝒆 𝒐𝒒 𝒒𝒖𝒆𝒓 𝒄𝒐𝒏𝒗𝒆𝒓𝒔𝒂𝒓?🤔.
-𝑺𝒐𝒃𝒓𝒆 𝒗𝒄, 𝒒𝒖𝒆𝒓𝒐 𝒔𝒂𝒃𝒆𝒓 𝒔𝒖𝒂 𝒉𝒊𝒔𝒕𝒐́𝒓𝒊𝒂, 𝒄𝒐𝒎𝒐, 𝒆 𝒑𝒐𝒓𝒒𝒖𝒆 𝒔𝒆 𝒕𝒐𝒓𝒏𝒐𝒖 𝑰𝒏𝒇𝒐-𝑪𝒉𝒂𝒏, 𝒑𝒓𝒆𝒄𝒊𝒔𝒐 𝒔𝒂𝒃𝒆𝒓!.😭😭😭
-𝑷𝒓𝒊𝒎𝒆𝒊𝒓𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒆, 𝒊𝒔𝒔𝒐 𝒏𝒂̃𝒐 𝒆́ 𝒅𝒂 𝒔𝒖𝒂 𝒄𝒐𝒏𝒕𝒂.
-𝑮𝑹𝑶𝑺𝑺𝑶(𝑨)!!!
-𝑶𝒃𝒓𝒊𝒈𝒂𝒅𝒐 𝒑𝒆𝒍𝒐 𝒆𝒍𝒐𝒈𝒊𝒐.🙂
-𝑴𝑬 𝑪𝑶𝑵𝑻𝑨 𝑺𝑼𝑨 𝑯𝑰𝑺𝑻𝑶́𝑹𝑰𝑨😩😩😩.
-🖕.
-𝑬𝒏𝒇𝒊𝒂 𝒏𝒐 𝒄𝒖!.😡
-𝑽𝒐𝒖 𝒊𝒓 𝒂𝒊́ 𝒆𝒏𝒇𝒊𝒂𝒓 𝒏𝒐 𝒔𝒆𝒖!.
-𝑯𝒎𝒎, 𝒍𝒂 𝒆𝒍𝒆 𝒌𝒌𝒌𝒌𝒌.
-𝑷𝒍𝒆𝒂𝒔𝒆, 𝒎𝒆 𝒄𝒐𝒏𝒕𝒂 𝒔𝒖𝒂 𝒉𝒊𝒔𝒕𝒐́𝒓𝒊𝒂!!!!, 𝑻𝒆 𝒊𝒎𝒑𝒍𝒐𝒓𝒐!.🥺
-𝑬𝒖 𝒔𝒊𝒏𝒄𝒆𝒓𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒆, 𝒒𝒖𝒆𝒓𝒊𝒂 𝒎𝒂𝒏𝒅𝒂𝒓 𝒗𝒄 𝒊𝒓 𝒔𝒆
𝒇𝒐𝒅𝒆𝒓. 𝑴𝒂𝒊𝒔... 𝒄𝒐𝒎𝒐 𝒗𝒄 𝒇𝒐𝒊 𝒃𝒆𝒎 𝒐𝒃𝒆𝒅𝒊𝒆𝒏𝒕𝒆,
𝒗𝒐𝒖 𝒍𝒉𝒆 𝒇𝒂𝒛𝒆𝒓 𝒖𝒎 𝒑𝒆𝒒𝒖𝒆𝒏𝒐 𝒆 𝒃𝒓𝒆𝒗𝒆 𝒓𝒆𝒔𝒖𝒎𝒐
𝒅𝒂 𝒎𝒊𝒏𝒉𝒂 𝒗𝒊𝒅𝒂, 𝐌𝐀𝐒!, 𝑵𝒂̃𝒐 𝒄𝒐𝒏𝒕𝒂𝒓𝒆𝒊 𝒎𝒊𝒏𝒉𝒂
𝒗𝒆𝒆𝒅𝒂𝒅𝒆𝒊𝒓𝒂 𝒊𝒅𝒆𝒏𝒕𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆.
-𝑱𝒖𝒔𝒕𝒐.🙂🙂🙂
-🙄.
