⚠️ NÃO REVISADO⚠️
CAPÍTULO QUATRO
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ҽղԵɾҽցմҽՏ ɑօ ժҽՏԵíղօ
Era normal se sentir tão aflito com apenas o pensamento de ficar nos braços do seu marido? Uma palavra que ainda soava esquisita e engraçada para o Elfo: marido.
Lee Minho com certeza nunca seria um dos primeiros homens pelo o qual o Han se afeiçoaria caso pudesse escolher, entretanto, após conviver com o príncipe, descobriu que ele poderia ser mais interessante do que imaginava.
Naquele momento, ainda que ansioso com o futuro acontecimento, permaneceu imparcial. Jisung não gostava de demonstrar tanta insegurança e muito menos deixar emoções fluírem com facilidade para os outros, principalmente quando não tinha intimidade ou proximidade. Bom, isso era muito natural de elfos no geral, se bem que os seus irmãos eram dois malucos e não faziam parte desse "todo", porém, enquanto os servos tiravam todo aquele tecido em couro, ele fechou os olhos e se lembrou dos toques dos dedos no seu rosto e do olhar do outro, atento e quente, sobre os seus durante a cerimônia. O beijo, ah, o beijo... Aquilo foi completamente novo. As emoções estavam mais fortes.
─ Vamos limpá-lo primeiro, Alteza. - Uma mulher de mais idade apontou para a banheira redonda e feita de pedras claras, dois degraus acima do costume e bem perto de uma abertura grande onde ele poderia admirar o reino. ─ Os sais já estão na água. Vamos retirar o excesso de tinta antes do banho e logo após poderá entrar.
Jisung apenas assentiu e foi guiado até se sentar em um banco alto, que lembrava a estrutura de um trono reduzido. Seus braços foram limpos com panos úmidos, assim como o seu rosto. As suas tranças laterais foram desfeitas e as joias que estavam antes em seu corpo foram bem guardadas no baú.
─ A água está morna, na temperatura ideal. - um outro garoto mais novo falou enquanto media a água. ─ Venha, Alteza. Irei ajudá-lo a entrar.
O garoto se curvou e permaneceu de cabeça baixa enquanto o Elfo nu passava por si, segurava delicadamente a mão até que ele estivesse na parte de dentro. Um suspiro alto ressoou, assim tiveram a certeza de que aquele banho seria relaxante. O cheiro de ervas mais doces misturadas a uma possível fruta, ou mineral próprio de District 9, era bem perceptível. Também havia pétalas de uma flor de coloração roxa bem forte, que se movia de acordo com a ondulação da água. Seu cabelo comprido e loiro foi tocado com todo o cuidado, sendo preso para que não fosse molhado, já que estava limpo e não secaria a tempo de mandá-lo para o quarto do outro príncipe.
Foram longos minutos mergulhado em silêncio, no máximo com apenas o som da água e da festa que ainda acontecia ao redor do castelo e na parte interna. Com certeza muitos soldados e nobres teriam muita dor de cabeça ao acordar, já que a celebração toda estava sendo regada com vinho élfico e cachaça dos grãos de uma fruta das árvores de Miroh, ambos muito fortes.
Quando se levantou e foi enxuto, trouxeram para ele vestir algo que nunca sequer havia visto na vida. Lembrava algo que os cavaleiros usavam, mas ainda assim, parecia muito diferente.
Tinha couro e corrente.
─ Não sabemos se o príncipe foi instruído sobre, mas é comum aqui em District 9 que durante... - a serva parou e ponderou um pouco sobre como prosseguir ─ a intimidade do casal - engoliu a seco. ─ use-se vestimentas como estas. Claro, não é obrigatório ou uma regra, é estético e é apenas uma questão de atratividade.
O Han continuou observando e observando. Poderia apenas se negar, mas pensou em como Minho deveria estar com algo parecido ou, mesmo que não, estivesse ansiando por vê-lo assim.
─ Acha que o príncipe gostará de me ver usando estes apetrechos? - questiono-a.
─ Com certeza, Vossa Alteza. - a mais velha se pronunciou. ─ Sua Alteza, o príncipe, ficará encantado.
