Não esqueça de comentar e deixar uma ⭐ no capítulo.
Boa Leitura 💣
•━─────━❪ʚĭɞ❫━─────━•
Mais um dia em que Taehyung saia do museu completamente esgotado. A exposição estava indo mais devagar do que o normal, e teve que escutar poucas e boas de seu chefe por ter levado o atestado até lá naquela manhã, o fato de que ficaria afastado por quase um mês não agradou nada seu líder.
O Kim se comprometeu em trabalhar de forma online, iria mandar suas idéias para os outros funcionários e ajudaria no que fosse possível.
Se fosse uma pessoa normal, com certeza estaria se sentindo culpado por praticamente largar o serviço apenas para viajar com um criminoso. Sim, criminoso.
O platinado evitava pensar em tudo de ruim que se envolver com Jungkook poderia lhe proporcionar. Taehyung viu em Jeon uma espécie de liberdade, a liberdade que nunca conseguiu ter porque tentou ao máximo ser um cidadão comum, tentou seguir a vida pacata e cansativa que a maioria das pessoas levava, mas não conseguia.
E assim que viu Jungkook soube que ele era problema, ele cheirava a problema e também cheirava a pura adrenalina. A tão adorável adrenalina que o Kim amou sentir desde que havia experimentado pela primeira vez ao se envolver em problemas ainda bem jovem. Taehyung saiu do mundo errado e Jeon apareceu lhe abrindo novamente aquela porta, e ele não se via no direito de negar. Ele não queria negar.
Em algum momento o mais novo descobriria a verdade, iria saber que o platinado não era tão comum como ele achava, que o passado de Taehyung era um pouco mais complicado do que das outras pessoas. O Kim prometeu para si mesmo que iria esconder ao máximo tudo sobre si, se fosse para Jungkook descobrir, que fosse o mais tarde possível.
O mais velho voltou para a casa andando mesmo, foi aconselhado por Jeon a não usar tanto o carro já que poderiam ter colocado uma escuta no veículo ou até mesmo uma bomba. Admitia que era excitante o fato de ter tantos homens armados atrás de si como se ele fosse alguém super importante, se sentia importante por ser tão procurado assim.
Chegou em casa e a residência estava escura, ligou as luzes e tirou a mochila das costas, a jogando no sofá em seguida, pegou o celular e enquanto olhava as mensagens foi caminhando até o quarto. Ao chegar no cômodo, acendeu a luz e pulou de susto ao ouvir batidas fortes na porta da sala.
Segurou com força o aparelho na mão e ficou olhando a porta ser acertada com força, assim que percebeu que seja lá quem fosse iria invadir, Taehyung correu para o armário e se enfiou em um dos espaços onde cabia, procurou rapidamente o número de Jungkook na lista de contatos e ligou para ele.
- Bonitinho, arrume as malas, vamos viajar! - Jeon parecia alegre e eufórico.
- Tem gente na minha casa. - disse assim que as batidas na porta pararam e passos ligeiros tomaram conta da sala.
- Quem? Quantos são?
- Não sei. Não consegui ver, estão na sala revirando tudo. - praguejou quando ouviu barulho de algo quebrando.
- Onde você está? Consegue sair sem ser visto?
- Tô dentro do armário. - sussurou assim que os passos ficaram mais próximos.
- Não sai daí, vou mandar alguém te buscar.
- Rápido, por favor.
Taehyung continuou com o celular no ouvido esperando Jungkook retornar a ligação. Não estava com medo, só preocupado porque os homens ali estavam claramente armados e com certeza não invadiram o apartamento para terem uma conversa civilizada.
Sabia que se fosse visto iria morrer ou ser usado de isca, não sabia qual opção era pior. Se ao menos tivesse algum faca consigo ou qualquer mínima coisa para reagir a qualquer ataque, mas não tinha nada. Tudo que tinha era um celular e um Jeon Jungkook que disse que mandaria alguém.
Seu celular vibrou e assim que atendeu escutou gritos que pareciam vir da cozinha, sons de gemidos e algo pesado caindo no chão. E esse som continuou, até que o Kim percebeu que estavam lutando na sua casa.
- Você está bem?
- Estou, não me acharam. - abriu bem pouco a porta do armário e viu duas pessoas com máscaras de palhaço em seu quarto - Eles chegaram. - disse mais esperançoso e abriu mais a porta.
- Eles quem?
- As pessoas que você mandou. - colocou uma perna pra fora.
