○Cheiro Doce - 4halo

By 666_owo

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Nesse mundo onde os personagens de QSMP tem sob seus cuidados bebês recém-nascidos e alguns dos pais devem t... More

Desepero
Outra realidade
Avanços
Choque
Noite Fria
Capuccino
No cafuné
Ronronar
Moço
Quem?
No plano
Família
No quarto
Confiança
Ameaças
Pertubador
Te encontrei [2]
Para voltar
Você voltou
Sua Filha
Seu pai
♡QSMP: :]

Te encontrei

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By 666_owo

Então minha gente, os ovos sumiram, e eu estou detonada.
Então esse capitulo enorme aqui, tem dor, mas sempre com conforto.

Queria deixar claro a diferença da Waystone, que é a coluna que fica na casa de todo mundo, da Warplate, que e o botão que se aperta no chão e te leva para outro lugar, e mais do elevador que quando você pula te leva para cima ou para baixo rapidamente, a pedra de passagem e a warpstone  apenas para aqueles que não sabem a diferença.

Obrigada por ficarem comigo, e sempre bom ver suas mensagens.
Espero que gostem!

_______________________________________

Como eu digo isso sem parecer um completo idiota?

Eu consegui me perder, como pode ser tão idiota Missa?

Foi tão simples como pode acontecer.

E realmente tolo pensar assim com toda a enxurrada de acontecimentos, mas não posso deixar de me ver assim.

As coisas foram longe demais sem eu perceber.

Tudo naquele dia.

Estava eu mais um dia acordando do lado de meu pequeno filho dentro do ninho que Philza fez para nós, sem ele ao nosso lado, como não costuma ser, e por mais estranho que possa ser foi um verdadeiro incomodo não o ter ali do meu lado enquanto acordo.

Vamos, veja pelo meu lado, desde o dia que eu e ele fomos colocados como um par, não pude deixar de me senti instigado a conhecer meu mais novo parceiro, e como se fosse o destino nós chamando, nos demos muito bem nessa coisa de ser pais, e eu sou realmente sou muito grato por tudo que ele fez para nos.

-Eu me lembro como se fosse um sonho-

Com um ingresso na mão sem entender o que fazer, apenas observei quando vi o loiro com a mesma letra que eu olhar para mim, sorri ao ver que ele não parecia incomodado em perceber que dali para frente ficaríamos junto, então me aproximo dele e ele me devolve o sorriso, muito belo a meu ver, tudo nele parecia ser bonito.

Depois vi ele indo em direção a um filhote minúsculo de cartola, bem eu não tinha preferência em qual criança iriamos cuidar, então deixei ele ir em frente e enfrentar o demônio que já tinha posse da pequena criança.

Depois de ver que não daria em nada ele acena para o demônio e vem até meu lado e aponta outra criança ao lado de mim, vendo quem ele apontava olho para uma gaiola pequena com uma boia de pato infantil com um pequeno hibrido dentro, parece que cada filhote tinha seu próprio acessório aleatório, o por que disso era impossível de saber, mas tudo bem, parecia que aquele era meu novo filho, bem acomodado na gaiola e dormindo pesadamente.

Vejo Philza caminhar até ele e puxar a portinha da gaiola, com cuidado ele tira o filhote minúsculo de cima da boia e o abriga em seu colo, parecia que os filhotes tinham acabado de eclodir de tão miudinhos que eles eram, fico do lado do loiro e dou uma boa olhada na pequena criança que dali para a frente faria de tudo para defende-la.

Philza me dá a escolha do nome, e eu sugiro o nome de um cantor que me lembrei no calor do momento, foi bem aceito e a partir dali tenho um filho chamado Chayanne, juntos vamos para cima da muralha, pelo simples fato que ele já tinha uma casa na ponta da parede e a minha casa era nada mais nada menos que dentro da muralha também, então resolvemos fazer ali por parecer mais seguro que o chão, era literalmente dois pobres tentando sustentar uma criança, eu realmente não tinha muita coisa para ajudar com nossa situação, mas Philza mantinha tudo sobre o controle como podia.

Com toda a madeira que tinha ele cria um pequeno barraco para dividimos, e eu não pude jugar, aquilo já era melhor que dormi no mato, então eu deito com Chayanne no meio do amontoado de lã que tínhamos juntado para imitar um ninho tento fazer meu hijo dormir, até me lembrar, como diabos iriamos alimentar ele? Não tinha como dar um alimento comum para eles, como aqueles malucos queria que essas crianças continuassem vivas sem comida?

