O Acordo

By MoonaKimm

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Duas famílias ligadas pelas linhas do passado. Uma disputa antiga por poder. Negócios falidos , e um novo con... More

• Avisos
[1] Famiglie
[2] Una proposta
[3] Sfida
[4] Preparazioni
[ 5 ] Vespri
[6] Contratto Sigillato
[7] Prima Notte
[8] Territorio
[9] Errori
[10] Ti capisco
[11] Angelo
[12] Fascino
[13] Attento
[14] Cravatte
[15] Scusa ?
[16] Scoperte
[17] Fioritura
[18] Protezione
[19] Istinto
[20] Sapore dolce
[21] Gelosia
[22] Riguardati
[23] Desiderio
[24] Sensi
[25] Connessione
[26] Intimo
[27] Sull' amore
[28] Frammento
[29] Incertezze
[30] Completare
[31] Riscaldato
[32] Benedizione
[33] Paura
[34] Segreto
[35] Invidia
[36] Parti
[37] Famiglia
[39] Rotto
[40] Separato
[41] Fiore
[42] Amore
[43] Nuovo inizio
[44] Colpi
[45] Vendetta
[46] Eredità eterna

[38] Maschere

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By MoonaKimm


" La menzogna è lo scudo dei deboli "

🍷🍇

⚠️ Alerta de possível gatilho.

•———————————•

Seokjin havia recém completado oito meses de gestação, e Namjoon tinha abdicado de todo seu trabalho para doar seu tempo inteiramente ao ômega. Gostaria de acompanhar aquela fase crucial bem mais de perto, visto que seu companheiro parecia mais sensível do que nunca, totalmente necessitado de sua atenção.

O ômega estava sentindo-se no céu, saber que seu marido estava sempre em casa, ao seu dispor, lhe mimando e proporcionando um ambiente tranquilo e seguro, fazia com que se sentisse cada vez mais preparado para receber o filhote no mundo. Era de extrema importância que lhe fosse proporcionado tudo aquilo, visto que muito em breve iria conceber uma criança, e diante das circunstâncias, sua gestação de risco ainda preocupava muitíssimo a todos.

E apesar de tudo aquilo, sentia o alfa um pouco preocupado demais. E sabia que não era somente por conta de sua gravidez, Namjoon estava aflito, tentava a todo custo se manter perto de si, temendo que algo lhe acontecesse. Mas tinha a sensação de que ele queria lhe manter distante de algo, algo que parecia estar tirando seu sono durante a madrugada.

Devia ser por volta das duas da manhã, quando Jin se remexeu na cama em busca do corpo que lhe abraçava a noite. Estranhou ao sentir o espaço ao lado completamente vazio, esticou-se um pouco até alcançar o abajur, ao aceder a luz, percebeu que estava sozinho. As madrugadas estavam bastante quentes devido a chegada da primavera, por isso as portas da varanda se mantinham abertas, descartou a hipótese de vê-lo por lá, quando observou o lugar sem ninguém.

Buscou por seus chinelos, e vestiu a parte de cima de sua camisola. A barriga estava enorme, e muito pesada. Era um esforço muito grande ter de se levantar sem auxílio de outra pessoa, mas precisava achar seu alfa. Um desejo exorbitante de comer amoras lhe tomou, precisava delas com urgência. Caminhou a passos tranquilos e vagarosos, uma das mãos permanecia apoiada em sua lombar, em busca de alguma sustentação para todo aquele peso que carregava. A outra segurava um dos candelabros, para iluminar o caminho extenso do corredor. Talvez ele estivesse pela sala, ou quem sabe na cozinha, ou então em seu escritório resolvendo algumas coisas. Seokjin sabia que os assuntos da vinícola agora eram tratados por outras pessoas de confiança do alfa, para que o mesmo pudesse cuidar de si, mas Namjoon não conseguia deixar seus negócios inteiramente nas mãos de outras pessoas.

— Alfa ?. — chamou ao perceber a porta de sua sala de descanso aberta. — Namjoon, você está aí ?. — perguntou, se aproximando da fresta, percebendo a presença de alguém. Mas não parecia com seu alfa.

