PILANTRA - Kayke Ferrari

By shwnhorxn

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onde Maria Luiza finalmente conquista seu tão sonhado contrato profissional com seu time de coração e onde Ka... More

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By shwnhorxn

Assim que o ônibus estaciona no CT Dr. Joaquim Grava, agradeço a Deus por poder sentir minhas pernas de novo. São quase uma da tarde e estou faminta, por isto, assim que descemos do ônibus corro até a cozinha, delirando com o cheiro maravilhoso de comida.

Não demora muito para que todo o time venha pro mesmo lugar, quase 2 horas dentro de um ônibus de viagem fez com que parecesse que estávamos sem comer há dias.

– Nossa, Malu, vai deixar nada pra nois não? - Léo arregala os olhos ao ver meu prato.

– Eu preciso me alimentar, Leonardo, me deixa em paz - Reclamo.

Ao meu lado, Kayke sussurra:

– Achei que eu tinha te alimentado o suficiente ontem a noite.

– Não matou nem metade da minha fome - Sussurro de volta, dando de ombros.

– Maria Luiza, se eu te pego sozinha….

– Vai fazer o que? - Arqueio as sobrancelhas.

Não dá tempo para que ele responda porque somos interrompidos por Carlos Miguel ligando sua JBL no último volume em um funk que fala mais palavrões do que eu consigo processar.

– Ai sim em, Miguelito - Higor ri.

– Eu queria comer em silêncio - Mano resmunga.

Enquanto todos se acomodam ao redor da mesa, o burburinho da conversa animada preenche o espaço. Saboreio cada garfada e não consigo deixar de pensar como sou grata por fazer parte desse time, por ter a oportunidade de viver momentos como esse, cercada de pessoas incríveis que entendem não apenas a importância do trabalho árduo, mas também a necessidade de momentos de descontração e união.

Após a última garfada, olho ao redor da mesa e sorrio, sabendo que, apesar das diferenças e dos desafios que enfrentamos juntos, somos uma verdadeira família, unida não apenas pelo esporte, mas também por laços de amizade e companheirismo que transcendem as quatro linhas do campo.

Quando termino de comer, me dirijo até minha sala para terminar algumas evoluções de prontuários dos jogadores que vou liberar essa semana. Ao final do turno, me levantei decidida a conversar com Kayke como adultos. Guardo minhas coisas, procurando o garoto com os olhos por todo o CT. Pergunto para alguns dos jogadores se o viram e quando cada um responde uma coisa, decido esperá-lo em frente a seu carro.

Não demora mais que cinco minutos para que o jogador apareça.

– Oi, Malu - Ele parece surpreso ao me ver - Achei que cê tinha ido embora.

– Eu ainda tinha alguns prontuários pra liberar - Dou de ombros - Será que a gente pode conversar?

– Pode, mas aqui?

– Quer ir lá pra casa? - Questiono.

Kayke sorri malicioso.

– Claro.

Dou um tapa em seu braço, dando a volta no carro até chegar no banco do carona.

– Para de ser canalha, não foi pra isso que eu te convidei - Bufo, me jogando no banco em seguida.

Ele gargalha, se juntando a mim dentro do carro quentinho.

O caminho é preenchido por um silêncio confortável, escutamos música no volume baixo e Kayke apoia sua mão em minha coxa. Ao chegar no apartamento, convido-o para sentar-se no sofá, oferecendo algo para beber, que o garoto prontamente nega.

Me sento ao seu lado, respirando fundo antes de começar:

– Eu ouvi sua conversa com o Higor hoje de manhã - Falo baixinho.

Kayke parece sem reação por um instante.

– Malu, não é nada do que parece.

– Eu não sugeri nada.

– Mas eu sei o que você pensou - Ele olha em meus olhos.

– Olha, a gente não tem nada, você pode fazer o que quiser, tá? Só não quero ser enganada, se você estiver ficando com mais alguém eu quero saber - Suspiro.

– Eu não tenho nada com ela, eu juro - Nega - A Bruna é uma amiga muito próxima da minha família, especialmente da minha irmã e no passado nós tivemos sim alguma coisa mas acabou há muito tempo.

– E ela sabe disso?

Ele fica em silêncio. Me xingo mentalmente por cobrá-lo assim.

– Desculpa, não é da minha conta - Peço.

– É sim, porque agora eu to com você - Meu coração bate forte no peito - Não to nem ai se ela tem sentimentos por mim, deixei bem claro que não quero nada com ela.

