possessive || sunghoon β€’ adap...

By neoenhakids

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1. The Beginning
2. Let me go
3. Oh shit!
4. And now?
5. Im Not a Virgin Anymore...
6. I lov... hate school
7. Natbi?
8. Dont Lie To me
9. Damn! Another Fight
10. Bitch
11. Sexy Blood
12. Porn Movie
13. The Killers
14. He is a Jerk
15. Jeongwon
16. Dongcheon X The Killers
17. Possessive
18. Sunghoon
19. Where is Him?
20. OMG, My Car!
21. I want u
22. I Really Hate My Life
23. Help me, please
24. Crazy Bad Boy
25. Let's To The Supermarket
26. I Will Kill You
27. Ok, Let's Go
28. He Is In Love With Me
29. I'm Wrong Too
30. Hospital
31. Sweet Revenge
32. Cause Your Sex Takes Me to Paradise
33. We Are Back
34. We Are Back 2
35. What?
36. Sujin
37. bye bye, BITCH!
38. Come Here Now
39. Yuna
40. Yuna 2
41. Drunk
42. I Love You Hoon
43. Well, I Told It
44. Its Over
45. Oh My Gosh
46. All I See Is You
47. The Question
48. I Love You Kang Natbi
49. The Restaurant
50. Yunjin
51. Nathoon Is True
52. Damn!
53. Yejun and Jimmy
54. Son of a Bitch
55. Oh, no!
56. Mr. Natbi
57. We Are Together
58. Jaemin
59. Jaemin 2
60. Hi, Sunghoon
61. MamΓ£...
63. My Life Its Over
64. Graduation
65. Just Happinness
POSSESSIVE EXTRAS
2.1. Are You Cheating On Me
66. Hey Daddy!
67. Bitch
68. You are not the only one
69. Taesan
70. Two Girls
71. Humiliation
72. Happy Birthday Taesan
73. These hoes aint loyal. Part 1
74. These hoes aint loyal Part 2 (final)

62. I Hate You

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By neoenhakids

...

- Eu não aguento mais essa tala, tira o mais rápido possível, doutor. - O médico riu enquanto eu implorava sentada naquela maca, eu estava louca para me ver livre daquilo.

- Calma, mocinha. O processo já vai começar, é algo bem simples.

- Natbi  é ansiosa assim mesmo. - Meu pai se pronunciou.

Em seguida, um segundo médico entrou e fez o procedimento de tirar minha tala, em pouco tempo, eu podia sentir o vento em minha perna.

- Maravilha. - Falei sorridente, desce da maca e era estranho andar normalmente. - Porém, está fedendo.
- Falei e todos riram. - Posso ir agora?

- Sim, senhora. - Um dos médicos sorriu. - Vamos pai? - Meu pai apenas assentiu, ultimamente ele andava estranho e grosso comigo, por qualquer motivo me xingava ou fazia algo que resultava em meu choro, já estava ficando tudo insuportável.

- Bom, hoje como eu vim com você aqui.... Meu pai disse enquanto nos encaminhávamos até o carro, eu parecia uma retardada dando pulinhos aproveitando a liberdade de minha perna. - Dá para você me ouvir? - Meu pai foi rude e eu entrei no carro.

- Fala. - Perdi meu humor.

- Então, como eu vim com você aqui hoje no horário de meu trabalho, vou ir para o escritório mais tarde hoje, então isso significa, que eu voltarei mais tarde e também significa que eu quero você em casa. - Fiquei quieta, pois hoje era o dia que Sunghoon me levaria para jantar.

- Ok. - Disse simples.

Chegamos em casa e a primeira coisa que eu fiz, foi subir as escadas correndo, eu sentia falta de fazer aquilo.

- E não pense que você vai ficar em casa, se arruma e eu te levarei para a escola. - Meu pai gritou cortando meu barato.

Me arrumei e em seguida eu estava pronta para entrar nos períodos da tarde, tudo o que eu não queria.

Meu pai me levou até até a escola e eu fiz questão de pedir um carro novo, a resposta foi não, ele andava estranho ultimamente e me tratando como uma merda.

-Você parou de se encontrar com Sunghoon? - Ele tocou no assunto.

- Não foi isso que você ordenou há alguns meses atrás? - Fui meio rude.

- Exatamente. - Saí do carro e entrei na escola, peguei a autorização para poder entrar na sala e fui em direção a mesma.

- Minha perna voltou a funcionar. - Falei rindo para Hyejin enquanto eu sentava ao lado dela. - Onde está a professora? - Perguntei ao ver que todos estavam fazendo a maior bagunça na sala e a professora não se encontrava.

- Em algum lugar da vida. - Hyejin respondeu.

- Eu estava só esperando você chegar. - Ouvi a voz de Sujin e pus meus olhos nela.

- O que? - Arqueei as sobrancelhas.

- Isso mesmo que você ouviu. - Ele levantou-se e ficou de frente para a turma toda.

- Não estou te entendo, flor. - Minha voz tinha tom de sarcasmo.

- Ah sei lá, Natbizinha. - Ela me chamou por meu apelido apenas para implicar. - Só cansei de guardar segredo, sabe...Já faz uma semana que eu fiz aquela grande descoberta. - Ela estava falando de meu namoro com Hoon, a turma olhava sem entender.

- Já faz uma semana que você foi humilhada. - Acrescentei.

- Você que viu aquilo como humilhação. - Ela rebateu.

- Aposto que você também. - Pisquei para ela que me fuzilou com os olhos.