— Isso não diz respeito a você, Domitila. Chega de meter-se em assuntos que não são de sua responsabilidade. — Jin não se considerava uma pessoa curiosa, e detestava ouvir coisas que não lhe cabiam. Mas por algum motivo, ao ouvir a voz de Paolo, decidiu ficar. — Não pense em causar problemas para o senhor Namjoon. O que acha que irá ganhar fazendo uma coisa desta ?.

— Beta, você é tão tolo. Você quem não sabe de absolutamente nada. — Domitila parecia endurecida, conseguiu ver de relance a mulher andando de um lado para o outro. — Ele é uma farsa, assim como tudo nessa casa. Esse maldito casamento se quer deveria ter acontecido. Namjoon deveria estar comigo, ao meu lado, não com aquele ômega medíocre e mal agradecido. Ainda por cima está carregando consigo uma praga, que nem deveria existir. — Jin acabou deixando que o candelabro caísse no chão, levando uma de suas mãos a boca. — Tem alguém aí ?. — de repente um silêncio, Jin manteve-se parado, tentando digerir tudo que acabara de ouvir. Se antes tinha dúvida sobre qualquer tipo de vínculo de seu alfa com aquela mulher, agora estava mais que esclarecido.

Basta !!. Não vou permitir que você se refira ao senhor Seokjin dessa maneira, muito menos fale de seu filhote. — Paolo o defende, indo contra a prima. — Continue assim e acabará perdendo o seu emprego. — falou, e em seguida a ruiva riu de forma irônica.

Namjoon jamais seria capaz de me colocar para fora. E sabe por que ?. — a ômega ditou cheia de si, com aquele ar de superioridade que só ela pertencia. — Eu sei de muito mais do que vocês todos imaginam. E se ele quer manter esse conto de fadas, precisa me manter de boca bem fechada.

Seokjin não conseguiu mais permanecer ali, procurou voltar ao seu quarto às pressas. Retirou os chinelos, e deitou-se na cama. Tentando acalmar sua respiração descompensada. No início sempre desconfiou do completamente de seu alfa na presença da empregada, os dois sempre pareciam esconder algo. Não descartou a ideia de que talvez ela já poderia ter sido uma das amantes do alfa, mas parecia que ia muito além daquilo. Sentiu a garganta fechar, e um nó se formar na mesma. Aquele amargo parecia tomar conta de seu corpo, junto de um turbilhão de sensações. O que Namjoon estava tentando encobrir ?.

Ouviu passos se aproximarem, e o cheiro de eucalipto ficar cada vez mais perto. Apagou o abajur, e procurou fechar os olhos. Sentiu a presença do alfa no quarto, em seguida o colchão ao seu lado afundar. Como de costume ele lhe abraçou, passando as mãos por sua cintura até alcançar sua barriga. Seus olhos arderam, e um sentimento ruim pareceu ficar entre os dois. Acabou deixando um fungar escapar de seus lábios, e aquilo alertou o alfa.

— Lírio, estás acordado ?. — a voz soou preocupada, mas por algum motivo Jin não conseguiu sentir a mesma coisa de antes.

— Poderia afaste-se, por favor ?. — pediu, livrando-se dos braços fortes.

— Oh, claro. Devo estar lhe sufocando. — riu meio sem jeito, e se afastou. — É apenas isso ?.

— Sim. — disse curto e seco. Fazendo o alfa arquear uma das sobrancelhas.

— Tem certeza que está tudo bem, meu amor ?. — tentou tocar o braço alheio, mas ele se afastou bruscamente. — Jin, o que houve ?.

— Nada. Me deixe dormir, estou cansado. — pediu, cobrindo-se por inteiro. Namjoon rapidamente ficou em silêncio, acatando o pedido do outro. O alfa encolheu-se do outro lado da cama, se perguntando o que havia feito de errado. Antes de deitaram para dormir tudo estava tão bem, os dois conversaram, trocaram carícias, e falaram com o filhote. Por que aquela mudança de humor drástica ?. Seriam os hormônios do ômega falando mais alto ?.

