Em meio a uma densa floresta, um vulto percorre rapidamente, enquanto carregava uma garota em seus braços. Ele parecia desesperado. Ao chegar em uma Instituição, ele corre para o prédio principal e grita por socorro.
- Alguém me ajude! - gritou um jovem ruivo, chamado Hefesto. Em seus braços a garota Julliet, estava muito ferida e perdia muito sangue.
Enfermeiros de plantão vieram correndo para ajudar. Quando se depararam com a menina ensanguentada, se assustaram.
Então, eles iniciaram os procedimentos para salvá-la. Como tinha perdido muito sangue, os enfermeiros pegaram bolsas de sangue para ela, entretanto, haviam poucas. O enfermeiro alertou para Hefesto.
- Nós temos poucas reservas de sangue. Se a quisermos viva, precisaremos de mais - disse.
Iniciaram a transfusão de sangue com as poucas bolsas que tinham. Fecharam a porta da enfermaria.
Hefesto estava imóvel, sem esboçar nenhuma reação. Sua roupa estava manchada com o sangue de Julliet, assim como seus braços. Benjamin, seu pai, chegou em seguida.
- Mas, o que é que está acontecendo aqui?! - perguntou assustado. Ele olhou para o Hefesto e percebeu que o sangue era de Julliet. - Hefesto, o que você fez?! - após essa pergunta, Hefesto o lançou um olhar de ira absoluta e se retirou rapidamente.
Benjamin, ainda sem entender o que aconteceu, correu para o escritório e ligou para Valentyn. Em poucos segundos, ele atendeu.
- Olá, Benj... - foi interrompido pelo Diretor substituto.
- Valentyn! Aconteceu uma tragédia, peço perdão por não ter cumprido com a minha palavra, Julliet está muito ferida - falou assustado.
Alguns segundos se passaram em silêncio. Até que Benjamin ouviu o som de algo se partindo e a ligação foi encerrada.
- Estamos em sérios problemas agora... preciso intermediar a situação entre os estudantes, com certeza notaram a movimentação e ouviram Hefesto. Espero que ele não tenha feito nada de errado com a Julliet. Não permitirei que algo aconteça a ele, nem que eu apague as memórias de Julliet...! - falou, cerrando seus punhos, batendo na mesa. E passou uma das mãos em seus cabelos para colocar uma das mechas para trás.
Em alguns metros do prédio principal, Hefesto seguia para seu dormitório rapidamente. Ele escalou o prédio e pulou para dentro de uma sala.
Os vampiros que ali estavam, logo sentiram o cheiro de sangue que cobria Hefesto e ficaram loucos. Eles reconheciam aquele cheiro.
Hefesto passou por um corredor secreto e foi até o porão. Lá estavam numerosas bolsas de sangue. Ele pegou o máximo que pôde e levou com ele. Tentou passar pelo mesmo caminho que percorreu, todavia, alguns de seus colegas o impediram rindo sarcasticamente.
- Para onde você vai com todo esse sangue, Hefesto? - perguntaram. No entanto, Hefesto não tinha tempo a perder. Ele os ignorou e seguiu rapidamente por outro caminho, porém mais alunos tentavam pará-lo. Até que ele foi forçado a passar pelo salão principal. A vampira Sarah o impede de seguir.
- Eu reconheço este cheiro há quilômetros de distância. Não me diga que... você fez um lanchinho e agora tá tentando consertar o seu erro - disse rindo sarcasticamente.
Hefesto parou, muito irritado tentou seguir. Mas, dessa vez, Sarah puxou uma parte de sua manga e cheirou o sangue que ali estava.
- Julliet... a doce Julliet... Hefesto acabou com o nosso passe livre na Instituição - ela ria cada vez mais.
Hefesto se enfureceu e chamas acenderam em sua volta. Sua mão estava quente e o fogo subiu por ela. Hefesto agarrou o pescoço de Sarah, a qual se contorceu na dor, e queimava com a chama.
- Eu não preciso de suas suposições. É melhor que você fique calada, antes que eu cometa um pecado contra você - falou Hefesto furioso. Seus cabelos vermelhos voavam enquanto a chama ao seu redor queimava. Ele queimou o tecido que Sarah rasgou da sua manga.
- Todos vocês, ficarão aqui, é uma ordem! E quem não obedecer, sofrerá as consequências! - gritou, o fogo em sua volta ficava mais quente e os alunos ao redor foram se afastando devido o calor insuportável.