- Sabe, garotas...- Ela se direcionou a turma. - A maioria aqui, tirando os garotos claro, estavam loucos para saber quem é a namorada misteriosa do gostoso do Hoon...-Revirei os olhos, aquilo não me atingia nem um pouco. - Eu sei quem é.

- Então desembucha. - Uma garota pilhou.

- É, compartilha, queremos saber quem devemos matar. -Uma brincou.

- Fala, Sujin. Fala. - A outra reforçou.

- Palhaçada isso aí, quando vocês vão entender que Hoon não é do tipo que curte garotas chatas e mimadas como vocês? Desencanem. - Ouviu-se uma voz masculina.

- É, venham pra nós. - Um outro garoto falou e riu.

- Fala, Sujin. Eu imploro. - Uma ruivinha que geralmente era quieta pediu (implorou).

- Ok, eu vou dizer. - Sujin deu um sorrisinho falso se fazendo de rendida, eu observava tudo no maior tédio.

-Você vai mesmo expor minha vida sexual desse jeito? - Ouviu-se a rouquidão de Sunghoon  invadindo a sala, ele tinha um sorriso perfeito e debochado nos lábios. - Tudo isso porque você não conseguiu o que queria? Me ter...- Ele riu pelo nariz. - Patético. - Sunghoon acrescentou. - Fala, SUJIN. - Hoon deu ênfase no nome dela. - Fala quem é...Ou quer que eu fale?

- Eu vou quebrar essa garota. - Hyejin levantou-se da cadeira e eu a segurei.

- É você? - Uma garota aleatoria perguntou. - Não acredito.

- Eu não, xô de mim, cruz credo.

- Sou eu. - Levantei-me da cadeira e sentei-me em minha mesa, cruzando minhas pernas e fazendo uma pose superior e a maior cara de tédio, Sunghoon me olhou e deu um sorriso extremamente sexy, em seguida, mordeu os lábios.
Todos mantinham a atenção em mim, inclusive os garotos. - É gente. - Sorri. - Sou eu, prazer, Kang Natbi. - Me apresentei mesmo todos já me conhecendo. - Algum problema em ter Sunghoon como namorado? Eu não vejo nenhum...- Desde que vocês não contem ao meu pai. - Ele não é nenhum velho como a maioria dos funcionários desta escola, eu conheço ele bem antes de começar as aulas e ele vir trabalhar aqui. Nos apaixonamos, amor a primeira vista, não é, amor? - Fui cafona.

- Claro, querida. Eu até poderia te beijar agora, mas respeito meu local de trabalho. - Sunghoon disse formalmente e me deu vontade de rir.

- Vocês dois são ridículos. - Sujin disse irritada.

- Você diz isso porque ele é meu e não seu. - Falei. -
Acontece... - Pisquei para ela.

-Você é a garota mais sortuda do mundo. - Uma garota disse.

- Estou tão aliviada de não esconder mais isso. - Menti e sorri para Sunghoon.

- Grande Sunghoon. - Um garoto gritou.

- Que nojo. - Uma das amigas de Sujin falou.

- Bom, vou ser bem objetivo: vocês procuraram e acharam. Sim, Kang Natbi é minha garota e eu a amo, não a façam nenhum mal, só isso que eu digo, se não... não respondo por meus atos. - Logo o Sunghoon gangster estava ali novamente. - Até mais, galera. - Ele disse e saiu da sala, logo os cochichos e perguntas começaram.

- Ele é bom de cama?

- Você é muito sortuda.

- O que você tem que eu não tenho? - Um cérebro.
- Droga, mano, era pra ser eu.

- O beijo dele deve ser tudo. - E é.

- Quer dividir?

- Um dia serei eu.

Quando as galinhas pararam de cacarejar, minha cabeça estava explodindo. Acabou as aulas e eu só faltei soltar foguetes, garotas chatas do caralho.

- Agora todo mundo sabe. - Sunghoon começou a andar ao meu lado por aquele corredor.

- É, mas não sei se envolvimento entre funcionários e alunos é algo que eles aceitem, temos que ser cuidadosos. - Acrescentei.

- O que poderia acontecer demais? Eles me demitirem? Grandes merdas, falta apenas um mês pra acabar isso e eu só estou aqui por sua causa, mas agora, eu posso ficar mais tranquilo, até porque, você sempre será minha. - Sorri.

- Pode cair nos ouvidos de meu pai. - Falei e Sunghoon ficou quieto. - Não vamos nos expor, ok?

- Ah, droga. Só porque eu estava pensando em te foder na frente da escola inteira. - Ele foi irônico. - Te pego à noite. - Ele encostou os lábios rapidamente em minha bochecha e saiu.

[...]

- O que você acha desse vestido? - Perguntei à Hyejin enquanto eu experimentava diversos vestidos em meu quarto, pois daqui à duas horas Sunghoon me levaria para jantar.

- Prefiro esse. - Ela disse ao mexer em meu guarda roupa e tirar um vestido preto com detalhes dourados de lá, eu lembro de quando comprei aquele vestido, foi puro olho grande porque ele era lindo, mas na real, eu não tinha um lugar para ir com ele e talvez, agora eu tinha.

- Puta merda, como não pensei nesse antes? - Peguei da mão dela.

- É para isso que servem as melhores amigas. - Eu ri.
- Vou para o banho, tenho que ficar cheirosa para o meu bad boy.

- Eca. - Hyejin fez cara de novo.

Entrei no banheiro e fiz toda a minha higiene, passei alguns (vários) produtos de beleza para ficar com a pele irradiante.

