⚠️AVISOS⚠️
/// Olá olá!
Emi passando para dar aqueles avisos básicos!
Bom, como vocês já sabem, nós estamos na reta final de Luar Sangrento e, como forma de dizer adeus de um jeito mais bonito, estarei dedicando estes últimos capítulos a algumas leitoras que tenho muito carinho. Como não posso garantir de postar nada no dia exato - sabem como a autora é sobre datas - então estarei postando todos durante o seguimento das próximas duas semanas ou menos!
Este capítulo 37 é para alguém que faz niver dia 15 e que juntou-se ao complô de ameaças contra mim, mas que continuo gostando:
Feliz aniversário adiantado, borboletinha! 🥳🥳❤️❤️❤️✨
Vamos pra leitura? Façam um bom aproveito, lobinhos ! ///
P.O.V Narrador-
É sempre estranho o pensamento do recomeço!
Não um estranho ruim, mas um estranho quase reconfortante.
É bom poder recomeçar, é bom poder viver de verdade, melhor ainda quando se faz isso ao lado de pessoas especiais. Ao lado das pessoas que ama!
NamJoon, naquele momento, estava recomeçando. Revivendo.
Ele tinha saído do hospital fazia mais de uma semana, já estava indo para o hospital tirar os pontos e era acompanhado por Jin e Tae, já que Jimin e JK estavam indo para uma viagem só eles dois e Bam - que havia se recuperado depois de três cirurgias bem sucedidas!
JK havia dado apoio a família de Nádia e pago todo o enterro da mulher, além de ter deixado claro que continuaria pagando o salário da mulher para a mãe dela que precisava de ajuda. Contudo, agora, ele disse querer aproveitar um pouco um momento tranquilo com o filho de quatro patas e seu - quase - namorado, por isso eles iam passar duas semanas numa cidade de interior longe dali.
E Jin havia se disposto a cuidar de Nam integralmente tanto que quase se mudara para o apartamento do alfa - coisa que o mesmo não reclamou, apesar de ainda estar inseguro com tudo aquilo.
-Sabe hyung, eu comecei a odiar hospitais tanto quanto você. - Tae comentou ao entrarem na sala indicada pela enfermeira.
-Todos nós odiamos, Tae. - NamJoon falou enquanto saía da cadeira de rodas para a maca com ajuda do alfa azulado e do ômega de olheiras profundas.
-Vocês dois são dois alfas resmungões, credo. Só estamos vindo aqui pra ficar uma hora e nada mais.
-Uma hora pra quem ficou dias internado é nada, mas ainda assim estamos no hospital.
-Nam, nós só vamos tirar seus pontos, depois disso você vai se ver livre do hospital! - o homem com cheiro de chocolate falou de maneira mansa, sorriu dócil e lhe deu um selinho bem rápido.
-Está bem!
-Aí, vocês são tão lindos! - o alfa de cabelos azuis falava de maneira eufórica enquanto batia palmas e os dois que eram observados apenas riram ao negar com a cabeça.
-Com licença, vim retirar seus pontos, senhor Kim! - a enfermeira, Choi, entrou na sala com seus equipamentos.
-Oi Choi, bom te ver!
-Ah, oi Jin, que bom ver você também! - a senhora sorria abertamente para o ômega.
-Como está sua filha? Ela se recuperou da gastrite? - enquanto eles dois conversavam os dois alfas apenas observavam aquela intimidade toda.
-Menino, você acredita que ela descobriu que está grávida?! - os três homens pareceram impressionados com a informação, mas o ômega sorriu junto da senhora.
-E você ainda tinha falado, né? - o moreno falou de forma divertida.
-Olha só como é a vida, né? - a outra também usou do mesmo tom.
-Mas e aí? Ela está feliz com isso? Você me disse que ela estava pensando em se separar do marido e tudo. - o ômega segurava a mão do alfa deitado na maca enquanto conversava com a enfermeira e observava ela fazer o procedimento todo no abdômen do outro.
-É aí que a história melhora. Eu não contei que ela tinha conhecido uma pessoa numa festa do trabalho?
-Sim, contou.
-Então, depois que ela descobriu que o marido estava traindo ela com aquele carinha do distrito, ela decidiu que iria sair com alguém também, daí esse carinha apareceu.
-O filho é do amante?
-Exatamente! - todos pareciam perplexos com a história e a mulher sorria balançando a cabeça.
-Mulher, que loucura isso. E agora? Ela vai se divorciar de vez? O cara lá vai assumir?
-Olha, até onde ela me contou o cara disse que quer assumir sim, meu genro ficou possesso, mas quem pediu o divórcio foi ela porque, dizendo ela, vai ficar com o carinha pra ter o neném.
-Nossa mulher, mas que coisa maluca né? Passou anos casada com o cara, nunca conseguiu engravidar, aí ela vai ter uma pulada de cerca com alguém aleatório e embucha!
-Isso mesmo, Jin, uma loucura! Mas eu falei pra ela, que ela trate de cuidar dessa criança e tomar rumo na vida porque eu não vou ficar passando a mão na cabeça dela não. Vou ajudar com o bebê e tudo, mas a responsabilidade é dela.
-E eu concordo com você, viu!