Dado o recado. Hefesto se retirou, rumo ao prédio principal para levar o sangue aos enfermeiros. Todos ficaram paralisados e boquiabertos com o que tinha acabado de acontecer. O amigo de Sarah, Philipe, se aproximou dela.
- Não é bom que você irrite homens como ele - disse, tentando ajudar a se levantar. Mas ela bateu em sua mão e fez cara feia. Levou sua mão ao pescoço e resmungou algo que não era audível.
A situação de Julliet era grave, os enfermeiros tentavam o que podiam. Alguns tentavam procurar pelo médico, mas sem sucesso. Mesmo que assustados, tentaram o seu melhor para não perdê-la.
Um enfermeiro dava pontos em seus cortes. O outro ajeitava a máquina de transfusão de sangue. O terceiro, iniciava a intubação com o suporte de outro enfermeiro.
Muitos esforços, mas os batimentos cardíacos de Julliet estavam diminuindo. Ela estava em um quadro hipovolêmico, perdendo muito sangue e líquidos. Foi então que seus batimentos cardíacos cessaram.
Um médico diferente chegou de repente, ele não trabalhava no local. Mas, rapidamente foi socorrer a vítima. Eles imediatamente apanharam o desfibrilador cardíaco e o médico iniciou a manobra de reanimação. Os próximos minutos eram de muita tensão. Os enfermeiros suavam, assim como o médico.
- Não podemos permitir que ela se vá, façam o que podem - disse o médico. Os enfermeiros deixaram cair lágrimas. Eles nunca presenciaram uma situação assim na Instituição, e o fato de ser a filha do Diretor Armin, deixava a situação mais desesperadora, mesmo que tentassem manter a calma. Estavam próximos de desistirem e acusarem o óbito. Não havia mais o que fazer...
Uma luz branca e forte, não permitia que eu enxergasse nada. Era reconfortante e eu queria me aproximar mais dela. Queria poder tocá-la. Estava curiosa para descobrir o que era.
Porém, ao longe, eu ouvia gritos pedindo para que eu voltasse. Não entendia o que estava acontecendo. Então eu a vi, a mulher ensanguentada dos meus sonhos. Ao nosso redor havia muita névoa.
- Julliet, não vá, não siga essa luz. Volte! - pediu a mulher, sua voz tinha medo.
- Como assim? Voltar para onde? O único lugar que pareço conhecer, é a luz. - Eu disse, franzindo cenho.
- Não, está enganada! Você não pertence a este lugar, venha até mim, criança - ela estendeu seu braço para mim, tinha sangue em sua mão.
Então, eu recuei. Ela fez uma expressão triste.
- Não tenha medo...- mas eu continuava a recuar.
Até que eu sentia um força me puxando para a luz, que foi ficando mais forte. Ela parecia me hipnotizar.
Passos pesados se aproximam e ouço a respiração de um animal. Quando me viro para ele, vejo um grande lobo branco um pouco distante. Ele olha para mim e começa a uivar.
Eu achei tão lindo, ele era tão lindo e parecia familiar. Eu quis tocá-lo. A força que me puxava para a luz cessou. Então, me esforcei para alcançar o grande lobo branco. Me veio a mente o rosto de Valentyn e os sonhos que eu tive, com destaque para o garotinho e o lobo que encontramos na floresta.
A luz atrás de mim foi ficando mais fraca. Entretanto, o ambiente que estávamos era todo branco agora. E conforme eu me aproximava mais do lobo, minha visão ficava mais turva. Foi quando ouvi a voz de Valentyn chamando por mim.
Prestes a tocar no lobo, caí de onde eu estava. Parecia que estava caindo por entre as nuvens. Senti medo e angústia, eu não conseguia respirar. Tentava me apoiar em algo, mas sem sucesso. A poucos metros do mar, antes de cair. Tudo ficou escuro. E a única coisa que pensei foi em Valentyn...
Finalmente, os sinais de Julliet voltavam à normalidade aos poucos. Os enfermeiros e o médico suspiraram em alívio. Ela estava de volta. Alguns comemoraram. Fora da sala, Hefesto ouvia tudo. Ele também suspirou de alívio e pôs sua cabeça na parede, aliviando a tensão em seu corpo. Benjamin se aproximou dele.
- Conseguiram salvá-la! Que alívio! - disse, passando as mãos em seu rosto. Hefesto o ignora. Benjamin recebe uma ligação e ele atende.