Aquele momento seria especial para mim, por mais que o idiota do Sunghoon achasse tedioso e perda de tempo. Seria o nosso primeiro jantar romântico, coisa que já deveria ter acontecido há muito tempo, mas beleza, não vou reclamar, pois pelo menos consegui com que Sunghoon me levasse para jantar, coisa que uma vez eu julguei impossível.

- Eu não acho meu sutia rendado feat especial, aquele bonitinho, sexy e tal. - Eu tirava as coisas de dentro da minha gaveta de roupas intimas.

- Nossa, você já está pensando no que vai acontecer mais além? - Hyejin riu e eu ri com ela.

- Hoje a noite vai ser perfeita. - Me enchi de esperanças, por mais que eu tivesse tentando afastar um pressentimento ruim que crescia em mim. - E eu preciso do meu sutiã, poxa. Ele faz conjunto com essa calcinha, olha. - Abri o roupão. - Me ajude a achar.

- Ok, agora feche isso, não quero ver seus seios. - Ela disse.- Você não tem outro, não? Coloca esse de coraçãozinho. - Hyejin meio que debochou.

- Há-há-há. Muito engraçado.

- Ou tem esse de florzinhas. - Ela debochou novamente das minhas peças intimas um tanto infantis.

- Idiota. Mas olha só, meus sutiãs são tão meigos, olha isso. - Mostrei um que tinha desenhos de gatinhos.

- Olha essa calcinha, por que tem vacas nela? - Hyejin fez uma careta. - Minha prima de seis anos tem uma igual.

- Comprei em homenagem à você. - Mostrei a língua para ela.

- Você namora um gangster e usa esse tipo de roupa íntima? - Ela gargalhou. - Ele não diz nada?

- Abre a gaveta de baixo. - Falei para Hyenin e e ela fez o que eu pedi, em seguida se surpreendeu ao ver minhas novas peças.

- Só estou mexendo nessa gaveta porque pensei que eu poderia ter colocado meu sutiã especial aqui por engano. - Justifiquei. - Não uso mais essas peças desde o momento em que Sunghoon colocou na cabeça que eu era dele. - Fiquei pensativa por um tempo.

- Já sei, você nunca imaginou que você e o Sr. Se Acha Gostosão iriam chegar ao ponto de ter algo sério. - Ela disse tudo o que se passou em minha mente.

- Bem isso. - Falei. - Descobri que esse lance de príncipe encantado não existe.

- Nem de longe. - Hyejin riu. - Agora estou que nem você, preferindo os bad boys.

- Essa é minha amiga. - Falei rindo. - Achei! - Falei ao achar meu sutia no meio das minhas coisas.

- Aleluia. - Tirei o roupão e coloquei a peça intima.

- Estou sexy? - Perguntei à Hyejin, dando uma volta.

- Sunghoon te acharia sexy até se você tivesse vestida de banana. - Gargalhamos.

- Porra, já se passaram uma hora e vinte minutos? Caralho. - Comecei à correr, pois eu ainda tinha que fazer a maquiagem, colocar o vestido, calçar os sapatos... Em quarenta minutos. Tudo isso porque fiquei jogando papo fora com Hyejin.

                            Park Sunghoon

- Porra, Hoon. - Hyunjin disse. - Tu ta parecendo um mauricinho sustentado pela mamãe com esse terno.

- É, pois é, Natbi me obrigou. - Disse com tédio. - E melhor parecer um mauricinho do que parecer você. - O cortei.

- Não precisa soltar as patas, irmão. Mamãe te ama.
- Ele debochou mais uma vez, eu já estava prestes à pegar minha arma, ainda mais que meu humor não estava dos melhores, Natbi só sabia me submeter à coisas chatas, não sei como eu posso amar tanto aquela garota, puta que pariu.

- Arruma essa gravata, cara. - Jaemin disse e a arrumou.

- É bem gay mesmo. - Falei e ri. - Valeu, irmão. - Agradeci. - Porra. - Me olhei no espelho. - Tô parecendo mesmo um mauricinho sustentado pela mãe. Caralho, vontade de matar, Natbi. Daqui à pouco já tiro tudo isso, coloco minha regata, minha jaqueta e minha calça de couro e largo.

- Natbi encheria seu saco, é só isso que aquela garota sabe fazer mesmo. - Heeseung disse enquanto estava jogado no sofá.

- Até hoje não entendo o motivo de tanta implicância. - Olhei para ele, sua expressão mudou e ele ficou numa seriedade sem fim.

- Você tem que estar lá daqui à vinte minutos. - Hyunjin me lembrou.

- Porra, onde está meu perfume? - Perguntei. - Aquele que a Natbi ama.

- Esse? - Hyunjin me entregou.

- Perfeito. - Passei ele por volta de meu corpo.

- Não esquece disso. - Jaemin me entregou um buquê com rosas vermelhas, revirei os olhos.

- Isso é tão...clichê. - Falei.

- Você não pode ter Natbj só na base da fodeção, meu amigo. - Hyunjin acrescentou. - Se você a quer mesmo como namorada, tem que fazer alguns agrados.

- Meu pau ereto já é um grande agrado, você não acha?

- Eu não, cara. Larga daqui, que coisa bem gay. - Hyunjin disse.

- É, que coisa bem Jemin. - Falei.

- Vai te foder, Hoon. Não enche. - Ele disse bravo.

- Mal aí, cara. - Dei um soco no braço dele como desculpas, isso que os brothers fazem. - Estou odiando esse terno, falei que eu ia ficar parecendo um pinguim. - Falei. - Já sei. - Tirei o paletó e fiquei apenas com a camisa social, dobrei as mangas deixando a mostra meu relógio banhado em ouro, tirei aquela camisa de dentro daquela calça social, a qual eu troquei por uma calça jeans que havia custado uma grana preta. Em seguida, eu estava sofisticado do meu jeito.

