Estava Escrito - Malila

By AmorzinhoMalila

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Você já ouviu a história do Sol e da Lua? Não? Embarque nessa história como se fosse a última coisa que você... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 32
Capítulo 33

Capítulo 31

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By AmorzinhoMalila


Pov Sol

- Amor, acorda, hoje é o seu dia. - Ouvi a voz rouca de Marília no meu ouvido.

- Amor, não. - Puxei o braço dela colocando em meu rosto, sua risada gostosa preencheu o quarto.

- Linda, acorda logo vamos. - Tirou o braço e mordeu minha bochecha.

Respirei fundo e sentei na cama, ergui os braços à cima da cabeça e bocejei. Abri os olhos piscando várias vezes e olhei para o lado.

Marília estava ajoelhada no chão, com as mãos em cima da cama, olhando fixamente para a bandeja com café da manhã e uma tulipa lilás no jarro. Sorri, tão perfeita.

- Tudo isso pra mim?. - Perguntei e ela me olhou piscando lentamente.

- Sim. - Sorriu. - Waffles com calda de banana, morango, nutella, biscoito recheado, sanduíche de peito de peru porque sei que você adora e... - Ergueu uma pequena tampa. - Salada de frutas. - Sorriu mostrando os dentes.

- Vai me fazer parar no hospital com tanto doce. - Ela sorriu.

- Trouxe seu anti-alérgico. - Apontou para a pequena cartela no canto da bandeja. - Agora vai escovar os dentes. - Assenti e levantei.

Com certeza esse é o melhor começo do dia de todos. Eu gostava da ideia que Marília era a primeira a me desejar feliz aniversário, hoje fazia 1 ano que tivemos a nossa primeira noite juntas. Saí do banheiro e peguei Marília no flagra comendo meu café da manhã.

- Eu devia te dar uns tapas. - Disse e ela deu um pulo.

- É... é porque tá muito bom. - Sorriu e tinha chocolate no seu dente me fazendo gargalhar.

- Você é uma boba. - Me aproximei e ela sorriu me fazendo gargalhar novamente. - Tem chocolate no seu dente amor. - Ela fez um movimento com a boca e mostrou os dentes, assenti.

- Feliz aniversário coisa mais linda e gostosa da minha vida. - Selou meus lábios e eu sorri. - Você merece o mundo, mas no momento eu não posso te dar ele, então, decidi te dar metade dele.

- Como assim?. - Perguntei franzindo a testa.

- Ué, te trouxe as coisas mais gostosas do mundo. - Fiz um "ah" e ela sorriu.

Olhei para a bandeja e vi uma coisa coloridinha.

- Não, você comprou marshmallow?. - Ela assentiu. - É o meu preferido. - Ela sorriu.

Marília sentou na cama e eu sentei em seu colo de lado, ela sorriu pegando um dos marshmellow's e levando até minha boca.

- O que você está pensando em fazer hoje?. - Olhei para ela enquanto mastigava e franzi o cenho.

- Passar o dia inteiro com você, por que?.

- Estava pensando em irmos visitar seus pais e a sua irmã, já faz um certo tempo não acha? E eles nem sabem que queremos um filho. - Respirei fundo.

- Você quer contar? Porque eu não me importo, eu só quero ver a Sofi. - Ela deu de ombros.

- Podemos ir lá visitar eles. - Revirei os olhos.

- Tudo bem nós vamos, mas depois que eu passar na casa da Maiara e pegar meu presente. - Ela assentiu.

Tomamos o café da manhã como crianças, tivemos que tomar banho outra vez porque Marília me sujou de chocolate e eu tive que revidar, então vocês podem imaginar a bagunça que deu.

(...)

- Hum, eu me sinto muito feliz com isso. - Disse sem me olhar.

- Mamá, estou falando com você. - Ela me olhou.

- Você só tem 18 anos mija, o que seu papá dirá sobre isso?. - Respirei fundo.

- Vocês sabem que não podem opinar sobre isso não é?. - Marília me beslicou.

- Olha Almira, eu e Maraisa já somos maiores de idade, só viemos mesmo aqui, porque queríamos compartilhar com vocês, não são obrigados a aceitar nossa decisão. - Olhei para o chão.

Ouvi um barulho de sacolas e ela se aproximou estendendo um pequeno embrulho, ergui meus olhos e ela deu um sorriso terno. Agarrei o embrulho e abri imediatamente revelando a pequena pelúcia em formato de banana, sorri abertamente e à abracei.

- Feliz aniversário mija. - Sorri abraçando-à. - Vou te apoiar em todas as suas decisões. - Apertei mais o abraço e Sofi nos interrompeu.

- Isa. - Gritou pulando à nossa frente. - Feliz cumpleaños. - À abracei.

- Obrigada meu amorzinho. - Beijei sua testa e olhei para Marília. - Olha quem está ali. - Sofia olhou para Marília e abriu um sorriso enorme.

- Tia Lila. - Pulou no colo de Marília que gargalhou.