-Bom, terminamos, senhor Kim. Está de parabéns, seus pontos estão muito bem cuidados e curados. Agora só manter o ritmo de cuidado pelo próximo mês e você está liberado totalmente!
-Precisarei voltar aqui?
-Não, pode comemorar, está livre de nós! - a mulher falava com divertimento.
-Não é isso, vocês são maravilhosas, mas odeio esse lugar.
-Eu entendo, as vezes odeio também.
-Obrigado, Choi!
-Por nada, querido. Fique bem. Tchau, meninos!
-Tchau!
-Pronto pra ir pra casa, rabugento? - Taehyung perguntou depois que a mulher fechou a porta.
-Prontíssimo!
-Vamos então! - ajudei ele a levantar, se arrumar novamente e saímos andando.
***
Enquanto estes se recuperavam da enorme confusão criada pela ignorância de certos humanos, um pouco longe dali a catalisadora de toda essa confusão - mesmo que fosse sem querer - estava sentada na varanda da grande casa branca com uma xícara de chá e olhando seu companheiro de "férias" aprendendo sobre mecânica com o velho Kim.
-Ele é um bom rapaz! - o cheiro de limão siciliano agraciou seus sentidos antes que a voz doce chegasse aos ouvidos.
-Ele é sim! - o sorriso em seu rosto era um tanto bobo.
-E você gosta dele.
-Eu não sei.
-Isso não foi uma pergunta, querida. - a alfa olhou a mulher a sua frente, tão parecida com seu filho, de maneira um tanto incrédula.
-Como assim?
-Existem duas coisas que se aprende com a idade e que a maioria das pessoas não sabe: identificar quem odeia e quem ama! Você pode não ama-lo, mas gosta dele!
-É complicado...
-Seu coração ainda está ferido?
-Eu perdi minha noiva... Min Yoongi a matou. Então, sim, meu coração está destruído...
-Mas?
-Mas... Jackson é meu amigo desde sempre. Ele me apoia da maneira mais bonita e genuína possível. É fácil gostar dele, sabe?
-Sim, sei. Acredite querida, gostar de quem é para você pode ser mais fácil que sentir sede no deserto!
-Quem é para você?
-O que? Vai dizer que não percebeu? Você é bastante inteligente e intuitiva, Hanna, deve ter entendido que essa facilidade e essa vontade de gostar dele não veio sozinha.
-Não quero ficar com ele por causa de um elo.
-Você não precisa. O elo é um facilitador, mas se não existir uma verdadeira conexão, ele não serve para nada além de machucar. Você tem que procurar saber se vocês dois são conectados ou se você só está buscando nele uma âncora para atracar seu coração ferido e ter tempo de cura-lo.
-Eu jamais faria isso.
-Então...
-Eu não posso prometer nada a ele... Também não quero prende-lo a mim quando eu não sou, não tenho nada. Eu estou vazia, Sam. Estou me encontrando, me curando e me preenchendo agora, não posso colocar em cima dele o peso de aguentar essa instabilidade que eu represento!
-Você fala como uma tola.
-O que?! - indignação genuína atravessava o rosto da morena.
-Acha mesmo que ele se importa se está cheia, vazia, pela metade ou o que seja? Hanna, esse rapaz ama você e, pela forma como vejo ele trata-la e olha-la, o que menos importa para ele é seu estado atual, mas o que de verdade importa é como vocês podem se ajudar, se curar e crescer juntos. Você só está com medo de que no fim das contas ele acabe sendo morto também e aí sim você acabe morrendo com ele pela dor que te causaria após entregar novamente seus cacos a alguém.
-Jackson não vai morrer, jamais permitirei isso. - sua fala foi firme, quase irritadiça, enquanto olhava para ele numa promessa silenciosa.
-Vê. É isso que estou falando. - a ômega olhava a alfa com carinho e doçura. - Querida, as vezes nós devemos correr o risco de sofrer as consequências de viver de verdade!
-Eu não sei... Acho que está tudo tão recente...
-Bom, tente pelo menos. Tente se aproximar, deixar fluir. Não fique em negação ou se privando de qualquer que seja a situação. Viva e se a vida lhe der uma rasteira novamente, bom... Tire a poeira da bunda e levante do chão de novo, este não é o lugar onde devemos estar!
-E o que acha que eu deveria fazer agora? - a jovem olhava a mulher que se levantará da cadeira para entrar de volta na casa.
-Faça o que tiver vontade. - os ombros da mulher balançaram e ela sorriu, entrando dentro de casa e deixando a alfa com seus pensamentos a mil.
Os olhos castanhos voaram para a direção aonde o outro alfa estava, ainda mexendo no carro velho que aquele senhor pegará para arrumar, alheio aos seus batimentos acelerados e as mãos suadas devido a ansiedade de tomar coragem para fazer o que queria. O que realmente queria!
-JACK! - chamou o loiro que sorria abertamente para o alfa de cabelos grisalhos.
-Oi? - a voz mansa arrepiou o corpo da jovem e a mesma respirou fundo antes de falar.
-Vai demorar muito aí? Queria ir na cachoeira! - a expectativa fazia com que seu estômago girasse.
-Ah, é...
