Passando alguns dias comecei a sentir dores muito fortes, fomos ao hospital três vezes, mas eles não podem fazer nada porque ainda não estourou a bolsa...tá sendo horrível esses dias de ameaças do nascimento da aysha...Tom passa a madrugada toda acordado comigo se necessário. Me ajuda em tudo. Mas é inevitável que eu desconte toda minha dor nele. Sinto pena e raiva ao mesmo tempo, já que também é culpa dele eu estar passando por isso.
Quinta feira, 07:00 am
-bom dia, caiu da cama? -Bill pergunta olhando Tom descer as escadas.
-ainda não dormi, a aysha estava bem agitada essa noite e a S/n só parou de chorar agora. -tom diz esticando os braços.
-uau...ainda bem que não posso ter filhos e não pretendo engravidar ninguém. -Bill diz assustado.
-é...espero que nasça logo essa menina. Não aguento mais ver a Sn chorar de dor. -Tom diz se sentando no sofá e escorando a cabeça pra trás.
-você já viu as notícias hoje? -Bill pergunta.
-porque eu olharia o jornal? -Tom diz confuso.
-parece que finalmente conseguiram contar que vocês vão ser pai, que georg já tem um bebê de quatro meses e vocês estão esperando uma menina. Cuidamos tanto da segurança...como alguém conseguiu fotografar? -Bill diz mostrando a página com as fotos.
-ah...quem liga! O pior que vai acontecer é o pai da S/n descobrir e querer vir aqui encher o saco. -Tom diz cansado.
-legal maninho, você precisa dormir urgente! Já estão assim e o bebê nem nasceu. -Bill diz se levantando.
-e você onde vai? -Tom diz se deitando no sofá.
-dar uma volta por aí. -Bill diz saindo.
-as sete da manhã...-Tom resmunga enquanto fecha os olhos para dormir.
Eu estava dormindo e senti a cama esquentar e minhas pernas molharam, não senti dor alguma...apenas parecia que tinha feito xixi na cama. Eram quase onze da manhã. Eu chorei e sorri ao mesmo tempo, não acredito que finalmente aconteceu! A bolsa estourou! Lavanto devagar e já arranco os lençóis da cama e tento secar com o secador de cabelo...
-oi titia, queremos convidar você pra almoçar. -kiara diz entrando com o Geremay no colo.
-o que tá fazendo Sn? -kiara diz confusa.
-a bolsa estourou e sujei toda cama, tô tentando limpar. -digo secando o colchão.
-ah entendi...Pera ai, A BOLSA ESTOUROU E VOCÊ TA SECANDO O COLCHÃO??? -kiara diz euforica.
-shiu, não tá doendo...quero tomar um banho e comer antes de ir. -digo desligando o secador.
-amiga você não tá indo na feira comprar frutas, tá ganhando um bebê. Que porra, vamos pro hospital. Cadê o tom? -kiara pergunta ainda estérica.
-tá...eu não estava nervosa até você aparecer, por favor se acalma se não eu vou começar a perder o ar e vou complicar meu parto kiara! Chama o tom. Logo! -digo controlando minha respiração.
-eai cara, tá dormindo no sofá de novo? -Dylan diz dando um tapa leve nas pernas de Tom.
-S/n te expulsou do quarto de novo? -gustav diz rindo.
-não...eu só peguei no sono. -Tom diz com a voz rouca de quem acabou de acordar.
-TOMMM, sua mulher tá PA RIN DO! -kiara diz alegre descendo as escadas.
-QUE? -todos falam juntos.
-finalmente! Finalmente! -Tom diz animado subindo as escadas correndo.
-oi Tom, a kiara me deixou nervosa eu quero tirar wssa criança de mim, por favor me ajuda. -digo desesperada.
-tá tá relaxa...vem vamos pro hospital. -Tom diz pegando a bolsa que fizemos para o bebe e deixamos no armário.
-Relaxar? Tem literalmente uma criança prestes a sair do meu corpo! Não sei nem se é cientificamente possível fazer isso. Tom... -digo parada sem saber o que fazer.
-Amor lógico que dá! Se não a gente nem existiria. Preciso que você respire fundo e venha comigo até o carro, vamos? -Tom diz com um sorriso gentil.
Seus olhos reluziam um brilho de felicidade, parece que ele estava esperando isso por tanto tempo, mais do que eu. Tomei coragem para dar os primeiros passos e segurei sua mão, fomos para o hospital e Tom não saiu do meu lado se quer um segundo. Como sempre.