Então, sem contestar, assentiu como permissão para que o vestisse. Pouco a pouco o seu corpo ganhou um pouco mais de tecido e cobertura, mas não poderia dizer que estava escondido por ele. O cabelo estava solto e delicado, contudo, não deixava de transmitir o ar de superioridade e realeza. A maquiagem em seu rosto foi apenas o suficiente para deixar a sua marquinha perto dos olhos "apagada" e para deixar os lábios ainda mais chamativos.
─ Está pronto, Príncipe. - o servente avisou.
Olhando-se através do espelho grande à sua frente, Jisung pensou em como estava realmente diferente de tudo em seus anos de vida, mas, também exuberante. Riu internamente ao pensar também em como os seus irmãos surtariam assim que contasse sobre a mania daquele povo.
─ A Sua Alteza, o príncipe Minho, está aguardando. Precisamos ir.
Deu uma última olhada na sua imagem, na sua antiga imagem, viu recordações de um Elfo que cresceu em Youtiful e que era apegado demais à família, principalmente ao seus irmãos mais novos. Viu também o antigo Han Jisung, que apesar de sempre ter sido ciente de suas obrigações como herdeiro direto de um rei dos Elfos e das Fadas, nunca tinha se imaginado de fato em um casamento, em uma união para toda a vida. Era alguém que também sequer cogitava em quando teria que dar herdeiros à pessoa que fosse a sua cônjuge. Poderia ser uma lástima sem fim se casar como uma obrigação, mas naquele momento o príncipe se sentia minimamente sortudo, uma controvérsia.
Minho não era perfeito. Quem era? Mas, sabia que bastaria um pouco mais de pulso, convívio, ensinamentos e aprendizados, para que ele se tornasse alguém digno de si. Jisung queria tentar, não somente honrar seus compromissos, mas queria tentar ser feliz naquela nova fase. No outro dia, quando acordasse e se olhasse novamente, ele seria outro e o que almejava era que sempre, dia após dia, acordasse e se deparasse com um homem elfo maduro, alegre, realizado, fazendo o certo por seu povo e, quem sabe, por toda a Utopia, por seus amigos e futuros descendentes.
Seus pés descalços deslizavam delicadamente pelo piso. Apenas dois servos acompanhavam-o, abrindo a primeira porta para que passasse e logo depois, alguns passos a mais, abrindo a porta do quarto que ficaria, o quarto de núpcias. Os empregados não ousaram levantar a cabeça e nem a se mexer, apenas esperaram que o príncipe entrasse no local e fecharam a madeira, deixando-o a sós.
─ Nem por todos os Deuses deste reino, ou de qualquer outro, poderia imaginar a existência de uma beleza tão grande quanto a sua, meu príncipe.
Minho, que estava sentado em uma poltrona confortável ao lado esquerdo do quarto e bebia algo em uma taça, desceu os olhos por todo o corpo ainda coberto do Elfo. Jisung corou violentamente, sabia que não estava facilmente demonstrando, mas a coloração em seu rosto era óbvia demais e denunciava a sua timidez perante o que lhe foi dito. Ainda assim, continuava parado próximo à porta, analisando a situação.
O quarto era amplo e iluminado por velas, que davam uma coloração mais amarela e alaranjada. A cama que dividiríam era muito espaçosa, coberta de lençóis vermelhos de alguma espécie de seda. O dossel era alto e o tecido transparente, que era em uma cor igualmente vermelha, caía ao redor do lugar, deixando apenas livre e visível a parte frontal. Notou alguns objetos e apetrechos "jogados de forma organizada". Para o que raios era tudo aquilo?
A boa audição do ser de Youtiful fez com que ele movesse os olhos na direção do moreno. Minho estava em pé e como se somente naquele espaço de tempo pudesse perceber, o analisou de baixo a cima.
Ele... estava... nu?
Vestindo apenas um kimono quase aberto, Minho parecia o sinônimo de pecado. O tom negro não era novidade em suas roupas, mas naquela sim, pela enorme transparência que tinha e, por Domino, o Han quase engasgou com o próprio vento ao notar que as partes íntimas do seu marido estavam parcialmente à mostra, mesmo que não estivesse excitado. A amarra mal dada era propositadamente uma forma de atraí-lo, sabia que era. E nesta análise infinita, se lembrou das próprias vestes mais uma vez. As mãos ficaram inquietas de repente.