- Benjamin! O que está acontecendo?! Valentyn partiu rapidamente sem dizer nada, seu celular está quebrado e não consegui contato com ele. Estou com uma sensação estranha em meu peito - esbravejou. Benjamin engole em seco e ajeita sua gravata.
- Armin... preciso te dizer que ocorreu uma fatalidade. Mas agora, está tudo estável. Julliet está bem - Benjamin disse. Hefesto cruza os braços e encara a parede à frente.
- O que está falando?! O que aconteceu com a minha filha?! - gritou irado.
- Nós não sabemos, mas os enfermeiros conseguiram salvá-la - respondeu.
- Eu estou indo para aí, agora! - Armin desligou o telefone batendo. Benjamin abaixou sua mão e guardou o celular no bolso do paletó.
- Não temas, Benjamin - disse Hefesto, tocando em seu ombro - Vai ficar tudo bem. - Em seguida, partiu.
Benjamin então disse para si mesmo em um sussurro.
- Assim espero, Hefesto...
No dia seguinte....
Muitos alunos do diurno se perguntam o que pode ter acontecido, pois ouviu-se gritos de um homem à noite pedindo por ajuda desesperadamente. Parecia que todos as classes estavam assustados, tentando entender o que havia acontecido.
Alguns estudantes cogitaram a ideia de que tenha sido uma fera que atacou alguém. Outros pensavam que alguém se feriu dentro da Instituição. Muitas suposições percorriam a mente desses estudantes.
No dormitório dos alunos da noite, eles estavam curiosos para saber o que tinha acontecido. Hefesto se manteve trancado dentro de seu quarto por todo o tempo. Ele queimou suas vestes ensaguentadas no fogo da lareira de seu quarto. Enquanto se banhava no banheiro do quarto, ele olhava o teto pensando.
- O cheiro dela parece que está impregnado em mim... ou eu que não consigo esquecer o seu cheiro... - diz, passando as mãos em seu rosto.
Terminando o seu banho, ele se levanta colocando seu roupão. Caminha próximo a cômoda e pega o porta-retrato que tinha uma criança com a sua mãe ao lado. Ele carinhosamente passa os dedos na foto, depois devolve o porta-retrato para o lugar. Hefesto deita para dormir envolvido no roupão aberto, com o seu corpo nu.
Pela tarde, a Instituição recebeu alguns seguranças que haviam ido para uma expedição. Joseph vinha atrás, entretanto, ele não estava com essas pessoas.
A primeira coisa que ele fez foi procurar saber como tinha sido a ronda para Julliet durante a noite. Infelizmente, ele recebeu a triste notícia que ela estava em coma e entubada.
Imediatamente, ele se dirigiu a Diretoria. Lá estavam o Benjamin e alguns enfermeiros. Eles se surpreenderam com a brutalidade de Joseph ao chegar.
- O que fizeram com ela?! - gritou Joseph para Benjamin.
- Contenha-se, Joseph. Não admito que grite conosco - falou Benjamin rispidamente.
Joseph, sem ouvir mais nada. Abre a porta da Diretoria violentamente e corre para o prédio do turno da noite. Este tipo de atitude era imprudente e violava as regras da Instituição. Nenhum segurança e/ou guardião deveria invadir o prédio noturno dessa forma.
Ele bate no portão violentamente e grita pelo nome de Hefesto. O mesmo aparece na janela de seu quarto rapidamente.
- Se você não descer aqui agora, eu vou arrombar este portão e acabar com todos que estão aí! - Esbravejou Joseph, cerrando seus punhos.
Hefesto some da vista. Alguns alunos noturnos abrem o portão de seu dormitório e observavam Joseph. Eles riem ao ver sua expressão no portão de ferro a frente. Isso o deixava mais irado.
Poucos minutos depois, Hefesto surge e puxa os estudantes que estavam rindo pelos seus ombros e os jogando para dentro. Fechando o portão de madeira nobre. Ele calmamente caminha até Joseph.
- Por que... está fazendo este alvoroço? - perguntou, com um olhar inexpressivo.
- Que diabos você tá falando, cara? Olha o estado de Julliet! O que fizeram com ela seus demônios?! - gritava Joseph, cada vez mais irritado balançando o portão de ferro.
Hefesto observava aquilo sem esboçar reação. Ele olhava para Joseph com desprezo.
- Nada foi feito a Julliet. Mas ela não estaria neste estado, se você estivesse presente. Portanto, não queira nos culpar por uma imprudência sua - falou Hefesto com uma expressão de nojo e insatisfação.