Mas Jin do outro lado não conseguia esquecer aquele rápido diálogo entre os dois funcionários de sua casa. Se em tão poucos segundos teve noção de algumas coisas, imagine se tivesse a oportunidade de saber bem mais. E talvez fosse exatamente isso que queria, saber de fato o que estava acontecendo dentro daquela casa.

[....]


Os dias que se sucederam aquele episódio, foram de completa estranheza e frieza por parte do ômega. Não houve se quer um dia que não lembrava-se de tudo que escutou. Foram poucos minutos, mas que para um coração duvidoso, fora o suficiente. Namjoon percebeu. Não poderia existir segredos entre os dois, não dividiam somente uma casa, carregavam consigo uma marca no pescoço, que vinculava muito mais que suas almas. Os pensamentos, sentimentos, e as sensações também eram transmitidas entre eles. E Jin sentiu, ele sentiu que algo estava prestes a desmoronar. A vida que achou estar perfeita, o alfa a quem confiou seu amor, tudo parecia não fazer mais sentido. Mentiras eram como bolas de neve, se você não colocar um ponto final, muito em breve tornara-se uma grande avalanche.

Quis questionar o alfa. Colocá-lo contra a parede, e saber de toda a verdade. Seja ela qual fosse. Mas simplesmente não conseguia, se perguntava quando foi que ficou tão vulnerável. Aonde estava aquele ômega destemido e valente de meses atrás ?. Mas ele sabia bem a resposta para aqueles questionamentos. Namjoon havia ido muito além, tinha quebrado a barreira impenetrável de seu coração, desmanchado os muros altos que construiu em torno de sua vida, e ele sabia bem como o alfa conseguiu aquilo. Lhe proporcionou o melhor gosto da vida. Apresentou-lhe o mundo, e ele percebeu que existia muitas coisas além daquilo que acreditava. E o principal, lhe fez sentir. Descobriu que era capaz de amar alguém além de si próprio, e agora carregava a prova viva daquilo. E estava lhe corroendo por dentro ter de imaginar que tudo aquilo não passou de uma farsa, uma ilusão, uma realidade paralela muito distante.

Mas o ômega se manteve firme como uma rocha, haveria explicações, e ele iria descobrir.

A manhã daquele dia passou-se como todas as outras, os dois fizeram suas refeições juntos, apesar de uma barreira enorme parecer estar entre eles. Apesar de seu afastamento, Namjoon ainda continuava lhe passando a mesma preocupação com sua saúde a do filhote. As palavras foram rasas, e a conversa não durou muito tempo. Depois daquilo, cada um se preparou para seguir suas rotinas particulares.

— Pedi para banharem os cavalos, me falou ontem que queria vê-los. — o alfa falou, quebrando aquele silêncio sufocante. — O doutor Ramires disse que você precisa tomar um pouco de ar livre, ultimamente me parece muito preso a esta casa.

— Me sinto indisposto. — Jin respondeu de forma rasa, limpando o canto de sua boca. Sentia como se tivessem voltado no tempo, nos seus primeiros meses naquela casa. Quando ainda tratavam-se com estranheza. — Mas farei uma caminhada pelo jardim.

— Leve Paolo com você, ficarei menos despreocupado ao saber que você está acompanhado. — disse, e levantou-se de onde estava. — Se precisar de alguma coisa, sabe onde me encontrar. Buongiorno, mio lírio. — deixou um beijo sútil em sua testa, e em seguida partiu para seus afazeres. Jin quis pedir para que ficasse, que lhe abraçasse forte, daquela forma que ele conseguiria esconder-se dentro de seus braços, e dissesse que tudo iria ficar bem. Arrancasse de si aquele sentimento doloroso que estava lhe consumindo. Até mesmo seu filhote parecia sentir, a alguns dias o sentia muito quieto.