Depois de algum tempo esperando e suando pra aysha nascer, escuto o choro da vida! Tom estava olhando tudo ao meu lado e ainda cortou o cordão umbilical, será marcado em nossos corações esse momento pra sempre. Ela era linda, tanto seu cabelo quanto os olhos eram uma mistura de nós! Mas seu nariz era perfeito como o do tom! Os meninos não foram para o hospital, por causa dos pequenos. Saímos de la uns dois dias depois do parto. Chegamos em casa e estava tudo preparado pra receber a nossa princesa. As meninas ficaram estericas como sempre e os meninos uns babões por ela. Não vou negar que fizemos um bom trabalho nesse DNA.
Quebra de tempo
Chegamos no terceiro mês da aysha, confesso que foi bem cansativo e desafiador. Ela é ligada no 220w, dorme tarde, acorda cedo...fora as mamadas que toma durante a noite. Ela dá um baile na gente. Algo me preocupada demais, não sei nada sobre meu pai...faz um ano desde sua última aparição, lembro daquelas palavras estranhas e o pedido de desculpa...ele estava se despedindo, mas sumiu!
-Bom dia gente. -digo entrando na cozinha.
-uou você tá acabada! -kiara responde surpresa.
-nossa...era tudo que eu queria ouvir logo cedo. -digo rindo.
-acho que o que os dois aqui não foram rebeldes a aysha está sendo. -gustav diz rindo.
-nem me fala, acho que ela roubou a energia extra deles enquanto ficava no meu útero. -digo me sentando.
-novidade pra você! Consegui o número da Lia com uns contatos. Tenta ligar pra ela pra saber do seu pai. -Bill diz entrando na cozinha.
-prefiro chamar um detetive pra localizar ele do que falar com ela! -digo cruzando os braços.
-para...vai que ela sabe onde ele anda! Aliás eles eram casados né? -Eve diz.
-argh! Tá, vou ligar. -digo pegando meu celular.
-cadê a aysha? -Tom diz entrando na cozinha.
- mercado! -respondo anotando o número.
-como assim? -Tom diz confuso.
-céus! Entreguei cem dólares pra ela e disse "não esquece suas vitaminas"...tá com o Dylan e o georg. -digo ironizando a frase.
-tinha me esquecido o quanto você é hilaria quando está com sono. -Tom rebate bravo.
-climão...vamos crianças, vem brincar. -gustav diz pegando o zyan enquanto as meninas levavam o geremay para sala. Deixando nós a sós na cozinha.
-não tem climão algum! -digo irritada.
-é! -Tom afirma.
-a aysha é um bebê, precisamos entender que ela vai nos cansar. Desculpa descontar em você meu sono. -digo tranquilamente, pois sabia que tudo que falamos não se tornaria briga, sempre tentamos compreender nossos momentos difíceis e não deixar nada estragar o nosso amor.
-eu sei...foi mal! Mas cara, isso é cansativo. -Tom diz se sentando na mesa.
-da próxima vez não me engravida, que tal? -digo rindo.
-a próxima vez pode ser agora? -Tom diz maliciosamente.
-Engraçadinho, vai se arrumar. A Ay tem pediatra daqui uma hora. -digo saindo da cozinha.
-o que vai fazer? -Tom diz me seguindo.
-tentar falar com o Leny. -digo com o celular na orelha.
Mas foi falho, apenas chamou...chamou e caiu na caixa postal! Onde esse homem se enfiou? Tá em um lugar tão inexistente que não há sinal de celular?...tentei mais uma ou duas vezes, mas foi sem sucesso. Então desisti por hoje, fui trocar de roupa e arrumar as coisas para consulta. Os meninos chegaram com a aysha logo depois então fomos fazer nossa rotina com a bebê.
Era incrível, tudo que ela fazia nos derretia. É cansativo, claro! Mas é gratificante quando ela faz barulhos fofos oi risadas automáticas. Tom está encantado com ela, trata feito uma princesa, já era de se esperar...somos mulheres de sorte por tê-lo conosco! Eu finalmente consigo me sentir completa, mesmo com o tom havia um espaço em branco. Não era doloroso, mas sentia que estava reservado pra outro alguém, e agora está aqui no meu colo, tão pequenina e frágil, sua mãozinha enrolada em meus cabelos tentando achar o tom que a chamava, um sorriso leve e puro ouvindo a voz dele e tentando achá-lo em meio aquele grande lugar. Nossa casa!