CRASH | CHARLES LECLERC

By ahmarslinda

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SÉRIE GRAND CHELEM | LIVRO 4 Claire Baux não gosta nem um pouco de Charles Leclerc. Todos no seu convívio sab... More

CRASH
01 | acidentes de percurso
02 | estamos inseridos no mesmo contexto
03 | o verdadeiro presente de grego
04 | colisões laterais não causam tanto estrago
05 | temos que concordar em algo
06 | os verdadeiros amigos da onça
07 | uma trégua de mentira
08 | agora temos um acordo
09 | vermelho é cor do amor
10 | isso não aconteceu
11 | má mentirosa
12 | bela tentação
13 | não podemos fugir disso
14 | você me quebrou primeiro
15 | eu não do tipo de garota
16 | problemas familiares e charles leclerc
17 | bagunças sentimentais
18 | os caminhos se cruzam novamente
19 | entre conversas espertas e vinhos
20 | os segredos do paddock
21 | a sorte esteve ao nosso lado
22 | encontro de casais
23 | as tempestades não acabam
24 | você sempre sabe de tudo
25 | espero que você entenda isso
26 | até que o drama familiar não atrapalhe
27 | famílias não são perfeitas, principalmente as francesas
28 | perdida no meu próprio caos
29 | um pouco de calma antes do caos
30 | promessas são feitas para serem cumpridas
31 | sinto como se estivesse te perdendo
32 | estou caindo no abismo
33 | você está aqui e ao mesmo tempo não
34 | o temporal ainda me assusta
35 | o céu se abriu
36 | as nuvens escuras ainda são presentes
38 | eu quero me lembrar de mim
39 | talvez não é pra ser
40 | não vou soltar sua mão
41 | quando a chuva passar
42 | me sinto perdida em meio ao esquecimento
43 | lar não é apenas um lugar e sim uma pessoa
44 | prometa que será a melhor
45 | nunca esqueci que te amava
46 | você sempre esteve em meu coração
epílogo
agradecimentos e considerações finais

37 | o medo não pode me parar

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By ahmarslinda

PARIS, 2021

— Mais uma, Claire. — a fisioterapeuta disse a garota, incentivando-a terminar mais um exercício. — Muito bem. — sorriu. — São suas primeiras sessões, mas nas outras você estará acostumada e melhor. — ela assentiu. — Vejo você amanhã. — juntou suas coisas.

— Obrigada, Daisy. — Claire agradeceu a mulher, que deixou o quarto em seguida.

Louise entrou no quarto vendo a irmã sorrir levemente.

— Você está melhor? — a mais velha sacudiu a cabeça em concordância.

— A fisioterapia está me ajudando. Aposto que em breve eu posso andar normalmente. — afirmou animada. — É muito louco, não é? Foram algumas semanas e meu corpo não consegue se movimentar direito. — Louise assentiu.

— Foram as semanas mais angustiantes da nossa vida, Clair… — a mais velha segurou a mão da irmã. — O acidente foi grave e você passou muito tempo sedada por isso seus movimentos ficaram limitados, mas nos próximos dias você estará melhor.

— Eu não vejo a hora de dar o fora desse hospital. — riu. — Quero ir para minha casa e voltar a minha vida. — Louise assentiu.

— Voltar para sua vida, não significa que você vai encontrar tudo como lembra que deixou. Muitas coisas aconteceram, sua memória esqueceu. — Claire olhou para a irmã.

— Eu sei, Lou. — sorriu sem jeito. — Mas eu quero voltar para a minha vida, mesmo que ela esteja diferente de como eu lembro. — as lágrimas se acumularam em seus olhos. — O Pierre disse que eu trabalho com ele na Alpha Tauri, então eu quero voltar para lá.

— Você não tem medo de voltar, Claire? — a loira franziu a testa.

— Eu tenho medo de não voltar, Lou. — ela afirmou. — Eu preciso saber de tudo o que aconteceu, mesmo que possa ser inacreditável e até doloroso. — encarou a irmã. — Por favor, Louise Gabrielle, me conte tudo. — pediu.

