Má ideia

By stylezied

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Bárbara Johnson e Victor Collins são melhores amigos há anos, e se orgulham da relação aberta e sincera que c... More

má ideia | personagens
00 | introdução.
01 | método collins
02 | pedra, papel e tesoura
03 | nenhuma é tão importante quanto você.
04 | como nos velhos tempos.
5.1 | noite no syndey's.
06 | algumas garotas valem a pena
07 | banco de trás
08 | eu tenho uma condição
09 | eu não poderia te querer mais
10 | mudar certos hábitos
11.1 | desastre
11.2 | o que mudou?
12 | porque, se ele te machucar, eu nunca vou me perdoar
13 | da parte dele
14 | seria muita loucura te beijar agora?
15 | sobre as manhãs seguintes
16 | vamos dar um jeito
17 | o que você realmente quer?
18 | a forma como você olha para ele.
19 | pergunte ao seu namorado
20 | uma noite com os carson's
21.1 | casa do lago
21.2 | casa do lago.
22 | segredinho sujo
23 | você não é ela
24 | você não deveria ter certeza?
25 | surpresa!
26 | nós dois sabemos a resposta para essa pergunta.
27 | o que os olhos não veem, o coração não sente.
28. 1 | nova york
28.2 | nova york
29 | ele vai quebrar o seu coração
30 | clichês
31 | o maravilhoso agora.

5.2 | noite no sydney's.

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By stylezied

Bárbara Johnson — point of view
San diego, CA

+20 comentários para desbloquearem o
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Para uma sexta à noite, o Sydney's estava no seu normal. Cheio. Uma música ambiente embalava o bar, mas as conversas paralelas entre os jovens se sobressaia à melodia animada. Poucas pessoas realmente dançavam. Observei alguns rostos conhecidos — que definitivamente não tinham idade para estar aqui — pelo balcão, bebendo, e na área das sinucas, mais ao fundo do bar. O palco ainda estava vazio, sem a presença dos anfitriões da noite. Pelo que Victor havia me dito, a apresentação estava marcada para às nove da noite.

Adentrei o local com Victor do meu lado, me guiando pelo espaço lotado entre um cumprimento e outro. Aparentemente, eu estava acompanhada do cara mais famoso do bar.

Aquela era a minha primeira vez no Sydney's, apesar de ser a milionésima do Victor e dos outros. Ele já havia tentado me arrastar para cá algumas milhares de vezes, mas eu não via sentido em vir, uma vez que eu não tenho o costume de beber e sou péssima na arte da dança. E péssima em sinuca também. A questão, dessa vez, era que eu estava sendo movida por algo muito maior: Victor. E era meu dever apoiá-lo em qualquer ocasião.

— Bárbara! Aí está você! — Milena gritou, abrindo seus braços para me dar um abraço quando me aproximei da mesma com Victor em meu encalço. Permanecemos no abraço tempo o suficiente para que eu sinta o cheiro forte de cerveja emanar da morena. Assim que eu me afasto, ela vai abraçar Victor. — E então? Animado para o show, astro do rock?

Ela apoia seu antebraço no balcão, pegando a garrafa de cerveja que havia deixado de lado para nos cumprimentar.

— É claro. — ele sorriu para a morena, enfiando as mãos nos bolsos da calça. Eu sabia que ele estava nervoso. — E os meninos? Aonde estão?

— Ah! Estão nos bastidores, revendo os últimos preparativos para o show. — ela anunciou, bebericando um pouco da sua cerveja.

— Tudo bem, eu vou lá, então. — ele avisou, e Sophie assentiu. Victor virou-se para mim, indagando, atencioso: — Você vai ficar bem?

Assenti, sorrindo fechado, tentando lhe passar tranquilidade.

Ele me deu um beijo na testa, antes de se afastar e eu perdê-lo de vista em meio à multidão de adolescentes que nos cercavam.

— Veja só quem seguiu o meu conselho! — a voz estridente de Milena me traz de volta à ela, que me encarava com um sorrisinho de lado, tendencioso. Ela se referia à saia. Eu revirei os meus olhos.

— É, mas já estou arrependida. — admito, a puxando para baixo. Milena enruga a testa, enquanto ainda tem a boca da garrafa entre os lábios.

Ela engole uma considerável quantidade de cerveja, antes de me questionar:

— Por que?

Eu olho ao redor, observando todos entretidos com suas cervejas, danças e flertes. Estavam todos se divertindo.

