Arranged Marriage | L.S [m!pr...

By larentsfilm

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Louis Tomlinson é um playboy e executivo tirano que trabalha para uma empresa que visa apenas lucros. Após se... More

Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36 - Bônus
Capítulo 37 - Bônus
Capítulo 38 - Bônus
Capítulo 39 - Bônus

Capítulo 24

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By larentsfilm

Boa leitura🤍

curiouscat: larentsfilm

LOUIS W. TOMLINSON-STYLES

Olhei para Penny com a testa enrugada. Eu estava empolgado que o mesmo trio de jazz que vimos antes estava fazendo uma apresentação extra naquela noite, mas ela ficou fora a noite inteira. Mais de uma vez, ela ergueu a mão, secando uma lágrima que rolava pela sua face. Quando, preocupado, perguntei se estava tudo bem, ela abanou a mão impaciente.

— Estou bem.

Porém, ela parecia tudo menos bem.
Eu a levei de volta para seu quarto, torcendo para que a surpresa que eu estava guardando animasse seu espírito.

Harry mencionou que Penny não estava comendo bem nos últimos dias e parecia cansada. Naquela noite, sua cuidadora me disse que ela mal tocou no jantar e que só almoçou porque Harry lhe deu na boca.

Eu sabia que Harry estava preocupado. Ele pensara em cancelar a aula de ioga, mas o encorajei a ir. Eu a lembrei que só faltavam duas aulas, então ele poderia se juntar a nós toda terça.

Eu perderia meu tempo com Penny, mas as aulas recomeçavam um mês depois, então voltaríamos a ser só nós dois. Minha parte favorita da noite era escutar as histórias de Penny sobre Harry. Havia tantas — algumas que Harry se esqueceu completamente. Sempre tinham momentos engraçados e embaraçosos que me faziam rir.

Sentei-me ao lado de Penny, pegando uma caixa de pizza com um sorriso.

— Voilà!

Quando descobri que, depois de cheeseburgers, pizza era sua comida preferida, comecei a trazer para ela com regularidade. Estava autorizado pelo asilo e eu me certificava de ter para todos os funcionários. Um dia, trouxe pizza suficiente para cada morador que quisesse comer. Fui um herói aquele dia.

Hoje, no entanto, era apenas para Penny.

Ela pegou uma fatia, mas não mexeu um dedo para comer. Com um suspiro, peguei sua fatia de volta e devolvi a caixa. Envolvi minha mão em seu punho frágil, acariciando a pele delicada da palma de sua mão.

— Penny, o que foi? O que há de errado?

Ela exalou forte, o som drenado e resignado.

— Estou cansada.

— Quer que eu chame Connie? Ela pode te preparar para dormir. — Tami não estava naquela noite, mas ela gostava de Connie.

— Não. Não quero dormir.

— Não entendo.

Tirando sua mão, ela esfregou seu rosto de uma maneira exausta.

— Estou cansada de tudo isso.

— Seu quarto? — Se ela quisesse um diferente, eu pagaria para ela.

— De ficar aqui. Nesta... vida, se é que pode se chamar disso.

Eu nunca a tinha ouvido falar desse jeito.

— Penny...

Ela esticou o braço e me deu a mão.

— Eu esqueço as coisas, Louis. O tempo passa e não sei se é o mesmo dia que foi há um minuto. Hazz vem visitar e não consigo me lembrar se ele esteve aqui há horas, dias, ou se acabou de sair. Alguns dias, não reconheço nada, e fico com medo. Sei que há dias que não o reconheço. — Sua voz tremeu, seus olhos brilharam com lágrimas. — Não reconheço a mim mesma na maioria dos dias.

— Ele está aqui. Ele vem te ver todos os dias e, mesmo que você se esqueça dele, ele conhece você. Ele fica e senta com você.

— Sou um fardo para ele.

— Não — insisti. — Não é um fardo para ele. Ele te ama.

— Você deve ficar bravo comigo.

— O quê? Não. Nem um pouco. Adoro passar um tempo com você. Faz parte da família agora, Penny. Você se tornou parte quando me casei com Harry. — Conforme as palavras saíam de minha boca, percebi que o que estava lhe dizendo era verdade.

— Ele deveria estar fazendo outras coisas, viajando, tendo filhos, fazendo amigos, não ficando de babá de uma idosa.