-𝑵𝒂𝒔𝒄𝒊 𝒅𝒆 𝒖𝒎𝒂 𝒇𝒂𝒎𝒊́𝒍𝒊𝒂 𝒎𝒖𝒊𝒕𝒐 𝒑𝒐𝒃𝒓𝒆, 𝒎𝒆𝒖𝒔
𝒑𝒂𝒊𝒔 𝒎𝒐𝒓𝒓𝒆𝒓𝒂𝒎 𝒒𝒖𝒂𝒏𝒅𝒐 𝒆𝒖 𝒏𝒂𝒔𝒄𝒊, 𝒆𝒏𝒕𝒂̃𝒐,
𝒇𝒖𝒊 𝒄𝒓𝒊𝒂𝒅𝒐(𝒂), 𝒑𝒆𝒍𝒐 𝒎𝒆𝒖 𝒊𝒓𝒎𝒂̃𝒐. 𝑴𝒂𝒊𝒔 𝒍𝒐𝒈𝒐
𝒆𝒍𝒆 𝒔𝒆 𝒂𝒑𝒂𝒊𝒙𝒐𝒏𝒐𝒖 𝒑𝒐𝒓 𝒖𝒎 𝒄𝒂𝒓𝒂, 𝒆 𝒇𝒐𝒊
𝒆𝒎𝒃𝒐𝒓𝒂, 𝒆𝒏𝒕𝒂̃𝒐 𝒕𝒊𝒗𝒆 𝒒𝒖𝒆 𝒎𝒆 𝒗𝒊𝒓𝒂𝒆. 𝑬 𝒇𝒐𝒊 𝒂𝒊́
𝒒𝒖𝒆 𝒆𝒖 𝒗𝒊. 𝑼𝒎𝒂 𝒄𝒉𝒂𝒏𝒄𝒆 𝒅𝒆 𝒎𝒆 𝒔𝒂𝒍𝒗𝒂𝒓. 𝑽𝒊
𝒖𝒎𝒂 𝒈𝒂𝒓𝒐𝒕𝒂 𝒄𝒐𝒎 𝒖𝒎 𝒄𝒆𝒍𝒖𝒍𝒂𝒓 𝒎𝒐𝒔𝒄𝒂𝒏𝒅𝒐,
𝒆𝒏𝒕𝒂̃𝒐 𝒆𝒖 𝒂 𝒓𝒐𝒖𝒃𝒆𝒊, 𝒆 𝒗𝒆𝒏𝒅𝒊 𝒐 𝒄𝒆𝒍𝒖𝒍𝒂𝒓.
-𝑪𝒂𝒓𝒂𝒎𝒃𝒂, 𝒒𝒖𝒆 𝒗𝒊𝒅𝒂 𝒔𝒐𝒇𝒓𝒊𝒅𝒂 𝒗𝒄 𝒕𝒆𝒗𝒆😔. 𝑺𝒐́ 𝒏̃ 𝒆𝒏𝒕𝒆𝒏𝒅𝒊 𝒖𝒎𝒂 𝒄𝒐𝒊𝒔𝒂.
-𝑽𝒐𝒄𝒆̂ 𝒆́ 𝒃𝒖𝒓𝒓𝒐?, 𝑺𝒆 𝒇𝒂𝒛?, 𝑶𝒖 𝒐 𝒒𝒖𝒆?.
-𝑵𝒂̃𝒐 𝒆́ 𝒊𝒔𝒔𝒐, 𝒆𝒖 𝒆𝒏𝒕𝒆𝒏𝒅𝒊 𝒔𝒆𝒖𝒔 𝒎𝒐𝒕𝒊𝒗𝒐𝒔, 𝒆𝒖 𝒔𝒐́ 𝒏𝒂̃𝒐 𝒆𝒏𝒕𝒆𝒏𝒅𝒐, 𝒐 𝒎𝒐𝒕𝒊𝒗𝒐 𝒅𝒆 𝒗𝒄 𝒕𝒆𝒓 𝒓𝒂𝒊𝒗𝒂 𝒅𝒂 𝑵𝒂𝒚𝒂𝒓𝒂. 𝑬 𝒏𝒆𝒎 𝒐 𝒎𝒐𝒕𝒊𝒗𝒐 𝒅𝒆 𝒗𝒄 𝒆𝒔𝒕𝒂𝒓 𝒎𝒆 𝒂𝒋𝒖𝒅𝒂𝒏𝒅𝒐.
-𝑨 𝒓𝒆𝒔𝒑𝒐𝒔𝒕𝒂 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒆𝒔𝒔𝒂𝒔 𝒅𝒖𝒂𝒔 𝒑𝒆𝒆𝒈𝒖𝒏𝒕𝒂𝒔, 𝒔𝒂̃𝒐
𝒖𝒎𝒂 𝒔𝒐́.