Seokjin procurou fazer exatamente o que havia dito, precisava calar um pouco seus pensamentos, e nada que um passeio em seu jardim não melhorasse. A primavera pintava de uma forma muito bela as paisagens, todas as flores estavam desabrochadas, inclusive os seus preciosos lírios. Paolo estava ao seu lado, os dois tinham seus braços entrelaçados, e caminhavam entre as flores. A todo instante o beta lhe perguntava se estava sentindo-se bem, pois suas expressões não pareciam tão agradáveis.

— Pela milésima vez, Paolo. Eu me sinto bem, não se preocupe. — disse calmamente. Os dois estavam parados próximos dos lírios, e Jin segurava um entre seus dedos. Mas logo seus pensamentos se voltaram para aquilo que estava lhe roubado o sono. Decidiu falar, Paolo sempre fora seu confidente. — Preciso de conselhos, meu amigo. — falou seguido de um suspiro.

— Sinta-se a vontade, meus ouvidos estão sempre ao seu dispor. — como descrever Paolo ?. Ele era uma das pessoas mais gentis que conhecia, depois de Manoela, o enxergava muito mais que um simples funcionário. Nunca teve muitos amigos, Augusto era o único, mas depois que conheceu Paolo, o considerava muitíssimo.

— Já sentiu como se o seu companheiro estivesse lhe escondendo algo ?. — perguntou direto, precisava de respostas urgentes.

— Bem, algumas vezes. Acho que nós sempre sabemos quando algo está errado, senhor. — respondeu paciente.

— E o que fazemos depois ?. Digo, como questionar sem parecer muito desconfiado ?.

— Isso é bem relevante. Eu por exemplo não consigo disfarçar quando algo me incomoda, sinto extrema necessidade de falar. — Jin assentiu, lhe dando atenção. — Mas nem todos são assim. Eu e meu alfa não conseguimos ter muitos segredos, eu sou muito curioso, sempre acabo descobrindo antes. Lhe digo com convicção, entre um casal não deve existir segredos, já que isto é quase como uma grande brecha para desconfianças.

— É tão complicado, casamentos deviam vir com um manual de instruções. — falou suspirando. — Todos os empregados devem ter percebido que as coisas não andam tão bem entre eu e Namjoon, você bem sabe. — Paolo assentiu, os dois já estavam conversando sobre aquilo a um tempo. — Não sei, Paolo. Estou com um mal pressentimento, algo está prestes a acontecer, e eu não faço a mínima ideia de como lidar com isto.

— Continuo a lhe dizer a mesma coisa de antes, deviam conversar. Nada mais justo do que esclarecer todas as suas dúvidas, e se livrar de vez de todas as suas incertezas. — falou, vendo Jin um pouco cabisbaixo. Sabia que parte daquilo era culpa de sua prima, mas assim como o ômega, ele não sabia o que a ruiva fazia. Domitila sempre foi muito reservada em relação a suas coisas. — Conversem, lhe garanto que é o melhor a se fazer.

— Farei isso, já me sinto esgotado de toda essa situação. — falou, passando a mão em seu ventre.

— Seu filhote está prestes a nascer, o senhor precisa estar tranquilo em relação a tudo a sua volta. Tornara o parto bem mais leve, sem contar que todo esse estresse não faz bem para o bebê. — sorriu calmo, fazendo Jin repetir o gesto. — Vamos lá, ainda temos algumas flores para vermos. — segurou o braço do ômega, e voltaram a caminhar pelo extenso jardim. Jin iria conversar com seu alfa, e não passaria de hoje.


🍷

O passeio no jardim, e a conversa que tivera com Paolo, serviram como um divisor de águas. Pensou um pouco mais, e a única coisa que tinha ao seu alcance, e que poderia reverter aquele quadro de seu casamento, seria uma conversa.

Quando decidiu embarcar de corpo e alma aquele sentimento, a única coisa que cobrou do alfa fora honestidade. Sempre teve uma grande afeição pela sinceridade, que infelizmente lhe foi negada muitas vezes durante aquela trajetória. Seu pai havia mentido pra si, escondeu uma proposta de casamento, decidiu por si algo que lhe dizia respeito. E a sensação de ser enganado não era tão agradável, principalmente por alguém que amava.