- Taehyung, eu não mandei ninguém ainda. Não consegui entrar em contato com meus parceiros.
- Então quem são... - o platinado arregalou os olhos e voltou para dentro do armário - Droga! Me solta!
Foi impedido de fechar a porta quando uma das pessoas mascaradas correu até si e segurou com força seu cabelo, lhe acertou um belo soco no rosto e tudo ficou escuro.
O telefone no chão caído com a foto de Jungkook chamou a atenção das duas pessoas, uma delas pegou o aparelho e colocou no ouvido, escutou com alegria Jeon gritar desesperado do outro lado.
- Peguei seu brinquedo. Venha buscar ele na Stirix às meia-noite. Se não aparecer, lhe enviarei a cabeça dele dentro de uma caixa. - desligou.
•━─────━❪ʚĭɞ❫━─────━•
Jungkook apertou o celular com força na mão rachando a tela de leve e gruniu de raiva. Sabia que Taehyung estava sendo procurado, só não sabia que era por tantas pessoas assim.
- Eu vou com você.
- Não dá. Ele te conhece. Se ele te ver lá vai fazer mais perguntas, eu não quero que ele se envolva profundamente nessas coisas. - suspirou e ajeitou as pistolas na cintura - Eu quero tirar Taehyung disso antes que fique mais perigoso. Eu não quero que ele saiba de você, entendeu?
- Eu quero ajudar de alguma forma, cassete. - a voz irritadiça fez Jeon revirar os olhos - Eu fico de longe com uma sniper, te dou apoio. Você sabe que vai ter tiroteio.
- Certo. Vamos planejar antes, não posso chegar lá sem um plano.
Ambos preparam um esquema juntos, de um jeito que nada pudesse dar errado, Jungkook não queria de forma alguma colocar a vida do Kim mais em risco do que já estava. Ao terminar de discutir sobre o plano com o parceiro, Jeon chamou mais dois homens para ir com ele até a Stirix.
Stirix era o nome de uma boate frequentada apenas por pessoas muito ricas e muito criminosas. Lá ia os grandes mafiosos, grandes assassinos, grandes nomes dentro do mundo do crime que com certeza gabaritavam quase todos os delitos perente a lei.
Jungkook ia muito naquele lugar, era lá que marcava reuniões quando seu trabalho era requisitado, conhecia grande parte das pessoas de lá e consequentemente era bem conhecido também.
O moreno entrou sozinho na boate, seus parceiros estavam se posicionando pelo local para lhe dar apoio de longe caso precisasse, e com certeza iria precisar.
O local estava lotado de garotas com vestidos curtos e homens fortes quase que pelados, era bem escuro ali, luzes coloridas piscando o tempo todo, corpos dançando juntos de um lado para o outro. Um verdadeiro inferno.
Jeon sabia exatamente onde deveria ir, sabia exatamente quem havia pegado Taehyung pelo fato do mais velho ter citado as máscaras de palhaço. Já tinha feito favores para aquele pessoal, era uma gangue pequena com caras super idiotas que se metiam em qualquer encrenca por dinheiro e fama.
Foi a passos rápidos até a escada e subiu degrau por degrau, entrou em uma das salas e ficou ali sentado esperando alguém vir. Sabia que estava sendo vigiado desde que colocou o pé na boate, ele não precisaria procurar por ninguém porque iriam até ele.
E assim foi feito. Cinco homens com máscaras bizarras entraram na sala onde estava, quatro deles estavam com armas grandes e um estava desarmado, possivelmente era o líder do grupo. Um líder idiota que confiava tanto em seus capangas ao ponto de não andar armado.
- Você veio mesmo. - o suposto líder disse sentando bem ao lado de Jungkook no pequeno sofá roxo.
- Cadê ele?
- Bem ali. - a luz da sala ao lado foi acesa e o Kim estava ali preso por uma algema e com uma venda nos olhos, ele se remexia e falava algo, provavelmente xingando o homem que estava parado de frente para ele com uma arma apontada em sua direção - Ele não parou de xingar meus homens desde que acordou.
- Ele tem a boca suja. - Jeon sorriu soprado olhando cada mínimo detalhe no corpo do mais velho, queria saber se ele estava machucado - Espero que não tenha encostado a mão nele.
- Qual o valor desse cara pra você, Ruckus?