Fico em silêncio por um momento, processando as palavras de Kayke. Por mais que tivesse minhas dúvidas e inseguranças, era reconfortante ouvir sua sinceridade. Respiro fundo, decidida a expressar meus próprios sentimentos.

– Olha, Kayke, eu gosto de você. Gosto de verdade. Mas não vou mentir, essa situação toda me deixa um pouco apreensiva. Não quero ser apenas uma opção enquanto você mantém outras conexões pendentes - Meus olhos encontraram os dele, buscando compreensão.

Ele me encara por um momento, parecendo ponderar minhas palavras.

– Malu, você não é só uma opção pra mim. Eu não esperava me envolver assim, mas aconteceu. E eu estou disposto a fazer o que for preciso para provar pra você que não to afim de mais ninguém - Sua voz é firme, carregada de sinceridade.

Um sorriso tímido surge em meus lábios, sentindo um peso se dissipar de meus ombros e meu coração se transformar em geleia de morango.

– Prometo que o Higor não vai me roubar de você.

Ele fica confuso por um momento mas logo entende o que eu quero dizer.

– Se ele chegar perto de você eu mato ele - Brinca.

Pulo em seu colo, rodeando-o com meus braços em um abraço apertado. Enfio meu rosto na curva de seu pescoço, inspirando forte o cheiro de seu perfume.

O calor do abraço de Kayke me envolve, trazendo uma sensação de segurança e conforto que eu não sabia que precisava. Permanecemos assim por alguns instantes, apenas desfrutando da proximidade um do outro, antes de nos afastarmos lentamente.

Olho para ele, encontrando seus olhos escuros cheios de ternura e admiração. É estranho como, em um momento de tanta incerteza, consigo encontrar paz nos olhos dele.

– Malu, eu realmente quero que isso funcione entre nós - Kayke quebra o silêncio, sua voz suave e sincera. Suas mãos segurando meu rosto.

– Eu também - Afirmo, sentindo um sorriso brotar em meus lábios.

Ele me beija cheio de sentimentos e todo o medo que senti de me perder como pessoa ou de estragar minha chance no meu trabalho se dissipam. Lembro a mim mesma de que Kayke e Caetano são pessoas diferentes e de que sou uma boa profissional, nada jamais mudaria quem eu sou de novo.

– Você não precisa ir pra casa? - Questiono assim que nos separamos.

– Nossa mas cê quer que eu vá embora? - Reclama.

Rio de seu drama, lhe dando um selinho em seguida.

– Não, eu quero que você fique, mas sua família não te vê há dois dias.

– E vão sobreviver se eu ficar longe por mais um.

– Kayke, olha lá ein, eu não quero que sua mãe mande a polícia bater aqui em casa atrás de você - Brinco.

Ele me olha sério, cruzando os braços.

– Eu não sou criança não, Maria Luiza.

– Sei não - Seguro o riso.

– Quer ver eu te mostrar quem é criança?

– Quero, mostra aí.

Kayke se levanta, me jogando por cima do ombro e estapeando minha bunda. Ele anda em direção ao meu quarto e me joga na cama, se apoiando com um braço de cada lado do meu corpo, a boca pairando sob a minha.

– Eu tava brincando, Kaykinho - Faço bico.

– Tarde demais.

Kayke sorri de forma travessa, seus olhos brilhando com uma mistura de desejo e diversão. Ele se inclina lentamente, capturando meus lábios com os seus em um beijo cheio de paixão e intensidade.

Cada toque, cada carícia parece acender uma chama dentro de mim, e logo me vejo envolvida completamente no momento, entregando-me ao desejo que arde entre nós dois.

Nossas mãos exploram um ao outro de forma carinhosa, nos viramos na cama e eu fico por cima, beijando-o com cuidado. Permanecemos nos beijando por mais um tempo mas quando finalmente nos entregamos à exaustão e ao sono, decidimos dormir, desabando cansados na cama com nossos corpos entrelaçado. Sinto uma sensação de conforto que não experimentava há muito tempo, como se nada pudesse dar errado neste momento.







NA:

e saiu a noticia que o mundo nao acreditou: eles conversaram

eh meus amores nem só de putaria vive esta autora, tambem sei ser fofa

vem ai coisas boas e mais

obrigada pelos 4K, vcs colocaram pilantra em primeiro lugar!

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