- Pronto, esse sim é Park Sunghoon, o gostosão. - Falei me olhando no espelho.

- Natbi vai encher seu saco. - Hyunjin disse.

- Eu aguento. - Sorri. - Vou lá, gente. - Falei. - Ainda tem a parte daquele restaurante chato. Mas firmeza, tudo pela minha garota. - Em seguida, eu estava saindo do apartamento e indo até o elevador com aquele buquê nas mãos. Entrei no elevador e tinha duas morenas gostosinhas que eu nunca havia visto no prédio, ambas ficaram me olhando com cara de puta. Botei uma das mãos no bolso, enquanto eu segurava o buquê com a outra, e me fiz de indiferente perante aquelas gostosas.

- Eu adoraria se esse buquê fosse para mim. - Uma falou.

- E eu adoraria se o cara que está segurando esse buquê fosse para mim. - A outra completou e o elevador chegou no estacionamento. Mas antes de sair, olhei para elas e pisquei.

- Pena que vocês nunca vão conseguir com que isso aconteça. - Falei e o elevador se fechou.

Fui até meu carro e entrei, coloquei as flores cuidadosamente no banco do carona e dirigi o carro numa velocidade razoável para não foder com tudo, no horário combinado, eu estava na frente da casa de Natbi.

Desci do carro e deduzi que a dondoca não estava pronta, então apertei a campainha para entrar, a barata abriu.

- Onde está Natbi? - Fui direto e já entrando.

- No meu bolso que não está. - Hyejin respondeu.

- Estou falando sério.

- Qualquer pessoa inteligente deduziria que se a namorada não está aqui ou não abriu a porta, é que ela está se arrumando.

- Mas já era para ela está pronta. - Rebati.

- Pois é, mas espera.

-Hey, barata. Quero que você seja sincera... Como estou? - Fui obrigado a perguntar.

- Idiota como sempre. - Ela respondeu.

- É sério, será que Natbi vai reclamar muito porque não estou de paletó? - Perguntei preocupado.

- Não. - Ela disse simples. - E tchau. - Ela subiu as escadas e desapareceu. Sentei naquele sofá e fiz a única coisa que eu poderia fazer... Esperar.
Porra, que garota demorada.

Peguei meu celular e comecei à procurar algumas distrações, como alguns jogos idiotas que eu havia baixado, ou fotos de algumas mulheres nuas, as quais eu apaguei na hora, se Natbi visse eu estava fodido. Em seguida, ouvi um barulho de salto se chocando contra o chão, e coloquei rapidamente meus olhos nas escadas, puta que pariu... Natbi estava linda, ou melhor, perfeita. Eu entendi perfeitamente o motivo de eu ter me apaixonado por ela, logo por ela, ela era dona de uma beleza extraordinária, sem contar o seu jeito, ela era a unica garota que não focava em fazer tudo o que eu queria, ela não tinha medo de mim, não tinha medo de falar a verdade em minha cara e ali estava, a garota dos meus sonhos. Confesso que fiquei um pouco nervoso ao vê-la linda daquele jeito, levantei-me rapidamente e sorri para ela que terminava de descer as escadas. Seu vestido não era nem tão curto e nem tão longo, ele valorizava todas as suas curvas, sem contar nos detalhes dourados que combinariam perfeitamente com o meu relógio. Ok, esqueçam essa parte.

- Porra...Você está perfeita. - Consegui dizer. Ela chegou perto de mim com o seu perfume maravilhoso e me beijou.

- Isso é pra você. - A entreguei as rosas.

- Rosas? Nunca imaginei que um dia eu ganharia isso de você. - Ela sorriu.

- Pois é, os garotos me obrigaram. - Entreguei o jogo.

- Especificamente Jaemin, não? - Ela chutou.

- Sim. - Sorri, eu estava me sentindo um mangolão, eu não conseguia parar de sorrir, eu estava nervoso e minha boca ficava seca toda hora, porra, que garota bem filha da puta.

- Suas bochechas estão coradas. - Ela disse.

- Sério? - Me olhei na tela do meu celular e era verdade. - Parabéns. Você realmente conseguiu me deixar corado e nenhuma garota nunca me deixou assim, só na terceira série, quando uma garota beijou minha bochecha.

- E eu devo matar essa garota? - Eu amava aquele senso de humor irritante.

- Por enquanto não. - Falei e a puxei para mim lhe dando um novo beijo. - Vamos, Senhora Kang? - Dei meu braço para ela que riu.

- Isso não combina mesmo com você. - Ela gargalhou. - E você esta lindo.

- Pensei que iria me bater porque não vim de paletó.

- Bater em você? Por que? Você está gostoso. - Ela mordeu meu lóbulo, juro que eu não iria me preocupar com uma rapidinha antes de ir para o restaurante.

- Tchau para você, amiga. - Hyejin abraçou Natbi. - Bom jantar. - Em seguida a barata saiu.

"A limousine chegou." - Recebia a mensagem, bom já era hora de parar de enrolar.

Natbi abriu a porta e nós fomos até o portão, na verdade, ela parou antes mesmo de chegar até ele, ou seja, ao ver a limousine. Alguns vizinhos olhavam curiosos, vi minha mãe da janela e ela acenou e sorriu para mim. Natbi continuava parada.

- Eu...- Ela não conseguia falar. - Hoon...O que é isso?