-𝑸𝒖𝒆 𝒔𝒆𝒓𝒊𝒂?.
-𝑽𝒊𝒏𝒈𝒂𝒏𝒄̧𝒂. 𝑵𝒂𝒚𝒂𝒓𝒂 𝒎𝒆 𝒎𝒂𝒈𝒐𝒐𝒖 𝒎𝒖𝒊𝒕𝒐
𝒒𝒖𝒂𝒏𝒅𝒐 𝒏𝒐𝒔 𝒄𝒐𝒏𝒉𝒆𝒄𝒆𝒎𝒐𝒔, 𝒆 𝒈𝒓𝒂𝒄̧𝒂𝒔 𝒂 𝒆𝒍𝒂, 𝒂
𝒎𝒆𝒕𝒂𝒅𝒆 𝒅𝒐 𝒎𝒖𝒏𝒅𝒐 𝒎𝒆 𝒐𝒅𝒆𝒊𝒂. 𝑨𝒈𝒐𝒓𝒂. 𝑺𝒐́ 𝒒𝒖𝒆𝒓𝒐
𝒓𝒆𝒕𝒓𝒊𝒃𝒖𝒊𝒓 𝒐 𝒇𝒂𝒗𝒐𝒓.
-𝑱𝒖𝒔𝒕𝒐 𝒏𝒐𝒗𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒆🙂.
-𝑺𝒐́ 𝒊𝒔𝒔𝒐 𝒒𝒖𝒆 𝒗𝒄 𝒑𝒓𝒆𝒄𝒊𝒔𝒂 𝒔𝒂𝒃𝒆𝒓. 𝑨𝒅𝒆𝒖𝒔,
𝒑𝒓𝒆𝒄𝒊𝒔𝒐 𝒄𝒉𝒆𝒄𝒂𝒓 𝒎𝒂𝒊𝒔 𝒊𝒏𝒇𝒐𝒓𝒎𝒂𝒄̧𝒐̃𝒆𝒔.
~𝑀𝑒𝑛𝑠𝑎𝑔𝑒𝑚 𝑜𝑓𝑓~
Como sempre, o vilão, é apenas um injustiçado, na qual a história não foi contada. Pois é como dizem, o lobo sempre será mal, se a história for contada pela chapeuzinho vermelho. Entendo as razões de Info-Chan para querer se vingar de todos, mais ainda ficou um grande furo nessa conversa. Ele(a), não me contou de fato o que Nayara lhe fez, para o(a) mesmo(a), estar com tanta raiva no coração. Mais também há um furo, o que de fato, fez ela(e) querer ME ajudar, já que muitas pessoas sentem raiva, ou até ódio da Nayara, uns mais que outros, mais...por qual razão ajudar logo a MIM?!, Não faz o menor sentido. Outro furo é, como ela(e) conseguiu comprar um computador, com o dinheiro de UM CELULAR?, Um celular é bem mais barato que um computador, essa história tá muito mal contada, Info-Chan, não foi sincera(o), e disso não há dúvidas, somente mais uma, porque?, Porque mentir?, Isso tudo para ficar em segredo?, Não faz sentido, estou confuso de mais, a parte do irmão dele(a), parece ser verídica, ou seja, parece ser verdade, mais ainda sim, não justifica muita coisa, e sinto que essa história é falsa em algumas partes, pois não faz o menor sentido pra mim, mais acho melhor eu não perguntar, já que sei que não vou obter a resposta que eu tanto desejo ouvir. Me levantei da cama, e calcei meus sapatos, e fui dar uma volta, mesmo sabendo que estava tarde da noite, eu precisava dar uma volta, talvez assim, eu consiga decifrar a história de Info-Chan de uma vez por todas.