— Porque estou me sentindo desconfortável.

Eu confesso, baixinho.

Sophie rola seus olhos para mim, fazendo pouco caso de meu mal estar.

— Desconfortável? Você está gostosa, isso sim. — me elogiou, e eu tentei conter o rubor ardentes nas minhas bochechas. — E, se eu não me engano, Travis Mason está te secando desde que você parou aqui.

Ela sussurrou, mas alto o suficiente para que eu ouvisse-a perfeitamente.

Travis Mason é um dos gatinhos do clube de teatro do colégio e, por incrível que pareça, não é lesado, tampouco estranho. Eu já havia comentado sobre ele com a Milena, mas apesar de ter gostado do que Milena acabara de dizer, Travis não passava de uma mera atração física. Eu não sentia vontade de beijar sua boca ou me envolver com ele. Não como eu sentia com Victor.

— Disfarça. — ela pede, pois sabe que minha curiosidade me levará a olhá-lo. É o que eu faço, posteriormente, caçando o loiro de olhos castanhos por cima do meu ombro.

Com uma garrafa de cerveja nas mãos, eu acabo esbarrando o meu olhar com o seu. Milena tinha razão, ele estava me olhando. E quando percebe que noto, ele sorri para mim, desinibido. Essa devia ser uma qualidade dos atores, afinal.

— Viu? Ele tá caidinho na sua. — Milena assegura, assim que acabo de tirar minha conclusão quanto à Travis Mason.

— Não viaja, Lena. — eu rolo meus olhos.

— Olha, aquela lá não é a novata? — sua atenção fugiu para algo atrás de mim, e eu a acompanhei, me deparando com a loira esbelta que havia acabado de chegar. Rodeada por milhares de adolescentes eufóricos, ela parecia deslocada. Seus olhos vagavam pelo ambiente, e eu senti uma pontada de ciúmes por saber que eles procuravam alguém em específico.

Victor.

— Por que não chamamos ela pra ficar aqui com a gente? Tá na cara que ela está deslocada e ela não parece ser tão desprezível quanto a grude. — Milena sugeriu, e, às vezes, eu odiava sua necessidade de caridade. Ela realmente adorava ajudar os pobres e oprimidos, e isso seria uma ótima qualidade, se essas não fossem as circunstâncias. Eu realmente queria negar a ideia de ficar do lado da garota que Victor estava paquerando, mas eu sabia o que o meu não renderia. Perguntas e mais perguntas. E eu não estava muito afim de confessar meus reais sentimentos pelo Victor para a Milena. Principalmente, porque eu sabia que não ficaria apenas entre nós, e seria questão de tempo até que Victor ficasse sabendo e... bem, tudo o que eu sempre evitei, se concretizasse.

Então eu dei de ombros, me voltando a Milena e agindo indiferentemente.

— Pode ser.

Milena levantou sua mão para chamar a atenção dela, e eu me recusei a observar a novata se aproximando. Me debrucei sobre o balcão e pedi um refrigerante, que foi entregue pelo barman minutos depois.

— Oi! Meu nome é Milena! — ouvi a morena manifestar-se do meu lado, e então me virei, dando de cara com a loira. A maldita era ainda mais bonita de perto. — E essa é a Bárbara.

Milena me indicou com a mão, e eu forcei um sorriso para ela.

Megan apontou para mim, semicerrando os olhos.

— Eu não te conheço?

Me lembrei da aula de física.

— Tivemos aula de física juntas.

Sua feição clareou-se com a lembrança.

— Ah, claro! Eu me lembro. — ela sorriu, e céus, seus dentes são tão perfeitos e brancos que parecem falsos.

— E então, novata, o que te leva ao Sydney's hoje? — Milena puxou assunto, bebericando da sua cerveja enquanto olhava-a por cima de seus cílios volumosos.

— Ah, eu vim ver a banda de hoje tocar.

Eu sabia disso, porque o vocalista quem havia a convidado. Entretanto, Milena não sabia disso.

— Está falando da Slave Rage? — ela pergunta.

Megan assente.

— Eu e Bárbara somos amigas deles. Muito amigas. — ela enfatizou. — Não querendo me gabar, é claro, mas um dos vocalistas é meu namorado. — ela comentou, convencida, espalmando sua mão sobre o peito, e Megan sorriu para ela também. Acredito que para não deixá-la completamente sem graça. — Mas e você, se interessou pelos integrantes ou pela música, Megan?