- Uma limousine. - Dei de ombros, joguei a chave do meu carro para o motorista da limousine e pedi para que ele colocasse meu veículo na garagem de minha mãe. E foi o que ele tez.

- Isso não foi ideia do Hoon, tenho certeza. - Hyejin disse.

- Você não ia ir embora? - Reforcei. - Tchau.

- Eu estou sem palavras. - Natbi começou à andar devagar até o carro. - Eu te amo. - Ela me abraçou e me beijou fortemente. - Muito mesmo, eu não quero ficar sem você, Hoon. Não me vejo mais sem você. - Ela começou à chorar e eu senti uma pontada no peito, como se eu sentisse qual era sua verdadeira preocupação, no caso, seu pai. Ela tinha medo que ele descobrisse tudo e nos afastasse. - Droga, meu rímel. - Ela tentou secar as lágrimas, mas eu mesmo fiz isso.

- Eu já falei, Natbi: Te buscaria no inferno se fosse preciso. - Sorri. - Agora vamos, estou com fome. - Deixei ela entrar primeiro e em seguida entrei junto naquele carro luxuoso, tinha bebidas de tudo quanto é tipo e espaço suficiente para caminhar. Normalmente eu só usava limousine para ir à alguma reunião importante. Reunião entre grandes gangues.

- Isso é inacreditável. - Natbi disse ao entrar.

-Quem? Eu? - Brinquei e ela revirou os olhos.

- Olha isso, isso não é um carro, é uma casa, da pra viver aqui dentro. - Ela riu.

- Nunca andou de limousine?

- Na verdade...- Ela ficou pensativa. - Uma vez, quando eu era pequena, minha mãe ainda era viva e nós fomos à uma festa importante da empresa do meu pai. - Ela disse.

- Seu pai é um empresário importante, não? - Perguntei servindo champanhe para nós.

- Sim, mas eu não me importo com isso, ele sempre quis me expor sabe, mas eu nunca deixei.

- Sempre quis que todos esses caras ricos e empresários que dormem de terno te vissem como a princesinha de Kang Joongi?

- Exatamente isso.

- Que vida chata, Natbi. Pode falar que eu dei emoção à sua vida.

- Deu mesmo. - Ela me beijou. - Mas custou caro, era ruim ser uma marionete.

- Vamos esquecer isso, agora eu sou seu também. - A puxei para sentar em meu colo. Ela tirou o salto enquanto não chegávamos e ergueu um pouco o vestido, logo colocou uma perna de cada lado de minha cintura e aquela limousine balançava, fazendo eu ficar meio excitado.

- Promete que nunca vai me esquecer? - Aquele papo foi estranho, alias, Natbi estava estranha.

- Por que esse papo agora, Natbi? Aconteceu algo? - Ela hesitou um pouco. - Como posso esquecer a primeira garota por quem eu me apaixonei? - Sorri.

- Não aconteceu nada. - Ela sorriu e me beijou. - Não sei porque eu fiz essa pergunta, sou inesquecível. - Ela beijou meu pescoço, fazendo meu amigão dar sinal de vida.

- O que você acha de uma fodinha rápida? - Fui obrigado a sugerir isso. - Hein? - Passei a língua por seu decote e a vi ficando louca.

- Não sei...Estamos numa limousine e...Tem o motorista.

- Ele não está vendo nada, e se estiver, foda-se... Ele está sendo muito bem pago para não interferir em nada. - Falei e ataquei seus lábios, em seguida, devorando a curvatura de seu pescoço, minhas mãos apertavam descontroladamente suas cochas nuas e ela deu um gemido baixo, talvez com medo de que o motorista ouvisse.

Natbi deu um jeito de levar sua mão até o fecho de minha calça e apertar meu volume com delicadeza, fazendo eu dar um leve gemido rouco, o carro passou por um buraco fazendo ela quicar em cima de mim sem querer e em seguida, eu já estava completamente duro e necessitando penetrá-la.

- Eu te amo, Hoon. - Ela sussurrou em meu ouvido. - Muito. - A tirei de meu colo, deixando-a de frente para mim, levantei seu vestido até um pouco mais acima de sua cintura e sua calcinha era sexy, não vi muito bem, pois logo eu já havia tirado deixando sua intimidade nua. Em seguida, abaixei minhas calças até meus pés, deixando meu membro ereto completamente de fora, peguei uma camisinha rapidamente em minha carteira e coloquei, puxei Natbi a fazendo sentar novamente, dessa vez, a penetrei.

Ela tombou sua cabeça para trás enquanto rebolada no meu pau, nós dois segurávamos a voz para manter silêncio e não assustar o panaca do motorista, ainda bem que havia um bagulho que impedia de ele nos ver. Natbi continuava rebolando e logo se inclinou para frente afim de beijar meu pescoço, ela me grudou um chupão que com certeza ficou uma marca bem visível, mas nem me importei, ela sempre fazia isso.

Eu queria chupar, morder, beijar seus seios, mas aquela droga de vestido estava me impedindo, eu precisava tirá-lo, mas sei que Natbi não deixaria, foder com roupa não era muito bom, mas o jeito que ela quicava no meu pau era ótimo.

Gozamos.

- Olha as coisas que você me leva à fazer, Park Sunghoon. - Ela riu saindo de cima de mim e vestindo sua peça intima, arrumou seu vestido, ajeitou seu cabelo e sentou-se ao meu lado meio cansada. Eu tirei a camisinha e a joguei pela janela, sim, eu fiz isso. Levantei-me, puxei minhas calças e fechei meu cinto. Dei uma arrumada na camisa e sentei-me ao lado dela, como se nada tivesse acontecido.