Porem com sabias palavras, Philza me explica que eles tinham acabado de nascer e como estava de noite a Federação só os daria algo amanhã, e eles falaram isso eu que não escutei, consegui me acalmar com suas palavras e relaxei com o filhote quieto no meu colo, sua boia ficaria guardada até ele ter idade o suficiente para usá-la.

Quando já estava trancando os olhos, noto que Philza não tinha nem se quer entrado no barraco, questiono por que disso a ele.

‘’Por mais que estejamos em cima da muralha, ainda a criaturas voadoras que podem nos atacar daqui, vou ficar de tocaia, e você cuida de Chayanne durante o sono, ele provavelmente deve estar cansando’’ ele fala calmamente do lado de fora do barraco, e aquilo me despertou um sentimento de segurança, não e como se eu não soubesse que aquele cara que eu tive a maior sorte de tirar no sorteio era nada mais nada menos que um guerreiro renomado antes de vir a essa ilha, já ouvi algumas histórias sobre suas batalhas e conhecia sua fama, então não tinha como eu senti um mero medo de algo nos atacar durante a noite.

‘’E, você está certo, nascer e bem cansativo’’ ouso uma risada vindo de fora ‘’Bem, confio em você para nos manter seguros, boa noite Philza’’

 ‘’Tenha bons sonhos Missa’’ foi a última coisa que ouvi naquela noite, com um filho, cansado, mas apesar de tudo em segurança, durmo na noite fria, aquecendo meu pequeno filhote o melhor que podia e como sabia.

E depois daquilo acordo com a surpresa de saber que Philza havia feito várias modificações no nosso mais novo cantinho, agora tínhamos uma pequena casinha para dividir, depois disso peguei tudo que tinha para dar mais alguns detalhes, e juntos fizemos um belo ninho, não era muito, mas já era alguma coisa.

Nesse mesmo dia foi dado todas a instruções de como seria dali para frente, primeiro sobre as tarefas diárias, depois como deveríamos cuidar dos ovos, e por último a mais inusitada, como faríamos para alimentar eles a partir dali.

Bem, eu realmente fui pego desprevenido com tudo aquilo, mas ter que usar meu próprio corpo para alimentar, era um pouco demais.

Eu e Philza tivemos que falar sobre aquilo depois das notícias.

‘’Então...’’ eu realmente não queria trazer à tona, mas Chayanne já dava sinais de fome.

‘’Olha, se você não quiser fazer isso, pode deixar comigo, eu realmente não me importo muito’’ Phiza disse enquanto segurava a poção na mão.

Agora eu não podia deixar de ficar chateado, não com ele, mas comigo mesmo, pois aquilo seria a única coisa que poderia fazer por ele, era ele quem provinha nossa segurança, ele quem ficava na colheita, ele quem construiu nosso ninho praticamente, eu poderia engolir um pouco do orgulho e pelo menos fazer aquilo, então com toda coragem que tinha pego a poção da mão dele e engulo de uma vez, obvio que foi uma péssima ideia.

Mas, quando vejo que nada acontece fico um tanto perplexo, achei que iria acontecer algo muito estranho, mas não, parecia que nada tinha acontecido.

‘’Tudo bem?’’ O maior parecia um pouco apreensivo, bem eu também estava preocupado, eu estava na minha forma humana e não estava sentindo nada relativamente esquisito.

‘’Eu acho que tem al-‘’ quando de repente sinto uma fisgada no peito, muito bem, agora estava funcionando, eu coloco a mão no peito como se estivesse tendo um infarto, engasgo com o susto, em seguida assustando Philza que me segura apavorado.

‘’Ei, ei, vai com calma, senta aqui’’ ele me ajuda a sentar à beira do ninho, onde residia o pequeno filhote resmungando, agora não mais um amontoado de lã num barraco, e sim uma bela cama de casal em uma casa bem mobiliada e confortável.

‘’Eu não acho que deveria ser assim’’ ele fala com as mãos nas minhas costas, massageando minha escapula devagar, mais quentes do que deveriam ser, na verdade, tudo parecia mais quente, era como se minha roupa deixasse tudo bem mais abafado ‘’você parece febril, quer um pouco de agua?’’

‘’Por favor’’ digo com um suspiro tremulo, estava realmente muito quente, assim que ele sai passo a mão no lugar que estava doendo, percebendo uma protuberância que não estava lá antes, em pânico tiro moletom que levou minha máscara junto.

