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NAM RA SENTIU UMA SENSAÇÃO estranha tomar conta de seu corpo, uma fome voraz que parecia dominá-la. Seus olhos se fixaram no pescoço de Hye Ji, que estava próxima a ela, e seu olho esquerdo adquiriu uma tonalidade avermelhada, com veias pulsantes ao redor, enquanto os ossos de sua mão pareciam se contorcer como se tivessem vida própria.
Quando sentiu a respiração da presidente tão próxima, Lee Hye Ji virou o rosto, encontrando Nam Ra em uma condição diferente e preocupante.
— Nam Ra... — chamou ela, sua voz carregada de apreensão.
Num momento em que parecia perder o controle, as mãos de Nam Ra a agarraram e puxaram para perto, sua boca se aproximando rapidamente do pescoço de Hye Ji.
— Lee Hye Ji! — Cheong San estava pronto para agir, avançando com o atril em direção a elas.
No entanto, o golpe acabou acertando as costas de Su Hyeok, que se colocou na frente para defendê-las.
Hye Ji fechou os olhos, resignada ao seu destino iminente. Mas quando sua mão alcançou o pescoço, não havia nenhum sinal de ferimento.
— Saia da frente! — gritou Cheong San, sua voz carregada de desespero.
— Não faça isso — disse Su Hyeok, sua voz firme e determinada.
— Saia! — continuou exigindo.
— Mandei você parar, cacete! — Su Hyeok o empurrou, o segurando pelo colarinho sobre uma mesa e o ameaçando ao erguer o punho.
— Seu idiota! — Cheong San se libertou ao acertá-lo com um soco.
Os dois começaram um embate corporal, até Dae Su segurar Su Hyeok para separar a briga, o que deixou Cheong San livre para avançar mais uma vez na direção de Nam Ra com um atril como arma.
— Já chega! — Lee Hye Ji não se controlou mais, deixou Nam Ra, indo até Cheong San e acertando o seu abdômen com um chute, o afastando momentaneamente.
— Se afasta! — ele se recuperou e a empurrou para tirá-la do caminho.
— Não! — On Jo tomou a frente de Nam Ra, abrindo os braços e o impedindo de continuar.
— Cuidado, On Jo! — exigiu Cheong San, quando Su Hyeok o segurou. — Saia da frente! Me solta!
— Pare. Você é cego? Não está vendo a Nam Ra? Teria sangue na boca se tivesse mordido — argumentou a Nam. — viram? Ela não está sangrando, não é?
— Ela tem razão. Não tem ferida — apoiou Dae Su.
— Mas, se o Gwi Nam a mordeu... — persistiu Cheong San.
— Nada aconteceu. Ela está bem — garantiu On Jo.
— Larga isso — exigiu Lee Hye Ji. — coloca logo isso no chão!
— Para de ser teimoso — repreendeu On Jo.
— Me solta. Já entendi. Pode me soltar! — exigiu Cheong San, saindo do agarre de Su Hyeok.
— Por que não largou isso ainda? — indagou On Jo, seus olhos fixos no atril.
— Não é da sua conta — respondeu Cheong San, ríspido.
— Ela parece bem, — Wu Jin finalmente opinou. — vamos...
— Já devia ter se transformado — comentou também Joon Yeong.
— Não. Não estou bem. Eu queria morder a Hye Ji — confessou Nam Ra, levantando-se do chão com uma expressão perturbada.
— Não é verdade, — protestou Hye Ji, sua voz carregada de incredulidade. — não fala isso.
— Não, é sério. Eu queria mordê-la — insistiu Nam Ra, seu olhar fixo e perturbador.
— Como assim? — questionou Cheong San, perplexo com a revelação.
— É só isso. Eu queria mordê-la. — repetiu ela, sua voz ecoando na sala, carregada de culpa e confusão. — acho que eu não deveria ficar com vocês. Por pouco eu não mordi a Hye Ji.
— Pare com isso, qual é o seu problema?! — Hye Ji se irritou, incapaz de entender a situação.
— Eu vou sair — decidiu Nam Ra, determinada em sua escolha.
— Espera, — On Jo interveio, sua expressão séria enquanto encarava Cheong San. — você viu o Gwi Nam ser mordido por zumbis?