O teor malicioso é perceptível para todas nós.

Aquele assunto estava me deixando enjoada. Ou era a presença dela. Não sei ao certo. Talvez fossem os dois.

— Na verdade, o Victor quem me chamou. — ela declarou, e em seguida passou o olho pelo bar. Ela ainda procurava por ele, é claro. — Vocês sabem aonde ele está?

— Ele está com os garotos arrumando os preparativos para o show. — eu quem digo, e ela me olha. Talvez eu tenha soado ríspida demais.

— Ah, sim.

— Mas você pode ficar conosco, se quiser. Quanto mais mulheres, melhor. — Milena se adiantou, oferecendo a companhia por nós duas. Eu fico em silêncio.

— Eu adoraria. — Megan sorri, dócil.

É claro, eu penso, bebendo do meu refrigerante.

Milena fez questão de nos arrastar para a frente do palco minutos antes do show começar. De acordo com ela, aquela era a melhor visão do palco. E, claro, Megan veio conosco.

Às exatas nove horas, os meninos subiram ao palco. Gustavo sentou-se à bateria, João Lucas e Arthur carregavam suas guitarras, assim como Marco e Victor, que ficavam com um microfone cada. Eles eram os vocalistas. Atrás de nós, a multidão já havia se formado. Todos estavam ansiosos pelo show.

Victor encostou a boca no microfone, e sua voz grave ressoou por todo o bar. Meu corpo arrepiou-se.

— Boa noite, pessoal! — muitos soltaram gritos com o manifesto do cacheado. Na sua maioria, de mulheres. — Preparados para hoje? — ele pergunta, e a resposta é um eufórico e uníssono sim. — Para quem não nos conhece, nós somos a Slave Rage e vamos agitar o Sydney's hoje!

Mais gritos de aprovação. Dessa vez, eu e Milena acompanhamos a maioria, abraçadas de lado. A primeira música é Kiwi. Victor quem havia escrito ela, e eu me lembro até hoje deles a ensaiando na garagem do Marco pela primeira vez. Ela era bem agitada e dançante, e não demorou muito para que todos da plateia se mexessem conforme a batida animada.

A segunda foi Two Ghosts. Ela era mais calma e profunda do que a anterior, e dava mais destaque à voz rouca de Victor. Ao meu lado, eu e Milena balançávamos o braço nas alturas, acompanhando a melodia devagar. De vez em quando, Victor caia seu olhar em nós, entretanto, eu não sabia exatamente de quem era sua atenção. Se era minha ou de Megan, do meu lado. Minha aposta era na segunda opção.

O show seguiu-se com covers de bandas antigas e músicas autorais, até que, na última, a irreconhecível melodia de R U Mine? ultrapassou os alto falantes. Arctic Monkeys. Ela era uma das minhas bandas preferidas em todo o mundo. E a música ficava ainda mais sensual na voz do Victor.

Eu me vi hipnotizada do começo ao fim.

Ao fim, Victor já estava todo suado e ofegante; os cabelos úmidos grudados na testa e a pele brilhava sob as luzes coloridas. A guitarra estava pendurada em seu ombro e as duas mãos grudadas no microfone quando ele se despediu da plateia.

— Espero que tenham gostado, pessoal! Nos vemos em breve!

Assobios e palmas preencheram o local. Logo em seguida, os meninos desceram. A música ambiente retornou e a multidão à frente do palco se dissipou. Milena nos encaminhou de volta ao balcão do bar, onde pediu outra rodada de cerveja. Não demorou muito para os meninos nos encontrarem. Estavam cansados, mas felizes.

Milena praticamente pulou nos braços do Marco, que a acolhera e rodopiara no ar, e eu fui parabenizar os garotos com abraços apertados. Quando me voltei a Victor, ele conversava com Megan. Meu sorriso vacilou.

Me aproximei e pigarreei, tentando chamar sua atenção. O que consegui, em seguida.

— Ei, Babs! — ele sorriu para mim, fazendo menção de me abraçar.

Levantei minha mão, sinalizando que parasse; meu rosto convertendo-se em uma careta de nojo.

— Nem vem. Você tá todo suado. — eu disse, descontraída, e Victor avançou mesmo assim, me abraçando contra a minha vontade. — Ah, não, Victor! — protestei com um ruído de nojo, e ouvi uma risada gostosa provir de sua boca. Mesmo com todo o suor, eu ainda podia sentir sua fragrância masculina impregnando-se nas minhas narinas.