Com o torso despido sinto um alivio bela sensação de poder respirar, mas logo dou de cara com nada mais que um seio, não o caralho de dois peitos no meu corpo, fico extremamente agitado, não deveria ser assim, eu vou realmente ter de dar leite com uma mulher?

Tudo a minha volta para quando dou de cara com Philza me encarando de cima a baixo com a boca um pouco aberta, parecia mais assustado que eu, escondo meu corpo com meus braços, como se fosse ajudar de alguma coisa, nossa como isso e constrangedor.

Meu corpo já sob os efeitos da poção me fazia me remexer em mim mesmo, muitas sensações ao mesmo tempo.

‘’Tudo bem, se quiser eu posso ir-‘’ o maior começa.

‘’Não!’’ Não, tudo menos isso, não e como se eu quisesse ficar aqui sozinho com tudo isso, eu não saberia nem como deveria fazer, era melhor com ele aqui, eu já confiava nele o suficiente para sabe-se lá o que seja isso ‘’Fica- e-eu realmente apreciaria su-sua ajuda’’

Não era como se eu não notasse minha gagueira e meu próprio choramingo, mas ele veio a minha ajuda tão rapidamente que eu fiquei estático pensando na minha própria imagem agora, ele segura o copo d’agua na minha frente e eu seguro com as mãos tremulas, eu não sei o que era efeito da poção ou meu comportamento ansioso, tomo numa golada toda agua no copo e o devolvo para Philza que deixa na cômoda, ele volta para mim e fica me olhando por um tempo.

‘’Você quer se deitar? Eu imagino que seja mais cômodo ficar o mais relaxado possível’’ Ele dizia e me vigiava, como quem olha um doente.

Foi aí que eu tive um choque de realidade, cara eu vou ter que dar leite para Chayanne, nesse momento, na frente de Philza, e tudo por que eu sou um idiota que não pensa antecipadamente.

Eu queria chorar, mas estava sorrindo nervosamente da minha situação, como se fosse algo engraçado, mas mesmo assim acenei a Philza que me ajudou a me locomover na cama, que parecia mais difícil do que deveria.

Ao deitar me aconchego contra os poucos travesseiros que tínhamos, meus peitos bem inchados e avermelhados como meu rosto nu que escaldava em um calor estranho, meu coração palpitava e eu sinto meu sangue correr pelo meu corpo audivelmente.

Philza carrega Chayanne de seu recinto e vem até mim e se senta perfeitamente do outro lado da cama.

‘’Está pronto?’’ Ele deu um olhar muito significativo, eu devolvi com algum tipo de semblante questionador.

‘’De verdade? Acho que nunca estaria pronto para algo assim, mas por Chay eu vou tentar, me dê ele aqui’’ Ele acena e com cuidado deita Chayanne no meu colo, eu sinto seu corpinho pesar na minha barriga e depois ser atacado sem piedade, por mais louco pudessem ser os instintos animais foi muita surpresa sentir os primeiros movimentos bruscos de um bebe sendo direcionados a meu corpo, como se fosse o certo acontecer, com isso nunca vou esquecer o sentimento de estar fisicamente alimentando Chayanne pela primeira vez, não foi a pior coisa, mas foi estranho, por um instante fiquei muito tenso e não relaxava de jeito nenhum, aquilo pareceu incomodar o pequeno que se deleitava como podia do meu leite propriamente dito.

Mas meu salvador estava lá para me ajudar e com uma mão segurou meu braço que agarrava Chayanne com certo desleixo.

‘’Assim, segure ele desse jeito, será mais confortável para você’’ Ele diz concertando minha postura, logo ficando mais próximo de mim ‘’Tente relaxar, ele pode sentir você ficar tenso, está tudo bem, está indo muito bem, eu também estou aqui para você’’ sua voz saia como melodia, me persuadindo bem demais, pude relaxar contra o travesseiro do ninho, estaria sendo desonesto se dissesse que suas palavras não me ajudaram, fiquei bem mais à vontade com ele ali do meu lado, dando pequenos incentivos, foi realmente muito bom, aquele homem era um inegável anjo na Terra.

A cada sucção que Chayanne dava era um novo arrepio, e mais cansado ficava, como se ele estivesse sugando minha energia junto, e na verdade estava mesmo, esse pequeno monstrinho fofo.

Ficou assim por um tempo, Philza não havia se afastado, na verdade, parecia ter se aproximado mais e se acomodado encostado em mim, o que não foi de nenhuma forma ruim, ao contrário foi perfeito, eu também aproveitei para me encolher e deslizar contra a massa corporal macia de Phil, eu não estava mais tão quente e os efeitos da porção já dava sinais de finalizar, nesse meio tempo Chayanne ficou bastante tranquilo dando bastante sossego, como ainda era um recém-nascido não precisava de tanto, então não demorou tanto para ficar saciando com alguns goles e largar meu mamilo inchado em contentamento genuíno.

