Desejo Concedido √

By SamyaSilva484

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Inglaterra no século 14 , após a morte dos pais, o jovem ômega Gulf kanawut, de vinte anos, segue uma vida t... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
capítulo 8
capítulo 9
capítulo 10
capítulo 11
capítulo 12
capítulo 13
capítulo 14
capítulo 15
capítulo 16
capítulo 17
capítulo 19
capítulo 20
capítulo 21
capítulo 22
capítulo 23
aviso
Capítulo 24
Capítulo 25
capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
capítulo 31
capítulo 32
capítulo 33
Capítulo 34
capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
capítulo 45
Aviso

capítulo 18

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By SamyaSilva484

– Naquela tarde, depois de cavalgar pelos Cairngorms, chegaram a uma enorme muralha que ficava ao lado de uma aldeia.

Os Highlanders gritaram-lhes boas-vindas quando os viram de cima. Mew  e Bright eram  bem-vindos nas terras de Gregory McPherson.

Lá eles se sentiram quase em casa. Alguns guerreiros permaneceram na aldeia, junto a Anthony e à carroça, enquanto os restantes seguiram para a muralha.

– Que São Fergus troveja! - gritou um homem maduro, de cabelos grisalhos e aparência selvagem, saindo pelo grande arco da fortificação seguido por vários homens.

– McPherson! - Mew  riu ao ouvir isso. Você faria a gentileza de saciar a sede desses pobres viajantes?

— Por São Ninian, McPherson! Sua água da vida é tão excelente que todos viemos cumprimentá-lo.

Quem brincou foi o jovem  Glenny yong, um guerreiro loiro de incríveis olhos azuis, que sorriu ao ver Mew , enquanto Falcão o recebeu com um gesto hostil.

Só o que estava faltando! – Bright apontou, desviando o olhar.

Traga cerveja e água da vida e prepare vários quartos!-  McPherson ordenou para seus servos, que partiram rapidamente.

Que alegria ter você aqui! -Olhando com curiosidade para os ômegas que o observavam de seus cavalos, ele ressaltou:  - Então é verdade? Você se casou?

Gulf, ofendido pelo modo como Mew  sorria para uma morena de seios grandes, ouviu-o dizer:

– Sim, McPherson, esses são os nossos ômegas.

A raiva de Gulf crescia a cada minuto. Cansado de esperar que alguém o ajudasse a descer do cavalo, ele pulou no chão.

– Você poderia fornecer água e sabão para nossos ômegas ? Por causa da aparência deles, eles precisam disso – Mew  zombou, olhando para Gulf com desprezo.

Gulf, chateado com aquele comentário, ouviu em silêncio as risadas de todos que olhavam para ele.

Estou convencido pelos rostos cansados deles - Glenny interveio, aproximando-se deles – Eles precisam de muito mais coisas.

Ao ouvi-lo, Mew  e Bright desafiaram-no com seus olhares.

Mas Glenny, ignorando-os, continuou a seu dispor.

Tentaremos dar-lhe privacidade –  prometeu o chefe do clã interrompendo Glenny.

Naquele momento, um grupo de mulheres apareceu na porta. Pelos sorrisos que trocaram com Bright e Mew , Gulf e Win perceberam que os conheciam.

– Mary! Acompanhe os jovens  lordes aos aposentos superiores – ordenou McPherson, se aproximando de Gulf e Win  disse:

– Já que ninguém está  nos apresentando, eu mesmo farei isso.  –  Eu sou o Lorde Gregory McPherson.

– Lorde McPherson, agradecemos por nos receber em sua casa. – Nossos nomes são Gulf e Win Philips.

O que você  disse?!  Mew  rosnou, aproximando-se dele, fazendo todos olharem para ele.

– Você dirá que é Gulf McRae, meu ômega.

– E você, Win McKenna –  Bright grunhiu. Não se esqueça!

Envergonhados por se sentirem no centro de risadas, balançavam a cabeça sem conseguir articular uma palavra, trocando olhares significativos com as mulheres que zombavam deles.

Desculpas, Lorde McPherson – Gulf conseguiu dizer, cerrando os punhos contra o corpo. Nossa união é muito recente, por isso errei.

- Cuidado com esses erros, jovens senhores – riu Gregory McPherson, se afastando deles.

Lembre-se de que vocês agora são  propriedade de seus lordes e de seu clã.

Meu nome é Glenny Yong, o jovem loiro se apresentou galantemente.  —  beijando a mão deles, ele provocou com um sorriso incrível:

— E estarei aqui para o que os jovens precisarem. - Então ele baixou a voz para indicar: — Não pense que sou como seus maridos brutos.

Eles não precisarão de nada de você, Glenny –  Mew  enfatizou, desconfortável por ter o guerreiro tão perto. – Fique longe deles.

– Calma, Mew ! – O jovem sorriu após piscar para Gulf que, surpreso, nem se mexeu. — Eu só estava sendo gentil com seus ômegas.

– Mary! – Bright chamou piscando para uma mulher, enquanto Win  observava e permanecia em silêncio.  – Por que eles a tratavam assim?