-Vai lá, rapaz. Teremos tempo depois do almoço para terminar o motor. Vá se refrescar com a Hanna! - o senhor falou, com a mão nos ombros firmes do alfa e um sorriso gentil no rosto.
-Está bem, mas não faça nada sozinho, hm? Quero que me ensine e não pode se esforçar, está muito quente! - falou ao fechar o capô do carro.
-Claro, claro. Ande logo, não deixe a dama esperando! - enquanto era empurrado de leve o rapaz sorria na direção da alfa que estava em pé na escada da varanda.
-Não vai pegar um biquini?
-Eu já estou vestindo.
-Ah, está bem. Vou correndo lá em cima pegar uma sunga, já volto.
-Tudo bem.
Enquanto esperava, a moça ouvia a cantoria da mulher dentro de casa, esta que cozinhava o almoço do dia com toda empolgação e alegria do mundo, como se sentisse feliz por ver os outros podendo ser felizes.
Hanna sorriu para o grito afobado de Jackson dizendo que estava descendo e logo a figura masculina apareceu ao seu lado.
-Peguei umas coisas que podemos precisar também. Quer que eu peça um lanche a Sam?
-Não, Jay, não acho que vamos demorar, só quero dar um mergulho!
-Ah, então tá bom!
Eles deram um tchau para os dois homens que estavam ali e saíram andando pela trilha que os levaria a cachoeira. O silêncio entre eles era confortável, e sorriam de vez em quando para algo que o outro apontava de interessante no caminho.
O barulho da queda d'água logo chegou aos ouvidos e eles pararam para admirar o lugar.
Não era algo majestoso como o da família de Hanna, mas com certeza tinha algo ali que os fazia se sentir confortáveis, com vontade de entrar na água e ficar nela. Era uma sensação de casa que eles nunca conseguiriam explicar!
-Vai entrar? - a garota perguntou ao retirar a blusa que vestia.
-Claro. - o sorriso do loiro aquecia o peito da menor de um jeito bom, diferente do calor que vinha do sol, este queimava suas peles sem nenhuma piedade!
-Você deveria ter passado protetor solar antes, vai ficar vermelho que nem um pimentão.
-Ah não, eu estou bem. Vem, vamos entrar! - ele segurou na mão da morena e os dois pularam na água gelada e corrente.
-AI... ISSO TÁ MUITO GELADO! - a morena gritou enquanto ria.
-O sol tá mais pra lá, vamos ficar ali. - ele puxou ela pela mão, mas ao invés de seguir ele para onde o sol batia na água, a alfa se aproximou dele e encostou no peito nu do outro.
-Prefiro ficar assim, pode ser? - ela ergueu o rosto do peitoral dele e admirou a expressão surpresa do loiro. - Jack...
-Ah, sim. Claro, pode sim. - o nervosismo dele não impediu que ele abraçasse a cintura da menor. - Assim fica melhor? - perguntou ao que ela relaxou em seu aperto.
-Sim, é bom.
-Hanna...
-Eu sei que estamos vivendo um momento complicado, sei que estamos vivendo quase como dois fugitivos e que podemos passar muito tempo sem voltar pra casa ou pra normalidade de nossa vida, mas... Não quero esperar esse tempo passar para falar o que preciso.
-O que quer dizer?
-Eu... Jack, eu...
-Hanna, está tudo bem. Estou aqui, pode falar o que quiser comigo! - o rapaz a interrompeu ao perceber seu nervosismo.
-Eu gosto de você, Jackson! - ela sentiu o corpo do homem tensionar sob seu toque e olhou para cima, encontrando os olhos arregalados dele. - Jackson?! Ei, está tudo bem?
-Você... Você o que?
-Eu disse que gosto de você!
-É... Eu também gosto de você, Hanna. Você é uma mulher incrível e uma amiga...
-Você entendeu o que eu quis dizer, seu bobão, não começa a se fazer de desentendido não. - ela se afastou um pouco dele e percebeu sentir falta do calor de seu corpo, mas queria parecer firme ao falar aquelas palavras. Queria olha-lo nos olhos!
-Pequena, olha...
-Não ache que estou falando isso da boca pra fora, ou que estou falando isso movida por carência ou qualquer outro sentimento que passe por sua cabeça. - o loiro se calou e a alfa soltou um suspiro pesado. - Jackson, eu conheço você já fazem anos. Sei de cada coisa sua, manias, gostos, desgostos, imperfeições e perfeições, todos os seus tiques nervosos com algumas situações. Tudo mesmo. Inclusive sei quando suas atitudes indicam que sente algo diferente...
-Você sabe?
-Sim! - o sorriso de divertimento da moça era causado pelo nervosismo do outro. - Eu sei que nada do que fez foi na intenção de me conquistar ou de se mostrar digno de partilhar um sentimento comigo, mas... Você nem mesmo precisaria fazê-lo.
-Como assim?
-Eu amei muito Jihyo. Ainda amo, pra ser bem sincera, mas ama-la não significa que devo ficar presa a sua memória, a sua pessoa, como estava fazendo. Ela se foi e sinto meu peito apertar só de pensar nos motivos para isso, mas sei que ela odiaria me ver vivendo em frangalhos como uma pessoa sem esperança ou objetivos. Então, eu vou sempre manter seu amor e carinho em meu coração, mas acredito que seja necessário dar um passo pra frente... Mesmo que sejam passinhos pequenos.