Joseph, ao ouvir isso, abaixa os olhos e cerra seus punhos.
- Talvez você tenha razão, eu não pude protegê-la essa noite... mas, também é sua responsabilidade cuidar dela - disse Joseph, agora fitando Hefesto.
- E, é por isso que ela não está morta agora - cuspiu Hefesto, e continuou. - Queira dar-me licença agora, tenho assuntos mais importantes para tratar... e a propósito, nunca mais fale dessa forma conosco novamente. Nós não somos os únicos demônios aqui. - Falou, olhando Joseph por uma última vez e virando às costas.
Joseph cuspiu no chão à sua frente e voltou para o prédio principal. Os alunos que estavam no meio do campus, observavam assustados.
Ele estava muito preocupado com Julliet, no entanto, era impedido de vê-la. Isso o deixava mais irritado ainda. Então, resolveu faltar as aulas, pois não suportava ouvir os alunos cogitando o que poderia ter acontecido. Ele retornaria apenas para a ronda diurna e noturna.
Mais tarde, depois que o quadro da Julliet estava estável. O médico desconhecido sentou em um banco do lado de fora da ala médica.
- Como eu vim parar aqui? - perguntou a si mesmo, colocando uma de suas mãos na cabeça.
Estava dormente, e ele não se lembrava do que tinha acontecido. Hefesto então apareceu com uma colega de classe noturna. Era uma mulher morena, cabelos cacheados e seus olhos eram amarelos brilhantes. Os dois vestiam as vestes da Instituição. Ela sentou-se ao lado do médico e começou a falar.
- Você estava caminhando a noite, e um jovem rapaz lhe pediu ajuda para uma colega dele. No fim, deu tudo certo e você voltou para a casa, feliz por ter salvo mais uma vida, porém, você não se lembra como chegou aqui, apenas que a ajuda foi no centro da cidade - ela disse as palavras cuidadosamente para o médico. Como se estivesse hipnotizando o homem.
- Sim, foi exatamente isso - ele concordou e se retirou.
- Muito bem, Samira - disse Hefesto, agradecendo a sua colega de classe.
- Não foi nada, Fênix. Estarei aqui para o que precisar. Devo me retirar agora... - ela partiu.
Hefesto entrou na enfermaria e foi para a sala de emergência, onde estava Julliet. Ela estava pálida. Aqueles tubos e toda a aparelhagem médica, escondia sua face e corpo.
Ele tocou na mão de Julliet e percebeu que não havia muito calor como antes. Ele suspirou profundamente.
- Eu nunca conheci alguém tão teimosa como você - falou. Sentou-se ao seu lado. Ele tinha um livro com ele.
- Ouvi dizer que pessoas em coma podem ouvir os outros... achei interessante ler este livro para você. Deve ser entendiante ficar nesta cama sem fazer nada - continuou. Ele foi lendo o livro para ela.
"Era sobre uma jovem guerreira que não aceitava que seu pai, o Rei, a tratasse como uma simples princesa, onde deveria seguir as regras da realeza e se casar com um príncipe que tivesse um reino igualmente poderoso como o reino de seu pai.
Pois, o objetivo era reunir forças e ser o reino mais forte. No entanto, a jovem princesa se apaixonou por um pirata, seu humor era negro e ele não gostava de seguir nenhuma outra ordem. Ele a mostrou como era apaixonante viver uma vida livre sem amarras.
Ir para onde quiser e vivenciar todo tipo de experiência, admirar as mais diversas paisagens. E se aventurar nos mais selvagens oceanos.
Seu pai quando descobriu não gostou nada disso. Ele ordenou que capturassem o pirata e prendesse a princesa, sua filha, em uma torre. O que ele não sabia, é que em seu ventre carregava o fruto de seu amor.
O pirata, entretanto, não aceitou ser capturado. Ele lutou ferozmente por sua liberdade. Perdeu marujos que considerava fazer parte de sua família. Sua ira pelo reino de sua amada, aumentou. Principalmente quando soube que ela foi presa e abandonada em uma torre.
Mesmo que ela tivesse suplicado para que não matasse seu pai. Ele deixou a raiva tomar conta de si. Porém, nos últimos segundos. Ele não conseguiu matar o pai de sua amada. Esta compaixão não impediu do Rei fazer o mesmo.
Ele enfiou uma adaga em seu abdômen e girou cuspindo para o pirata que ele era uma escória. E que deveria ser jogado ao mar, de onde ele veio, para virar comida das criaturas marinhas.