Mostre claramente seus quartos aos nossos  ômegas.  – Eles são tão confusos – Bright zombou, indignando-os  e continuou:  Que podem acabar se metendo em outros quartos.

A risada foi repetida novamente. Aquelas mulheres estavam se divertindo, enquanto Zee, surpreso com tudo aquilo, permanecia em silêncio e observava seu irmão e Bright. – com um olhares ele se comunicou com Myles, Mael e Ewen. –  Eles também olharam para seus lordes confusos. Por que eles estavam sendo tratados assim?

– Mild ficará conosco –  Zee  indicou, atraindo o olhar dos ômegas. Não se preocupem. Nós cuidaremos dele enquanto vocês descansam –  disse ele, sorrindo gentilmente para Gulf e ambos agradeceram.

Timidamente, uma jovem loira de olhos claros e sorriso amigável se aproximou deles.

O nome dela era Mary e ela não era mais velha que Gulf. — Sem maldade, indicou:

– Venham comigo, Senhores.

Sem olhar para ninguém, os dois seguiram a garota até o interior da fortaleza. Silenciosos e tensos, atravessaram uma enorme sala mal decorada com quatro tapeçarias. Depois de passar por um arco redondo, subiram umas escadas estreitas e curvas até chegarem a um corredor iluminado por tochas, onde havia várias portas.

Estes serão seus quartos. Desejam que eu traga comida para você?

– Não, obrigada, Mary –  Gulf sorriu tristemente.

De qualquer forma – concordou a criada, vou mandar trazer duas banheiras e água quente para vocês tomarem banho.

Depois de dizer isso, ela saiu, deixando-os sozinhos. Gulf rapidamente pegou a mão do irmão e, abrindo um dos arcos, eles entraram e Win  abraçou o irmão e começou a chorar.

– Oh, Deus! Que grande humilhação –  Gulf, incrédulo com o que havia acontecido, respirava com dificuldade para não chorar, até que uma batida na porta os trouxe de volta à realidade. – Era Mary.

Senhores, com licença –  ela murmurou ao ver os olhos avermelhados de ambos. Eu sei que você não queria nada, mas eu trouxe uma cerveja e alguns bolos de aveia. – Será bom comecem antes que subam a água quente.

– Obrigada pela sua gentileza – disse Gulf. Você poderia pedir a um dos homens para carregar nossa bagagem?

– Claro. Eu pedirei agora mesmo.

Quando ficaram sozinhos novamente, Win  disse:

Por que nos trataram assim na frente de todo mundo?

– Eu não sei –  Gulf sussurrou, confuso. Mas não vou permitir que nos humilhem novamente.

Você viu como aquelas mulheres olhavam para eles? Eles pareciam se conhecer.

O Falcão – Gulf disse com ódio, sempre teve a reputação de ser um mulherengo, e lamento dizer-lhe que o seu marido também tem. – Tenho certeza que eles rolavam com aquelas putas toda vez que passavam por aqui.

Você acha que eles vão fazer isso de novo?
– Não sei –  respondeu Gulf, olhando pela janela, de onde podia ver a aldeia e as pessoas que passavam por ela – Mas sinceramente não me importo.

Pouco depois, alguns criados chegaram com baldes de água quente e encheram as banheiras. Win relutou em se separar, mas Gulf, que precisava de um tempo sozinho, convenceu o irmão a aproveitar o banho quente.

Quando estava sozinho, ao olhar pela janela, pensou em Mew . Em seus olhos duros e em sua má atitude. Onde estava o homem atencioso e amoroso que ele pensava ter visto nele?

De repente a porta se abriu, Mew  estava diante dele, olhando para ele com uma frieza que o fez estremecer.

– Você ainda não tomou banho? – O alfa perguntou, fechando o arco e encostando o corpo contra a porta.

– Eu farei isso agora –  Gulf respondeu com indiferença.

Um banho lhe cairia bem ? – disse ele, cruzando os braços e observando-o.  – Seu cabelo estava emaranhado e seus olhos estavam inchados.  — Ele teria chorado? Você poderia remover toda essa sujeira da estrada e parecer um ômega bonito e decente. — Embora, pensando bem, eu acredito que...

Nunca permitiria que ninguém me humilhasse e não vou permitir isso a você - afirmou, cerrando os punhos enquanto caminhava em sua direção.

– Me permite o que ? - O alfa perguntou, sorrindo com desdém, mesmo que seu coração estivesse batendo loucamente.

Que você me trata com o desprezo com que me tratou na frente de todos –  Gulf rosnou, olhando para ele com uma fúria que o chocou, embora não demonstrasse.

Seu ômega era desleal, mentiroso, e ele pagaria por isso. O que meu irmão e eu fizemos para receber esse tratamento?

– Santa Ninina! Quanto eu desejo – Mew pensou antes de responder.

Acaso eu ! – disse o alfa abrindo os braços teatralmente – Eu, Lorde Mew  McRae, tenho que lhe dar algum tipo de explicação das  minhas ações? – O alfa rosnou, tentando intimidá-lo com seu tamanho imenso.