-Passinhos de tartaruga.
-É... Passinhos de tartaruga! - seus olhares se encontraram enquanto os dois sorriam pela menção aquela frase, eles ficaram hipnotizados e seus corpos voltaram a se aproximar. - Eu quero pedir uma coisa.
-Peça o que quiser.
-Quero que me aceite ainda quebrada, ainda machucada, ainda vazia. Não estou pedindo para que me concerte ou me preencha, por mais que você já faça isso sem nem perceber, mas... Estou pedindo para que me aceite dessa forma como estou. Mesmo instável e sem nenhuma certeza sobre o futuro em si, acredito que se aconteceu de eu cativar seu coração, seja por um bom motivo!
-Você cativaria meu coração sem esforço algum, Hanna. - o polegar frio tocou a bochecha um tanto rubra da menor e ele sorriu quando ela recostou o rosto em sua palma. - Eu quem devo lutar para cativar o seu, agora. E, não se preocupe, não vou avançar nada. Faremos como as rosas que esperam o tempo certo para florescer, como aquela rosa que esperou ser cativada pelo menino! E não tem que me pedir que aceite você, eu deveria me sentir honrado por desejar isso.
-Fala como se fosse algo maravilhoso me amar.
-E é! - novamente os olhos brilhosos se encontraram. - É muito fácil te amar, é muito maravilhoso te amar e, sem dúvidas, é magnífico ter a oportunidade de ser amado por você também! Jihyo foi uma mulher incrível e aposto que ela se sentia tão sortuda quanto eu por tê-la em sua vida, exatamente por isso que nunca desejaria que você a esquecesse ou deixasse ir. Entendo o que quer dizer com seguir em frente, com liberta-la de ficar aqui ao seu lado e permitir que ela siga seu caminho agora, mas sei que não é assim que as coisas funcionam. Não precisa deixar a memória dela ir embora, nem tentar amenizar o amor que sente por ela. Quero apenas que se permita sentir coisas novas, diferentes, renovadoras. Quero que se permita preencher-se de novo pela vida, seja comigo, seja com qualquer outra pessoa!
-Não faz isso.
-O que?
-Me tratar como uma joia... Como se eu fosse algo especial.
-Você é muito mais que isso.
-Não sou.
-É sim e não é você quem deve decidir isso.
-Então é quem? Você?
-Eu e qualquer um que tenha o mínimo de juízo na cabeça!
-Jack!
-O que?! Eu só estou sendo sincero!
-Sincero até demais!
-Ah não. Seria sincero demais se falasse que acho você uma puta de uma gostosa e que adoraria te beijar agora, mas eu não vou fazer isso, porque estou sendo um sincero em nível médio! - o alfa loiro riu da mulher que lhe olhou com a expressão arregalada e depois se tornou um tomate pela vergonha que pintou sua face.
-Céus! - a morena escondeu o rosto com as mãos, mas logo teve seus pulsos segurados com outras mãos firmes, as afastando.
-Venha cá! - o alfa puxou ela para um abraço novamente e os dois sorriram com a proximidade.
-Consigo ouvir seu coração, parece que ele está batendo na minha bochecha!
-Você consegue ouvir meu coração sem esforço nenhum, sua gatinha raivosa!
-Seu chato! - ela o empurrou e sorriu para o mesmo de maneira travessa.
-No que está pensando?
-Agora?
-Sim...
-Que você jamais conseguiria me pegar!
-Ah é mesmo?
-Sim.
-Vamos ver então, gatinha! - o homem começou a persegui-la e logo risadas e gritos reverberavam nas pedras daquela cachoeira.
A cachoeira que testemunhava o início de uma caminhada que poderia demorar sim, já que eles escolheram dar passinhos de tartaruga, mas uma caminhada que, pela vontade de todos ao seu redor e acima deles, daria certo e valeria a pena!
A cachoeira que não tinha só a água, os pássaros e o sol testemunhando aquela brincadeira tão significativa, mas tinha também os olhos daqueles que desejavam com toda sua eterna e divina vida que aquele amor, finalmente, tivesse seu "felizes para sempre"!
-Peguei você! - os braços fortes rodearam a cintura fina da mulher que sorria ofegante.
-VOCÊ ROUBOU!
-CLARO QUE NÃO! - os dois riam, ofegantes e se sentindo já bem quentes novamente.
-Jack...
-Hm?
-Pode me soltar agora. - a morena deu uma risadinha para o susto do homem que pareceu perceber o que fazia só naquele momento.
-Me desculpe.
-Está tudo bem! - ela se virou de frente para ele e sorriu.
-Você é linda!
-Você também... É bonitinho! - ela brincou, rindo da face contrariada do outro.
-Ah. É assim? - as mãos do alfa foram para as costelas da menor e seus dedos começaram a fazer cócegas.
-PARA! - o riso frouxo da jovem aquecia o coração do loiro e fazia sentir seu estômago revirar em êxtase.
-Então diga a verdade. Diga algo melhor que "bonitinho"!