─ Aceita uma taça? - Minho se virou por breves instantes apenas para enxergar outra taça de ouro ao lado da que usava e depois voltou a encará-lo, andando em sua direção com cautela. ─ Ajuda a relaxar. - cada passo era uma batucada forte no coração élfico. ─ Acredito que esteja precisando. - a voz transmitia calmaria, perícia no que estava fazendo, mas a forma que o fitava, apenas propagava indecências. ─ Não quero o meu príncipe nervoso... - parou a centímetros do loiro.
Já estava mais do que na hora de abrir a boca e demonstrar um pingo que fosse de razão e plenitude - mesmo que não fosse tão real assim.
─ Eu aceito - Jisung segurou a taça oferecida e levou até a boca, mantendo os olhos ainda nos do Lee em uma nítida provocação. Não era muito de fazer coisas do tipo, mas, não queria ser o único a ficar sendo provocado. Bebeu até o último gole. ─ Estava precisando. Agradeço por isso...
Minho arqueou uma sobrancelha e abriu um sorriso divertido.
─ Estava com sede? - segurou a taça vazia em mãos.
─ Bom, pode ver dessa maneira.
O silêncio pairou entre os dois que se olhavam.
─ Prometo que o farei gostar de cada segundo ao meu lado, de cada toque e cada momento. - o moreno levou a destra até a maçã rosada do rosto alheio. Jisung suspirou antes mesmo de conseguir se frear ─ Não vou machucá-lo. - se aproximou ainda mais, quase colando-se a ele. ─ Quero que sinta prazer. - a mão desceu um pouco mais para baixo, apenas para que o polegar pudesse tocar os lábios recém-umedecidos e vermelhos. ─ Meu príncipe é tão lindo...
Se Jisung olhasse para baixo, desta vez, perceberia que Minho mal precisou vê-lo nu para começar a ficar excitado. Tudo o que precisou foi do rostinho sereno e tímido, sentir a pele macia e clara, o cheiro gostoso dos sais, que o Elfo não sabia, mas eram afrodisíacos e faziam com que certos sentimentos aflorassem.
─ Não consigo mais ficar longe da sua boca - o rosto do moreno chegou a milímetros da da boca do loiro.
─ Então pare de falar... - Jisung ofegou, estranhando aquela sua ousadia. ─ e me beije.
O príncipe herdeiro de District 9 aprovou e sorriu, antes de morder o lábio inferior do Elfo superficialmente na pontinha, puxando-o e soltando-o. Não enrolando nenhum milésimo a mais, abriu a boca e enfiou a língua dentro da do outro. Jisung teve um susto inicial, sentiu-se perdido sobre o que fazer, porém, a lentidão que Minho guiava tudo, até mesmo como ele tocou sua cabeça e a manejou com cautela, mostrando como agir, ajudou-o a pegar o jeito.
Um gemido sofrido escapou entre os lábios gordinhos de Minho assim que Jisung chupou a sua língua. Precisou afastá-lo por pouco tempo, apenas para admirar o semblante sedutor, voltando a beijá-lo em seguida, andando os passos para trás, às cegas, estagnando ao chegar próximo ao local que se deitariam.
─ Quero te admirar, Jisung. - Minho sorriu ao notar como pareceu fácil chamá-lo pelo nome. ─ Fique assim.
O Lee se sentou sobre a cama, tocou a própria ereção ao ter ciência de que o Elfo também estava ficando duro. Em contrapartida, o Han tomou espaço para trás, apenas um passo, contudo, o suficiente para que o estava vestindo fosse mais vislumbrado.
Havia chegado a sua hora de se rebelar.
Estava com um robe comprido e escuro, transparente o suficiente para a sua nudez ficar estampada de maneira fácil e nada sutil, assim como também o que ele usava por baixo. Minho estava louco com aquela imagem e com seu marido tão magnífico, ansioso para olhar bem melhor a peça que estava por baixo do tecido. A parte de trás tinha uma fenda que permitia parte do meio das costas ficarem visíveis, assim como as escápulas delicadas, as pintinhas não muito evidentes espalhadas - algo que ,Minho não tinha notado ainda. Havia correntinhas de ouro transpassando a fenda, detalhando o lugar, além das laterais que também possuíam pequenos detalhes que pareciam com penas de algum pássaro.
