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- Você achou que poderia esconder isso? Eu sei o que você é, Lívia. Uma viajante no tempo. Pense nas possibilidades... nas informações que você poderia fornecer.- Lívia não conseguia dizer nenhuma palavra, ela estava encurralada.
Antes que Lívia pudesse responder ou tentar escapar, Barty a segurou firmemente pelo braço e a conduziu por corredores escuros e sinistros da mansão. Cada passo aumentava o pavor de Lívia, mas ela sabia que precisava manter a calma e pensar em uma forma de sair daquela situação.
- Não tente fazer nenhuma besteira. Você não tem ideia do privilégio que é ser levada diretamente à presença Dele.- Lívia mal conseguia processar seus pensamentos enquanto era arrastada. Ela sabia o perigo que corria, não apenas por ser uma viajante no tempo, mas também por estar indo ao encontro do próprio Lord Voldemort. O choque e o medo se misturavam, fazendo com que cada passo em direção à reunião fosse ainda mais aterrorizante.
Finalmente, chegaram a uma sala onde Lord Voldemort estava com alguns Comensais da Morte, inclusive Snape. A presença dele era aterrorizante, sua figura esguia e pálida emanava uma sensação de puro mal.
- Então, esta é a viajante no tempo de que ouvi falar. Muito interessante.- Voldemort, não parecia a figura feia que tinha visto pela primeira vez, mas mesmo assim tinha um ar medonho. A voz de Voldemort era fria e calma, mas carregada de um poder que fazia o ar ao redor parecer mais pesado.
- Eu não sei do que você está falando.- Lívia tentou manter a compostura, apesar do medo avassalador.
- Não insulte minha inteligência. Crouch me contou tudo. Uma habilidade muito útil, viajar no tempo. Imagino quantas possibilidades isso abre. Você poderia ser uma valiosa aliada... ou uma ameaça significativa.- Lívia percebeu a gravidade da situação. Se Voldemort descobrisse mais sobre suas habilidades, ele não hesitaria em usá-la para seus próprios fins malignos. Ela precisava pensar rápido e encontrar uma maneira de escapar ou convencê-lo de que não era uma ameaça.
- Eu sou insignificante, não tenho controle sobre essa... habilidade. Não sou útil para você ou para qualquer um.- ela estava certa, sem o vira-tempo, ela era inútil.
- Veremos sobre isso. Diga-me o futuro, garota! Diga-me o que acontecerá!- Tom grita na sala.
- Ah, claro, porque o futuro gosta de ser revelado por quem brinca com o tempo. Ele é tímido, sabe? Prefere surpresas.- Lívia debocha do Lorde das Trevas, deixando ele e alguns comensais nervosos.
Sua tentativa de deboche, uma estratégia desesperada para ganhar tempo ou desviar a atenção de Voldemort, só serviu para enfurecê-lo ainda mais. Sem aviso, ele apontou sua varinha para ela, e as palavras "Crucio!" ecoaram pela câmara escura.
A dor que se seguiu foi indescritível. Era como se cada nervo em seu corpo estivesse sendo queimado e rasgado ao mesmo tempo. Lívia caiu no chão, incapaz de se conter, enquanto gritos involuntários escapavam de sua boca. Através da névoa de dor, ela podia sentir os olhos de todos na sala sobre ela, alguns com satisfação cruel, outros, como os de Snape, carregados de preocupação e medo.
O feitiço foi levantado depois de momentos que pareceram uma eternidade. Lívia jazia no chão, tremendo, tentando recuperar o fôlego, enquanto Voldemort observava com um olhar frio e calculista.
- Sua insolência só vai trazer mais sofrimento. Você vai me dizer o que eu quero saber, ou vai desejar nunca ter nascido.- Snape, embora mantendo sua expressão controlada, estava visivelmente tenso. Ele sabia o quão perigoso Voldemort poderia ser, especialmente para alguém que ele via como uma ameaça ou um recurso valioso. A preocupação por Lívia era evidente, apesar de sua postura impassível. Ele sabia que tinha que agir cuidadosamente para não piorar a situação dela.
A revelação de Lívia, embora arriscada, foi calculada. Ela sabia que ao revelar essas informações, colocava não só a si mesma em perigo extremo, mas também jogava um jogo perigoso com o futuro. No entanto, a estratégia dela era clara: minar a confiança de Voldemort em seu próprio poder e invencibilidade, revelando suas futuras derrotas e a existência das Horcruxes, algo que ele acreditava ser seu segredo mais bem guardado.
- Você mente!- ele rosnou, mas havia uma incerteza em sua voz que não estava lá antes. - Como você poderia saber de tais coisas? Como você poderia saber dos meus... planos?