-Se eu falar a verdade terei de dizer que você é um grande gostoso e que eu quero muito te beijar agora! Então, vou continuar falando...
As mãos do rapaz puxaram o corpo da morena para colar o peito dela no dele assim como suas bocas se colaram quando ele segurou na nuca dela para que iniciassem um beijo intenso entre os dois.
Seus dedos que seguravam o cabelo dela com força formigaram, o estômago deu voltas com aquela paixão fervilhante.
As mãos um tanto frias da morena passaram pelo braço do alfa, subiram deslizando com os dedos e pararam em seu pescoço, o beijo numa mistura de gostos, sentimentos e desejos!
O ar se fez necessário depois de algum tempo naquele ósculo fervente e os dois grudaram as testas numa risada ofegante.
-EI! - ouviram a voz rouca de longe e olharam um tanto assustados na direção da mesma. - Está na hora de almoçar, andem logo e saiam daí!
-Nós já vamos, hyung. - o alfa gritou sorrindo um tanto envergonhado.
-Vamos logo se não comerão comida fria.
-Já estamos indo, oppa! - o senhor já se virava para fazer o caminho de volta a casa quando a morena sorriu para o rosto ainda envergonhado do alfa mais velho. - Jack... Precisa me soltar! - a fala fez com que o loiro percebesse que tinha subido ela em seu colo.
-Desculpe... - as mãos um tanto machucadas do homem deslizaram pela pele macia quando ele soltou a alfa.
-Está tudo bem! - um selar rápido de bocas fez o coração dos dois acelerar novamente, mas a alfa começou a se movimentar para fora da água. - Vamos logo antes que o oppa venha nos puxar pela orelha!
-Sim, sim. E também, não quero comer comida fria, então ande mais rápido sua tartaruguinha! - o alfa falou enquanto começava a correr pela trilha sem nem se importar com suas coisas.
-JACKSON!
-VAMOS, VENHA ME PEGAR.
-SEU ALFA SAFADO, VOLTE AQUI!
-CORRE, CORRE, TARTARUGUINHA! - eles corriam em disparada, rindo bobos e nem se importando com suas roupas molhadas, apenas com aquela brincadeira besta que criaram entre si.
-SUA RAPOSA ARDILOSA!
-VAMOS TARTARUGUINHA! - suas gargalhadas reverberavam na mata, assustando alguns animais e criando um farfalhar nas folhas de árvores e plantas como se estas também rissem junto.
Para aqueles que estavam por dentro de toda a história de suas vidas e sabiam de seus trágicos momentos e finais, era quase assustador ouvir deles risadas tão altas e humoradas. Já para os que estavam de fora de todo o drama de suas vidas apenas acreditariam que eles estavam apaixonados e felizes em viver um momento juntos - não que fosse de todo errado, mas o custo para aquele momento tinha sido alto, árduo e um custo que jamais deveria ser cobrado a alguém. Não de novo!
Contudo, para os seres que ali estavam, vigiando o resultado de todo o seu trabalho de séculos, aquela cena significava nada mais que: validação!
Valeu a pena todo o trabalho de séculos que eles se propuseram a ter.
Valeu a pena e continuaria valendo dali em diante, esta era a promessa a se cumprir quando tudo estivesse devidamente resolvido e todos os objetos em seus devidos lugares.
Este era o último trabalho que eles deveriam fazer para, finalmente, aproveitar de boas férias daquele enorme filme de terror e tragédias!
-Vamos, Saja.
-Sim, senhora.
***
P.O.V NamJoon-
-Por que temos que ir neste lugar mesmo? - a pergunta de Hope veio com total desânimo.
-Porque preciso acabar com essa história por completo, Hoseok.
-Achei que ter salvo sua irmã e matado aquele velho nojento tivesse sido o suficiente.
-Foi o suficiente para evitar um sacrifício sem sentido, mas não para acabar com toda essa merda que ainda perpetua pela vida de Jin e a minha. - enquanto falava com o moreno ia arrumando as coisas que iria levar.
-E quando voltarmos? Como as coisas ficam? Sabe, você ainda não voltou pra empresa, ainda tem que resolver as questões sobre sua casa, a empresa da sua família... Sem contar no Min que ainda está foragido junto da sua mãe.
-Ela não é mais minha mãe, Hope. Ji-ae deixou de ser minha mãe no momento em que concordou em matar uma das pessoas que mais amo no mundo. Isso também vale para Jihoon.
-Eu sei, eu sei. Desculpe.
-Bom, deixe isso pra depois, terei tempo para pensar. - falei ouvindo meu amigo soltar um suspiro pesado. - Vamos? - segurei a bolsa que arrumara.
-Vamos, né.
-Relaxe, Jung. Ao menos desta vez não mataremos ninguém! - passei meu braço por seu pescoço enquanto andávamos lado a lado e sorri para si.
-Isso é tão animador! - o moreno revirou os olhos, mas logo sorriu comigo também. - Deveria dizer que ao menos não teremos ninguém morrendo desta vez!
-Ah isso é importante também!
-Você até hoje não contou sobre a sensação, nem falou sobre esse momento...
-Não tem muito o que falar cara, eu morri e, de alguma forma muito sinistra, voltei pro meu corpo de maneira brusca! - nós andávamos para fora do meu apartamento, indo em direção do elevador para pegar meu carro e ir buscar Jin para seguirmos juntos ao nosso destino final.
