7 anos depois
Uchiha Sasuke
Eu estava tendo um sonho ótimo, estava só, absolutamente em paz em um campo paradisíaco, as flores coloriam toda a extensão da paisagem, um rio calmo e cristalino atravessava aquele pedaço de paraíso, o silêncio o dominava por completo. Estava completamente absorto nesse lugar, sentia como se a terra estivesse próxima de me engolir por completo, e de uma certa forma eu ansiava por aquilo. Assim que estava pronto pra me entregar de corpo e alma a aquela ilusão acalentadora, sou interrompido por um som irritante e alto, que rasga meus ouvidos de imediato, levo minhas mãos ao lado da cama tentando encontrar o maldito despertador que insistia em testar minha paciência, assim que o encontro o desligo com um soco um pouco mais forte. Me viro na cama ficando de frente para o teto tentando recobrar a minha consciência que ainda estava distante.
– Bom dia porra de mundo. - abro meus olhos de maneira devagar, o quarto estava escuro e frio, era a aura com a qual eu já estava acostumado, levanto meu corpo me mantendo sentado na cama ainda recuperando energias. Olho ao lado para foto da minha mãe que ficava em minha cômoda, ainda doía tanto. – Bom dia, mãe. - digo levantando um sorriso leve de canto.
Minha mãe havia falecido quando eu fiz dezoito anos, cara foi tudo tão rápido, e a ausência dela era sentida até mesmo agora um ano depois que ela se foi, ela faleceu em um acidente, estava voltando pra casa depois de me levar a uma festa, foi quando na volta um maldito motorista embriagado... eu nunca me esqueci daquela cena, os metais do carro manchados de sangue, a comoção dos jornais, as ligações intermináveis me perguntando se eu estava bem. Meus olhos começavam a marejar a medida que eu me lembrava dos detalhes sórdidos da minha perda, foi quando meu telefone vibra exibindo na tela uma mensagem, a única fonte de luz que emanava no meu sombrio e deprimente quarto, era uma mensagem de Sakura.
Rapidamente peguei meu telefone ouvindo a mensagem da rosada. – Oi Sasuke, estamos esperando por você aqui nos portões da sua casa, vê se dá um jeito de levantar logo seu preguiçoso. - o tom da sua voz no áudio era autoritário, porém não podia deixar de notar o segurar do seu riso em meio a frase.
Recobrei o restante da minha consciência ao levantar da cama e me espreguiçar, fui em direção ao meu armário pegando minhas roupas com os tons de sempre, pretas, dá touca do meu cabelo ao meu jeans rasgado, era uma cor que combinava comigo, aliás a que eu mais gostava em mim também. Peguei minha mochila nas mãos e abri a porta do meu quarto me deparando com o corredor vazio, provavelmente Itachi já estava trabalhando, e meu pai sequer deve ter voltado para casa, desde a morte da minha mãe, seu trabalho parece ter virado seu refúgio, voltar para casa que ele dividia com ela provavelmente lhe trazia dor, mesmo que seus dois filhos ainda permaneçam aqui, talvez nem mesmo nossa presença consiga preencher o vazio que nele ficou. Rapidamente fui em direção a porta de saída quando sou chamado a atenção por uma voz firme porém agradável.
– Sasuke, já está de saída? - a voz do meu tio era calma porém surpresa, acho que ele não esperava que eu fosse sair na surdina como um ladrão.
– Sim tio, me desculpa por não parar pra ir te ver, meus amigos estão me esperando lá fora e eu estou com um pouco de pressa. - eu respondi com as mãos nos bolsos da minha calça, esperando que ele não iniciasse uma conversa demorada como de costume.
– Bom dá pra ver que você realmente está apressado, você está bem? Precisa de dinheiro pra comprar alguma coisa pra comer? - ele me perguntava com um tom caloroso, por mais gentil que fosse, sua voz aveludada fazia com que eu me sentisse deprimente, sei que não era sua intenção, mas era quase como se ele tivesse pena de mim o tempo todo.