Assim fizeram. O pirata foi jogado ao mar. A notícia chegou a princesa e a mesma chorou por dias. Ela não suportava a dor de viver uma vida que seu amado não estivesse presente.
Suas criadas imploravam para que ela se alimentasse. Entretanto, ela negava sempre. Isso estava fazendo mal a ela e para o bebê.
Passou-se meses, e a jovem princesa deu a luz a um menino. Como ela estava fraca, não conseguiu resistir ao complicado parto. O reino chorou pela perda do Rei. Ele alegou que ela morreu por uma peste.
O menino cresceu junto ao Rei. O qual dizia ser seu filho. Ele seria o regente ao trono.
Aos 15 anos, seu pai o Rei faleceu, vítima de uma praga que assolava a região.
Então, o príncipe mesmo novo, ordenou que fossem em busca da cura nas terras estrangeiras. Lá, encontrava-se um pirata com uma perna de madeira, ele tinha todo tipo de mercadoria, inclusive ervas medicinais raras, que com a ajuda de curandeiros, era possível evitar e curar todo tipo de doença.
Naquela região, não havia doenças. Quando soube que um jovem príncipe procurava por uma cura para seu povo. Imediatamente ele foi até o reino, quando soube a qual lugar este reino pertencia.
Foi então que ele viu o jovem e sentiu uma estranha sensação. O príncipe sentiu o mesmo. O pirata não cobrou nada, apenas entregou a cura para o príncipe.
Desconfiado, o pirata investigou sobre aquele reinado. Ele descobriu que o pai de sua amada havia falecido, e que aparentemente o Rei havia tido um filho.
O que ele estranhou este fato ainda mais. Isso porque o menino não tinha traços do Rei e sua Rainha havia falecido há anos antes do nascimento do príncipe.
O pirata quis se aproximar mais do menino. Então, começou a frequentar lugares próximos ao reino.
O menino que anos depois se tornou um homem, um jovem e esbelto príncipe. Lembrou deste pirata e pediu que o trouxessem ao castelo. Feito isso. Ele deu um título ao pirata e assim ele pôde frequentar todo o reino.
Em uma luta de espadas. O pirata jogou o jovem no chão, o qual virou e sua roupa levantou alguns centímetros. Nisso, foi possível ver uma marca de nascença, a mesma que o pirata tinha no mesmo local.
Ele ficou em choque com o que viu. Mais uma vez, ele foi atrás de alguma informação, e descobriu por meio de uma criada já idosa, que sua amada deu a luz a um menino depois de um caso com um pirata.
O mesmo se emocionou e foi correndo explicar tudo que havia acontecido, em que ele foi jogado ao mar para ser comido pelas criaturas e perdeu uma perna, acabou sendo capturado por um povo que deixou ele ficar nas terras deles por demonstrar ser um ótimo navegante.
Mas, que ele nunca desistiu de procurar por sua amada. O príncipe ao ouvir isso, ficou em choque e chorou junto ao seu pai.
Ele acreditou em sua história. Isso porque o seu avô, o Rei, em seus últimos suspiros de vida, contou toda a verdade. E confessou estar profundamente arrependido desde o dia que mandou prender sua filha, a qual acabou morrendo sozinha ao dar a luz.
Após isto, eles viveram juntos por muitos anos, desbravando o mar como pai e filho, e conquistando muitas terras juntos.
Seu verdadeiro pai faleceu de velhice anos mais tarde. No entanto, seu filho que agora era Rei, passou seus conhecimentos para seus filhos e netos, continuando a sua História."
(Não autorizo a cópia ou Histórias relacionadas a este conto, plágio é crime).
Hefesto fechou o livro e deixou em cima da cabeceira ao lado de Julliet.
- Espero que tenha gostado, é uma das minhas preferidas - disse, indo embora.
Após exatamente vinte e quatro horas. Valentyn chega a Instituição no meio da noite, ansioso para saber como Julliet estava.
Ele imediatamente foi a enfermaria. Seu coração se entristeceu ao vê-la naquele estado. A culpa em seu peito crescia, pois ele não estava presente para protegê-la.
Valentyn sentou-se ao seu lado e pegou em suas mãos, percebeu que o calor de Julliet estava fraco. Ela estava gélida.
- Perdoe-me por não ter estado aqui quando você precisou... - ao falar isso, uma lágrima desce de seu rosto.