- Eu te amo. - Sussurrei em seu ouvido. - Nunca vou te deixar.

- Promete? - Ela perguntou.

- Eu poderia apanhar de seu pai, mas eu nunca desistira de você. - Falei. Logo a limousine estacionou.

- Chegamos. - O motorista abriu a porta e ajudou Natbi à descer, eu desci logo atrás e em seguida, peguei sua mão. - Bom jantar. - Ele sorri e eu apenas assenti com a cabeça, Natbi já disse obrigada e quase beijou o motorista.

-Vocês tem uma reserva? - Um cara perguntou ao chegarmos ao restaurante, mas antes deu uma boa olhada para os peitos de Natbi.

- Sim e isso não tem nada haver com os peitos da minha garota. - Falei e o cara ficou sem graça.

- É.. Nome? - Ele desviou o assunto.

- Park Sunghoon

- E Kang Natbi? - O cara disse e Natbi me olhou rapidamente, sorri e dei de ombros. Ela sorriu e balançou a cabeça negativamente.

- Sim, isso mesmo. - Falei para o cara.

- Venham comigo. - Ele nos levou até uma mesa para dois que havia no fundo do restaurante, quando passávamos muitos casais velhos nos olhavam, como se fossemos muito novos para estar no poder daquele jeito. Puxei a cadeira para que Natbi pudesse sentar, aquela coisa brega que fazem nos filmes, ela sorriu e sentou-se, em seguida, sentei de frente para ela e fiquei a olhando por um tempo, ela era perfeita.

- O que houve? - Ela ficou meio envergonhada.

- Só estou apreciando sua beleza. - Falei e sorri.

- Milagre você apreciar a minha beleza ao invés da sua. - Ela implicou e eu fiz uma bolinha de guardanapo e joguei nela.

-Vamos tentar manter a classe. - Ela disse rindo. - O tiozinho da esquerda está nos olhando.

- E aí, vovô. Como está o jantar? - Gritei para o cara.
- Deve estar ruim, pois sua atenção está na gente. - O cara olhou para o outro lado. - Feliz agora? - Ela gargalhou.

- Você é louco. - Ela disse.

- Por você. - Completei.

- Boa noite, qual é o pedido de vocês? - Um garçom apareceu e nós pedimos.

- Falta um mês para tudo acabar. - A olhei rapidamente. - Mês que vem é minha formatura.

- Vou estar na primeira fileira vendo você dar aqueles discursos chatos. - Falei e ela riu.

-Você deu algum discurso na sua formatura?

- Sim, algo do tipo "estou livre dessa porra". Só lembro que os professores me tiraram de lá. - Nós rimos.

- Sempre tão idiota.

- Sempre tão lindo.

- Sempre tão convencido.

- Sempre tão apaixonado por você. - Falei e ficamos nos olhando por um tempo.

- Por que eu? - Ela fez a pergunta que eu nunca sabia responder.

- Por que você? - Parei para pensar um pouco. - E se eu te disser que nem eu sei? É simplesmente você, com todos os seus defeitos, com todas as suas qualidades...Você saberia responder por que me ama? - Perguntei e ela ficou pensativa. Em seguida o garçom veio com os nossos pedidos.

- Na verdade não. - Ela foi sincera. - Mas eu simplesmente te amo. - Ela sorriu.

- Estamos melosos demais hoje, você não acha? - Falei dando um gole na minha bebida.

- Acho, mas até que eu estou gostando...

- É, desde que isso não aconteça todo dia. - Acrescentei e ela riu. - O que você pretende fazer depois da sua formatura? - Fui curioso.

- Então...- Parecia que tinha algo que ela queria me contar. - Antes de começar as aulas, eu mandei cartas para duas universidades excelentes, eu estou esperando a resposta ainda, com certeza, só sairá no dia da minha formatura...Mas...- Ela deu uma pausa. - nenhuma das duas é aqui em Seul, nenhum das duas é na Busan, nenhuma das duas é na Coréia.

- Hm..E se você for aceita em alguma dessas universidades, você vai simplesmente me deixar, é isso?

- Não, mas acontece que quando eu mandei as cartas para essas Universidades, nós não estávamos juntos. - Ela justificou.

- Mas eu quero saber, e se você for aceita, o que será da gente? - Eu não podia pensar em perde-la.

- Bom...Você pode se mudar e ir morar na cidade que eu irei cursar a universidade. - Ela sugeriu.

- Eu tenho uma vida aqui, Natbi. Tenho uma gangue, tenho patrimônios, não posso simplesmente sair daqui.

- É, Hoon. Mas eu tenho que pensar no meu futuro.

- Casa comigo, vive comigo, não te faltará nada.

- Não é simples, eu quero ter minha própria formação. - Ela insistiu e eu estava ficando irritado. - Não quero ficar sendo sustentada por você. - Comemos quietos até estarmos de barriga cheia, o clima havia pesado e eu sentia isso perfeitamente.

- Não vamos brigar. - Quebrei o silêncio. - Até lá, a gente da um jeito. - Ela forçou um sorriso, mas ainda não estava completamente feliz.

- Kang Natbi? - Uma terceira voz tirou nossa atenção um do outro.
Kang Natbi

Puta que pariu, eu não acreditava no que eu estava vendo, em quem estava ali, meu coração se apertou e eu só consegui ver quando Sunghoon levantou-se rapidamente e ficou encarando meu pai, eu estava muito fodida.

- Pai? - Levantei-me também. - O que...