— Por que está falando assim? Você sabe que Harry faria qualquer coisa por você. E eu também. — Ergui a mão dela e beijei sua pele fina. — Por favor, Penny, se ele te escutasse...

— Sinto saudade de Burt.

— Eu sei — consolei. — Você foi casada por bastante tempo. É claro que sente falta dele.

— Quarenta anos. Não éramos ricos, mas tínhamos amor. — Ela sorriu discretamente. — Eu adorava vê-lo cozinhar. Ele era chef... sabia disso?

— Sim, você me contou.

— Eu era professora. Tínhamos uma vida boa. Quando ele morreu, eu não sabia como iria continuar. Mas, então, encontrei Hazz. Ele se tornou meu motivo.

— Ele precisava de você.

— Não precisa mais.

— Está enganada. Precisa, sim.

— Você vai cuidar dele?

— Não. Não desista ainda, Penny. Harry... ele ficará devastado.

Ela fechou os olhos conforme seus ombros caíram.

— Só estou muito cansada.

Entrei em pânico quando percebi que ela não estava se referindo a querer ir para a cama. Estava cansada da vida e de estar presa em um corpo que não produzia mais, com uma mente que a deixava confusa e esquecida.

Inclinei-me, baixando a voz.

— Vou cuidar dele. Prometo. Ele não precisará de nada. — Eu poderia prometer isso. Eu me certificaria de que Harry ficasse bem. — Não desista. Ele precisa, sim, de você.

Seus olhos se abriram, ela olhava além de mim.

— Pode me dar aquela foto?

Virei-me e lhe dei a foto para a qual ela apontou. Depois de esclarecer a questão do casamento, Harry trouxe uma foto de nós dois no dia do casamento, e uma que Tami havia tirado quando fomos visitá-la. Harry estava segurando a mão dela, Penny estava torcendo o nariz e rindo, e eu sentado ao lado delas, sorrindo. Parecíamos uma família.

Ela contornou nossos rostos.

— Ele é minha vida desde que perdi Burt.

— Eu sei.

— Ele é tudo que eu sabia que seria: esperto, carinhoso e forte.

— Concordo. Lindo também. Durão. Você teve muito o que fazer com ele, Penny.

Isso a fez sorrir. O primeiro verdadeiro que eu vi naquela noite.

Ela se esticou e deu um tapinha na minha bochecha.

— Você é um bom garoto.

Aquelas palavras me fizeram rir. Ninguém nunca tinha dito isso para mim.

— Quando se envelhece, Louis, você percebe que a vida é feita de momentos. De todos os tipos. Tristes, bons e grandiosos. Eles criam a tapeçaria que é sua vida. Lembre-se de todos eles, principalmente os grandiosos. Eles fazem os outros serem fáceis de lidar.

Cobri sua mão com a minha.

— Fique — pedi. — Por ele. Dê a ele momentos grandiosos, Penny.

Com um suspiro, ela assentiu.

— Quero ir para a cama agora.

Virando meu rosto, beijei a palma de sua mão.

— Vou chamar a Connie.

Ela olhou em meus olhos, um olhar firme que travou e segurou o meu.

— Amor, Louis. Certifique-se de que o encha de amor.

Só pude assentir.

Ela apertou meu nariz. Era isso que ela fazia com Harry... seu jeito de dizer "eu te amo". Meus olhos pinicaram o caminho inteiro até a mesa de Connie.

Meu telefone vibrou na mesa de madeira e eu o peguei, contendo um sorriso para o número. Golden Oaks. Pensei no que Penny estaria pedindo a Tami agora. Desde nossa noite agitada na semana anterior, ela quis alguma coisa todo dia, e eu me certifiquei de realizar tudo. Não contei para Harry sobre nossa conversa. Ele já estava cheio de preocupação.

Obviamente, Penny estava ficando devagar, e sua mente falhava cada vez mais. Ela estava mais normal na noite anterior, mas dormira assim que a levei de volta para o quarto. Deixei-a nas mãos capazes da cuidadora com um beijo em sua bochecha aveludada.

Ignorei a ligação, planejando retornar quando a reunião acabasse. Foquei minha atenção de volta a Graham, que estava destacando os desejos do cliente para a campanha seguinte, quando meu telefone tocou de novo. Dando uma olhada, vi que era da Golden Oaks. Uma pequena parcela de preocupação começou em meu estômago. Tami sabia que eu iria ligar de volta. Por que estava sendo tão insistente?

