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Olho de um jeito estranho para os dois casais daqui.
Estamos no restaurante faz um tempinho, já até terminamos de comer o prato principal e estamos esperando pela sobremesa.
E esse é o momento em que os casais assumidos - muito bom relembrar disso - ficam mais grudados do que aqueles começos de namoro.
É beijinho pra lá, conversinha brega pra cá.
Eu sei que estou aqui feito uma tonta os encarando, mas não sou a única, o homem do meu lado também está do mesmo jeito.
Mas agora ele vira o seu rosto pra mim e chega mais perto, pegando uma mecha do meu cabelo e acariciando os fios.
Olho pra ele, que tem o rosto concentrado, meus olhos encontram a sua boca e não consigo mais tirá-los dali.
Até que o mesmo me olha também, então demoro alguns segundos para olhar em seus olhos.
Depois disso, ele solta o meu cabelo e põe a sua mão direita em minha coxa acariciando ali e deixando um aperto.
– 'Cê sabe que tá linda, não sabe? - ele diz meio baixo, me viro um pouco pra ele.
– Sempre estou linda, e isso você não pode negar. - falo, ele ri negando a cabeça, desviando o olhar dos meus olhos, mas logo voltando a me encarar.
– Acho que rosa é a sua cor. - me olha de cima a baixo.
– Você só diz isso porque não me viu de vermelho.
– Algo me diz que eu deveria te ver de vermelho o quanto antes. - diz flertando comigo, mordo o meu lábio inferior.
– Sabe que eu também acho? - ele sorri e deixa um selinho demorado na minha boca.
Depois que me solta, se aproxima da minha orelha, deixando um beijo perto dela.
– Em casa tu me mostra. - sussurra com a sua voz baixa e muito viciante.
A sua mão em minha coxa sobe a cada segundo, lentamente, mas sobe. Passando por dentro do vestido e para só na minha virilha.
E é ali que ele afasta minhas duas coxas e toca no meio delas, por cima da minha calcinha.
Por baixo desse vestido, uso uma lingerie rosa, linda, a minha favorita sem ser a maior, a mais temida, e a melhor de todas sem sombra de duvidas... A vermelha.
Não tem jeito, a vermelha é a lingerie mais bonita de todas, é sexy e te deixa uma gostosa.
Não que eu precise de uma lingerie vermelha para ser gostosa.
Voltando lá pra baixo...
Ele faz tudo aquilo encarando os meus olhos, sem nem desviar deles por um segundo sequer.
Mas tudo que o jogador faz é acariciar o pedaço de tecido fino, em seguida sorrindo ao perceber que em poucos minutos, eu já esteja molhada.
Porra, os toques dele me deixam satisfeita, é só sentir um dedo dele sobre mim que isso acontece.
Logo em seguida, afasta a mão de dentro das minhas pernas, voltando a ter a sua mão em minha coxa.
– Em casa. - sussurra.
Na mesma hora que desviamos o olhar, o garçom chega com as sobremesas escolhidas pelo cardápio.
Meu primo já está um tanto alterado com o vinho que estamos tomando, por isso a animação em tudo o que diz.
– Por fin llegaron, ¡mi estómago pedía algo dulce de inmediato! Amigo, sé más rápido la próxima vez. - diz dando dois tapas nas costas do garçom. (Finalmente chegaram, meu estômago pedia por um doce imediatamente! Amigo, seja mais rápido da próxima vez)
Todos nós rimos com o que Giorgian diz, apenas o garçom fica envergonhado, dando um sorrisinho e sumindo.
– Esses cariocas não conhecem a cultura dos bêbados! Deixa ele, Arrasca. - Léo diz.
– Cultura dos bêbados? - Tina pergunta.
– É, tu não sabe? É que tipo nós quando estamos bêbados ficamos alterados, e com isso, a gente faz amizade com todos, mas não é de uma forma tão legal, é assim, como o Giorgian falou com o garoto lá. Entendeu? - Léo explica.
Martina concorda e eu solto uma risada.
– Quando eu tô bêbada não faço nada disso aí, acho que é fake. - falo ainda rindo.
– Piensas, María. Un día te voy a grabar y al día siguiente veré qué haces! - Cami diz. (Você que pensa, Maria. Um dia vou te gravar pra no dia seguinte ver o que você faz!)
– Pode gravar, eu confio no meu eu bêbada! - falo confiante.
Pego a minha sobremesa que escolhi, resolvi pegar um petit gâteau. Junto do sorvete de baunilha, a combinação perfeita.
Gabriel pegou um doce de morango, um brigadeiro preto junto com vários morangos.
Petit gâteau não tem erro, é o padrão e a chance de não gostar é muito pouca.
Corto um pedacinho da sobremesa e vejo o quão bom está. E como sempre, uma delícia.
Mas poxa, em quase todos os restaurantes que vou, petit gâteau é o que mais peço na hora da sobremesa.
Estou com uma imensa vontade de provar a do Gabriel, parece estar uma delícia.
Me aproximo dele e deito a minha cabeça em seu ombro, aproximando minha boca do seu rosto.
– O seu tá gostoso? - pergunto como alguém que não quer nada.
