The Stripper - Ferlane

By lovingbamb

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Você já imaginou ter duas vidas? Ser duas pessoas ao mesmo tempo? Aposto que sim. Mas entre pensar e viver ha... More

Capítulo 1- Duas Vidas
Capítulo 2 - Voltando ao Rio de Janeiro
Capítulo 3 - The Stripper
Capítulo 4 - Nova Presidência
Capítulo 5 - Primeiro Dia
Capítulo 6 - Conversa e mais tempo juntas.
Capítulo 7 - The Dance
Capítulo 8 - The Kiss
Capítulo 9 - Perdendo o controle
Capítulo 10 - Le Café
Capítulo 11 - Sweet Illusion
Capítulo 12 - Confusion
Capítulo 13 - Presente, carona e conversa
Capítulo 14 - Wicked games
Capítulo 16 - Reencontro
Capítulo 17 - Conhecendo a família
Capítulo 18 - Um dia diferente
Capítulo 19 - Uma dança
Capítulo 20 - Voltando a dura realidade
Capítulo 21 - O troco
Capítulo 22 - Perdidas
Capítulo 23 - Arrisque-se
Capítulo 24 - Fuck you all the time
Capítulo 25 - Caminhos Cruzados
Capítulo 26 - Brigas e reconciliação
Capítulo 27 - Uma nova aliança
Capítulo 28 - Um dia diferente
Capítulo 29 - Moments
Capítulo 30 - A descoberta
Capítulo 31 - Confronto
Capítulo 32 - Whirlwind of feelings
Capítulo 33 - Caindo em tentação
Capítulo 34 - Negociações
Capítulo 35 - Coisas do passado
Capítulo 36 - Baile de Máscaras
Capítulo 37 - Pedidos
Capítulo 38 - Questão de Conhecer
Capítulo 39 - Quem manda nesse jogo?
Capítulo 40 - Vai dar tudo certo?
Capítulo 41 - Mentir, sim ou não?
Capítulo 42 - Surpresa
Capítulo 43 - O Voo
Capítulo 44 - Segredos
Capítulo 45 - Sair, sim ou não?
Capítulo 46 - Decisão
Capítulo 47 - The Lap dance
Capítulo 48 - Xeque-mate
Capítulo 49 - Estratégia
Capítulo 50 - A nova era.
Capítulo 51 - Acerto de contas
Capítulo 52 - A perda
Capítulo 53 - Novos tempos
Capítulo 54 - O casamento
Capítulo 55 (Final) - O Poder
Especial The Stripper - A família
Especial The Stripper - Dois lados.
Especial The Stripper - Dear Stripper

Capítulo 15 - Chegada inesperada

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By lovingbamb

Pov' Alane Dias

Rio de Janeiro - 01h58min

Entrei em meu camarim não acreditando no que havia acabado de acontecer. Eu estava extasiada com tudo aquilo, Fernanda Bande havia acabado de me fazer sua. E eu estava ótima com aquilo, com toda certeza agora tudo havia se complicado mais. Se para mim antes deixar Fernanda era uma tarefa difícil, agora era praticamente impossível.

"O que você fez, Alane..."

Neguei com a cabeça negativamente, enquanto vestia minhas roupas. Ao me olhar no espelho percebi algumas marcas em meu corpo, Fernanda havia me deixado marcas avermelhadas pelo pescoço e perto dos seios, maldita.

Ao terminar de vestir a última peça de roupa, dei uma última olhada pela boate, e não havia mais sinal dela ali. Fernanda sabia que eu não a queria com outra, e cumpriria aquilo firmemente.

Saí pela porta dos fundos para não ser notada por ninguém. A noite estava fria, rajadas de vento faziam meu corpo se arrepiar. Caminhei rapidamente até a avenida mais próxima, quando vi Fernanda sair em seu carro. Ela nem sequer notou alguém ao seu redor, ela havia obedecido minhas ordens para que não ficasse na Imperium sem minha presença. Aquilo realmente me agradava.

Minha vontade era de me aproximar dela, e passar o resto da noite em seus braços. Mas por hoje, eu já havia ultrapassado demais os limites, então não deveria continuar.

Em exatos quinze minutos eu já estava entrando em meu apartamento, imaginando que Bia estivesse dormindo e Anny também. A casa estava puro silêncio, caminhei em passos lentos para não fazer sequer um barulho, e quando finalmente abri a porta do meu quarto, ela já estava me esperando. Anny.

- Porque chegou a essa hora?

Anny perguntou desconfiada, a mulher caminhava a meu redor como quem estivesse me analisando.

- O show demorou a acabar hoje

Tentei falar o menos empolgada possível, fingir ou mentir para Deniziane era praticamente impossível, aquela mulher me conhecia melhor do que ninguém.