A mais nova sentou-se na poltrona ao lado da cama e começou a contar para Claire tudo o que sua memória apagou sobre o último ano que se passou.

MARANELLO

Cinco reuniões tinham sido feitas, mas Charles não esteve presente em nenhuma delas. Não com sua cabeça, apenas com seu corpo.

Sua mente estava dominada por Claire e a forma como ela estava em Paris, viva e totalmente sem nenhuma memória amorosa dele.

Era uma situação difícil, todas as memórias que eles tinham vivido, desde Dubai até a algumas semanas em Mônaco. Tudo tinha desmoronado como um castelo de cartas e Charles estava debaixo dos escombros, com uma ponta de esperança acesa, pronto para ter Claire novamente em seus braços.

— Toma. — Mia surgiu a sua frente com um copo de água e um remédio para dor de cabeça, ele franziu a testa. — Você esfregou as têmporas. — explicou a presença do comprimido.

— Obrigado, Mia. — jogou o comprimido na boca e bebeu a água, fechando os olhos rapidamente. — Você é um anjo. — ela deu de ombros.

— Mereço esse título mesmo. Ainda mais vindo de você. — ele deu um sorriso fraco. — Sempre estou livrando sua pele dos grandões da Ferrari. — ele assentiu.

— Obrigado por isso também. — ela riu fraco. — Às coisas não estão boas para mim. Em nenhum sentido. — fechou os olhos.

— Eu sei, Charles. — ela ponderou. — Mas tenta focar um pouquinho que seja aqui. — pediu com as mãos unidas. — É para o seu bem.  — ele abriu os olhos. — Está tudo uma bagunça, mas vamos dar tempo ao tempo, entendeu? Eu tenho certeza que ela vai querer falar com você sobre tudo. Afinal foi ela quem perdeu um ano de memórias. — ele assentiu.

Charles não tinha muita certeza se aquilo aconteceria. Na verdade, ele apenas sabia que ela tinha esquecido o amor que eles viveram e que Charles lembraria todos os dias pelo resto de sua vida.

O barulho alto do celular tocando acordou Charles que tinha capotado de sono após sair da sede da Ferrari e ir para a casa que ele tinha.

Com o cabelo bagunçado, os olhos inchados e cambaleando, ele seguiu até a poltrona onde tinha deixado o celular, vendo que não se passava das sete horas da noite e que era uma ligação de Louise.

Seu coração gelou. Inúmeras coisas passaram por sua mente, até mesmo o pior, por mais que soubesse que a possibilidade era quase inexistente.

Sem mais delongas, o piloto atendeu a ligação, enquanto esfregava os olhos.

— Louise! Aconteceu alguma coisa? — ele perguntou prontamente.

— Errr… Oi, Charles! — a voz que respondeu fez seu corpo tremer. — É a Claire. — ele sentou antes que suas pernas falhassem.

— Claire… Hum… Oi. — buscou as palavras para dizer. — Você… Como você está?

— Me recuperando. Em alguns dias eu voltarei para casa. — o piloto assentiu, mesmo que ela não tivesse o vendo.

— É bom ver que você está melhorando… — sua garganta secou.

— É. — sibilou. — Hum… Eu queria conversar com você, Charles. Se você quiser, é claro. — O silêncio pairou.

Charles fechou os olhos e coçou a cabeça.

— Claro. — respondeu. — Será bom termos uma conversa.

— É… — silêncio mais uma vez. — Te espero então.

— Certo. — ele disse. — Até mais, Claire.

— Até, Charles. — a ligação terminou.

Charles jogou o celular para o lado e afundou na poltrona, sentindo um misto de ansiedade, nervosismo e esperança.

Ter uma conversa com Claire poderia ajudar ou apenas amargurar ainda mais sua esperança.

Hum... A Claire quer falar com o Charles, será que essa conversa será boa? Eu não sei de nada, viu.

O capítulo foi pequeno, apenas para situar os dois nessa história. Dá pra ver que a Claire quer voltar a sua vida e o Charles tá com medo de tudo piorar (mais uma vez)

Espero que vocês estejam gostando.

Um grande beijo e até mais.

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