Mesmo não tendo nenhum sucesso com a descoberta da história de Info-Chan, não desanimei, já que eu ainda estava radiante de felicidade, só pelo fato de saber que Nayara irá morrer logo, e enfim, o caminho estará livre para mim ficar com Emilly para sempre, e ninguém nunca vai nos interferir. Já que estávamos falando de passado, há uma coisa sobre meu passado, que ninguém, nem a(o) própria(o) Info-Chan é capaz de descobrir.Desde criança, eu sempre me perguntava, será que eu conseguiria encontrar a felicidade um dia, e a resposta dessa pergunta nunca apareceu, até eu conhecê-la. Certa vez, quando eu tinha 8 anos, me apaixonei por uma garota, muito bonita, seus olhos eram de cor lilás, e seus cabelos brancos, assim como Emilly, porém seu nome era 𝐀𝐲𝐮𝐦𝐢, 𝐀𝐲𝐮𝐦𝐢 𝐀𝐧𝐝𝐫𝐞𝐰𝐬. Ela era simplesmente, a razão do meu viver. Nos conhecemos no meu primeiro dia de aula, eu e ela estávamos perdidos no corredor procurando a sala de aula, e então resolvemos conversar um pouco, até que ficamos amigos. Eu e Ayumi éramos inseparáveis, até que completei 16 anos, e tudo virou uma grande confusão. Pois eu resolvi me confessar para Ayumi, já que faziam anos que eu havia escondido e reprimido meus sentimentos por ela, mais sua reação não foi o que eu esperava, já que ela simplesmente disse que eu não fazia o tipo dela, e que estava feliz em ser só minha amiga, e disse também que já estava apaixonada por outra pessoa, quem era essa pessoa?, Simples, uma outra garota, de cabelos pretos e curtos, seus olhos eram meio azulados, um pouco puxado pro cinza, assim como Nayara. Porém a garota se chamava 𝐀𝐧𝐧𝐚,
𝐀𝐧𝐧𝐚 𝐊𝐞𝐧𝐝𝐫𝐢𝐜𝐤 Quando me confessei para Ayumi, estávamos no quinto andar do prédio onde o pai dela trabalhava. Corri para longe, e chorei bastante, até que ouvi uma conversa entre Ayumi e Anna, e ambas estavam dizendo que estavam ansiosas para se assumirem ao mundo, mais eu não permitiria isso, pois, se eu não poderia ter Ayumi, ninguém mais poderia. Esperei até Anna se retirasse, e fui até Ayumi, a puxando pela gola da sua jaqueta de couro preta, a pendurando no corrimão do andar de cima. Meus olhos estavam cheios de lágrimas, minha mente, cheia de pensamentos negativos, e meu coração, com uma tristeza incurável. Olhei no fundo dos olhos de Ayumi, lhe dei um beijo na testa, sorri delicadamente, lhe disse adeus, e a empurrei, fazendo a mesma cair do quinto andar do prédio. O barulho foi bem alto, e só quando vi seu pescoço quebrado, junto com seu sangue espalhado pelo chão, que percebi a besteira que eu havia feito. Desci as escadas o mais rápido que pude, me abaixei ao seu lado, puxando seu corpo para meu colo, enquanto eu afastava seus cabelos de seu rosto. Seus cabelos brancos, agora estavam num tom avermelhado por conta do sangue que escorria de sua cabeça, que também havia quebrado quando a mesma caiu. Uma poça de sangue manchava o belo piso branco que havia no local, e os gritos das pessoas ao redor, me impediam de ouvir a lenta, e deprimente música que tocava na rádio naquele dia. No mesmo dia, após seis longas horas, Ayumi foi enterrada, e aos poucos, todos saiam de seu velório, deixando somente eu, o túmulo de Ayumi, e isso outros túmulos. Assim que me dei conta de que nunca mais a veria, senti um vazio incurável apertar meu peito, minhas lágrimas, se recusavam a parar, minha respiração, não voltava, e minha culpa, não saía de meus ombros. Era como se Ayumi fosse sair do túmulo a qualquer momento, e fosse dizer: 𝐄𝐬𝐭𝐨𝐮 𝐝𝐞𝐜𝐞𝐩𝐜𝐢𝐨𝐧𝐚𝐝𝐚 𝐜𝐨𝐦 𝐯𝐨𝐜𝐞̂ 𝐇𝐚𝐲𝐚𝐭𝐨 𝐊𝐮𝐧. E com razão ela estaria decepcionada, afinal de contas, eu a matei, tirei de mim, a única pessoa que de fato importava na minha vida. Hoje em dia, ainda guardo a culpa comigo, o meu vazio, ainda não foi preenchido, pelo menos ainda não. O verdadeiro motivo de eu estar com Emilly, é Ayumi, já que ambas são bem parecidas, não só de aparência, mais também de caráter, então, quando vejo Emilly, sinto a presença de Ayumi, mesmo sabendo que sou um pouco mais velho que Emilly, e que Ayumi, era um ano mais velha que eu. Nayara, me lembra Anna, e isso, me faz pensar que estou vivendo aquela época de novo, mais dessa vez, a minha querida Anna/Nayara, irá desaparecer de uma vez por todas. É como se o universo tivesse me dado uma segunda chance de estar com Ayumi, e dessa vez, não precisarei fazer nada, só ficar com Emilly, até que ela finalmente esqueça que Nayara existe, ou até, esquecer que um dia Nayara existiu nesse mundo. Só de lembrar dos olhos de Ayumi, sinto vontade de chorar, assim como no dia em que eu a matei, mais não vou chorar, pelo menos não agora, já que acabo de ver Emilly, sentada num banco, parecendo meio desolada, e perdida em pensamentos. Essa é minha chance, preciso ficar perto dela, preciso me aproximar dela o máximo que der, pois não sei que o mundo não me dará outra chance como essa. Fui até Emilly, e me sentei ao seu lado, mais sem olhar para ela, já que a mesma abraça seus joelhos, como se os mesmos fossem desgrudar do corpo se ela os soltasse.