─ Meu marido, quer que eu tire? - Jisung ficou de costas e olhou o moreno por cima do ombro.
─ Isso aqui... - Minho tocou a própria ereção e deslizou a mão mostrando melhor o formato por baixo do tecido transparente. ─ não o responde por si só?
O Elfo nem tentou fingir em escancarar os olhos predadores sobre o meio das pernas do esposo. Sorriu de lado e tocou a amarra frontal do robe, desfez o nó e o abriu. Minho prestou muita atenção a cada movimento, queria tanto ver as curvas do seu homem.
─ Tire... - quase rosnou em um pedido sôfrego.
Jisung estava se divertindo.
Quando deixou o pano deslizar por seus ombros e braços, desnudando-se a cada segundo, expondo pedaços e mais pedaços de sua pele tão sempre bem velada, o elfo chamou ainda mais atenção do moreno naquele enfeite adornando-o. Um "Harness" com tira fina de couro, prendendo a sua cintura, outra tira subindo na vertical pela coluna e barriga, chegando até a gargantilha de ouro e várias tirinhas de correntes presas descendo pelas laterais como cascata no seu corpo. Também apreciou aquela bunda bonita e empinada, mediana e lisinha. Ah, caramba, o Lee gemeu com a visão e seu pau babou instantaneamente.
Jisung ficou de frente para ele com o coração acelerado.
─ Por Domino, eu sou o homem mais sortudo de toda District 9... Não. De toda essa Utopia. - o moreno se levantou, louco para avançar sobre o homem, mas freou-se. ─ Poderia fazer as honras para o seu marido e tirar este pano do meu corpo?
Mesmo envergonhado - como podia ainda estar assim? -, Jisung levou os dedos magros até a amarração e, olhando fundo nos orbes escuros, a desamarrou. Logo depois, tracejou pela barra do tecido, subindo até próximo aos ombros largos, causando arrepios incessantes em Minho.
─ Quero que me permita conduzi-lo hoje - Jisung prendeu um suspiro ao ouvir o Lee. ─ Deixe-me mostrá-lo como podemos nos encaixar de várias maneiras, inclusive entre os lençóis... em nossa cama.
O robe escuro do herdeiro de District 9 escorregou até o chão e então os dois estavam completamente despidos.
Minho segurou as mãos do Elfo e as levou até o seu abdômen. Jisung sentiu o meio de suas pernas arderem e prendeu o ar em seus pulmões, apreciar a textura macia da pele sob suas palmas era incrível, assim como também os músculos duros dali. Era surreal como estavam apenas nesse início, neste princípio de reconhecimento, mas adoravam um ao outro sem medo. Porém, foi quando o príncipe de District 9 o fez encostar em seu membro rijo com a canhota, que o Han travou.
─ Não tenha vergonha... Eu sou o seu homem agora. - Minho gemeu e agarrou com firmeza a nuca do Elfo por cima do cabelo loiro. Os dedos de Jisung se mexeram contra o seu falo rigoroso. ─ Ah... Céus... Príncipe, por favor... Me toque. ─ puxou-o e prensou os lábios contra os dele superficialmente. ─ Me diga, sabe dar prazer a um homem com a boca? Eu estou a ponto de explodir em sua mão só de fantasiá-lo fazendo isso.
O herdeiro dos Han tinha noção do que ele estava falando. As suas aias contavam sobre, até mesmo Felix chegou a detalhá-lo melhor sobre isto quando conversaram novamente sobre a sua primeira vez com Hyunjin. Nunca tinha feito, mas nunca aprenderia se não começasse a praticar.
─ Nunca... - o loiro começou. ─ Eu nunca estive com alguém dessa forma... tão íntima. - sentia-se inseguro de novo. ─ Não tenho noção exatamente de como fazer. - as bochechas cada vez mais vermelhas. ─ Pode... - engoliu a seco. ─ me ensinar?
Um belo presente para o ego do Lee. Ouvir cada palavrinha daquele ser de beleza sobrenatural e divina, alguém que seria unicamente seu para o resto de suas vidas, aquilo era indescritível. A sensação era perfeita.