-De maneira brusca?
-Pois é. De alguma forma eu senti dor ao retornar minha alma para o meu corpo físico. Eu não contei isso ao Jin e peço que não o faça também, mas... Eu conseguia ouvi-lo.
-Sério?
-Sim. - entramos dentro do carro depois de colocar as bolsas no porta-malas e eu fui contando para meu amigo. - Era como se eu estivesse numa escuridão infinita e a única coisa que mantivesse minha consciência sobre algo físico fosse a voz dele... O cheiro dele.
-Por isso que quando acordou você ficou tão desesperado?
-É... Foi horrível achar que eu tivesse delirado todo aquele tempo, como se meu subconsciente quisesse me manter preso a algo, a um fio de esperança para a vida. Sei lá... Só sei que quando ele entrou no quarto, me olhando com aquelas duas esferas douradas repletas de um mix de emoções foi como se eu tivesse revivido de verdade. Como se eu realmente tivesse sido mantido aqui por ajuda dele e que ainda tivesse muito o que viver com ele!
-Isso daria uma puta história de amor.
-Uma história de amor um tanto trágica, não acha?
-Não. Você está vivo, ele também... Ainda podem viver a parte clichê do romance!
-É isso que estamos buscando agora, Hope. A parte clichê do meu romance! - sorri para ele e o mesmo me devolveu com um daqueles seus sorrisos solares, que iluminam e aquecem qualquer pessoa e qualquer ambiente.
Um tempo depois de dirigir mais um pouco conversando com meu amigo sobre o seu romance com Taehyung eu finalmente estacionei na frente do prédio de Jin.
Ele esperava na recepção e caminhou em direção ao carro assim que ouviu a buzina. Hoseok saiu do banco da frente para dar o lugar ao ômega e ajudou-o a colocar sua bolsa no porta-malas. Jin sentou no banco e ele fechou a porta pra si, os dois sorrindo de alguma coisa que haviam começado a conversar e sorrir com o cheiro do ômega tomando conta de todos os meus sentidos, tanto que nem percebi estar chegando perto dele para fungar em seu pescoço.
-Nam! - o ômega sorriu como se sentisse cócegas e me olhou com as bochechas um tanto rosadas.
-Desculpe, eu não resisti. Você está cheiroso!
-Claro, eu tomei banho, oras!
-Não... Seu cheiro... O chocolate, está mais forte!
-Ah... Eu parei com os remédios, lembra? Meu cheiro está voltando ao normal e meus hormônios estão se organizando também!
-Ah que bom!
-Vamos? Não gosto de fazer viagem a noite e daqui a pouco escurece!
-Certo. - sorri para ele e olhei para o retrovisor, na direção do meu amigo sentado ao nosso meio no banco de trás. - Hope, coloque o cinto. - falei de maneira firme e o mesmo olhou na direção de meus olhos.
-Cara, para de ser chato, eu já coloquei! - suas mãos se mexiam na sua cintura enquanto ele falava.
-Você está colocando agora! - SeokJin acusou de maneira calma.
-JIN!
-O que? Acha que ele não viu?
-Vocês dois deveriam voltar a se cheirar... - o alfa falou de forma emburrada e nós dois apenas sorrimos para si. - Como o Tae está, hyung?
-Bem, ele está terminando um trabalho da faculdade que vai apresentar amanhã.
-Que bom. Sabe quando ele vai se formar?
-Acho que no fim do ano mesmo, se ele já tiver colocado todas as matérias em dia.
-Entendo.
-Por que a pergunta, Hope?
-Curiosidade mesmo, ele nunca comentou comigo sobre formatura nem nada do tipo.
-Ah é porque até o ano passado ele nem tinha interesse em participar da formatura dele, talvez nem conseguisse na verdade...
-E agora?
-Ele está considerando.
-Me avise se ele decidir fazer algo, por favor.
-Claro, aviso sim. - Jin me olhou e arqueou uma sobrancelha, como se me questionasse aquela situação, eu apenas dei de ombros.
Continuei dirigindo enquanto conversávamos sobre as coisas que estavam acontecendo ultimamente, principalmente minha decisão de não voltar a trabalhar mesmo depois de tirar os pontos a alguns dias atrás, e mal percebíamos a hora passar, mas logo avistei a entrada da propriedade. Estacionei no lugar de sempre e descemos os três juntos.
-Vamos deixar as coisas na sala e ir logo pra lá. - falei enquanto abria a porta.
-Tá bom.
Deixamos as bolsas no sofá e saímos em trenzinho pela trilha que nos levaria a cachoeira ou, como gostava de chama-la ultimamente, meu cemitério!
Não demorou muito para que conseguíssemos ouvir o barulho da água caindo e assim que chegamos ao deck pudemos avistar três seres parados no topo da cachoeira, imponentes e sérios.
-Mago... - Jin sussurrou impressionado e me virei dele para as três silhuetas ali paradas.
-Sabe quem são? - Jung perguntou para o ômega.
-Sim... Na verdade, nós todos conhecemos. Venham. - o moreno começou a andar em frente e, como algum tipo de feitiço, ouvimos o barulho da parede da caverna se abrindo.