— Quantas vezes preciso repetir? — respondeu ele, sua frustração evidente em sua voz.
— Você o viu se transformar? — questionou On Jo, sua mente trabalhando rapidamente para encontrar respostas.
— Não. Eu estava fugindo — admitiu Cheong San, sua voz carregada de tensão.
— E vocês, — ela dirigiu seu olhar para Hye Ji e Su Hyeok. — brigaram mesmo com o Gwi Nam?
— Sim, lutamos — confirmou Su Hyeok, sua expressão séria.
— Vocês não têm motivos para mentir. O Gwi Nam foi mordido, mas não se transformou. — recapitulou On Jo, tentando entender a situação. — nos filmes, têm gente que é imune.
— É claro, como não pensei nisso? — ponderou Hye Ji, uma mistura de surpresa e compreensão em sua voz. — Parando para pensar agora... ele tinha uma força sobrenatural. Por isso ele estava tão confiante.
— Então você concorda que isso seja possível? — perguntou On Jo, esperançosa, buscando um raio de luz em meio à incerteza.
— Sim. Eu não usaria necessariamente a palavra imune, mas de alguma forma... o vírus pode ter evoluído — teorizou a Lee, sua mente trabalhando para encontrar uma explicação plausível para o que testemunharam.
— De qualquer forma, ela tentou mordê-la — se opôs Ji Min, sua voz carregada de preocupação. — e podia ter mordido. Mesmo assim, ela não está normal. Não posso ficar com ela.
— Ji Min! — repreendeu On Jo, sua expressão demonstrando desaprovação diante da falta de compaixão.
— O que foi? Estou errada? — retrucou Ji Min, defendendo sua posição.
— Não sei. Não sei o que devemos fazer — disse On Jo, sua voz refletindo sua incerteza e angústia diante do impasse.
— E quer que façamos o que? — retrucou Ji Min.
— Por favor, não briguem. Se eu sair, tudo se resolve — disse Nam Ra, sua voz calma, mas sua expressão carregada de resignação.
— Você está me irritando, — disse Hye Ji, sua frustração evidente em sua voz. — quantas vezes vou ter que dizer que você não precisa sair?
— Eu escolho sair — decidiu a Choi, determinada a seguir seu próprio caminho, enquanto se dirigia à porta.
— Não vá! — On Jo segurou seu pulso firmemente, tentando impedi-la de partir. — Para onde você iria? Para com isso, por favor. Não vamos deixar mais ninguém morrer.
Com um gesto suave, On Jo deslizou suas mãos para as da Nam Ra.
— As mãos da Hyeong Ju e da I Sak estavam geladas antes de se transformarem, — observou On Jo, dirigindo-se aos outros com um olhar sério. — as mãos da Nam Ra estão quentes. Ela não é um zumbi. Vamos falar de como chegar ao terraço.
— Não! Ela está bem agora, mas quem sabe quando ela se transformará? — protestou Ji Min, sua voz carregada de temor e desconfiança. — o resto de vocês, diga algo. Isto é errado. Ela mesma disse que queria morder a Hye Ji. Ela tem sangue de zumbi nas veias! Zumbis mataram os meus pais. Minha mãe inocente...
— Se não quer ficar perto dela melhor cair fora, porque ela não vai sair daqui — declarou Hye Ji, firme em sua posição.
— E você é quem decide isso? Ninguém aqui te designou como líder, mas você age como uma. — rebateu Ji Min, sua voz elevada pela tensão. — um líder de verdade pensa na segurança de todos.
Hye Ji suspirou profundamente, seus olhos vasculhando a sala em busca de algo útil, até que avistou um pano vermelho jogado no chão. Com determinação, ela o pegou e se aproximou de Nam Ra, segurando seu pulso com firmeza para começar a amarrá-lo.
— O que está fazendo? — indagou a Choi, perplexa com a atitude dela.
— Não está vendo? Estou amarrando nossas mãos — respondeu Hye Ji, sua expressão séria.
— Pare com isso. — exigiu Nam Ra, resistindo à tentativa de Hye Ji e tentando se afastar. — Por favor, pare.
— Não! — Hye Ji segurou firmemente sua mão, encarando-a com intensidade. — Você não vai se sacrificar assim. — ela mostrou os pulsos amarrados aos demais, enfatizando sua decisão. — Satisfeita? Ela não vai te morder, porque ela só pode morder a mim.