Eu tinha prestado o mínimo de atenção nas instruções de como aconteceria toda essa parte da alimentação, mas na hora tudo parecia um borrão louco, porem consegui me lembrar que se o bebe não bebesse todo o leite permaneceria no peito, como um armazém de leite, poucas coisas agora voltavam a minha mente, quase imperceptíveis no momento doméstico que estava tendo, eu não notei meu sono até sentir Philza se mexer ao meu lado, solto um gemido sofrido e vejo ele intervir o próprio movimento, ele me olha e sorrir, voltando a alcançar um lençol e cobrir eu e Chayanne, eu continuava a segurar nosso filhote contra meu peito ainda cheio, era de certo bem estranho, mas eu conseguia suportar.

Devagar me sinto bêbado ao sentir o calor de Phil novamente se deitando no ninho, não pude ir contra a vontade de me afundar em seu corpo sem o menor arrependimento, sentindo um de seu braços cobrir meu estomago debaixo do lençol e me aproximar mais ainda dele, eu o conhecia a pouco mais de um dia, mas ele já tinha me dado tudo que eu nunca pude ter, ele me ofereceu tudo que podia dar, como se não fosse o maior presente de toda minha vida, eu só sabia agradecer, pois era a única coisa eu podia fazer e ele tratava isso como se fosse pequeno, eu não conseguia nem imaginar o que era grande para ele.

E mesmo que eu fosse apenas um obstáculo para ele, ele me cobriu com suas asas aquela noite, protegendo eu e Chayanne como sua verdadeira e única família, e mesmo que pudesse está sendo egoísta eu desejei mais de tudo aquilo, como se eu merecesse, eu pedia aos Deuses para ter mais e mais desse doce e emocionante calor, que mesmo a luz da lua, eu tinha meus próprios astros luminosos perto de mim. Um sol e uma estrela ao meu lado.

Essa foi a primeira de muitas vezes, a partir dali se tornando rotina em tirarmos um tempo para ficarmos todos juntos no ninho, eu amamentando e Philza me apoiando.

Tinha medo de alimentar Chayanne sozinho e alguma coisa desse errado, então era sempre grato pela companhia de meu parceiro comigo, ficamos bem daquele jeito e dividimos bem as tarefas de cuidar da casa, cuidar de Chay e nós manter seguros e vivos, a cada dia íamos progredindo bem juntos, todos da ilha pareciam ter se acostumado bem a nova vida, bem, alguns melhores que outros.

-E isso não foi um problema, até ser, quando o dia chegou-

Voltando ao momento que acordei sem Philza na cama, já pude pressentir que algo errado tinha acontecido, eu não queria nem sair da cama, mas Chayanne não esperava, tudo que ele queria eu tinha que lhe dar, era uma criança mimada que aprendi a amar, então me levantei me entreguei ao sentimento antecipado de exaustão.

Quando tudo caiu sobre mim, a notícia da primeira Morte mexeu comigo como uma rajada de areia nós olhos, nada poderia ter me preparado, nessa noite o pequeno Trump faleceu, sem deixar vestígios sua tumba foi feita as pressas pelas mãos de seu único pai, Maximus, que eu tenho certeza, tentou ao máximo cuidar de Trump sozinho, mas como nem tudo eram flores a ilha caiu em maus agouros, todos ficaram mais cuidadosos, por que a qualquer momento a Federação poderia nós punir.

Depois desse dia, começou, os choros eram audíveis todas as noites, as vezes até confundia imaginando ser Chayanne, e desesperado acordava em choramingo, eram sempre gritos sufocantes e assustados, e machucava muito não poder o ajudar, mas eu ainda tinha que cuidar de Chayanne.

E eu realmente tentei, eu comecei a me mover mais e aparar meus pensamentos instrutivos.

Eu realmente tentei.

Até a segunda Morte em última instância de Juana Flippa.

E eu não pude lidar com aquilo, eu precisava ir ao socorro daquelas pequenas almas, ou eu não me manteria são.

Dentro de mim, não podia me perdoar se uma criatura devorasse aquelas almas.

Então segurei Chayanne uma última vez sem saber o que me aguardava, dei um beijo paternal esperando ser o suficiente.