-Entre, SeokJin. - ouvimos a voz firme que vinha de um dos enormes lobos lá em cima.
-Ele não entrará sozinho. - ditei de maneira firme.
-Sua alma já foi quebrada, presa, curada e libertada, NamJoon. Não há necessidade que faça isso novamente.
-Do que está falando?
-Acha que morreu por nada? - reconheci a voz que falava, a tinha escutado no carro aquele dia. - Lhe disse que seria feliz e ainda assim acreditou que morreria tão facilmente?
-Tecnicamente eu morri sim.
-Sua alma apenas se desprendeu de seu corpo por pouco tempo, precisava que isso acontecesse, que seu elo fosse restaurado. Agora SeokJin deve fazê-lo também.
-Não fará nada com ele...
-Se acalme, seu humano teimoso. - Saja? - Jin não morrerá ou algo do tipo. Só precisamos que ele faça algo, não seja um cabeça dura.
-Nam... Está tudo bem! - senti as mãos quentes do ômega em minha face e olhei para seus olhos dourados. - Preciso fazer isso por mim... Por nós!
-Deixe-me ir com você. E se você se ferir ou...
-Ele ficará bem. - nos assustamos ao perceber que a enorme loba sentada no topo da cachoeira agora estava ao nosso lado. - Deixe-o ir, NamJoon. Ele não irá para longe, muito menos para sempre. Apenas permita que ele se liberte do que tanto o adoece. Faça isso por ele!
-Eu vou ficar bem! - eu apertava a mão dele em meu rosto agora.
-Será rápido. - o enorme quadrúpede falou com firmeza.
-Se acontecer qualquer coisa... Se você sentir qualquer coisa...
-Eu vou ficar bem, NamJoon. Deixe de ser uma alfa teimoso! - o sorriso dele era divertido, mas seus olhos carregavam empatia, entendimento. - Sei que está assustado, eu também estou, mas preciso fazer isso por mim, pelo meu lobo e por nós. Precisamos acabar com todos esses pesares que nossos antepassados nos deixaram!
-Certo... Vou ficar aqui, te esperando. Se demorar muito ou sentir qualquer coisa eu entro lá dentro e te tiro de lá.
-Daí vai acabar com todo o trabalho que tivemos nos últimos dias.
-Não me importo.
-Mas eu sim. - o ômega retirou o colar que não tirava do pescoço desde que Josie o havia posto ali, quando lutamos contra os homens do Min e os de meu pai. - Aqui... Você, melhor que qualquer pessoa, sabe da importância disso para mim. Voltarei rápido para busca-lo! - ele colocou o colar em meu pescoço e andou pelo caminho do deck até se transformar no enorme lobo marrom e nadar para dentro da caverna.
A enorme abertura se fechou com rapidez, me deixando ainda mais aflito, mesmo assim respirei fundo e deixei que meu coração se aliviasse ao pensar na joia que carregava no pescoço e que me unia a ele ainda mais intensamente - não mais que o elo, mas forte o bastante!
-Sugiro que se sentem...
Eu e Hoseok nos sentamos no deck sem tirar os olhos da parte onde se abria para a caverna e esperamos até que o chão simplesmente começou a tremer.
Eu conseguia sentir uma dor pulsante em meu peito, quase conseguia ouvir os gritos que vinham de lá de dentro e me desesperei quando as pedras de cima da cachoeira começaram a cair dentro da água, a frente daquela abertura.
-Vou tira-lo de lá.
-Não.
-Não? Prefere que eu o deixe morrer?
-Ele não está morrendo... Se acalma, Kim.
-Eu o sinto... Sinto a dor dele. Céus, preciso tira-lo de lá.
-Você não pode. - a deusa estava parada a minha frente e antes que pudesse me lançar para cima da divindade senti a mão de Hope.
-Nam...
-O que foi?
-Olhe... Olhe pra lá... - ele apontava na direção que eu desejava ir e a luz que saía de lá parecia nos cegar.
-O que... O que está acontecendo?
-Está na hora. - ouvi antes de desviar meu olhar do animal branco para a caverna iluminada que vibrava intensamente e logo a pressão enorme que veio dali nos impulsionou para trás.
-JIN! - a explosão desencadeou um zumbido em meu ouvido e me transformei no lobo negro que guardava em meu interior para ir em direção a caverna explodida, mas, antes que pulasse na água para nadar até eles, ouvi o uivo alto e olhei para cima.
A porta da caverna estava aberta, a luz ainda irradiava dali junto a fumaça e o enorme animal marrom parou na beirada do precipício, brilhante, com luz dourada irradiando de si e os olhos parecendo as esferas do próprio sol ali!
-Vá até lá. - a deusa ao meu lado ditou e virei o rosto para ela. - Está tudo bem, vá! - então eu movi minhas patas com rapidez e força, eu corri.
Corri para o encontro do meu ômega, do meu amor!
Alcancei ele e entrelaçamos nossos corpos enquanto a luz da lua banhava nossos pelos e fazia reflexo na água fria. Esfregamos nossos pescoços peludos um no outro, marcando nosso cheiro ali e, dentro de minha mente, pude ouvir a voz doce e melodiosa do ômega falar: Eu amo você!
