Pov castanho.
Eu e o Nicholas levamos um susto ao escutar a porta se abrindo e eu me levanto rápido da cama.
— Você não vai explicar não?
— Aqui é meu quarto também né Luan.
— Cara você é um baita de um filho da puta cara, tudo bem que aqui é o seu quarto mas você não precisa deitar com o Nikki não, já não bastava o que você falou hoje mais cedo não?
— Eu vim pedir desculpas.
— Foda-se, sai daqui AGORA!!
Eu não poderia julga-lo, Luan é o melhor amigo de Nikki desde que ele veio para o Brasil e eu fiz uma cagada muito grande. Na hora que eu estava saindo eu dou de cara com o Caio que tava esperando ali perto.
— O que aconteceu? Eu tava ouvindo os gritos de Luan.
— Bem, na hora que o Luan entrou no quarto eu e o Nikki estávamos na mesma cama e eu tava pedindo desculpas pra ele.
— Vocês estavam deitado naquela beliche de solteiro?
— Sim.
— Quê me contar mais alguma coisa?
— Claro que não cara, eu so tinha ido pedir desculpas.
— Tudo bem você pedir desculpas, eu acho mais que justo já que o que você fez mais cedo com o cara foi uma baita escrotice.
— Eu sei cara, eu sou o idiota.
— Você é mesmo, mas pelo menos reconhece. Isso é um ótimo começo.
— Valeu.
— Agora eu vou atrás do meu homem pq você certeza irritou ele em um nivel estremo.
— Vai la cara, boa sorte tentando acalmar a fera que cê tem.
Ele apenas saiu rindo e eu fui até o andar de baixo, a festa não tava rolando mais, tava todo mundo da casa mortos de bêbados e dormindo por algum canto. Eu ja estava ate sem sono mesmo então eu resolvi so me sentar no sofá enquanto via alguns vídeos bobos na internet.
Pov luan.
Eu fiquei um tempo conversando com o Nicholas e ele disse que o Castanho tinha ido pedir desculpas, mas ainda sim, não entendo pra quê deitar na cama e ficar tão perto.
— Mas sabe Lu, eu senti por alguns segundos que a gente iria se beijar.
— Como assim?
— A gente tava tendo a conversa do pq ele me tratou daquela maneira e do nada ele fez um carinho no meu rosto e pareceu que se aproximou mais também.
— Pera, ta achando que tem uma chance do Castanho não ser hetero e ainda por cima gostar de você?
— Acho que pode ser uma chance, pequeno, mas é uma chance.
— Ai amigo eu não quero que você se iluda com isso tá, você merece bem mais do que viver nesse negócio de que pode ser que ele goste de homens também. Olha amigo, não é por nada não, mas eu acho que você e o Álvaro formariam um casal bonitinho e vocês tiveram uma puta química mais cedo.
— Sinceramente eu nem tô pensando em ter nada com ninguém agora, so participei daquilo pra não parecer uma plata por aqui.
— Entendo. Amigo, eu vou atrás do Caio, eu to bem cansado e quero ir dormir.
— Sei, dormir, tu vai muito é dar isso sim.
— Cala boca sua gay, alguém pode ouvir essas putarias que sai da sua boca.
— O povo daqui ta tudo desmaiado, pode ficar despreocupado.
— Ta bom amigo, fica bem ta, te amo!
— Eu também te amo!
Eu me despedi dele e fui atrás do Caio, mas frente eu vejo ele de costa e eu ja tava indo ate ele quando surgem umas mãos femininas passando pelos seus ombros e quando chego mais perto eu vejo que era a Mayara e naquele momento me subiu um odio, ele com essa garota de novo cara.
— O que diabos está acontecendo aqui?
Eu observo bem e eles não estavam grudados um no outro, mas as mãos dela tava em seu ombro e eu acredito que podia ser que aconteceria algo se eu não tivesse aparecido.
— Meu amor, não ta acontecendo nada.
— Não mesmo.
— Ai vão tomar no cu cara, pra que então ela tá com as mãos em seu ombro? Certamente iria acontecer alguma coisa. Quê saber, pode ficar com ela.
Eu nem esperei eles falarem mais nada, eu so subi para o quarto com muito ódio e me deitei na cara. Tudo bem, uma mão no ombro nem sempre significa algo, mas é a Mayara, a garota que ele beijou assim que a gente chegou e era óbvio que eu não iria ficar de boa com isso.
Não demora muito que eu tinha entrado no quarto e o Caio chega também, ele tentou falar comigo mas eu nem dei chances para ele.
— Nem pense que você vai deitar comigo, não posso te impedir de ficar no quarto pq não é so meu, mas você dorme no sofá. Eu não quero você perto de mim.
— Amor por favor, deixa eu explicar o que aconteceu.
— Eu quero dormir agora, não fale comigo e pare de me chamar de amor. Seu amor é aquela loira oxigenada lá em baixo que estava com as mãos em você.
— Caralho Luan, meu amor é você cara. Eu te amo.
Puta que pariu, tinha hora melhor pra ele falar isso não? Eu to com raiva e ele lança uma dessa, certeza que é so pra fazer com que eu me sinta culpado com o que tava acontecendo.
— Não vai dizer nada?
Eu não disse nada, apenas me deitei e finge que estava dormindo. Eu conseguia sentir o seu olhar atrás de mim, e escutei os passos dele indo ate o sofá. Como eu queria dizer o mesmo, mas eu não consigo.
Eu fiquei um tempão rolando pra dormir e não conseguia, eu ja estava acostumado a dormir por cima do peitoral de Caio e a cama sem ele me parecia tão vazia e fria, eu me viro para olhar para o sofa e ele estava deitado nem nenhum cobertor e com o braço em cima de seus olhos. Eu me levanto e vou até ele, eu me deitei em cima dele e embrulhei nos dois no cobertor. Ele não disse nada, apenas passou sua mão em minha cintura e deixou ali. E enfim eu consegui dormir.