Olhei para Graham, que parou o que estava falando.

— Precisa atender, Louis?

— Acho que pode ser importante.

Ele assentiu.

— Cinco minutos de intervalo, pessoal.

Atendi a ligação.

— Tami?

— Sr. Tomlinson, desculpe interromper. — Sua voz causou arrepios de ansiedade em minhas costas. — Tenho notícias horríveis.

Não me recordava de ter me levantado, mas estava em pé, de repente.

— O que aconteceu?

— Penny Johnson faleceu há quase uma hora.

Fechei os olhos contra a queimação repentina. Apertei mais meu celular, com a voz grossa. — Meu marido já sabe?

— Sim. Ele esteve aqui esta manhã e tinha passado pouco tempo depois que ele saiu quando fui ver como Penny estava. Eu o chamei de volta.

— Ele está aí agora?

— Sim. Tentei perguntar a ele sobre as decisões, mas não consigo fazê-lo falar. Não sabia o que fazer, então te liguei.

— Não, você fez a coisa certa. Estou a caminho. Não o deixe sair, Tami. Vou lidar com tudo.

Desliguei, deixando o telefone cair, o som que fez quando bateu na mesa foi um baque na minha cabeça. Senti uma mão em meu ombro e olhei para o rosto preocupado de Graham.

— Sinto muito, Louis.

— Eu tenho que... — Minha voz sumiu.

— Deixe-me levar você.

Foi esquisito. Eu estava descontrolado. Minha mente estava um caos, meu estômago tenso e meus olhos queimavam. Um pensamento ficou claro, seu nome queimando em meu cérebro.

— Harry.

— Ele precisa de você. Vou levá-lo até ele. Assenti.

— Sim.

No asilo, não hesitei, fui correndo pelos corredores. Vi Tami do lado de fora do quarto de Penny, com a porta fechada.

— Ele está lá dentro?

— Sim.

— Do que você precisa?

— Preciso saber se havia alguma coisa arrumada, planejada, quais eram seus desejos para quando ela falecesse.

— Eu sei que ela queria ser cremada. Não acho que Harry planejou alguma coisa. — Passei a mão na nuca. — Não tenho experiência com isso, Tami.

A voz de Graham veio de trás de mim. — Deixe-me ajudar, Louis.

Virei, surpreso. Pensei que ele tivesse me deixado e ido embora.

Ele estendeu a mão para Tami, apresentando-se. Ela sorriu, assentindo. Ele se virou para mim.

— Vá com o seu marido. Tenho um bom amigo que tem uma rede de casas funerárias. Vou contatá-lo e começar as coisas para você... Tami pode me dar uns conselhos.

Ela assentiu.

— É claro. — Ela colocou uma mão em meu braço. — Quando estiver pronto, vou pegar Joey e levá-lo ao salão. Ele vai ficar aqui conosco.

— Tudo bem.

— Vou ajudar o sr. Gavin o máximo que der.

— Ficaria agradecido... assim como H.

Graham sorriu.

— É tão raro você chamá-lo assim. Vá... ele precisa de você.

Entrei no quarto, abrindo a porta silenciosamente. O quarto parecia tão errado. Não havia música, nem Penny sentada à uma de suas telas, cantarolando. Até Joey estava quieto, encolhido em seu poleiro, com a cabeça enterrada nas asas. As cortinas estavam fechadas, o quarto emanava tristeza.

Harry era um montinho encolhido ao lado da cama de Penny, segurando sua mão. Fui ao lado dele, permitindo-me um instante para olhar para a mulher que mudara minha vida. Parecia que Penny estava dormindo, com a expressão tranquila. Ela não ficaria mais confusa ou agitada, nem procurando algo do qual não conseguia se lembrar.

Sem poder mais me contar histórias do homem que agora estava de luto por ela.

Abaixei ao lado de meu marido, cobrindo a mão que segurava a de Penny com a minha.

— Harry — murmurei.

Ele não se mexeu. Permaneceu congelado, com o rosto branco, sem falar.

Coloquei meu braço em volta de seus ombros rígidos, aproximando-o.

— Sinto muito, docinho. Sei o quanto você a amava.

— Eu tinha acabado de sair — ele sussurrou. — Estava na metade do caminho para casa, quando eles ligaram. Eu não deveria ter saído.