- Achou que eu não sabia? Achou que eu era burro, Natbi? - Ele estava furioso. - Eu sei de tudo, a filha do meu amigo que é sua colega, me contou exatamente todos os detalhes.

- Sujin.

- Vadia. - Sunghoon rosnou.

- Vamos embora. - Meu pai tentava manter a calma, pois havia muita gente ali.

- Não. - Me impus. - Esse jantar é importante para mim e eu vou ficar, pai.

- Não vai mesmo. - Ele me puxou pelo braço. - Eu não quero minha filha namorando um ladrãozinho de merda.

- Ladrãozinho de merda não. - Sunghoon se pronunciou. - Eu amo sua filha e eu quero ficar com ela, eu nunca a faria mal. - Hoon garantiu.

- Minha filha tem que namorar alguém que tenha caráter. - Meu pai cuspiu. - Não um molequezinho que se acha dono do mundo.

- Tenho certeza que eu posso fazer sua filha muito feliz.- Sunghoon disse.

- Não, você não pode. Vamos, Kang Natbi.

- Eu não quero ir, pai. Eu amo Hoon e eu quero ficar com ele, se você o conhecesse realmente perceberia o quanto ele, se você o conhecesse realmente perceberia o quanto ele me ama...- Tentei convence-lo, as lágrimas já se formavam.

- EU JÁ DISSE QUE NÃO. - Meu pai gritou e a atenção do restaurante inteiro estava em nós. - NÃO QUERO VOCE COM ESSE INCONSEQUENTE, NATBI. VOCÊ VEM COMIGO AGORA, VOCÊ MENTIU PARA MIM, EU DISSE PARA VOCÊ FICAR LONGE DELE, ENQUANTO VOCÊS FICAVAM SE ENCONTRANDO AS ESCONDIDAS. - Ele continuava gritando.

- EU O AMO, DROGA. - Gritei. - E É COM ELE QUE EU QUERO FICAR.

- MAS NÃO VAI. - Meu pai me puxou brutalmente e Sunghoon tentou impedir.

- O SENHOR NAMORA A MINHA MÃE E PODE TER CERTEZA SE EU NÃO POSSO FICAR COM A SUA FILHA, VOCÊ NÃO PODE FICAR COM A MINHA MÃE.

- Sua mãe já é bem grandinha, sabe o que fazer da vida, Sina não, Natbi se acha madura, mas ainda é uma pirralha.

- Pode ter certeza que não. - Sungholn disse. - Eu a amo e farei de tudo para ficar com ela.

- Ah é? Então vamos ver se você vai ter coragem de fazer algo depois disso. - Meu pai foi em direção à Hoon e o soqueou no estômago, Sunghoon não fez nada, só tentou conter sua raiva e levou sua mão ao local atingido, em seguida, meu pai soqueou o seu rosto.

- PARA COM ISSO. - Gritei tentando tirar meu pai de cima de Hoon. - PARA, PAI. - Ele me empurrou com força e eu quase caí, mas um garçom me segurou. Todos estavam em nossa volta.

- Natbi, eu te...-Sunghoon tentou falar algo, mas meu pai o golpeou tão forte que o fez cair com tudo no chão, senti uma fincada forte no peito.

- SUNGHOON, REVIDE, FAÇA ALGUMA COISA, EU DEIXO, NÃO VOU ME IMPORTAR. LEVANTE, POR FAVOR. - Gritei, mas Sunghoon já estava jogado no chão com cortes do rosto, meu pai começou a chutá-lo na barriga. Tentei puxa-lo mais uma vez e fui empurrada de novo, porém dessa vez, ninguém me segurou, caí com tudo em cima de uma mesa quebrando vários copos. Meu corpo doeu e um cara ajudou-me a levantar. Passei por baixo de meu pai e me ajoelhei até Sunghoon que se encontrava quase inconsciente no chão.

- CHAMEM UM MÉDICO. - Gritei. Meu pai parou por um momento e ficou olhando, tentando se recompor, não entendi porque Sunghoon não havia feito nada. - Hoon....-Comecei a sacudi-lo. - Fala comigo por favor. - Eu chorava sem parar. - Eu imploro, meu amor. Fala comigo. - Seus olhos foi se fechando. -HOON. - Gritei - Eu te amo. - Falei em seu ouvido entre soluços.

- Eu- eu também te amo. - Ele dizia com dificuldades, seus olhos estavam fechados. -
Nós...ainda...seremos muito... felizes.

- EU TE ODEIO, PAI. - Gritei e fui até ele, socando seu peitoral. - TE ODEIO. - Em seguida, duas pessoas de branco entraram no restaurante e vieram correndo até Sunghoon que já estava completamente inconsciente.

- Eu vou junto. - Falei quando o colocaram na maca.

- Não vai mesmo. - Ouvi a voz do meu pai. - Você vai para a casa. - Ele me puxou pelos cabelos e me arrastou até a porta, logo os enfermeiros colocando Sunghoon na maca ficavam distantes.

- NÃO, ME LARGA. - Eu gritava tentando me desfazer, mas meu pai era mais forte. - Me larga. - Eu já estava ficando fraca de tanto gritar. - ME AJUDEM. - Gritei para as pessoas que estavam no restaurante, mas elas estavam estáticas e chocadas.
Na rua, dava para ouvir o barulho das sirenes se aproximando, alguém havia chamado a polícia e eu tinha medo que descobrissem algo sobre Sunghoon, minha vontade era de denunciar meu pai por agressão, mas se meu pai fosse preso, colocaria toda a identidade de Sunghoon à tona.