Nam Ra e Hye Ji se sentaram lado a lado em frente à janela, seus pulsos amarrados um ao outro pelo pano vermelho improvisado. Ambas encarando o horizonte, em silêncio.
Enquanto isso, os outros membros do grupo formavam uma roda, afastados, discutindo entre si em vozes abafadas pela preocupação e incerteza. Su Hyeok permanecia de pé, próximo à porta, com os olhos fixos na dupla junto à janela, seu semblante sério revelando uma mistura de apreensão e determinação.
Dae Su e os outros garotos se uniam em uma tentativa desesperada de arrombar a porta da sala de instrumentos. Cada empurrão e chute ecoava pelo corredor, misturando-se ao murmúrio agitado dos zumbis do lado de fora. A esperança de encontrar comida os impulsionava, mas seus esforços só pareciam aumentar a agitação dos mortos-vivos do lado de fora.
Com a frustração crescendo, eles finalmente foram forçados a interromper seus esforços, percebendo que estavam apenas piorando a situação ao atrair mais atenção indesejada.
Enquanto isso, Ji Min, sentindo a necessidade de documentar aquele momento, pegou uma câmera e começou a se gravar. Seu rosto tenso refletia a tensão que pairava sobre o grupo.
Ji Min segurou a câmera com firmeza, seus olhos expressando uma mistura de tristeza e determinação enquanto começava a gravar.
— Minha mãe e meu pai... — sua voz vacilou um pouco antes de continuar. — vieram ao colégio para me salvar. Mas a polícia e os bombeiros não vieram. Se alguém vir isto depois, por favor, puna quem devia ter vindo. Todos nos abandonaram. Juro que farei pagarem por isso. — Ela lutou para conter as lágrimas que teimavam em rolar por suas bochechas. — Mãe, pai, vou sobreviver e me vingar. Eu me vingarei dos zumbis e de todos os outros, mãe.
Após Ji Min, foi a vez de Hyo Ryeong assumir a câmera.
— Mãe. Pai. Oi. — Ela acenou, tentando sorrir apesar da angústia em seu rosto. — Estou bem. Meus colegas são bem legais comigo. Querem vê-los? — Ela virou a câmera em direção aos outros, que se curvaram em cumprimentos. — bem... Mãe e pai, estou com saudade. Com muita saudade. E... Sinto muito.
As lágrimas começaram a escorrer pelo rosto de Hyo Ryeong, interrompendo suas palavras.
Wu Jin estendeu a mão para receber a câmera em seguida.
— Mãe, quero um aumento na mesada — brincou ele, tentando aliviar a tensão no ambiente.
O Jang passou a câmera para Yang Dae Su, que logo se animou com a ideia de cantar sua música. Joon Yeong começou uma batida e então Dae Su começou a cantar.
— ♪ Frango fica melhor frito em azeite. Carne de porco é mais gostosa que de soja. Bolo de morango é melhor do que morango; o que me faz rir. É a gordura trans.♪ — finalizou, estendendo a câmera para Su Hyeok. — Descaul Su?
Ao receber o dispositivo, Su Hyeok permaneceu em silêncio por um momento, sua expressão séria refletindo a gravidade da situação em que se encontravam.
— Não tenho nada a dizer — declarou ele, simplesmente, antes de passar a câmera para Cheong San.
Cheong San assumiu a câmera com uma expressão séria e determinada, suas palavras simples, mas carregadas de significado.
— Mãe, sou eu. — começou ele, a voz firme apesar da emoção que ameaçava transbordar. — pai, o senhor também está bem? Eu... Estou bem.
Ele encerrou sua mensagem e passou a câmera para On Jo. A Nam segurou a câmera com firmeza, sentindo um nó na garganta enquanto se preparava para falar com seu pai.
— Oi, pai. Tudo bem? — iniciou ela. — esperei a noite toda, mas você não veio. Estamos dando um jeito de aguentar. Disse que ser saudável é melhor, mesmo se eu não tirar notas boas; que seria o primeiro a chegar se algo acontecesse. Você está bem, não é? Você precisa ficar bem, pai. Não precisa vir me salvar... Mesmo assim, queria que tivesse vindo. Achei mesmo que viria, — soluçou. — mas estou bem. Eu só digo isso quando recebo a mesada... Mas hoje vou falar de graça: Pai, eu te amo. Eu te amo muito.