– Sim tio Madara, eu estou bem, e não, não preciso de dinheiro eu tenho. - eu o respondi olhando para chão chutando o mesmo de leve, eu precisava sair dali antes que o monólogo se iniciasse.
– Tudo bem, mas ei, eu não pude deixar de perceber que você está, como posso dizer, um pouco distante! Escuta, sei que já faz muito tempo desde... você sabe... - ele pausa vindo em minha direção, qual é, eu perdi minha mãe mas nem por isso virei um cristal frágil.
– Tio... meu amigos ainda estão me esperan-
Sou interrompido pela sua voz que passa por cima da minha. – Eu só quero que você saiba, que o motivo de eu ter vindo pra cá, tanto eu, quanto seus primos, nós viemos para dar uma força pra vocês, se precisar de algo pode contar conosco.
Eu consigo sentir pelo seu gesto que ele está sendo honesto, eu agradeço de verdade pela sua presença, desde que ele e meus primos, Obito e Shisui vieram pra cá, a aura da casa melhorou uns noventa por cento em relação ao que era quando minha mãe se foi, mas essa mania deles me verem como um andarilho depressivo me irritava, eu estava lidando com aquilo do meu jeito, se eu precisasse conversar já teria feito.
– Tio, posso ir agora? - olhei pra ele tentando demonstrar corporalmente que eu estava com pressa, ele assentiu com a cabeça e eu me virei abrindo a porta e fechando quase que no mesmo instante.
Uma vez lá fora eu respiro fundo tentando processar a cena que acabará de acontecer. Assim que recobrada o restante da minha sanidade desço as escadas indo em direção ao portão abrindo o mesmo, lá fora estavam as figuras dos meus amigos: Ino, uma garota linda e popular de olhos verdes, filha de um dos professores da nossa escola, ao lado dela estava seu namorado Sai, um garoto pálido de cabelos pretos, sua família era formada por um grupo de pintores renomados da cidade, e ao deles estava ela, com seu rosto encantador de sempre, suas madeixas rosas que se destacavam em qualquer lugar, Sakura, me lembro bem do dia em que nos conhecemos, seus pais eram amigos da minha mãe, no enterro dela, lá estava Sakura nunca me esquecerei de como ela veio de forma gentil me consolar naquele momento difícil, desde então nos aproximamos em uma amizade forte, o porém, é que com o tempo não era somente amizade que eu sentia por ela.
– Até que enfim, a gente achou que teria que escalar a torre pra te resgatar Rapunzel Uchiha. ‐ o tom de voz de Ino era preenchido com seu sarcasmo de sempre, ela estava envolvida nos braços de Sai que estava entrelaçado na sua cintura.
– O que vocês esperavam? Vieram na minha casa cedo demais, dá próxima vez aviso as empregadas que uma mendiga loira vai vir aqui pegar um pão, assim você não fica com fome conforme me espera.
Minha palavras não puderam deixar de fazer com o que Sai risse, Ino retribuía a sua risada com um soco no braço e uma cara de brava, Sakura então cutuca meu braço chamando minha atenção para si.
– Ei, o seu irmão por acaso já saiu? - ela me perguntou com uma cara confusa, normalmente Itachi vai conosco até metade do caminho, porém de uns tempos pra cá, a empresa dá família vem demandando mais tempo devido a algumas crises econômicas que o país enfrentava, o que fazia com que ele tivesse que sair mais cedo.
– Olha só a fã número um, sim seu ídolo teve de sair mais cedo, porquê? - perguntei pra ela a olhando com um semblante de ironia.
– Há Há como você é hilário, eu só perguntei por que já estava acostumada com a presença dele, aliás não precisa ficar com ciúmes, você sabe que é meu Uchiha favorito. - ela diz isso puxando minha touca para baixo tampando totalmente meus olhos.
– Aí, vai bagunçar meu cabelo. - eu digo ajeitando minha touca olhando pra ela com reprovação.