─ Venha. - Minho o puxou para o colchão. ─ Ficará mais confortável em nossa cama.
Os toques cessaram. Ambos se arrumaram por cima do grande acolchoado, com moreno instruindo o loiro de como ficar. O Lee se encostou na cabeceira, nem muito sentado e nem muito deitado, apenas uma posição boa o suficiente para poder desfrutar da imagem que veria a seguir, enquanto Jisung mal desviava os olhos de seu pênis roliço. Antes que Minho pedisse, o loiro que estava sentado sobre os calcanhares se inclinou e aproximou o rosto do meio das pernas do marido, deixando-o surpreso com a ação. Ele também se assustou com o movimento involuntário do líquido claro escorrendo da fenda do topo inchado.
O mundo parecia estar sendo paralelo, parecia que nem mesmo Jisung tinha noção do que estava virando ou sendo. Ele mudava da água para o vinho em tão poucos segundos, sendo tímido e ao mesmo tempo muito mais desenvolto. Havia alguns momentos em que se sentia retraído e não apto a prosseguir, mas, em outros parecia até mesmo que era algo habitual.
─ Abra a boca e ponha um pouco da língua para fora - era notória a falta de fôlego de Minho. O ar não estava mais tão presente. O Elfo estava levando tudo. ─ Relaxe... Vamos no seu tempo.
Jisung piscou algumas vezes e assentiu, obedecendo e tentando fazer exatamente como deveria, mesmo que se sentisse andando no escuro por um caminho desconhecido.
O herdeiro de District 9 repetia dentro da própria mente como aquele homem bem a sua frente era sensual demais, atrativo, bonito e excitante. Segurou com delicadeza por trás da cabeça loira e forçou para que fosse de encontro ao seu membro, e quando a língua o tocou, Minho gemeu alto, tão alto como nunca, nem mesmo fodendo.
─ Lambe... - pediu ofegante.
A forma como o Han o fez, mesmo que demonstrasse toda a sua falta de prática, era gostosa, eram lambidas curtas e que se repetiam.
─ Abra bem a boca e estique bem a língua para fora, príncipe... - sem apressar, o moreno segurou na base e guiou-se para dentro. Gemeu novamente, fechando os olhos com força ao sentir a quentura tocá-lo. ─ Fe-Feche a boca, sem os dentes. Ahh!
Aqueles movimentos foram ganhando mais orientações, mais formas e tentativas de fazer tudo funcionar. O príncipe de Youtiful era esperto e conseguiu se instruir muito bem, assimilando rapidamente, e por isso um boquete que começou com ânsia, engasgos e com falta de ritmo, mudou radicalmente com alguns truques. Ele passou a sugar o membro inchado um pouco mais rápido e a conseguir alcançar mais fundo na garganta, não ao ponto de enfiá-lo todo, mas o suficiente para deixar Minho delirando, os gemidos roucos e sequentes eram a prova.
O moreno parou o marido quando achou que gozaria, precisava prolongar aquele momento a dois e também não queria ser o único a ter prazer, ainda que ao ver o estado do pênis molhado, soube que ele estava aproveitando tanto quanto. O coração bateu forte quando o deitou no colchão e viu os fios claros espelhados, algumas partes colocadas contra a pele do rosto suado e vermelho, a saliva acumulada nos cantos da boca inchada e o corpo fascinante coberto por aquele adereço. Estava provocante demais.
Se ele não acreditasse que o príncipe de Youtiful era um anjo ou alguma divindade acharia que era alguma espécie de diabo, porque com certeza cairia em todas as armadilhas daquele homem, se deixaria levar por tudo que ele quisesse e seria escravo da sua beleza sublime. E nem estava exagerado.
─ Quero que preste bastante atenção. - Minho afagou a bochecha coradinha e depositou um selinho demorado nele. ─ Pode fazer o mesmo em mim da próxima vez... - desceu beijos pelo pescoço, tórax, barriga, baixo ventre e chegou até o pênis necessitado. ─ Prometi cuidar do seu corpo e enchê-lo de prazer... - beijou o topo da glânde. Jisung gemeu alto chamado pelo seu nome. ─ Você é lindo.
