' 💋 ℬ𝗲𝗶𝗷𝗼 𝓜𝗼𝗿𝘁𝗮𝗹 ❜
𝑉𝑖𝑠𝑖𝑡𝑎 𝑖𝑛𝑒𝑠𝑝𝑒𝑟𝑎𝑑𝑎 . . .
Eu não fechei meus olhos à noite toda, pelo contrário, comecei pesquisando melhor sobre a empresa que Changbin é ceo, descobri que se trata de uma empresa antiga e que me pertencia ao meu pai antes dele morrer, não me conformei com o fato de ter sido uma empresa pequena um dia e ter se tornado à número um entre as celebridades coreanas e as de fora também, se trata de produtos para beleza e se tem algo que os coreanos gostam é de tudo que envolva a estética.
Por outro lado não consegui acessar os perfis da família porque são todos privados, tentei achar alguma ligação que Changbin tivesse com Chan, já que ele estava ligando naquele dia, mas também não achei e ao que tudo indica o Bang é dono dos hotéis mais luxuosos da Ásia, isso parece até loucura! Como Hyunjin conheceu ele? E como é o estilo de vida do Hyunjin? Não faz sentido ele ter roupas de marcas e continuar morando nesse apartamento caindo aos pedaços junto comigo.
Cheguei a conclusão que precisaria ir até Chan primeiro. Com uma xícara de café preto em mãos e Dan em meu colo, comecei a procurar o endereço de uma certa pessoa, achei? Com certeza não, não sirvo para ser stalker de ninguém, mas também não posso ficar parada sem fazer nada e esperar que as informações caiam do teto.
— Hari, estou indo pro trabalho agora, você...— A porta foi aberta por Hyunjin, estava se vestindo bem formalmente o que indicava que seria um dia importante em seu trabalho.
Trabalho esse que não sei quase nada, ele traz algumas coisas do escritório pra cá? Provavelmente não, deve ser perigoso demais pra isso.
— Hyunjin, antes de você ir, pode me tirar algumas dúvidas? — Nem me importei em perguntar o que ele queria antes.
— Certo, seja rápida. — Ele olhou seu relógio de pulso enquanto afirmava.
— Lembra do seu amigo, Chan? Acha que é possível eu conseguir trabalhar com ele de alguma maneira? — Perguntei deixando de lado minha xícara de café.
— É uma possibilidade, quer que eu te passe o contato dele? Você pode mandar seu currículo pra lá.
— Não quer me passar o da secretaria dele? Assim é mais fácil de conseguir. — Sorri levemente e Hyunjin fez um biquinho pequeno enquanto pensava.
— É...eu vou arranjar o número dela e passo pra você, agora preciso ir, docinho.
— Vá a merda, não me chama de docinho!
— Quanta ingratidão. — Mostrei o dedo do meio para ele antes que fosse embora. Esse apelido não me é estranho, totalmente desagradável.
Francamente! Hyunjin me da nos nervos e o pior é estar muito envergonhada de ter pedido aquilo pra ele ontem! O que diabos é tudo isso? Tesão acumulado?
[...]
As coisas pareciam fluir bem durante o dia, queria ter feito um daqueles murais igual os policias fazem, mas Hyunjin poderia entrar aqui e acabar vendo sem querer, por isso apenas fiz desenhos e anotações, logicamente fui fazer outras coisas depois, como ajeitar meu quarto, limpar a cozinha e sala, lavar o banheiro imundo, essas tarefas que me ajudaram a me distrair.
Funcionou? Não, eu só terminei tudo isso e fui fuçar as compras do Hyunjin, tínhamos armários próprios na cozinha e quando abri vi várias garrafas de cerveja e algumas cachaças que eu não fazia ideia do que eram, apenas tinham nomes estranhos e pareciam caras de mais.
Bebi as garrafas de soju primeiro, tinha vários sabores e enquanto eu bebia tudo isso, uma música que coloquei na televisão tocava, deixando o ambiente bem melhor. Eu queria mentir e falar que fazia semanas que eu não bebia, mas me lembrei daquele dia no bar, fiquei tão bebada que pedi um beijo pro Hyunjin, sou tão tapada assim?! Com certeza, ao ponto de beijar um demônio, então faz sentido.
— Se eu ao menos me lembrasse do rosto dele, acho que seria bem melhor assim...— Minhas falas foram sinceras e o soluço que dei logo depois também.
Meu corpo parecia dormente e minhas palavras tropeçavam umas nas outras, palavras essas que eu não faziam sentido nenhum. O mundo rodava de um jeito engraçado ao meu redor, e a risada escapava como se fosse uma brisa descontrolada, revelando a alegria do momento que a bebida trouxera.
— Aquele demônio estupido, eu poderia estar bem, com um emprego confortável...eu acho! Aquele trabalho era realmente bom? Ah, droga, foi tudo culpa dele...— Meus olhos piscavam lentamente e quando me dei conta, senti mãos pesados em meu ombro.
O que foi estranho porque o sofá não ficava afastado da parede, um arrepio passou por toda minha espinha quando senti uma respiração na minha orelha, eu poderia facilmente estar imaginando isso tudo, mas não foi, não quando escutei sua risadinha.
— Você procurou por mim, cerejinha? — Me levantei em um impulso impressionante do sofá, sentia um desespero absurdo com aquelas palavras e quando me dei conta, não tinha ninguém no sofá.
— Impossível...— As luzes começaram a piscar e eu tinha quase certeza que ficaríamos sem luz, ainda estou bêbada, o que piora tudo. — Você me enganou, me fez matar pessoas inocentes sem saber de nada...
— Eu te avisei, mas não me culpe, lembre-se; o diabo te oferece o prato, mas não te obriga a comer, errou porque quis, Hari. — Eu não via ele, até quis acreditar ser ilusão da minha própria cabeça, como se eu fosse esquizofrênica, mas senti suas mãos se enrolando no meu cabelo castanho. — Não corra atrás do passado, pense no futuro.
— Eu quero quebrar o acordo, seja lá o que foi feito aquele dia. — Sem nenhuma resposta, pelo contrário, ficou tudo um silêncio, silêncio até demais e quando me dei conta a energia do apartamento caiu, me deixando em um breu absurdo. — Vá se foder seu demônio do caralho!
Logo após o xingamento eu soltei um grito, me assustei com Dan agarrando minha perna no meio do escuro.
— Eu realmente preciso parar de beber, ou vou acabar louca.
Peguei meu celular no bolso para ligar a lanterna, não tínhamos velas, então pedi para Hyunjin trazer quando voltasse para a casa.
Amanhã tem capítulo novo, acho
que vocês vão amar!