Querido ômega, não esqueça que tenho o direito de fazer o que quiser, quando quiser e como quiser. Assim como tenho o poder de desprezar o que me desagrada, me aborrece ou me engana.

– Te odeio! Na minha vida me senti tão humilhado – Gulf gritou, sem se importar com quem o ouvisse.

Incapaz de controlar suas ações, Mew  agarrou sua nuca com sua mão enorme e calejada, puxando em sua direção e beijou selvagemente –  Impiedosamente.

Sentindo-se usado , Gulf pisou em seu pé com tanta força que ele se soltou e separou os lábios.

– Eu não sou como uma daquelas putas que você está acostumado! Não me toque.

Vou tocar em você quando quiser, feiticeiro! - Mew  exclamou, agarrando-o novamente. Mas o alfa o soltou quando sentiu o ômega morder o lábio com raiva. – Você é meu ômega por um ano e um dia!

– Para minha desgraça ! Gulf gritou, olhando para o alfa com frieza – Um ano e um dia e nada mais ! – afirmou, respirando com dificuldade enquanto o observava o alfa tocar nos lábios quando  via o sangue, sorriu maldosamente para ele.

– Pelo menos eu sei o que posso esperar das prostitutas – Mew  cuspiu para ele sem tocá-lo. Eu esperava muito de você, mas você me decepcionou como ninguém jamais me permitiu.

Achei que iria cuidar de você e respeitá-lo como pensei que faria, mas a cada momento que passa percebo meu erro.

Achei que você fosse especial, mas você é como a grande maioria das prostitutas que conheço, pior ainda, se me lembro do sangue Sassenach que corre em suas veias.

Ao dizer isso e ver a dor nos olhos do ômega, Mew  odiou-se por suas palavras duras.  – Ele  não deveria ter dito isso. – Mas o dano foi feito.

– Eu te odeio! Gulf gritou, tentando não chorar. Eu gostaria de não ter conhecido você, porque isso me daria certeza de que nunca teria me casado com você.

– Saber? O alfa gritou com raiva enquanto caminhava em direção ao arco e abriu.

Pela primeira vez, nós dois concordamos em algo. Depois de dizer isso, ele saiu do quarto batendo a porta com força.

Desesperado, encontrando-se sozinho naquele quarto estranho, Gulf soltou sua raiva e começou a chorar e gritar, xingando de tal forma que até o próprio Santos ficou assustado.

Win , alarmado com os gritos do irmão, correu para o lado dele para abraçá-lo, assustado ao vê-la assim. Ele o confortou e o abraçou até que Gulf se acalmasse.

– Sinto muito por tudo o que está acontecendo – disse Win , enxugando suas  lágrimas com carinho.

Oh, Win!  Foi horrível – sussurrou – me tratou como …como…

Win o beijou com carinho e disse:

– Escuta , Gulf, preciso te contar uma coisa. Bright esteve comigo.

O que aconteceu? Gulf perguntou, parando de chorar. Está bem? Ele fez alguma coisa com você?

Discuti com ele, mas já sei o que está acontecendo com eles. Eles sabem a verdade sobre Anthony. E o que é pior, eles sabem que inventamos aquela história absurda sobre os bandidos e não contamos a verdade.

Ao ouvir isso, Gulf entendeu tudo e se lembrou do dia em que Mew  pediu para ele nunca mentir para ele.

– O quê? Gulf sussurrou, sentado no chão frio. Desde quando? E por que Anthony não nos contou?

Eles sabem disso desde o dia que Anthony chegou – disse Win, esclarecendo aquela terrível confusão. Eles ordenaram que ele ficasse quieto em troca de ajudá-lo a recuperar sua esposa. Juro que, quando Bright me contou, pensei em procurar Anthony e lhe dar uma lição.

Mas quando pensei sobre isso, senti que teria feito o mesmo para salvar você , Mild, Bright.

Eles consideraram este segredo uma grande falta de lealdade para com eles e para com seu clã – concordou Gulf.

Agora entendo por que ele me disse que esperava mais de mim e que eu o havia decepcionado.

O que não entendo é porque Mew está agindo assim –  protestou Win  – Bright estava furioso comigo, mas conseguimos conversar e esclarecer as coisas.

Win ! Gulf sussurrou, preciso ficar sozinho, minha cabeça dói demais. Você poderia me deixar sozinho enquanto tomo banho?

Ficará bem?

Com um sorriso ele assegurou-lhe:  – Sim, não se preocupe.

– Tudo bem! – Win  concordou, olhando para ele com tristeza. Vou deixar você sozinho um pouco, mas venho buscá-lo antes de descer para o salão.

Finalmente sozinho! Gulf pensou, fechando os olhos, enquanto se despia ele mergulhava na banheira.

Como ele não percebeu que aquela mentira estúpida era o que estava deixando Mew  louco? – Eu deveria saber.

Mas, por mais que pensasse nisso, não havia solução – Assim como ele não desculpou sua falta de lealdade, Gulf não o perdoaria pelas coisas terríveis que o alfa disse, como o tratou e como o machucou.

                      ***

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