O Elfo agarrou os lençóis e os puxou com força, jogou a cabeça para trás gemendo mudo e arqueou as costas no instante em que teve o outro príncipe o engolindo por completo, indo até o fundo da garganta e voltando lentamente. As pernas, que estavam sendo seguradas pelo Lee, tremeram. Adorou cada segundo em que ele o fazia ir até o céu e voltar. O moreno era bom com isso e o Han queria ser também. Sentiu seus testículos sensíveis serem lambidos um por um e depois sugados. Quis gritar quando a língua desceu por seu períneo... quando o sentiu afastar mais as bandas da sua bunda e enfiar o rosto entre elas para chupar e enfiar a língua no interior. Grunhiu e mordeu os lábios. Aquilo tudo era irracional de tão bom.
─ Isso vai doer, sinto muito... mas, não existe outra forma - Minho realmente lamentou.
Voltou para cima de Jisung e o beijou com a boca cheia de pré-gozo, seu íntimo se esfregou ao dele, enquanto um dos dedos rodeava a entrada até então intocada. Enfiou o primeiro e o ouviu resmungar abafado de dor, um pouco depois colocou outro. Resolveu bombear as ereções ao mesmo tempo com a mão livre enquanto o preparava usando a outra. Desceu os beijos para um dos mamilos rosados e chupou, circulando com a língua.
Aquele cômodo estava quente, fervente.
Sabia que ainda estava um pouco cedo para tentar, mas também tinha noção de que a lentidão às vezes poderia ser mais dolorosa do que "acabar com o problema de vez".
─ Fique de bruços para mim... - pediu. ─ É mais confortável desta maneira. - se afastou do loiro um pouco e ficou sentado sobre os calcanhares, ainda entre as pernas dele. ─ Por mais que eu queira olhar em seus olhos enquanto te faço meu... quero que sinta o mínimo desconforto possível.
─ E-Eu quero que meu príncipe possa sentir prazer... - o Han mal aguentava falar. ─ Posso ficar de frente, mesmo que seja mais... doloroso.
─ Não seja teimoso. - beijou a testa suada do Elfo. ─ Teremos todo o tempo do mundo para fazer dessa maneira.
O corpo tremia. Era ansiedade. Era receio. Era medo. Era desejo. Era tudo. O Han se sentia como areia escorrendo entre os próprios dedos. Virou-se como o outro tinha pedido, mantendo o rosto de lado. Seus fios foram afastados de sua face para que Minho pudesse cultuá-lo. Sentiu beijos do moreno por todas as suas costas, nos montes de suas ancas e também sentiu ele jogando mas saliva no meio. No instante seguinte, sentiu as suas barreiras sendo rompidas dolorosamente, sendo obrigadas a abrir espaço para que o pênis de Minho se acomodasse cada vez mais e melhor. Os olhos lacrimejaram, precisou morder o travesseiro e não tinha condições de respirar corretamente. O moreno não esperou muito parado e se moveu .
─ Nhhg! Nngh!
Jisung se contraia, remexia e afundava o rosto no macio do travesseiro para abafar os ruídos altos. Caramba. Minho, ao contrário, gemeu tão alto que provavelmente quem estivesse por perto ouviria. Ele conseguia sentir muito bem o interior mais do que apertado e virgem tentando expulsá-lo daquela invasão penosa, por isso arrumou o quadril do Elfo um pouco mais para cima, apenas para conseguir se movimentar melhor.
─ Eu sei... - o moreno acariciou a cintura fina. ─ Dói... - se inclinou sobre o corpo e beijou-lhe a face chorosa. ─ Gostaria que não doesse tanto, mas irá passar... - o quadril se mexeu um pouco ao que ele ondulava e rebolava totalmente dentro do aperto. ─ Mal entrei e estou me segurando como nunca para não me desfazer de uma vez em você. - grunhiu e apertou a pele do Elfo.
O loiro estava entrando em colapso. O corpo queimava e vibrava, porque a cada novo movimento dentro de si, se sentia mais molhado, se sentia mais duro, se sentia mais desejado e a dor se dissipava, se alastrando por cada célula sua. Prazer. Minho o apalpava sem parar, o beijava sem parar, sussurrava inúmeras palavras sujas demais e que não estava acostumado, ao mesmo tempo que era gracioso em dizer coisas lindas sobre si que ao menos havia ouvido de outros em toda a sua vida. Isso fazia o coração dançar em um ritmo selvagem.