- Vou fazer com que Sarang nunca te perdoe. - Cuspi as palavras. - E aí, você vai se ver sozinho no mundo, porque filha, isso você não tem mais. - Falei e em seguida senti meu rosto ardendo. - ISSO, ME BATE MAIS. - Peguei sua mão e bati em mim. - ASSIM, EU FICO INCONSCIENTE VOU PARA O MESMO HOSPITAL DO CARA QUE EU AMO E DEPOIS NÓS MELHORAMOS E IREMOS VIVER NOSSA VIDA.

- CALA A BOCA. - Ele me pegou pelos cabelos e me enfiou dentro do carro. Quando ele entrou, eu destranquei a porta rapidamente e tentei fugir, mas meu pai não era nenhum velhote, ainda estava bem em forma e correu atrás de mim me puxando para o carro novamente.

- Eu te odeio. - Falei mais um vez. - Te odeio, odeio, odeio. - Soquei o banco do carro, eu sentia raiva, angustia, tristeza, tudo ao mesmo tempo, era uma dor forte pra caralho.

Cheguei em casa e tentei ir direto para o meu quarto, mas meu pai me impediu.

- Nossa conversa ainda não acabou. - Ele disse.

- Não quero falar com você.

- MAS EU SOU SEU PAI E VOCÊ VAI ME OUVIR. - Ele gritou.

- Você não é meu pai, eu não tenho um pai. - Falei.

- Quero que você saiba que eu só quero o seu bem, aquele moleque só vai atrasar sua vida, Natbi. Eu quero que você tenha um futuro promissor.

- Sunghoon não vai atrasar porra da minha vida coisa nenhuma. - Rebati. - Pode ter certeza que eu ainda vou ter minha mente no lugar.

- Ele não quer nada sério com você, ele diz que te ama, mas eu sei que é mentira, ele só quer sexo, é só isso que moleques assim querem. Se contar que ele ainda vai colocar sua vida em risco, ele tem uma gangue que faz assaltos e é envolvido com drogas, ainda por cima tem uma filha, cujo ninguém sabem quem é a mãe. É isso que você quer para você?

- Pelo amor de Deus, pai. Eu não vou virar nenhuma gangster, não pretendo fazer nenhum assalto e nem me envolver com drogas, e sobre Yuna, ela é a criança mais linda que eu conheço. Até me chamou de mãe, sabia? - Coloquei mais lenha na fogueira ainda.- Eu sei que Sunghoon não tem o estilo de vida mais adequado do mundo, assim como eu também sei que ele me ama e que ele é o cara que eu quero para mim. - Disse decidida.

- Mas é o cara que você não vai ter. Eu quero o melhor para você e farei de tudo para te afastar desse garoto. Ele é um criminoso de merda.

- Ele é igual á você no passado. - Joguei na cara.

- Pode até ser e é por isso, que eu vou te privar dele.

- Não vai, eu amo Sunghoon e pode ter certeza, nós ainda seremos muito felizes. - Falei decidida.

- Não tenha tanta certeza, Natbi. - Meu pai disse tirando algo da carteira. - Está vendo isso aqui? - Ele me mostrou um pedaço de papel. - É uma passagem.

- Comecei á chorar mais ainda. - Depois da sua formatura, daqui à um mês, você estará indo morar com a sua querida tia no Japão.

- Não...Você...Eu não quero ir pra porra de Japão nenhum. - Tentei ir até ele e rasgar a passagem, mas ele foi mais ágil.

- Mas vai, achei uma Universidade ótima lá, não é tão conceituada, mas pelo menos você não fica sem uma formação. - Ele dizia aquilo naturalmente. - Sentirei sua falta, minha linda. - Ele veio até mim e beijou minha bochecha, limpei seu beijo.

-Você é um monstro.

-VOCÊ QUE FEZ EU TOMAR ESSAS ATITUDES, LEMBRA DA NOSSA RELAÇÃO? LEMBRA DO QUANTO ÉRAMOS HARMONIOSOS UM COM O OUTRO? VOCE ESTRAGOU TUDO SE ENVOLVENDO COM ESSE MALANDRINHO DE MERDA E EU NÃO VOU VER MINHA FILHA DECAINDO POR CAUSA DESSE IDIOTA. - Ele gritou.

- Mais alguma coisa? - Perguntei, eu queria ir para o meu quarto e fugir pela janela, eu precisava ir até o hospital e saber como Sunghoon estava, aquilo estava me torturando. Eu precisava beija-lo mais uma vez, nem que fosse a ultima.

- Sim. - Revirei os olhos. - Contratei dois caras, ele serão seus seguranças particulares, te deixarão e te buscarão na escola.

- O QUE? PRA QUE ESSA APELAÇÃO TODA?

- Consequências dos seus atos. Ah, e nem pense em fugir pela janela, ela está trancada com com cadeados e me dê seu celular, ele será confiscado.

- Não.

- Me dê isso aqui. - Peguei e o entreguei para ele.- Quando você estiver no Japão, você será livre novamente.

Subi as escadas correndo e chorando, ao entrar no meu quarto, deparei-me com as janelas do jeito que meu pai havia falado, tentei abri-las e nada.

- Esqueci de dizer que seu quarto tem câmeras também.

- MONSTRO. - Gritei e ele saiu indo para o seu quarto.

Joguei-me em minha cama e lembro-me de passar a noite inteira chorando, era o que me restava fazer.

"Eu poderia apanhar de seu pai, mas eu nunca desistira de você."

Aquela frase ecoou na minha cabeça.

...

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