– E ele por acaso algum dia já esteve arrumado? - Sai diz divertido na intenção de me provocar.
– Podia dizer o mesmo dessa sua cara. - eu respondo a sua provocação o que faz com que Ino solte uma risada divertida.
Continuamos caminhando pondo algumas conversas em dia e levantando alguns tópicos engraçados no meio do caminho, estar com esse pessoal fazia meus dias melhorarem bastante, como se todas as minhas preocupações fossem totalmente embora mesmo que de maneira momentânea. O caminho foi agradável a maior parte do tempo, foi quando em dado momento nós nos topamos, eu e ele, lá o estava com aquele sorriso incendiador de sempre, seus olhos azuis penetrantes, ele estava na porta de sua casa e não estava sozinho, seu grupo de sempre o acompanhava, seus dois amigos, ou poderia dizer, seus dois novos melhores amigos?
Uzumaki Naruto
– Naruto, não esquece de levar seu caderno de novo. - meu pai dizia em tom de desistência, não era incomum que devido a minha agitação eu acabasse esquecendo algum item escolar.
– Isso nem é tudo Minato, dá última vez ele esqueceu a mochila e disse pra nós não contarmos para o senhor, mas não podemos deixar que nosso amigo se safe tão ardilosamente de suas responsabilidades. - Shikamaru dizia me fazendo mostrar o dedo pra ele, já que eu estava com a boca cheia e não podia respondê-lo.
– E quando ele se esqueceu do trabalho da faculdade e teve a nota completamente zerada porque ele jogou durante o período de fazê-lo. - Gaara dizia entrando na onda do Shikamaru para me irritar.
Imediatamente engulo o restante do meu café da manhã, logo me virando para os dois que estavam em minha frente rindo em silêncio.
– Por que vocês não vão se fuder? - eu respondo já perdendo a paciência com meus dois amigos palhaços.
– NARUTO! - meu pai diz repreendendo meu vocabulário. – Tem sorte de sua mãe não estar próxima, ela imediatamente teria te virado do avesso. - ele se vira falando comigo enquanto enxugava algumas louças que ele havia acabado de lavar.
– Isso porque o senhor não sabe as atrocidades que ele fala em sala. - Gaara continuava o intuito de queimar minha imagem diante do meu pai.
– Porque você não engasga com esse pão hein? - digo chutando a perna dele por debaixo da mesa, logo ele faz uma careta de dor retribuindo o gesto.
– Aí cara! É minha perna. - Shikamaru diz se abaixando para massagear o local que havia sido chutado.
– A gente vai se atrasar, vamos. - disse me levantando da mesa organizando os pratos sujos para facilitar a retirada.
Vou com os meninos em seguida para o meu quarto para que pudéssemos pegar nossas coisas, era muito bom quando Shikamaru e Gaara dormiam aqui em casa, além de me fazerem rir a noite toda, também ficávamos jogando até cairmos no sono, e claro eles acabavam sendo uma compainha bastante bem vinda pra ir até a escola. Logo que ajeitamos nossos materiais descemos as escadas indo em direção a porta de saída, antes de sair vou até o meu pai me despedindo dele com um beijo na bochecha.
Uma vez lá fora as provocações dos dois continuavam, não podia deixar de revirar os olhos com as bobagens dos dois, e então eu olhei para o lado, e lá ele estava, seu rosto encantador e bonito, com aquelas roupas que pareciam ter sido desenhadas apenas para ele, uma vez que seu charme aumentava ainda mais. Ele acena pra mim sorrindo, como ele conseguia? Fazia tempo que não conversávamos por horas como antes, nos meses que se passaram ele estava distante, parecia ter se tornado um completo estranho, e ainda assim as vezes ele agia como se estivéssemos totalmente próximos, retribuo seu aceno mas com a cara mais séria e me viro novamente para Shikamaru e Gaara.
– Vamos pegar outro caminho. - eu digo passando entre os dois.