- Como você se sente baixinha?. - Tocou o nariz de Sofia que soltou um riso.

- Estou bem, ouvi tia Maiara dizer que vocês vão ter um bebê, eu vou poder brincar com ele?. - Gargalhei.

- Sofia, ele nem sonha em nascer ainda. - Ela me olhou.

- Mas... tia Maiara disse. - Fez uma cara triste.

- É que a cegonha ainda está trazendo ele. - Marília disse e eu e mamá rimos.

- Ela vai demorar?. - Perguntou e Marília negou.

- Daqui à alguns meses. - Ela assentiu e desceu do colo de Marília correndo para a sala.

(...)

- Sabe que dia é hoje além do meu aniversário?. - Perguntei um pouco alto por causa do barulho das conversas.

- O dia em que tivemos o primeiro contato sexual. - Assenti rapidamente. - Maraisa, que fogo é esse?. - Perguntou e eu ri baixinho.

- Só estou lembrando boba. - Soquei seu braço. - Sabe o que Maiara me deu?. - Ela negou. - Um pijama, de um Dragão, me senti feia. - Olhei para Maiara que estava sorrindo enquanto olhava Luísa conversava com Aline.

- Ela me deu uma de um Unicórnio. - Olhei para ela. - Hoje nem é o meu aniversário.

- Maiara e seus presentes. - Ela riu. - Ai, você não me deu um beijo hoje. - Falei lembrando.

- Como que te beija? Todo mundo atrapalha. - Olhei em volta.

- Você pode me beijar agora, está todo mundo entretido em algo. - Ela olhou ao redor e se aproximou com um sorriso.

Roçou os lábios no meu e selou nossos lábios. Eu estava tão necessitada desse beijo. Estávamos na sala da casa de Marília, mas eu não estava me importando com isso. Minhas mãos foram para sua nuca e as suas para o meu rosto acariciando levemente. Nosso beijo estava completamente embalado quando o estrondo tirou nossa atenção.

- O que ela está fazendo aqui?. - Perguntei quando vi Halsey na porta.

- Eu não faço a menor idéia. - Marília sussurrou.

Halsey estava completamente diferente, seus cabelos estavam quase raspados e loiros. Com uma camiseta branca e calça jeans azul rasgada no joelho.

- Feliz aniversário Carlinha. - Disse quando seus olhos fixaram nos meus.

- O que você veio fazer aqui? Eu disse que não era pra você pisar aqui. - A mãe de Marília se pronunciou.

- Eu não me importo com o que você fala velha, eu vim terminar o que eu nem ao menos comecei. - Disse sem tirar os olhos de mim, levantei.

- Vai tentar de novo? Você não cansa? Não vai ter a Marília nunca pra você, me matar só vai foder a sua vida. - Marília segurou meu braço.

Meus corpo se erijeceu quando desci os olhos para suas mãos, em sua mão direita tinha uma glock 40, como uma ex-presidiaria consegue comprar uma arma?.

- Dessa vez Maraisa, nada vai me impedir de matar você. - Apontou a arma na minha direção.

Nossa distância era de apenas um metro, eu podia correr se quisesse, mas minhas pernas não me obedeciam.

Ouvi o "click" da arma e fechei os olhos quando ouvi o grito da Deolane e um disparo junto com os gritos de todo mundo junto. Abri os olhos quase que no mesmo instante e vi a cena de Deolane em cima da Halsey. Quem tomou o tiro?.

Pov Lua

- Deolane. - Simone gritou correndo até as duas que estavam deitadas no chão. - Deolane, Deolane, fala comigo. - Sacudiu Deolane.

Estávamos todos paralisados no mesmo lugar, sem mover nenhum músculo. Deolane se mexeu levantando lentamente e balançando a cabeça em sinal negativo como se estivesse tentando se auto acordar.

A expressão na cara de Simone ao olhar para Halsey, já sentenciava o fim.

- Hay, Hay, não. - Deolane disse meio grogue. - Droga, Simone. - Olhou para Simone que continuava intacta.

Deolane se levantou e se virou para nós arregalando os olhos, todos colocaram a mão na boca quando vimos sua blusa encharcada de sangue, agora sabíamos quem havia tomado o tiro.

(...)

O barulho das sirenes dos carros da Polícia e da ambulância se faziam presentes ali, levando o corpo da Halsey na maca. Disseram que ela ainda estava respirando e tinha chances de sobreviver. Deolane recebeu milhões de perguntas e Simone pediu para que eles fizessem isso outra hora e deixasse com ela pois ela havia visto tudo.

Me pergunto quando Simone entrou, porque eu não me lembro. Provavelmente ela sabia que Halsey iria fazer merda e decidiu estar por perto.

- Vamos, vou te levar pra casa. - Puxei Maraisa para o carro.

O caminho inteiro foi em silêncio, eu só conseguia ouvir a respiração descompassada de Maraisa, provavelmente ela iria ter pesadelos essa noite, e eu iria dar um jeito, mas ela ia ter que esquecer essa cena, pelo menos até a noite acabar.