Depois de fazer um coração para a câmera, ela finalizou a gravação. Ela se levantou e se aproximou da dupla na janela, estendendo a câmera para Hye Ji, oferecendo-lhe a oportunidade de gravar uma mensagem também.
— Deixe seu recado, se quiser — incentivou On Jo.
— Obrigada, mas eu não quero dizer nada, — recusou Hye Ji, logo olhando para Nam Ra. — e você?
A Choi apenas negou com a cabeça.
— Acreditamos em você, — afirmou On Jo. — pode desamarrar agora.
Ela se afastou outra vez, as deixando sozinhas. Hye Ji colocando a câmera em um mesa atrás delas e Nam Ra a pegando logo em seguida. A Choi olhou para os pulsos amarrados, seu coração pesado com a responsabilidade que Hye Ji havia assumido por sua causa.
— Por que está fazendo isso? — perguntou Nam Ra, sua voz suave, revelando uma curiosidade genuína.
Hye Ji ponderou por um momento antes de responder, seus olhos encontrando os de Nam Ra.
— Os outros estão com medo — explicou ela, sua expressão séria revelando a gravidade da situação.
— E você? — indagou Nam Ra, buscando entender a complexidade dos sentimentos dela.
Um suspiro escapou dos lábios de Hye Ji antes de ela responder.
— Não. Mas... eu estava. Tive medo de ter que machucar meus colegas para proteger você — confessou ela, sua voz carregada de sinceridade.
— Lembra que eu disse que queria te morder mais cedo? — indagou a presidente. Hye Ji logo confirmando. — parecia um sonho. Você exalava um cheiro muito bom.
— Que tipo de cheiro? — perguntou ela, curiosa para entender melhor a experiência de Nam Ra.
A Choi considerou a pergunta por um instante, seus olhos fixos no horizonte além da janela.
— Não sei. Nunca senti esse cheiro antes, — respondeu ela. — Só conseguia pensar que queria devorar você. Eu queria te morder. Só fiquei pensando em te morder e devorar. Só conseguia pensar nisso. Depois, ouvi sua voz. Foi o som da sua voz que me despertou, Lee Hye Ji. Ou devia te chamar de... admiradora?
Os olhos de Hye Ji arregalaram-se levemente, seu coração batendo alto demais, e Nam Ra podia ouvi-lo.
— Você... Como você... — gaguejou Hye Ji, sua voz tremendo com a surpresa e a perplexidade da revelação. — desde quando sabe?
— Já faz um tempo, — respondeu Nam Ra, um sorriso suave brincando em seus lábios enquanto ela voltava seu olhar para além da janela, perdida em lembranças. — por que nunca se identificou nos bilhetes?
Hye Ji lutou para processar as palavras de Nam Ra, uma avalanche de emoções tumultuando seu coração.
— Tive medo de ser rejeitada, — confessou ela, sua voz carregada de vulnerabilidade. — então preferi me manter no anonimato.
— Você não seria rejeitada, — assegurou Nam Ra, seu tom de voz suave e reconfortante, fazendo o coração de Hye Ji acelerar ainda mais, se é que isso era possível. — poucas vezes consigo sorrir quando estou no colégio, mas todas as vezes que sorri foi por sua causa. Seus bilhetes eram a melhor parte do meu dia. Com o tempo, percebi que era você. Sempre estava na minha sala, espiando as minhas reações.
Um sorriso tímido brincou nos lábios de Hye Ji, seu coração se aquecendo com as palavras sinceras de Nam Ra.
— Acho que eu não era tão discreta quanto pensei que fosse — ela admitiu com um leve rubor nas bochechas, seus olhos encontrando os de Nam Ra com uma mistura de gratidão e admiração.
— Eu fiquei feliz quando me dei conta. — confessou a Choi. — Você estava sempre na minha sala, rindo junto aos seus amigos, e a sua risada me fazia querer sorrir, então eu gostei de saber que a pessoa era você. Então passei a observá-la discretamente e até mesmo comprei o mesmo livro que você tanto lia. Temos gostos parecidos e fiquei animada por conta disso também. Mas nunca tive coragem o suficiente para dizer, então estava esperando você dar o primeiro passo. No entanto, estamos em um tipo de apocalipse, não quero me arrepender.