– Ei, mas ali é o caminho mais rápido, além do mais o Sasuke está ali, não prefere que andemos juntos. - Shikamaru dizia estranhando meu comportamento repentino.
– Eu quero andar um pouco mais hoje. - digo não parando de seguir em frente, eu sei que não era justo com meus amigos que fôssemos pelo caminho mais longo, mas só de imaginar andar com o Sasuke depois dele me afastar bruscamente de forma aleatória, eu ficava com raiva.
Nosso caminho se seguiu num silêncio absoluto, eu podia sentir emanando dos meus amigos a vontade de me fazer perguntas, mas eu estava torcendo que eles deixassem isso para depois.
– Vocês chegaram a estudar alguma vez? O período de provas está chegando e eu não peguei nos livros nenhuma vez. - o ruivo dizia alternando seu olhar entre nós dois.
– Eu não preciso estudar, já dominei todos os assuntos que tiveram nesse trimestre. - Shikamaru respondeu de forma indiferente, eu admirava a sua inteligência, devia ser muito a sensação de ser o primeiro da classe o tempo todo.
– Vou deixar para estudar uma semana antes, fica mais fácil de lembrar na hora. - digo enrolando a tira da minha mochila entre os dedos.
– Quer apostar quanto que ele vai esquecer completamente de estudar? - Gaara dizia olhando para o nosso amigo com o olhar presunçoso.
– Espera só até minha nota ser maior que a sua, aí nós conversamos. - eu digo me virando para ele com o olhar desafiador.
– O quê é aquilo ali? - Shikamaru disse apontando para o outro lado da rua.
Era possível ver quatro pessoas, uma delas estava sentada no chão enquanto as outras o cercavam, era nítido que se tratava de um cena de intimidação, nos aproximamos devagar para que pudéssemos ver por inteiro, o garoto no chão era Choji, um colega de classe, e os outros ao seu redor eram Hidan, Deidara e Sasori, três valentões imbecis, o nariz de Choji estava sangrando, Gaara insistia para que apenas continuassemos o nosso caminho, mas eu não podia passar apenas fingindo não ver nada.
– Você achou mesmo que podia com a gente seu filho da puta? - Hidan dizia limpando seu nariz que também estava sangrando, deixando claro que Choji havia reagido, o que faria com que sua situação seria pior.
– Vamos estourar esse merda de porrada até ele aprender a não dar uma herói. - Sasori dizia acompanhado de Deidara que sorria ansiando pelo momento, cretinos!
– Vocês não acham que três contra um é covardia? - me aproximo do grupo chamando a atenção deles pra mim, eu não era bom de brigar, mas não podia deixar alguém naquela situação.
– Olha só quem também decidiu bancar o herói, ou eu devia dizer "heroína". - Hidan diz sarcástico se aproximando de mim, seus amigos também riem do que pra mim era mais uma tentativa de piada do que uma em si.
– Deixa ele em paz. - passo por ele ignorando completamente sua existência e vou em direção ao Choji o ajudando a levantar, de repente sou interrompido por um solavanco, quando me dou conta da situação eu estava sendo prensado contra a parede por Hidan.
– Escuta aqui "florzinha", porque é que você só não some daqui enquanto eu estou decidindo se te quebro também, aviso de amigo.
– Primeiro, você precisa tirar essa sua carcaça imunda e medíocre de cima de mim. - retiro seu braço do meu peito para que eu pudesse ter liberdade de movimento. – Segundo, eu disse pra deixar ele em paz, e terceiro, nós não somos amigos!
Ele me encara de maneira fria e calculista, esses caras eram perigosos, eu sequer sabia o que esperar dessa situação, mas sabia que eu já tinha mergulhado de cabeça, e não podia me virar e dar as costas agora. Gaara e Shikamaru se posicionaram do meu lado, deixando a situação mais justa, se fosse para acontecer algo, seriam três contra três.
– Está tudo bem por aqui? - uma voz firme emanava por detrás dos três delinquentes, e a sombra de homem maior pairava sobre todos nós, era Asuma, o delegado da cidade.