‘’Eu juro filho meu, eu voltarei para você, me perdoe por isso, espero que possa me perdoar no futuro, mas seus irmãos precisam de mim, eu juro que papai vai voltar com vários presentes para você’’

Só o soltei depois de chorar tudo que precisava com ele em meus braços, acalmando seus resmungos até ele cair no sono com uma música de ninar e uma promessa.

Me despedir como pude de Philza que não esperava nada daquilo, a culpa me consumindo ao o ver tão bem, eu espero que ele não pense que eu estou o abandonando, por que nunca faria isso, nem mesmo no meu pior lado, jamais seria capaz de os abandonar.

Mas eu tive que ir sem nem dizer onde iria.

Nesse tempo não tinha acesso as Warpstone ou pedra de passagem ou qualquer coisa tão moderna, então foi tudo a base da persistência de minhas pernas e minha determinação, e assim foi se passando o tempo, até chegar na primeira alma, o pequeno Trump podia ser encontrado no lugar onde morreu, dentro do próprio quarto, ele chorava como a alma inocente que era, sem alguém designando a o levar ao outro lado como deveria, mas aqui estava Missa o Ceifador da Deusa da Morte para o ajudar com isso, então ele teve que o fazer, o que muitos anos não tinha coragem.

(Ceifador domina seu corpo, seus ossos esticam)

Com toda a força ele junta as mãos em oração e destaca algumas palavras, e como magica tenebrosa e sombria, a pele de seu corpo e consumida pelo vazio obscuro, ele sente a cartilagem de seu rosto sumir, junto ao brilho de seus olhos.

Ele se transforma em um Esqueleto cheio de desenhos antigos, pronto para caçar suas almas, mas não como de costume, hoje ele faz hora extra, por vontade própria.

Ele segura a pequena luz que balançava em seu colo, agora faltava a pequena Flippa, sem pressa ele seguiu em frente, devagar no escuro noturno que o perseguia, ele seguia os soluços infantis da pequena garotinha, ela seria bem mais difícil de achar, por ela não foi morta em Terra, e sim no meio da vastidão do mar.

Então Missa seleciona a canoa da travessia, ele os levaria para o outro lado daquela forma de qualquer maneira, deixou a alma do pequeno descansar em seu colo ossudo de vestis negras da Mãe Morte, e com os ossos da mão se coloca no mar, com seu único remo, a viagem seria longa.

Ele nunca poderá contar o tempo enquanto estiver com sua forma Ceifeira, a morte não tem um relógio, então ele seguia sem saber as horas, sem notar se era dia ou noite, até chegar no navio, e na sua proa achar a segunda alma que procurava, a pequena Flippa, miúda no canto escuro no navio pirata, como ela foi parar ali e um mistério para si, mas ele seguiu com sua missão, capturando mais uma alma ele pode ir para onde o tempo e irregular, e as horas são como dias e o mundo não gira.

O outro lado, tão desconhecido e conhecido por ele, com seu remo e duas almas em mãos eles foram pelo mar, até a água ficar vermelha e em vez de animais aquáticos um mutirão de fantasmas se mexiam debaixo da canoa.

E finalmente ele chegou no porto e pode descansar, abraçou as crianças, não, as almas ingênuas e limpas e se despediu, com pesar ele as abandonou com o anfitrião do céu e voltou para a ilha.

Ele não podia realmente sair da ilha, era apenas uma passagem de mundos internos, ele apenas desceu ou subiu, apenas isso.

Quando voltou ao mundo vivo não pode descansar até poder atracar em um lugar totalmente desconhecido, nunca viu aquela costa da ilha então se preparou para os perigos do novo mundo que adentrava.

Ele não tinha uma boa armadura ou alguma arma sequer.

Mas seguiu em uma floresta, sem saber o caminho, sem mapa com fome ele se encontrou perdido naquele lugar, sem saber quanto tempo se passou do outro lado, ele andava em círculos via animais esquisitos e pegava pequenas frutinhas.

E mesmo assim, via coisa interessantes pelo caminho, achando perigos que tive que desviar e lugares estranhos que tirei alguns objetos interessantes, pequei cada um e fui colecionando esses objetos estranhos e diferentes para presentear Chay, eram desde capacetes, flores coloridas, brinquedos de villagens, pedaços de maquinas, livros de criança, velas coloridas, pedras brilhantes e outras coisas. O mais legal sendo uma pelúcia de um patinho que roubei de um vendedor ambulante, quase morri para uma lhama.

Fico assim até que finalmente tudo mudou.