- Porque eu sou do futuro!- ela disse, com mais confiança do que sentia, dada a dor e o medo que ainda corriam por seu corpo. - E eu vi sua queda, Voldemort. Vi a sua derrota nas mãos de um garoto que você considerava insignificante. Vi a destruição da sua Horcruxes, o diário. Você é o arquiteto de sua própria ruína.- A sala ficou em silêncio, todos absorvendo o peso das palavras de Lívia. Voldemort parecia contemplar, sua mente claramente correndo através das implicações do que acabara de ouvir.
Severus permaneceu imóvel, mas seus olhos estavam fixos em Lívia. Ele sabia o perigo de revelar tanto a Voldemort, mas também reconhecia a jogada inteligente de Lívia. Ela havia mudado o jogo, introduzindo dúvida e medo no coração de Voldemort.
A revelação sobre as Horcruxes e as derrotas futuras de Voldemort introduziu um novo elemento na luta contra ele. Lívia esperava que, ao fazer isso, pudesse alterar o curso dos eventos o suficiente para enfraquecer Voldemort de alguma maneira, ou pelo menos semear a discórdia entre ele e seus seguidores. No entanto, ela também sabia que havia se tornado um alvo ainda maior para Voldemort e seus Comensais da Morte.
- Seus seguidores são uma farsa! Malfoy é um covarde!- Ao ouvir a revelação de Lívia sobre a traição de Malfoy, Snape percebeu a gravidade da situação. Malfoy, considerado um leal seguidor de Voldemort, estava agora sob suspeita de ser um traidor. Snape sabia que ele precisava agir rapidamente para proteger Lívia e, possivelmente, impedir que Malfoy causasse mais estragos.
Snape saiu da sala apressadamente, a expressão séria em seu rosto. A verdade estava diante dele, e Snape, apesar de suas lealdades complexas, sabia que não podia ignorar esse perigo iminente.
Enquanto Snape procurava por Regulus Black, ele percebeu a urgência da situação. Sabia que os Marotos, com quem Lívia tinha desenvolvido fortes laços de amizade, precisavam ser informados o mais rápido possível. Além disso, com as informações que Lívia tinha revelado a Voldemort, a segurança dela agora era uma prioridade.
- Precisamos encontrar seu irmão e os amigos dele. Agora.- Regulus ficou chocado e sem entender o que estava aontecendo.
- O que aconteceu?- Olhou para Snape, percebendo pela expressão do outro bruxo que algo sério estava acontecendo.
- Lívia está em perigo. Voldemort sabe sobre ela e há traidores entre nós. Malfoy está envolvido. Uma loucura!-A seriedade da situação pesou nos ombros de Regulus.
-Vamos chamar os Marotos.- Os dois bruxos se apressaram em direção à casa dos Potter's, onde sabiam que os eles estavam pelas cartas de Lívia. Snape precisava da ajuda deles para proteger Lívia.
***
Quando Snape e Regulus chegaram à casa dos Potter e foram atendidos por Lílian, a urgência da situação era palpável. Eles rapidamente explicaram o que estava acontecendo com Lívia, fazendo com que todos presentes compreendessem a gravidade do momento. Lílian, apesar do choque inicial, manteve a calma e ajudou a organizar a equipe para a missão de resgate.
- Vamos precisar de um plano. Não podemos simplesmente ir até lá sem preparação.- agora todos estavam na sala, discutindo o que fazer.
- Não temos tanto tempo!- Reg diz ansioso.
- Concordo. Precisamos ser rápidos, mas inteligentes. Snape, Regulus, vocês têm alguma ideia de como podemos entrar sem sermos detectados?- James diz tão preocupado quanto os outros.
- A Mansão Black possui várias proteções mágicas, mas eu conheço algumas das suas fraquezas. Com a ajuda da capa de invisibilidade, podemos ter uma chance.- sugere Snape.
- Eu conheço a casa melhor do que ninguém aqui. Vou guiar vocês.- Sirius também estava disposto a ajudar.
- E eu posso preparar alguns feitiços de distração, para caso sejamos descobertos.- Remus diz.
Rapidamente, o grupo formado por James, Lílian, Sirius, Remus, Peter, Snape e Regulus traçou um plano de ação. Eles decidiram que a abordagem mais segura seria usar a capa de invisibilidade de James para entrar na Mansão Black sem serem vistos. Snape e Regulus forneceriam informações críticas sobre as defesas da casa e os possíveis locais onde Lívia poderia estar sendo mantida.
Assim que tudo foi decidido, eles se apressaram em direção à Mansão Black, cientes de que cada segundo contava. A tensão era palpável entre eles; embora alguns fossem inimigos em circunstâncias normais, a urgência da situação os uniu com um objetivo comum: salvar Lívia.