Devolvi o pensamento na mesma intensidade que o havia recebido e juntamos nossos focinhos num tipo de beijo animalesco!
Nadamos de volta para o deck, depois desse momento tão íntimo e significativo nosso e voltamos a nossa forma humana vestindo um roupão que estava ali. Hoseok pegou o colar que estava em meu pescoço, colocando-o no pescoço de Jin e a deusa se aproximou de nós, com os outros dois lobos - nossas almas - ao seu lado.
-Eu disse a você o que faria... Disse que faria você se sentir vivo e gargalhar novamente, NamJoon. Não sou do tipo que descumpre com sua palavra, mesmo que demore, eu sempre faço o que me comprometo a fazer. - a voz divina falou enquanto a lua fazia seus pelos brancos brilharem. - Sua linhagem está a salvo agora, nenhum outro deus mexerá com você ou com os seus, tem minha proteção. Que este fique marcado como o dia em que se libertaram da pior das correntes que um antepassado poderia amarrar em suas almas e que seus descendentes e sucessores da glória que conquistaram juntos, como o casal de fundadores e libertadores, conheçam a história e se orgulhem dela. Se orgulhem de como são a família de guerreiros! - por alguma sensação vinda de nossos corações, nos ajoelhamos diante a loba e sua pata pousou sobre nossas cabeças. - Kim Young-nam, líder de matilhas, cuidador de vidas, administrador sábio, ceifador da dor e humano do coração gentil. Kim Hyunseok, ômega conquistador, beleza dentre as flores não florescidas, cultivador de vida e humano do coração generoso. Quebradores da maldição, conquistadores da nova alma, abençoados pelo sangue e pela lua! - os colares em nossos pescoços brilharam intensamente e parecia que o brilho também saía de nós.
-Obrigado! - falamos em uníssono.
-Vão cumprir com seus verdadeiros propósitos agora. Vivam bem, vivam felizes!
Nos levantamos e abracei Jin que tremia de leve pelo vento frio que batia em nossos corpos molhados.
-Jung Seong-su, aproxime-se. - a deusa falou de forma imponente, olhando na direção de Hope.
-Sim, senhora. - ele se ajoelhou a frente dela como fizemos.
-O general de todas as tropas, conquistador de terras e títulos, bem-sucedido ladrão do coração confuso e humano iluminado. Você ainda tem muito o que fazer e o que conseguir nessa vida, jovem, não tente apressar nada e, quando chegar a hora, dê o passo final determinadamente! - nós a olhamos confusos, mas Jung parecia entender o enigma claramente. - É abençoado, guerreiro. Iluminado e bondoso, use isso sempre a favor de você e dos seus!
-Sim! Obrigado, senhora!
-É hora de irmos. - os três pareceram se colocar em postura de voo ou algo assim, mas Jin os interrompeu.
-Nós a veremos de novo?
-Sempre estou aqui com vocês, mesmo que não me vejam. Contudo, não se preocupem, voltarei em algum momento para lhes entregar algo! - nos olhamos e depois direcionamos o olhar para as três grandes formas lupinas que agora se dissipavam a nossa frente.
-Vai me contar o que houve lá dentro? - perguntei a Jin enquanto andávamos para a casa novamente.
-Um bom banho e uma comida quentinha talvez me façam querer contar.
-Está bem, então, faremos isso. - olhei para meu amigo que caminhava atrás de nós e parecia pensativo demais. - Hope? Está tudo bem?
-Ah... Sim, está sim. - ele sorriu um tanto forçado, mas antes que eu protestasse, ele mesmo se entregou. - É estranho a forma como ela nos chamou, mas que mesmo assim tenhamos respondido, não acha?
-São nomes incrustrados em nós de nossos antepassados... Nossos outros corpos e vidas.
-Eu sei... Enfim, só fiquei um tanto mexido com isso.
-Tudo bem, Hope! Todos nós ficamos com tudo que aconteceu ali. Vamos apenas descansar agora e depois voltar pra casa. - Jin falou com carinho enquanto puxava o moreno para perto de nós.
-É, afinal, no momento, nosso caso espiritual foi resolvido. - o policial falou suspirando.
-Mas o nosso caso de carne não. - disse de maneira séria, quase raivosa.
-Ainda temos que matar Min Yoongi! - Jin decretou por fim.
***
/// NOTAS DA AUTORA ///
Bom... Temos aí muitas coisas sendo resolvidas, muitos recomeços, mudanças e novas esperanças.
Vocês achando que a autora ia ser malvada né?
Pois é, não fui!
Mereço até um carinho, vai? Deixa um comentário legal aí!
Brincadeiras a parte, lobinhos, eu quero dizer que estou muito feliz com a nova conquista de 4K que tivemos. Ainda mais feliz por vocês estarem aqui, acompanhando comigo essa jornada dolorosa de nossos maravilhosos, de verdade, muito obrigada!
Novamente parabenizando minha leitora maravilhosa, ViVi, espero que tenha gostado do presente! 😘
Não esqueçam de deixar o votinho de vocês e compartilhar pros amiguinhos!
Um beijo na testa e até logo!
😘❤️✨