(O Ceifador deixa o corpo, agora de com carne humana)

Estava tudo no escuro noturno, e eu tentava enxergar alguma luz, já estava de volta a minha forma humana, mais degastada do que nunca, sempre será um esforço tremendo ir e voltar ao mundo, e caminhar por horas em céu aberto, estava tonto e andava em passos lentos e sem agilidade alguma, mas queria voltar a sua família imediatamente, a cada segundo da viagem pensara nós rostos familiares com carinho.

Até que parou bruscamente, com a imagens de algum pesadelo.

A sua frente um Homem de azul era arrastado agressivamente por uma coisa verde brilhante, parecia vírus gigante.

Sem pensar me escondo no primeiro arbusto que vi, me encolhendo ao máximo como uma criança assustada, nem percebi as folhas secas rasgarem no chão com meu peso.

E no momento que fui descoberto pelo monstro a respiração parou, meu peito pesou em medo e toda a tontura foi substituída pelo pânico, vi o bicho verde levitar em na minha direção e seguro com força a vontade de chorar, eu não era de todo imortal, só não morreria de velhice, mas se aquele ser o empalar com a espada encantada, sangraria até o último suspiro.

Penso naqueles que deixou em sua casa, que em pouco tempo se tornou seu único lar, o lugar que ele daria tudo para voltar, não queria que a última lembrança dele fosse ele os abandonando, por que tinha de ser desse jeito?

A criatura foi até ele lentamente e já se preparava para correr, a adrenalina apertando meus músculos e meus olhos arregalados, sua força pronta para o impulsionar para longe dali.

Até que o monstro voou para cima das as arvores e sumiu, podia desmaiar agora, sentia que poderia morrer até, mas ouviu o som dos engasgos do homem de azul.

Com medo fui até ele com cautela, encontrando o corpo inconsciente e molhado sufocando, se podia notar sua alma angustiada, então com bondade se abanou ao lado dele e segurou seu braço, percebendo o pulso fraco, olhou bem o rosto pálido do menino, que parecia ser bem jovem, se sentiu apiedado pela maneira como o encontrou, ele provavelmente seria comido pelos animais se continuasse aqui desse jeito, então pego o corpo gelado em um abraço estranho, e quase cai com o peso do outro, ele era um pouco maior que eu, mas era magro o suficiente para o carregar, então com o requisito de força que tinha o abraço e o levou para longe dali.

Por pura sorte não encontro nenhum mob pelo caminho, não sabia onde o estava levando, mas parecia já ter visto o lugar, até ver uma luz ao longe e ficar encantado e extremamente feliz ao encontrar a antiga casa de Spreen seu irmão mais velho (de consideração) e dei um longo suspiro e agradeço a divindade, adentrando sem medo na casa a muito abandonada, sabia que o urso não estaria, já que ele nunca foi de ficar em um único lugar, então não foi surpresa encontra o lugar vazio e cheio de poeira, e mesmo assim pude descansar, deitando o homem estranho no antigo quarto do homem, acho um isqueiro e acendo todas as velas que vejo pela frente, o quarto pareceu brilhar de tantas lanternas acessas.

Pego uma toalha e voltou ao homem enxugando-o como pude, e decido tirar sua roupa molhada, ele poderia ficar com um resfriado se continuasse com elas, não queria se invasivo ou algo tipo, mas era uma situação horrível, eu acho algumas roupas antigas de Spreen e volto ao quarto.

Tiro as roupas do homem sem deixar de olhar seu rosto, ele era bonito com o rosto adormecido, mas não dava sinais que iria acorda e isso me preocupou, ele quase deu um beijo na Morte essa noite, tiro a camisa azul e enxugo o torso com a toalha, logo tirando as calças com dificuldade, puxou as calças com força até elas desgrudarem do corpo, olho com olhos arregalados para a grande cicatriz profunda na canela da perna esquerda dele, com certeza alguém tirou um pedaço daquela perna a muito tempo (C!Celbit canibal), volto a o enxugar sem olhar seu corpo.

Sem demorar coloco nele as novas roupas, fiel a promessa de não o assediar mais do que devia, tentando ao máximo não encostar na pele gelada que a os poucos acendia em calor humano, assim que termino de o vestir, pego um lençol e o cubro, como não sabia quando ele iria acordar e como acordaria, deixou todas as luminárias acessas, para ele não acorda em meio a escuridão, e fui tomar uma banho, estava a muitos dias sem tomar banho, estão mesmo com a agua fria como gelo suspiro em alegria em sentir as gotas beijarem meu corpo e molharem meu cabelo, senti a sujeira deixar minha pele e dou um sorriso amplo para a vida.