Ele me olha, analisa o meu rosto que está com um sorrisinho de canto e volta a olhar na sua sobremesa, pegando uma colher e a guiando até a minha boca.
Caraca, tô achando que gostei mais desse do que do meu.
Passo a língua pelos meus lábios antes de falar mais alguma coisa.
– Gostei do seu, bem gostoso, sabia que eu gostei mais desse aí do que do meu? - praticamente peço pra que ele troque comigo.
– Eu troco contigo, pode deixar. - diz me dando a sua sobremesa enquanto pega a minha.
Sorrio pra ele e deixo um selinho na sua boca, como agradecimento. Olho para a minha mais nova sobremesa com um rosto bem feliz
– Quien lo ve ni siquiera piensa que son una pareja testaruda y complicada, que no se sinceran enseguida. - Gior brinca conosco, Gabriel dá de ombros. (Quem vê nem pensa que são um casal de dois teimosos e complicados, que não se assumem logo)
– ¡Lindo! - Cami diz. (Fofos!)
– Por mim a gente já tava nessa fase aí, mas a madame não se decide. - diz meio baixo mas eu consigo escutar.
– Viu, Maria. Indecisa! - Tina brinca comigo.
– Vamos falar a verdade, Gabi? Nem você e nem eu nos decidimos, pronto, um belo acordo. - falo.
– Coitado do garoto, dá uma chance pra ele aí, Maria. - Léo diz.
Gabriel me olha, faço o mesmo, encaro ele.
– É, linda. Me dá uma chance de nada, vou te fazer 'mó feliz. - o jogador diz, dando uma risada maliciosa depois de falar isto.
– No sólo psicológicamente. - meu primo diz malicioso. (Não só psicológicamente)
Levo o meu olhar novamente para o jogador do meu lado, que come seu petit gâteau quieto, mas com um sorrisinho de lado, e quando percebe que eu o encaro, me olha e sorri com os olhos, disfarçando.
Volto a comer um pouco da minha sobremesa, não errei nenhum pouco ao provar a dele e nem pegá-la pra mim.
– Que mente suja, primo! Vou contar pra minha tia quando formos pro Uruguai. - falo cruzando os braços.
– Mi madre sabe qué hijo tiene, y todo lo demás se lo culpo a mi cuñado. - diz dando de ombros, fico confusa, ele não tem nenhuma irmã para ter algum cunhado. (Minha mãe sabe o filho que tem, e outra, qualquer coisa coloco a culpa em meu cunhado)
– Que cunhado, Gior?
– Tu novio, Gabriel. Como eres casi mi hermana, puedo tenerlo como cuñado. (O seu namorado, Gabriel. Já que você é quase minha irmã, posso ter ele como cunhado)
Solto uma risada e pego mais um pouco da minha sobremesa, enquanto minha cabeça fica encostada no braço do Gabriel, que mantém a mão em minha coxa.
– Jogar a culpa em mim é fácil, né Giorgian, os de verdade eu sei quem são. - Gabriel faz um drama.
Logo após, meu primo com todo o deboche do mundo em seu corpo, encosta na mão do homem do meu lado que está em cima da mesa e acaricia.
– Lo siento, cuñado. Pero no puedes mentir, fuiste tú quien me hizo así. - diz bem debochado. (Desculpa, cunhado. Mas tu não pode mentir, foi você que me fez ser assim)
– Tudo bem, isso eu não posso negar, fiz mesmo. - ele admite e todos nós rimos.
Camila me olha com um rosto orgulhoso, ela parece estar feliz pelo sorriso que tem no rosto.
– No tienes idea cuanto esperé para verte así feliz. - a loira diz com um sorriso, Gabi leva o seu olhar até mim, como todos fazem. (Você não tem noção do quanto esperei por te ver deste jeito, feliz)
– Estou feliz porque estou com vocês, que são a minha família. - falo como se fosse óbvio.
– Não nesse sentido, Maria. Cami diz que mal esperava por te ver feliz ao lado de alguém, todos nós notamos uma diferença enorme em você após aquela festa. - minha irmã diz.
Gabriel solta uma risada como se fosse o bonzão que conseguiu me conquistar.
– Não é só a Maria que mudou não, o Gabriel mudou ainda mais, pode ter certeza. - Léo diz.
– É, nós mudamos, ouviu? Viramos outras pessoas! - debocho deles, Gabi ri junto comigo.
– Isso é sério, mas se decidirem levar esse assunto na brincadeira, nada vai ser decidido entre vocês dois. - Tina diz.
Agora todos nós ficamos em silêncio, inclusive eu e Gabriel.
Sermão em um restaurante?
Martina não me dá um descanso.
Oiee, tudo bem??
Demorei pra postar esse, mas tive motivos, fiquei em dúvida se fazia midia antes desse capítulo ou no próximo, e ficou decidido que será o próximo!
O que acharam?? Eu até que gostei, hein!
Somos campeões da taça Guanabara e sábado tem semifinal do carioca, tô muito ansiosa!
Jogo de ida é na casa do FluminenC e de volta na casa do Mengão, MDS eu tô ansiosa demais
Enfim, amo vocês! SRN ❤️ 🖤