— Você não sabia.

— Ela disse que estava cansada e que queria descansar. Não queria pintar. Pediu para eu desligar a música. Eu deveria ter visto que algo estava errado — ele insistiu.

— Não faça isso consigo mesmo.

— Eu deveria ter ficado com ela quando ela...

— Você estava com ela. Sabe como ela se sentia em relação a isso, docinho. Ela dizia o tempo todo que, quando estivesse pronta, ela iria embora. Você estava aqui, a pessoa que ela mais amava... a pessoa que ela iria querer que fosse a última pessoa a ver, e ela estava pronta. — Passei minha mão em seu cabelo. — Ela estava pronta há um tempo, baby. Acho que estava esperando para ter certeza de que você ficaria bem.

— Não me despedi.

Coloquei sua cabeça em meu ombro.

— Você a beijou?

— Sim.

— Apertou seu nariz?

— Sim.

— Então você se despediu. É assim que vocês faziam. Não precisavam de palavras, nem falar que a amava. Ela sabia, docinho. Sempre soube.

— Eu não... Eu não sei o que fazer agora.

Seu corpo todo estava tremendo e, incapaz de vê-lo sentindo mais dor, eu me levantei, ergui-o, sentando-me antes de ele poder protestar. Ele ainda segurava a mão de Penny, e eu podia senti-lo tremendo.

— Deixe-me ajudar, docinho. Graham também está aqui. Vamos descobrir o que precisa fazer.

Sua cabeça caiu em meu peito, e senti a umidade de suas lágrimas. Dei um beijo em sua cabeça, segurando-a até sentir seu corpo relaxar e ele soltar a mão de Penny, delicadamente deixando-a sobre a coberta. Ficamos sentados em silêncio conforme eu passava a mão para cima e para baixo em suas costas.

Houve uma batida na porta, e eu gritei para entrarem. Graham entrou, encolhendo-se ao nosso lado.

— Hazz, querido, eu sinto muito.

Sua voz era um simples sussurro.
— Obrigado.

— Laura está aqui. Gostaríamos de ajudar você e Louis com as decisões, se estiverem dispostos.

Ele assentiu, outro arrepio correu por sua espinha.

— Acho que preciso levá-lo para casa.

Graham se levantou.

— É claro.

Abaixei mais minha cabeça.

— Está pronto, docinho? Ou quer ficar mais?

Ele olhou para Graham com os lábios tremendo.

— O que vai acontecer?

— Meu amigo, Conrad, vai vir buscá-la. De acordo com Louis, ela queria ser cremada?

— Sim.

— Ele vai cuidar de tudo, e podemos conversar que tipo de serviço você quer.

— Quero comemorar a vida dela.

— Podemos fazer isso.

— E quanto — ele engoliu — às coisas dela?

— Vou fazer com que tudo seja empacotado e levado para o apartamento, docinho — assegurei a ele. — Tami disse que Joey vai ficar aqui.

— Os outros moradores gostam dele... vão cuidar dele. Eu gostaria de doar algumas das coisas dela para os moradores que não têm tanto quanto ela tinha: roupas e a cadeira de rodas, coisas assim.

— Tudo bem, vou cuidar de tudo. Quando estiver pronto para ver tudo, vou fazer com que isso aconteça.

Ele estava quieto, olhando para Penny. Assentiu.

— Tudo bem.

Levantei-me, levando-o comigo. Eu não gostava de seu corpo estar tremendo ou sua voz. Era melhor segurá-lo, e ele não reclamou.

Olhei para Penny, agradecendo e me despedindo em silêncio. Sentindo a queimação da emoção nos olhos, pisquei. Eu tinha de ficar forte por Harry.

— Vou pegar o carro — Graham disse e saiu do quarto.

Encontrei o olhar de Harry, seus olhos grandes de dor e tristeza. Uma onda de carinho passou por mim e a necessidade de diminuir sua mágoa preencheu todo meu ser.

Beijei sua testa, murmurando contra sua pele.

— Estou com você. Vamos passar por isso juntos. Eu juro.

Ele cedeu à minha carícia, sua necessidade silenciosa era palpável.

— Está pronto?

Assentindo, ele enterrou a cabeça em meu peito, apertando a mão em meu paletó. Saí do quarto, sabendo que nossas vidas estavam prestes a mudar.

De novo, eu não fazia ideia de como lidar com isso.

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