-A lua está linda não está?- pergunto.
-....
-Eu sinto muito, não queria ter te contado daquele jeito, eu estava com ciúmes, e com raiva, já que você estava passando mais tempo com a Nayara do que comigo- digo.
-.....
-Fui muito idiota eu sei, mais eu não aguentava mais todo mundo falando: 𝐄𝐦𝐢𝐥𝐥𝐲 𝐯𝐚𝐢 𝐭𝐞 𝐭𝐫𝐨𝐜𝐚𝐫 𝐩𝐞𝐥𝐚 𝐍𝐚𝐲𝐚𝐫𝐚 𝐧𝐚 𝐩𝐫𝐢𝐦𝐞𝐢𝐫𝐚 𝐨𝐩𝐨𝐫𝐭𝐮𝐧𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞, 𝐬𝐞 𝐞𝐮 𝐟𝐨𝐬𝐬𝐞 𝐯𝐨𝐜𝐞̂ 𝐞𝐮 𝐝𝐞𝐬𝐢𝐬𝐭𝐢𝐚, 𝐨𝐮 𝐚𝐛𝐫𝐢𝐚 𝐨 𝐨𝐥𝐡𝐨, e blá, blá, blá, blá, blá- digo, a fazendo dar um sorriso, mais a mesma ainda não parece querer dizer nada.
-....
-Eu resolvi dar uma volta pra esfriar a cabeça, também estou com alguns pensamentos ruins, e também algumas lembranças dolorosas na mente- explico- quer dar uma volta comigo pra poder relaxar?.
-Obrigado- finalmente diz, mais sua voz está trêmula, não só por conta da sua vontade de chorar, mais também por causa do frio. Retiro meu moletom, e lhe entrego a deixando surpresa.
-Toma. Sei que não quer conversar, mais pelos não vai passar frio- sorrio para ela.
-Obrigado novamente- ela diz após vestir meu moletom, voltando a abraçar seus joelhos.
-Quer que eu te leve pra casa?- pergunto.
-Não. E se não se importa, eu gostaria de ficar sozinha, por favor- diz sem olhar pra mim.
-Ok. Eu já andei bastante mesmo- digo sorrindo- acho que vou pra casa, me jogar debaixo das cobertas, e fingir que não escuto os gemidos da minha mãe, enquanto ela transa com algum cara, na qual ela não faz nem questão de querer saber o nome- a faço sorrir novamente- Tchau Emy San- dou um beijo em sua testa, assim como eu fazia com Ayumi.
-Tchau. Até amanhã- ela diz, novamente enterrando seu rosto em seu joelho.
Me virei, e comecei a caminhar para longe dali, mais, antes de finalmente ir, olhei para trás, ainda vendo Emilly ali, sozinha, perdida, sem rumo, e sem forças para continuar (e olha que Nayara nem morreu ainda), vê-la assim, me lembra, o jeito que Anna ficou quando Ayumi Chan morreu, mais, lembrar do rosto patético de Anna, me faz querer rir, e muito. Me pergunto, como ela está hoje. Atualmente, se ela ainda estiver viva, ela tem a mesma idade que eu, mais provavelmente sua aparência deve ter mudado, disso, não tenho dúvidas, mais quem se importa?, Ela não faz diferença nenhuma, pelo menos, não para esse capítulo da minha vida.