Dentro do crime era completamente idiota você dizer seu nome para as pessoas com facilidade, por isso Jungkook conquistou seu apelido naquele meio. Ele era conhecido como Ruckus ou o Rei do Tumulto, isso porque logo no início de sua "carreira" dentro do crime, Jeon arrumou uma briga com um mafioso da pesada e o matou apenas com socos, foi perseguido por meses pelos integrantes da máfia daquele cara e matou cada um deles. Graças a isso ele cresceu rápido e conquistou respeito rapidamente também, agora era um dos melhores assassinos de aluguel que existia pela Ásia.
- Não se diz o valor de algo para alguém ignorante que nunca entenderia. - cruzou as pernas lentamente - Solta ele, eu pago o que quiser.
- Eu recebi grandes ofertas de pessoas que querem ele. Quanto você propõe?
- O triplo de todas as ofertas.
- Tentador. - o homem levantou e bateu no vidro chamando a atenção do homem que estava com Taehyung na outra sala - Vamos fazer um acordo.
Jungkook não tirou os olhos do Kim um minuto sequer, viu ele xingar, bater as pernas no chão, e continuava vendo no momento em que Taehyung mesmo vendado conseguiu pegar um pedaço de vidro que estava no chão e esconder nas mãos. Achou intrigante o que o mais velho pretendia fazer com aquilo, ele realmente pensou em matar alguém mesmo estando com os pulsos presos e vendado? Ele era burro a esse ponto?
- Me transfere o dinheiro e eu solto ele. - o platinado estava sozinho na sala, em compensação, Jungkook estava rodeado por aqueles idiotas com máscaras.
- Claro, claro. - pegou o celular e digitou bem devagar, suspirou e guardou o aparelho - Só temos um problema.
- O que foi?
- Aquele cara ali. - apontou para o Kim - Não tem preço. Não posso pagar por algo que não tem preço, não é?
- Que merda você tá falando? - o "líder" pegou uma das armas do homem ao seu lado e mirou em direção ao Jeon que não moveu um músculo.
- Estou falando que não vou pagar para ter de volta o que já é meu. Não vou negociar minha jóia com você, porque é minha. - se levantou do sofá e fez um sinal com a cabeça - Vocês são patéticos.
Um disparo foi feito e o vidro da janela da sala estilhaçou, logo outro disparo e um dos homens caiu no chão com um tiro certeiro na cabeça. Os outros ali se abaixaram e Jungkook se jogou atrás do sofá, pegou as pistolas da cintura e o tiroteio começou.
Seus parceiros acertou a grande parte dos caras ali, Jeon não tinha uma boa visão de trás do sofá então fez o que pôde. Quando viu que todos já estavam mortos, correu para outra sala e se abaixou próximo a Taehyung que aparentemente não havia escutado um barulho sequer dos tiros.
- Se encostar em mim eu juro que arranco seu pinto fora! - o mais velho praguejou.
- E você vai sentar a onde? - Jeon perguntou com humor e tirou a venda do rosto do Kim.
- Você...? Porra, por que demorou?
- Nem um obrigado? - perguntou com indignação - Bateram em você? - questionou ao ver um roxo na maçã do rosto do mais velho - Que merda. Não deveriam ter encostado em você.
- Cadê eles? Me solta logo.
- Eles estão mortos. - olhou para trás e Taehyung acompanhou seu olhar até a outra sala, vendo os corpos ali - Preciso da porra da chave dessa algema.
- Atira. - o platinado esticou a algema nos pulsos e afastou os braços para o lado.
- Você tá maluco? Vai te machucar.
- Vai logo. Eu não vou ficar procurando porra de chave, atira.
- Você é tão... - não soube concluir sua fala e atirou acertando corretamente a algema - Doeu?
- Claro que doeu! - disse numa carranca e puxou as algemas dos pulsos - Onde eu tô?
- A gente pode ter essa conversa depois. Voce não deveria estar aqui, então vamos embora.
- Eles bagunçaram minha casa inteira. - Taehyung resmungou e fez um bico enorme - Você vai limpar.
- Eu? Eu não fiz nada.
- É culpa sua, então você limpa!
O Kim saiu andando irritado dali e Jungkook apenas acompanhou tudo indignado. O mais velho não estava com medo, não estava com náuseas por ver os corpos jogados no chão e não estava nem um pouco nervoso por ter sido sequestrado, ele estava nervoso porque sua casa estava bagunçada. O moreno cada vez mais pensava na possibilidade de Taehyung ser um psicopata e por isso ele não se afetava com todos aqueles acontecimentos.