Dentro da sinistra mansão, o grupo, liderado por Snape, avançou silenciosamente pelos corredores escuros e opressivos. A tensão era palpável; o perigo espreitava em cada sombra, cada ruído suspeito fazia com que seus corações acelerassem. Snape, com um conhecimento íntimo das artes das trevas e das preferências de Voldemort, conduziu o grupo com precisão até a sala onde Voldemort costumava realizar suas reuniões mais secretas e onde, presumiam, Lívia estaria.
Chegando à porta da sala, eles encontraram-a entreaberta, permitindo que vissem o interior sem serem notados. Lívia estava lá, deitada no chão, inconsciente mas, para alívio de todos, claramente viva. Não havia sinal de Voldemort ou de seus seguidores na sala, provavelmente ocupados com outros assuntos malignos da noite.
Com um olhar de entendimento mútuo, Regulus avançou silenciosamente para dentro da sala, movendo-se com uma graça e cautela que só os que conheciam profundamente o perigo poderiam manifestar. Ele pegou Lívia no colo com cuidado, como se temesse que qualquer movimento brusco pudesse quebrá-la. O peso da responsabilidade marcava seus traços; salvar Lívia não era apenas uma missão de resgate, era um ato de redenção para ele, uma chance de fazer algo verdadeiramente bom no meio de tantas escolhas ruins.
O restante do grupo cobriu a retirada, vigiando os corredores e preparando-se para qualquer confronto. Snape, com um último olhar para a sala que simbolizava tantos dos horrores que ele desejava esquecer, fechou a porta silenciosamente atrás deles.
No momento em que a porta se fechou atrás deles, a ilusão de segurança foi abruptamente desfeita. Os corredores, antes silenciosos e aparentemente vazios, ecoaram com o som de passos rápidos e vozes furiosas. Os Comensais da Morte, alertados pela movimentação ou talvez por algum encanto de segurança não percebido antes, convergiram para o local de onde o grupo tentava escapar.
A tensão no ar era palpável, um prelúdio de violência. O grupo estava ciente da disparidade numérica e do perigo iminente. A esperança de uma fuga silenciosa e sem incidentes desvaneceu-se tão rápido quanto surgiu. Regulus, carregando Lívia, apertou os passos, a determinação marcada em seu rosto.
Quando os primeiros feitiços explodiram contra a parede ao lado deles, um sinal claro de que os Comensais da Morte não tinham intenção de capturá-los vivos, o grupo respondeu com uma salva de contra-ataques. Feitiços de todos os tipos iluminavam o corredor com uma luz caleidoscópica, cada um tentando proteger não apenas a si mesmo, mas também os outros e, mais crucialmente, Lívia.
No caos da luta, Snape se viu numa posição precária. Sua dupla lealdade — um segredo tão perigosamente equilibrado no fio da navalha — estava prestes a ser descoberta. Em um momento crítico, com um olhar que apenas aqueles que conheciam a verdadeira extensão de seu papel duplo poderiam entender, ele lançou um feitiço contra James, um feitiço que, para qualquer outro observador, pareceria uma traição, mas que na realidade estava calculado para errar por pouco, uma distração vital.
Essa ação teve o efeito desejado. Os Comensais da Morte, vendo um de seus supostos aliados atacar o grupo do Potter, hesitaram por um momento crucial. Esse breve instante de confusão foi tudo o que o grupo precisava. Usando uma combinação de feitiços de desilusão, neblina densa e uma corrida desenfreada, eles conseguiram se distanciar dos seus perseguidores.
A fuga foi tumultuada, marcada pelo som de feitiços cortando o ar e o ruído de corpos se movendo rapidamente. Mas, contra todas as probabilidades, eles conseguiram escapar, emergindo da escuridão opressiva da mansão para a noite fria e estrelada. A adrenalina ainda pulsava em suas veias, misturada com a doce sensação de alívio.
Quando finalmente conseguiram colocar uma distância segura entre eles e a mansão, o grupo parou para recuperar o fôlego. Regulus, ainda carregando Lívia, olhou para trás uma última vez, sua expressão uma mistura de alívio e resolução.
Snape, no entanto, permanecia um pouco afastado do grupo, seu rosto uma máscara inexpressiva. Aqueles que entendiam a profundidade e o perigo de seu papel duplo sabiam que este momento de "traição" seria mais um fardo que ele teria que carregar em sua jornada solitária e perigosa. Mas, por agora, o mais importante era que eles haviam conseguido o que parecia impossível: salvar Lívia e escapar das garras de Voldemort. E, por mais complicado que o futuro pudesse ser, esse era um motivo para se agarrar à esperança.
Então pessoal, meu computador quebrou, e eu estou sem meios para escrever, apenas o celular, mas escrever pelo celular é bem ruim, mas eu prometo a vocês que assim que meu computador voltar eu vou postar o final da fanfic, desde já agradeço por estar acompanhando essa jornada da Livs!!!