─ Que-Quero ficar em cima de você. - nem mesmo soube como teve tanta coragem para pedir isso em meio a gemidos, mas o Han o fez.
─ Se é o que quer, faça, meu marido. - Minho sorriu. Ao menos imaginava que o veria pedir por algo na primeira vez.
Devagar, ajeitou o corpo, erguendo-se. Observou as marcas dos dedos que tinha feito na pele branca de tanto apertá-lo em posse. Afagou o lugar como se pedisse desculpas por aquilo, o que provavelmente ficaria roxo. Aos poucos também se retirou do corpo do Elfo, com atenção no deslize que seu próprio membro fazia no processo, em uma visão pornográfica que mesclava-se aos sons fininhos que saltavam dos lábios do loiro.
─ Gosta de me olhar assim? De me ver? - o Han perguntou depois de um tempo em silêncio observando o jeito vidrado no meio de sua bunda.
Minho se jogou na cama ao seu lado e tocou o rostinho suado.
─ Posso ficar olhando-o até o dia de minha morte e nunca será o suficiente. - confessou com brilho nos olhos escuros.
O Han se permitiu sorrir e com movimentos suaves montou sobre o corpo do moreno, sentando-se sobre a ereção e afundando-a em si. Os dois gemeram e tremeram. Minho o ajudou a subir e descer. O som das correntes sacudindo de acordo com o corpo do Elfo e também de acordo com a intensidade das investidas, tintilhavam no ouvido deles como algum tipo de melodia única, porque se juntava ao barulho das peles se chocando e dos murmúrios incompreensíveis.
Como Minho era lindo. Tinha algumas cicatrizes de luta, não muito perceptíveis, mas estavam lembrando-o que era um guerreiro bravo e forte. Jisung dedilhou as cinco e beijou a sexta, que era perto de seu coração, ao se inclinar sem deixar de se mover. Perceber que ele tinha uma ferida fechada ali o fez sentir medo de perdê-lo em alguma luta ou guerra, porque sabia que o Lee, assim como todos de seu reino, não recuariam jamais. O moreno também tinha um semblante sério, ao mesmo tempo que tão infantil em muitas vezes, principalmente o sorriso. Jisung vivia encantado pelo sorrisinho do Lee.
─ Aaah! A-Ahh! Minho! - gritou para o marido assim que sentiu ele atingir algum canto muito sensível, ao ponto de sentir um choque correr por sua coluna. ─ Aahnn! Min-Min...Minho...
O Lee sabia que muito breve não aguentaria mais retardar a sua vontade de despejar tudo dentro do seu homem, mas precisava fazê-lo gozar primeiro. E uma grande ideia surgiu na sua mente. Desde que pôs os olhos escuros no Elfo e o viu usando aquele traje íntimo, não parava de ansiar em algo com um pouco mais de "pegada". Em um molejo, girou o corpo sobre o seu, ainda com ele montado, e o fez ficar de costas contra o seu peitoral. Tirou o cabelo comprido da sua frente e colocou para o lado.
─ Vou fazê-lo ter o alívio que merece... - murmurou contra a boca do Elfo, que tinha a face virada na direção do sua. ─ Toque-se para mim... enquanto eu te faço ainda mais meu.
E o beijou. Minho enroscou as línguas em um jeito um tanto desajeitado pela posição nova, mas não deixou de ser gostoso. Agarrou contra a faixa negra de couro que estava em volta do quadril e passou a estocá-lo com rapidez e profundidade. O barulho das pancadas da sua pélvis contra a bunda branquinha era alto. Ao mesmo tempo que o puxava para baixo pela bendita harness com correntes, bem próximo à curvatura da região lombar, Minho impulsionava para cima e rebolava lento, cutucando o músculo sensível, depois voltando a repetir. Repetia várias vezes. Um ciclo vicioso. Deliciosamente vicioso. Jisung movia uma das mãos no próprio pau enquanto a outra agarrava os fios negros da cabeça do herdeiro de District 9.