De banho tomado sinto o chão sujo em seus pés descalços, com um desgosto tão grande em ter meus pés limpos serem sujos novamente, que seguro uma vassoura improvisada e varro todo o lugar, inclusive o quarto onde dormia o estranho, podia sentir a alma dele descansar, então passo horas na tarefa de deixar a casa minimamente limpa.

Depois sigo em procurar comida e não achou nada realmente comestível, me pergunto se seria muito jugado em oferecer nada mais que algumas cerejas ao homem, a única coisa comestível que tinha, pairo em pensar se seria muita idiotice procurar comida agora, mas me lembro no monstro que estava provavelmente os caçando, e que seria melhor se contentar com as cerejas.

Sentou na cadeira na sala bem vazia e silenciosa, o único barulho audível sendo o a noite lá fora, foi até o sofá e assim que relaxou seu corpo todo doeu, finalmente o pesadelo acabou, pela manhã ele poderia achar o caminho de volta para casa, ou até o homem acordar, bem nada importava.

Sua mente apagou assim que fechou os olhos.

~~~Sonhos bons nunca são lembrados~~~

No fundo do peito ele pode sentir a agitação da alma daquele que salvará pela noite.

Eu não queria levanta, mas quem o garante que aquele cara não era um Serial Killer pronto para exterminar sua vida.

Sento no sofá com um choramingo comum, levanto os braços e me espreguiço afastando o sono, bocejo para o dia e afasto o cansaço do rosto passando a mão pela face, busco a máscara do meu lado e vou devagar até o quarto.

Devagar abro a porta e vejo o Homem de ontem a noite me encarar com um choque obvio, ele parecia assuntado, e com certeza era apenas um humano, sem magia ou um hibridismo, mas ainda desconhecido, mesmo assim aceno para ele o mais receptivo que posso.

‘’Olá!’’ Digo em bom volume para caso ele tenha problema de ouvir.

Vejo ele despertar com minha voz, e dar um sorriso forçado para mim.

‘’Olá?’’ Ele devolve com uma voz rouca e seca, encolhido na cama.

‘’está tudo bem amigo, eu não vou te machucar, apenas encontrei você na floresta ontem à noite, como se sente?’’

‘’Ah- bem eu acho’’ ele olha seu corpo a procura de algo, depois observa tudo a sua volta ‘’Onde estou? Quem e você e como vim parar aqui?’’

‘’sim, tudo bem, vou te contar tudo e uma longa história, mas antes, está com sede?’’ Ele pensa nervosamente antes de assentir com um movimento de cabeça ‘’Ótimo, vou buscar para você, fique tranquilo, não vou te prender aqui, mas preciso que espere um momento, já volto’’

Saio do quarto, mas deixo a porta entre aberta, vou até a sala e dentro de um baú tiro um balde de água, pego um copo e encho, primeiro bebo toda a agua e encho novamente para dar ao homem que ainda não perguntei o nome.

Voltei ao quarto, ele estava agora sentado na beira da cama, sem mais lençóis sobre o corpo.

‘’Aqui está! Tome devagar’’ ele vira o copo de uma vez, quase engasgando, eu apenas bufo com isso, e espero ele terminar de tossir ‘’Tudo bem, eu avisei. Eu posso perguntar seu nome?’’

‘’Sim.. me chamo Pac, mas também atendo ao nome Tazer’’ Ele responde sem desvios, estava sendo sincero e eu sou grato pela honestidade ‘’Posso perguntar o seu?’’

‘’A claro! Meu nome e Missa Sinfonia ou apenas Missa’’ digo e ele parece ter sofrido um choque.

‘’Missa, acho que já ouvir esse nome, você foi um dos primeiros a chegarem na ilha certo?’’

‘’Sim, sim, eu mesmo, parece que faz algum tempo em, a quanto tempo você chegou aqui?’’

‘’A cerca de três meses se não engano’’

Ah-

‘’tre-três me-meses? Na-não, não pode ter sido tudo isso’’ eu fico horrorizado, passou tanto tempo assim?

‘’Eu sinto muito, eu não sabia’’

“Que isso, não tinha como saber’’ engulo e reprimo tudo isso, aquele cara já tem o bastante para ter que lidar ‘’Então Pac, se lembra de alguma coisa de ontem?’’

Vejo as rugas em sua testa se formarem, pesou um clima que eu queria distrair.

‘’Eu lembro de ser puxado pelo código para o mar, e tudo apagar, e acordar aqui, pode me dizer como cheguei aqui? E onde estou? Que roupas são essas?’’