Enquanto subia os degraus da escadaria, ia refletindo sobre tantas coisas. Não sabia ao certo o por que. Mas parecia como se um grande filme estivesse passando em seus pensamentos, desde o dia em que conheceu Namjoon, até ali. E talvez fosse um pouco engraçado pensar naquilo. Tantas coisas haviam acontecido, coisas boas, e as vezes nem tão agradáveis. Mas que de alguma forma lhe serviram de aprendizado.

Ao chegar no topo da escada, seguiu o caminho tão conhecido por si. Aquele corredor agora tinha um pouco de si, suas telas estavam espalhadas por toda parte. Era sua casa. E possa ser que tenha começado de forma errada, mas aos poucos fora se moldando como sempre desejou. Seu olfato aos poucos foi capitando um cheiro diferente, Namjoon não estava sozinho.

Decidiu diminuir os ritmos de seus passos, seu coração de repente aumentou a velocidade dos batimentos. Sentiu medo. Teve vontade de desistir, mas não o fez. Seguiu adiante, mesmo seu corpo implorando para que se mantivesse no lugar.

Jin jamais acreditou quando alguém lhe falava sobre a dor de um coração partido, e talvez nunca tivesse acreditado quando lhe falavam sobre aquilo. Mas com toda certeza sentiu algo dentro de si repartir-se em milhões de pedaços quando visualizou a cena que se passava diante de seus olhos. E agora sim entendia quando lhe falaram que aquele tipo de dor não se explica, por que certamente não existiram palavras suficientes para descrever o que sentiu quando enxergou Domitila usando uma de suas camisolas, e praticamente debruçada sobre o corpo do alfa. O barulho da porta abrindo-se, acabou alertando os dois. Fora tudo muito rápido, Namjoon afastou o corpo da mulher de si, e então Jin pode ver um colar idêntico ao que havia ganhado de presente do alfa, enfeitando o pescoço da mulher.

— Jin, meu lírio, eu posso explicar-lhe. — observou quando o corpo grande começou a se aproximar de si, e cegamente fora andando para trás. Levou uma de suas mãos até o peito, como se estivesse sentindo-se sufocado. Em seguida sua mão fora até seu pescoço aonde carregava aquele colar consigo.

— V-Você...você me disse que ele era único. Me falou no dia em que me presenteou. — disse de forma apressada, segurando a joia entre os dedos. Mas logo atrás de Namjoon estava ela, com aquele sorriso presunçoso, portando uma joia idêntica a sua. — Mentiroso. — disse baixo, enquanto sentia algo arder em seus olhos. Nunca em toda sua vida havia derramado uma única lágrima, nem mesmo quando perdeu o seu avô. Para ele, chorar era sinônimo de fraqueza. Mas não conseguiu controlar quando as lágrimas grossas foram deixando seus olhos aos poucos, banhando seu rosto, que rapidamente ganhou uma tonalidade vermelha. — Mentiroso !!. Você mentiu pra mim. M-Mentiu esse tempo todo. — esbravejou em plenos pulmões. — O que mais você esconde de mim ?. Me diga, eu exijo !!.

— Não, Não. Eu não menti, eu juro. Eu posso explicar, por favor. — Namjoon falou desesperado, se aproximando dele cada vez mais. Seus olhos estavam marejados igualmente aos do ômega. — Por favor, se acalme. Eu posso lhe explicar, você precisa me ouvir.

— Eu não quero lhe ouvir. Eu não quero. — gritou, levando suas mãos aos ouvidos. — Não quero ouvir você. Não quero vê-lo. N-Não..— as palavras iam perdendo a força a medida que iam sendo ditas. Então era assim que se quebrava um coração ?. Era esse o sentimento ?.

— Lírio...