As palavras de Nam Ra ecoaram na sala, preenchendo o espaço com uma sensação de intimidade e conexão genuína entre as duas garotas. Hye Ji sentiu seu coração transbordar de emoção diante da coragem e sinceridade da Choi, uma onda de calor se espalhando por seu peito.
Assim que a presidente terminou de falar, Hye Ji voltou sua atenção para ela, seus olhos brilhando com uma intensidade que refletia a profundidade de seus sentimentos.
Hye Ji pegou a câmera da mão de Nam Ra, seus dedos tremendo ligeiramente de nervosismo enquanto ela a posicionava na altura do próprio rosto. Um suspiro escapou de seus lábios enquanto ela engolia em seco, preparando-se para fazer sua própria confissão diante da câmera.
— Então eu preciso dar o próximo passo. Choi Nam Ra... — chamou Hye Ji, sua voz embargada pela emoção que transbordava de seu coração. — você aceitaria... namorar comigo?
A pergunta pairou no ar, carregada de expectativa e ansiedade, enquanto Nam Ra segurava a respiração, seu coração martelando no peito com uma mistura de nervosismo e esperança.
Antes que pudesse responder, Nam Ra sentiu seu rosto ser virado delicadamente na direção de Hye Ji, seu coração acelerando ainda mais à medida que ela se aproximava lentamente. E então, seus lábios se encontraram em um beijo doce e apaixonado, selando o acordo silencioso entre elas.
Hye Ji fechou os olhos, entregando-se ao momento que tanto ansiava, enquanto Nam Ra retribuía o beijo com uma intensidade que fez seu coração cantar de felicidade. A câmera, ainda ligada, capturava cada instante daquele momento especial, eternizando-o para sempre em suas memórias.
Quando finalmente se afastaram, os olhos de Hye Ji brilhavam com uma alegria radiante.
— Que bom... que vivi isso antes de morrer — murmurou Nam Ra.
Hye Ji parou a gravação e colocou a câmera cuidadosamente sobre a mesa, sua mão encontrando a de Nam Ra em um gesto de ternura e apoio. Um sorriso tímido brincou em seus lábios, iluminando seu rosto com uma expressão de felicidade genuína. No entanto, a culpa logo se insinuou em seus pensamentos, extinguindo o brilho de seu sorriso.
— Não é justo. — murmurou Hye Ji de repente, Nam Ra captando sua mudança de humor com preocupação. — Não é justo estarmos juntas quando eu contribuí para a sua condição atual.
— Eu não entendi, o que quer dizer? — indagou a presidente, sua voz carregada de confusão e inquietação diante da súbita alteração de Hye Ji.
Antes que Hye Ji pudesse responder, Ji Min se aproximou da dupla para informá-las de que podiam se desamarrar. No entanto, ela parou abruptamente ao ouvir as palavras intrigantes da Lee.
— É provável que esse vírus tenha começado com o professor Lee Byeong Chan, — confessou Hye Ji, sua voz ecoando pela sala com uma seriedade sombria. — o vírus que tanto discutíamos e falávamos com fascínio. Apesar de não ter começado isso... Eu contribuí, ajudei o professor Lee Byeong Chan a estudar sobre o vírus.
A revelação chocante pairou no ar, envolvendo a sala em um silêncio pesado e tenso.
— Do que está falando? — Ji Min questionou, atrás delas.
Nam Ra e Hye Ji trocaram olhares rápidos por cima do ombro quando ouviram a voz de Ji Min, surpresas ao perceberem que ela estava ouvindo.
— Ji Min... — Nam Ra começou, mas antes que pudesse dizer mais alguma coisa, ela e Hye Ji se levantaram em um reflexo instintivo diante da súbita intensidade da situação.
Ji Min avançou impiedosamente em direção a Hye Ji, agarrando-a pelo colarinho com uma expressão de fúria e incredulidade estampada em seu rosto.
— Você fez isso?! responde! — exigiu Ji Min, sua voz carregada de raiva e acusação.
Tretas e tretas
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