‘’A sim mas e claro, vou explicar, eu te achei sendo arrastado por um bicho verde que talvez seja esse tal de código, e como eu não sabia se você estava bem te peguei e trouxe até aqui, eu te vesti com outras roupas por que as suas estavam molhadas, aquelas ali, essa e a antiga casa do meu irmão que também e um dos primeiros a chegarem aqui, não sei onde é exatamente, já que estou a um bom tempo fora’’

‘’Como assim? Você pode sair daqui?’’ pareceu muito surpreso.

‘’não exatamente, apenas ocupado com uma missão’’

‘’Ah- entendo, meu amigo Felps também saiu para uma missão, posso entender. Missa muito obrigado por me salvar não sei como agradecer, se você quiser posso te levar até minha casa e você pode pegar qualquer coisa’’

 ‘’Não se preocupe, não quero nada em troca, mas aceitaria a carona até sua casa, você mora perto da muralha?’’

‘’Não muito, mas sei onde é, posso te levar até lá’’

‘’Por favor eu agradeceria, aceita algumas cerejas? E realmente a única coisa que posso oferecer’’

‘’Não, tudo bem, aceito algumas sim’’

Entrego a ele uma sacola cheia de cerejas, e o vejo provar algumas, não parecia mais tão assustado, mas ainda se mantinha reservado.

‘’Então Pac, você conhece os ovos?’’

‘’Conheço sim, eu e meus amigos temos um, o nome dele e Richarlysson, eu, Mike, Cellbit, Felps e Forever cuidamos dele’’

‘’O QUE! O seu ovo tem cinco pais?’’

‘’Sim, a Federação só deu ele e nós decidimos cuidar dele juntos, mas a Pomme, que é o filhote que veio depois também tem cinco pais, então ele não é o único’’

‘’E tem mais gente? Nossa, as coisas devem ter realmente mudado nesse tempo’’

‘’Você nem imagina cara, mas não se preocupe, todo mundo ajuda uns à os outros então você vai voltar e será novamente aceito’’

‘’...Muito obrigado, eu estava verdadeiramente precisando disso, você parece ser um cara legal Pac’’

‘’Digo o mesmo de você Missa, mas tudo bem já irmos? Posso ter deixado meus amigos preocupados com meu sumiço’’

‘’Não se acanhe, podemos ir agora mesmo, eu não tenho nada comigo para levar, apenas essas frutas e minha Bota de Ferro.

Pac olha no fundo da minha alma e dá uma risada exagerada e verdadeira.

‘’ HAHAHA Cara, desculpe, mas você pode ser considerado mais pobre que o Quakity’’

Eu vejo isso como um insulto, mas é verdade, eu posso está realmente a muito tempo fora para isso acontecer, então sorrio envergonhado para ele.

‘’Você está certo, me sinto realmente assim, mas não posso negar que ser mais pobre que o Quackity e uma vergonha a qualquer um’’ digo isso com um falso ar de tristeza.

‘’Não se preocupe com isso, agora você e meu amigo, você vai dar a volta por cima, ousa minha promessa’’ Ele diz animado, fico muito feliz em o ver melhor.

‘’Oh~ Agradeço pela hospitalidade’’

Então ele se levanta pegar suas roupas e sapato molhados em uma sacola e saímos da casa, o sol recém-nascido banhava nossas cabeças com seu calor, ele parecia um tanto apressado, então ao lado dele apertei o passo, até começarmos a correr, a liberdade cantando para nós, o vento puxando meu capuz e elevando nossos cabelos negros, seguimos pelo mundo sem temer as coisas, estávamos vivo e respirando e parecíamos dividir o sentimento de gratidão.

‘’CARA, a quanto tempo não me sinto vivo’’ ele corria e gritava, mas rápido que eu e sem a sair tão longe de mim.

‘’POSSO IMAGINAR, ESTÀ MUITO RAPIDO’’

‘’POR QUE ESTOU MUITO FELIZ, EU POSSO SENTIR ELE’’

‘’QUEM?’’

“ MEU AMIGO’’

Eu não entendi direito, mas dividi o sorriso de alegria com ele e sumimos entre as folhas no chão do horizonte, estava louco para ver meu filho de volta, ouvir seus resmungos, meus amigos, como Roier estava? Sinto falta de Quackity também. E me lembro de Philza, nem imaginava como ele estava, talvez ele me expulse de casa e me mande embora, como posso pensar isso dele? Ele deve ter me esperado eu sei, eu acredito nele.

-#-

Continua:

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