– Claro que está, só estávamos batendo um papo. - disse Sasori assumindo o comando da situação. – Mas a gente já estava de saída não é galera?
Seus amigo afirmam positivamente com a cabeça, o comportamento deles havia mudado bruscamente, bem como os ratos que eles eram, não se faziam de grandes diante de alguém maior. Logo os três começam a se afastar mas não antes de Hidan de virar pra mim e dizer: – A gente se vê Naruto.
Eu sabia que suas palavras não eram aleatórias, aquilo era uma ameaça, eu estava marcado por aqueles três a partir de hoje. Asuma foi até Choji examinando seus ferimentos, ele retira um lenço no bolso o oferecendo para o garoto, ele então se vira pra nós.
– Vocês querem prestar alguma queixa? Eu conheço aqueles garotos, sei dos problemas que eles normalmente causam. - ele diz cruzando o braço ficando diante de nós.
– Não, está tudo bem, eles não são mais problema por agora. - disse Shikamaru tentando amenizar um pouco os ânimos de todos.
– Sim, já basta saber que eles foram embora. - o ruivo concordou em também não ir adiante naquela situação.
– Err, eu tenho que agradecer a vocês, não sei o que aconteceria se vocês não tivessem chegado. - Choji disse terminando de limpar o sangue e a sujeira do chão que estavam em seu rosto.
– Tá tudo bem cara, a gente só não podia ignorar a situação. - eu disse dando alguns tapinhas no ombro dele na tentativa de tranquiliza-lo.
– Bom já que a situação está resolvida então, vou continuar meu caminho, mas caso precisem de ajuda, não hesitam em me procurar. - ele diz caminhando em direção a sua viatura e logo após indo embora, desaparecendo assim em meio ao fluxo de carros.
Já estávamos um pouco atrasados devido ao imprevisto da rota, por isso decidimos caminhar o quatro juntos, para que tudo ocorresse o mais o normal possível pelo resto do caminho. Ao chegarmos as instalações da faculdade nós nos despedimos, indo cada um para suas respectivas aulas, Shikamaru estudava relações internacionais, Gaara estudava finanças, aliás era da mesma sala que Sasuke, e eu estudava design gráfico. A caminho das minhas aulas uma voz doce e familiar me chama por trás.
– Oi Naruto. - ela me dizia com aquela animação de sempre, ela sempre fazia questão de fazer parecer que me ver era o ponto alto dos seus dias.
– Oi Hinata, como você está? - eu disse um pouco sem jeito, aliás esse era o meu comum em sua presença, uma vez que estávamos prometidos de nos casar desde pequenos, embora esse não fosse o maior dos meus problemas, desde os meus treze anos eu já sabia quem eu era, e do que eu gostava, mas como dizer isso pra todos, meus pais, as pessoas do colégio, a própria Hinata, como dizer que na verdade eu gostava de meninos?
– Eu estou tão feliz em te ver, tenho uma série de assuntos pra falar contigo. - ela entrelaça nossos braços se mantendo próxima.
– Ah sério? Do que se trata? - pergunto curioso, embora eu não gostasse dela da mesma maneira que ela demonstrava, não deixava de nutrir um carinho pela mesma, Hina era extremamente doce e alegre, e me animava ter ela por perto.
Íamos caminhando em direção as nossas salas comentando sobre assuntos aleatórios dos nossos dias passados, Hinata me contava sobre como estava animada para as provas recentes pois assim que acabassem ela faria uma viagem com sua família para fora, estávamos tão completamente envolvidos em nossas conversas que não notamos o grupo em nossa frente no qual acabamos batendo.
– D-desculpe. - nossas vozes disseram ao mesmo tempo em uníssono, por um segundo fiquei paralisado ao olhar em seus olhos, esse efeito dele era constante em mim, diante de meu rosto estava naquele momento Sasuke, meu melhor amigo, distante pelos últimos meses, e também o garoto por qual em segredo eu ansiava apaixonadamente.