Estacionei o carro no estacionamento do prédio e ajudei Maraisa sair do carro.

Subimos ao nosso andar ainda silenciosamente, abri a porta e Maraisa se arrastou até o sofá, sentando e olhando para o teto. Fechei a porta, joguei as chaves na mesinha de centro e sentei ao seu lado. Logo senti seu corpo abraçar o meu e o primeiro soluço surgir.

Eu sabia que ela queria chorar, ela só precisava estar em casa pra fazer isso. Puxei seu corpo para o meu colo e à segurei como um bebê recém nascido. Maraisa escondeu seu rosto na curva do meu pescoço e chorou, chorou como se não houvesse amanhã.

Fechei os olhos e respirei fundo, essa noite seria difícil, e eu ficaria ao seu lado, não importa o que aconteça.

(...)

Já era de madrugada quando acordei ouvindo alguns soluços, abri os olhos e fui abordada pela luz forte do banheiro. Levantei lentamente e caminhei até lá.

- Mara? Você está bem?. - Perguntei parando na porta.

Maraisa estava ajoelhada próximo ao vaso sanitário, pisquei os olhos lentamente e me aproximei.

- Mara. - Ela ergueu a mão como um pedido que eu parasse.

- Não chegue perto Lila. - Reprimi os lábios quando vi ela vomitando.

Me agachei ao seu lado e segurei o seu cabelo, ela me olhou atravessado e eu soltei um sorriso fraco enquanto acariciava a linha da sua coluna.

Ela se levantou e me levantei junto com ela, me apoiei no balcão que tinha próximo a pia vendo-à apertar o botão da caixa e evitando me olhar.

Ela se virou ficando de costas e ouvi seu choro novamente. Respirei fundo e me aproximei abraçando seu corpo fino. Seus ombros tremiam e eu não conseguia entender o que estava acontecendo ali.

- Amor, me fala o que houve. - Acariciei seus cabelos e ela negou. - Confia em mim, eu não vou te julgar. - Ela respirou fundo.

- Só me ajuda a tomar banho, eu te conto depois. - Assenti e beijei seu ombro.

Ela se virou fitando o chão, segurei a barra da sua blusa e à puxei para cima, só então pude perceber o quão ela estava magra, um pouco mais do que o normal.

- Você não tem se alimentado corretamente?. - Perguntei e ela me olhou rapidamente e não me respondeu.

Abri os botões do seu short e o desci, nesse momento eu não conseguia sentir nem um pingo de malícia, eu só conseguia sentir pena do meu neném, eu queria cuidar dela, da forma que ela merece.

Tirei sua lingerie deixando-à completamente nua e abri o box puxando-à para dentro. Liguei o chuveiro e à coloquei embaixo dele.

Seus cabelos moldaram-se ao lado do seu rosto e ela abriu os olhos finalmente para me fitar, sorri passando segurança e ela fungou se virando de costas.

Respirei fundo e saí do box deixando-à um pouco sozinha e fui pegar seu roupão. Quando voltei, Maraisa estava com a cabeça na parede e os braços também, a água do chuveiro batia nas suas costas deixando-à arrepiada.

Entrei no box e desliguei o registro do chuveiro ouvindo seus resmungos de que estava bom. Ajudei-à a se secar e coloquei o roupão puxando-à para a pia. Escovei seus dentes enquanto suas mãos brincavam com a barra da minha camiseta.

Ao terminar, puxei-à para a cama, colocando-à sentada no meio das minhas pernas. Penteei seu cabelo da forma que ela sempre penteia antes de dormir, dei um beijo no topo da sua cabeça e à puxei para perto dos travesseiros aninhando-à nos meus braços.

- É... Marília?. - Fiz um som nasal. - Vou dormir de roupão?. - Fechei os olhos com força e me levantei.

- Desculpa, eu tinha esquecido dessa parte. - Pela primeira vez ela soltou um riso fraco.

Fui até o closet, peguei os nossos pijamas, vesti o meu e fui até ela que abriu um sorriso enorme.

- Você está linda meu unicórnio. - Sorri.

- Este é o seu, vista. - Entreguei junto com sua lingerie. - Estou ridícula. - Disse olhando para mim.

- Hum. - À olhei dos pés à cabeça. - Você está maravilhosa meu dragão. - Ela soltou um riso jogando as mexas do cabelo para frente e para trás novamente. - Veja. - Comecei a pular na cama. - Eu sou um unicórnio, e estou apaixonada por um dragão. - Ela soltou uma gargalhada. - Você é linda. - Parei de pular e pulei no chão chegando próximo à ela.

- Você que é linda, e perfeita, e gostosa. - Soltei um riso e abracei sua cintura.

- Eu te amo Mara.

- Eu já não sei o que eu sinto por você Marília, amar é pouco demais para o que eu sinto. - Abri um sorriso e me inclinei selando nossos lábios.

- É amor. - Ela soltou um sorriso e me beijou.

- Então eu te amo, porque te amo, e te amo. - Sorri e puxei seu corpo para mais perto.

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Fanfiction

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