O Elfo não entendia o que acontecia com o próprio corpo, que não parava de fisgar, a ponta dos dedos pareciam ter cãibras e o baixo ventre mandava uma espécie de corrente elétrica até a ponta da glânde e voltava até o testículo. O peito queimava como se tivesse engolido brasa pura. As coxas estavam começando a tremer.
Quando algo começou a expelir de si, quente e sujando o próprio abdômen, atingindo sua bochecha e o rosto de Minho, Jisung gemeu alto e o corpo despencou. Nem assim o Lee deixou de se mover, muito menos com o aperto em volta do seu pau tendo sido intensificado. Mais alguns movimentos e o Han gemeu de novo acompanhando o marido, sentindo-se ser invadido pelo líquido semelhante ao que havia acabado de soltar, mas sendo dentro do seu corpo. Com certeza engravidaria.
O sopro do vento que entrava no cômodo passou a ser o barulho dali, acompanhado apenas de arfares rápidos. O príncipe de Youtiful não conseguia raciocinar, falar, ou se mover.
─ Eu o machuquei em algum momento...? - Minho o segurou com cuidado para colocá-lo ao seu lado na cama, encostando a cabeça loira e suada no travesseiro.
Recebeu um breve balançar da cabeça negando.
Caramba... Por acaso existia alguma maneira de Jisung não ser tão belo? Não ser tão... divino? Mesmo completamente cheio de esperma grudado no seu corpo e rosto, de vermelhidões espalhados por sua pele, de cansaço e cabelo grudado, continuava o mesmo príncipe lindo de Youtiful. Ainda mais com os olhos brilhantes e a boca vermelha aberta para puxar ar.
─ Eu... - Jisung tentou falar, mas realmente não conseguia. ─ Minh...Minho...
─ Não se desgaste mais, hn? - se inclinou sobre ele e depositou um beijo na boca inchada. ─ Vou chamar alguém para preparar um banho morno e relaxante.
Antes que se afastasse do loiro, sentiu o pulso ser segurado.
─ Ficará comigo? Me fará companhia? - a voz quase sumia. Era capaz de dormir na água.
O Lee sorriu.
─ Claro. Ficarei ao seu lado de agora em diante todos os momentos que eu puder. Os que eu não puder... darei um jeito de conseguir. - piscou e afagou a mão em seu pulso. ─ Espere aqui quietinho.
Ainda nu e com a ereção o deixando aos poucos, o príncipe herdeiro caminhou até a porta e ordenou para os servos que estavam lá fora que entrasse e que preparasse o melhor e mais relaxante banho, além de prepararem algo para que ele se alimentasse. Todos correram para fazer exatamente o que lhe foi mandado, não ousando ao menos levantar o olhar para espionar qualquer um dos dois. Jisung continuava deitado e imóvel, piscando lentamente e sentindo algo escorrendo de dentro de seu corpo.
─ Troquem os lençóis assim que entrarmos para nos banhar. Não precisaremos de ninguém mais após deixarem a refeição. - o Lee se pronunciou voltando para perto do esposo.
─ Não irá querer nenhum dos servos para ajudar-lhes com o banho, Vossa Alteza? - perguntou uma serva.
─ Fui bem claro. Ninguém aqui depois de prepararem tudo. - foi grosseiro.
Jisung não pode evitar de sorrir, porque reconhecia aquela voz e era a mesma insolente que havia insinuado algo sobre "seu príncipe".
Com tudo pronto, o cômodo voltou a ficar quase vazio, se não fosse pela presença dos dois ali dentro. Minho tomou o Han nos braços e o depositou na grande "banheira", retirando a harness, ajudando-o a se molhar e a se limpar com total cuidado em cada movimento, até mesmo chegou a pedi-lo para não cobrir a manchinha em seu olho, que tinha sido descoberta pelo suor.
Ainda acabaram se envolvendo mais uma vez ali dentro daquela água morna, mas com um pouco mais de paciência, de um jeito mais lento, já que estavam sensíveis ainda.
O dia seguinte em District 9 seria apenas mais uma fase do novo começo para os dois. A caminhada que teriam lado a lado, governando juntos também estava chegando e responsabilidades os cercavam, mas, acima de tudo, uma jornada de descoberta do amor em seu mais perfeito símbolo e significado. Duas pessoas tão diferentes que dariam de tudo de melhor dentro de si para o outro.