— Agora você também. Resolvido. — ele brincou, quando partimos o abraço, e eu revirei os olhos. — E então? Como fui no show?

— Como eu disse que iria. Incrível. — digo, sorrindo de forma orgulhosa para ele. — Levou a plateia feminina ao delírio, astro do rock. Parabéns.

E é claro que eu odiava aquilo.

Dei um soquinho no seu ombro.

Ele riu à medida que rolava suas orbes verdes.

— É, mas agora sou todinho seu. Quer fazer o que? — ele indagou, e eu subi meus ombros, entortando minha boca.

— Tô cansada. Acho que vou pra casa.

— Casa?! Nem pensar! — Milena surgiu atrás de mim, indignada. Olhei Victor, que deu de ombros, e olhei para Milena ao meu lado com um ponto de interrogação. — Quero que você venha dançar comigo. Eu adoro essa música!

Ela me puxou pelo pulso antes mesmo de eu conseguir retrucar algo ou negar seu pedido barra ordem. Olhei Victor por cima do ombro enquanto era praticamente sugada para a multidão, clamando por ajuda, mas tudo o que ele fez foi dar de ombros e rir.

Idiota.

Ele me paga.

— Milena, eu sou péssima dançando! — eu grito por conta da música, um pouco desesperada, mas a morena à minha frente já está ocupada demais dançando ao som de Bump, Bump, Bump.

— Só segue os meus passos, tá legal? — ela gritou de volta, virando de costas para mim e balançando seu quadril no ritmo sensual da música.

Isso só pode ser castigo.

Eu e Milena perdemos a noção do tempo. Retornamos da pista de dança suadas e ofegantes, rindo entre nós, para o balcão do bar, onde estavam os meninos, que conversavam e bebiam entre si. Milena tomou Marco para um beijo picante, interrompendo o diálogo.

— Vocês poderiam ser mais discretos. — Angeline, que finalmente havia aparecido, comentou com uma careta de desaprovação. Ela estava nos braços de Gustavo. Na semana passada, havia sido Arthur. Na próxima, provavelmente será o João Lucas. Esse é o estilo dela.

— E você poderia tomar mais conta da sua vida. — Milena disparou, irritada.

— Wowwwwww! — Arthur exclamou, colocando mais lenha na fogueira.

Angeline revirou os olhos, mas optou por se calar. Era o mais sensato a se fazer.

— Você está linda hoje. — Marco sussurrou para Milena, do meu lado. João Lucas, Gustavo, Arthur e Angeline iniciaram um assunto sobre o futuro da banda, e eu me atentei à algo que não havia notado antes: Victor. Nem ele e nem Megan estavam ali.

Mantenha a calma. Mantenha a calma. Mantenha...

— Cadê o Victor?

Merda de língua que não consigo controlar!

Os meninos me encararam.

— Ah... ele saiu com a Megan há um tempinho. Não sei se volta.

Quem diz é Gustavo.

— Ele... saiu? — parecia impossível.

— É, parece que o negócio está esquentando, já que ele foi levar a novata para casa. — Angeline não perdeu a oportunidade de me alfinetar.

Como ele me deixou em um bar pra levar outra garota pra casa?

Idiota. Idiota. Idiota.

É exatamente o que eu sou.

— Tá tudo bem, Babs? — João Lucas pergunta, e julgo que minha feição não está numa das melhores no momento.

— Eu não tô me sentindo muito bem. Quero ir pra casa.

— Eu te dou uma carona, Babs. — Arthur se oferece, felizmente, e eu não nego o convite.

Me despeço do restante do pessoal, assim como Arthur. Milena pede que eu avise quando chegar em casa e eu sou capaz apenas de balançar a cabeça em concordância. Eu sequer me importo com isso no momento.

Quando chego no meu quarto, paro diante da minha janela e observo a janela da casa ao lado ainda apagada, sem rastro algum do Victor. O que diabos eu estava pensando, afinal? É claro que ele ainda estava com a novata. Provavelmente beijando, quem sabe até transando no banco de trás do seu carro.

E tudo o que eu quero no momento é sumir.

Me deito na cama e, da mesma forma que deitei, eu apago.


Notas da autora:

então gente, o que acharam desse capítulo? e dessa atitude do victor? bárbara teve razão em ficar bolada por ele ter deixado ela sozinha ou estava apenas exagerando? votem e comentemmmmmm! eu simplesmente AMO quando vocês interagem❤️

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