— Não ouse...não ouse dirigir-me mais nenhuma palavra. Eu o proíbo...você mentiu, Namjoon. — apontou seu indicador rente ao rosto alheio. — Mentiu pra mim, quando a única coisa que lhe pedi foi honestidade. E enquanto eu acreditava em suas mentiras, você estava com ela. — apontou para ruiva que se mantinha quieta. — Você me jurou amor eterno, me prometeu diante dos céus e da terra, que jamais me enganaria. E é isso que você faz ?. O que mais você esconde de mim ?. Me fale, essa vai ser a sua única oportunidades de me contar a verdade. — o alfa escutou tudo de cabeça baixa, não conseguia alinhar seus pensamentos.

— Por que não conta pra ele, alfa ?. — a voz ácida ecoou naquele corredor.

— Domitila, não se atreva. — Namjoon virou-se para ela, indo em sua direção. — Não. Você me prometeu isso, eu lhe dei tudo que você queria. — Jin arqueou uma das sobrancelhas, enxugando seu rosto de forma brusca.

— Fale de uma vez. — os olhos do ômega já não se mantinham na cor natural, estavam no tom vivido de lilás. Era sua loba quem estava ali. — Fale. — segurou Domitila pelos ombros, e a chacoalhou. Vendo a ômega trocar um rápido olhar com Namjoon.

— Essa criança que você está carregando. — os olhos da ruiva desceram até a barriga do outro, e Jin na mesma hora a soltou.

— Domitila, não...

— Faz tudo parte do acordo que Namjoon e o pai dele fizeram. — a ômega disse tranquilamente. — Uma criança em troca de alguns lotes de terra. O que acha disto agora, Seokjin ?. O filhote tão desejado não passa de mais uma cláusula de todo esse acordo. — a boca de Jin secou, suas mãos foram até seu ventre, aonde segurou o tecido de sua blusa entre os dedos. Acabou cambaleando alguns passos para trás, sentindo-se nauseado.

— N-Não. Não. Isso é..— o ômega acabou engasgando-se com as palavras, sentindo sua cabeça pesar, a vista escurecer, sua garganta parecia ter trancado.

— Jin, você precisa se acalmar, p-por favor. — apesar de seus protestos anteriores, Namjoon se aproximou ao vê-lo daquela forma. Tão frágil.

— Não me toque. Não me..toque. — ele escorou-se na parede atrás de si, em busca de um pouco de ar. A essa altura o barulho da discussão já havia alertado alguns empregados, inclusive Manoela e Paolo, que correram até o ômega ao perceberem seu estado.

— Senhor, Jin. Meu Deus. — Paolo o trouxe para seus braços, aonde Jin se apoiou por um tempo. Até que sentiu algo quente escorrendo de suas pernas, e uma dor aguda em seu baixo ventre.

— N-Não..não, meu filho. — levou uma de suas mãos até o meio de suas pernas, e então sentiu o líquido viscoso na cor vermelha. Não demorou muito para uma enorme possa de sangue se formar abaixo de seus pés. Namjoon desesperou-se.

— O filhote....

— Manoela, peça para o motorista ir buscar o doutor Ramires. Agora !!. — Namjoon falou de forma apressada. — Jin, fique acordado. Por favor. — notou os olhos do ômega pesarem.

— N-Não deixa tirarem ele de mim, não d-deixa...— disse diretamente a Paolo, antes de fechar seus olhos por completo.

— Não, não. — o alfa chorava compulsivamente, tomando o corpo desacordado dos braços do empregado. — Por favor, lírio. Me perdoe. — dizia enquanto o abraçava. — Isso tudo é culpa sua, maldita !!. — dirigiu seus olhos vermelhos para a ruiva que estava estática diante da situação. — Eu vou acabar com você. Se alguma coisa acontecer com eles, se considere uma mulher morta. — falou seriamente. Mas no momento sua única preocupação era trazer seu ômega de volta.

As coisas não saíram como havia planejado.

🐺🍷

Vocês querem me matar ?. Provavelmente. Desculpem pelo capítulo melancólico, mas já estava mais que na hora dele acontecer. Não se preocupem, ainda temos alguns capítulos pela frente.

Espero que tenham gostado, até a próxima.

Amo vocês 💜

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