- Não minta para mim Alane, hoje a apresentação foi em grupo. Imagino que seu atraso tenha nome e sobrenome.

Olhei para ela reprimindo um sorriso no rosto, ela não deixava escapar uma.

- Eu não vou ficar mentindo para você Anny, meu atraso se chama Fernanda.

- Sabia! O que você andou aprontando com a Chefa?

Anny perguntou receosa e ao mesmo tempo animada. Sentando na cama, e me chamando para sentar ao seu lado. Seu olhar era curioso, e com um toque de ansiedade. A mulher pegou seu copo de água, tomando enquanto esperava que eu falasse algo.

- Eu transei com ela

Ao ouvir Anny cuspiu todo o líquido que estava tomando, provocando-me uma risada alta.

- Você o que? – ela perguntou de olhos arregalados.

Eu fechei os olhos deitando ao lado de Anny.

- Isso mesmo que você ouviu, Fernanda e eu transamos. E nossa Anny, ela é maravilhosa!

- Oh meu Deus, você enlouqueceu de vez? Você esta bêbada né?

Soltei uma risada divertida, enquanto ela tentava cheira meu hálito, provavelmente procurando álcool.

- Não, eu estou muito sóbria. Eu sei que isso é perigoso, mas Anny eu não tive como recusar.

- Claro que você tinha Alane, ela não abusou de você eu espero.

- Eu queria, e ela também.

- Você percebe no passo que acabou de dar? Fernanda está determinada a ter você, mas eu lhe pergunto uma única coisa, e quando ela quiser ver seu rosto? Porque eu te garanto que ela não vai querer viver esse segredo a vida toda.

Fitei Anny que me mostrava a verdade na cara dura. Eu estava feliz demais aquela noite, eu não queria pensar nas possíveis consequências que meus atos iriam causar, eu queria apenas aproveitar o quão bom aquela noite havia sido.

- Isso não vai acontecer agora, e quando acontecer eu pensarei no que fazer.

- Tudo bem Lane, mas tenha cuidado. Eu me preocupo com você

A mulher se aproximou me dando um abraço apertado.

- Sei que sim, e obrigada por isso!

- Não tem o que agradecer. Durma bem!

- Você também!

 E após um bom banho, tenho certeza que aquela noite Fernanda habitaria meu sonhos.

Pov' Fernanda Bande

Aquele seria um belo dia para ficar na cama, se eu não tivesse que trabalhar, é claro. Abri os olhos percebendo inúmeras frestas de luz adentrando meu quarto, persianas abertas, que gênia Fernanda! Espreguicei-me sobre a cama, lembrando do quão boa a noite passada havia sido. Não tinha motivos para mau humor, e nem reclamações, acordar cedo era o mínimo detalhe da vida quando na noite anterior havia passado com Anne.

"Anne, como você consegue fazer isso comigo?"

Peguei-me sorrindo ao lembrar de cada detalhe da noite anterior. Era nitidamente um fato comprovado pela ciência que sexo faz bem a saúde. Nada poderia explicar meu excesso de bom naquela manhã.

Levantei da cama, pisando no chão frio, fazendo todo meu corpo se arrepiar, eu precisava de mais sol ali, apesar de o frio ser perfeito.

Segui para o banheiro fazendo minha higiene matinal, terminando rapidamente. Hoje eu não usaria saia, optei por uma calça cor de vinho, de material macio e um tanto colado em meu corpo, uma blusa preta de gola alta e mangas compridas. Mesmo assim, eu ainda parecia formal demais, o que já me era de costume.

Depois de um rápido café da manhã, Davi já estava aposto, me esperando em frente a Mercedes preta. o rapaz soltou um bom dia bem humorado, com toda certeza se espantando com meu semblante alegre.

- Bom Dia Davi! – falei animada.

O rapaz me fitou por alguns segundos, e sorriu.

- Bom Dia Fernanda.

- Quanto tempo não me chamava assim – falei sorrindo, enquanto entrava no carro.

- Tenho que tratá-la com o respeito de um funcionário para com seu patrão Sra. Bande.

Eu nada falei, apesar de Davi ser um ótimo funcionário, eu não poderia afrouxar as rédeas. Uma coisa importante no qual meu pai havia ensinado era separar o trabalho da vida pessoal, e até o momento eu estava sabendo lidar com aquilo.

Em poucos minutos eu já estava no elevador da Bande's Industry, assim que a porta de metal se abriu, e os funcionários colocaram os olhos sobre mim, a correria começou, pessoas rapidamente se encaminhando para os seus devidos setores com medo do que eu poderia falar. Eu nunca ia cansar de como aquela situação era cômica e constrangedora.

Passei entre eles de cara séria e fechada, todos fingindo estarem concentrados em seus monitores. Caminhei rapidamente até avistar a morena sentada, e ela sim concentrada em seu monitor, enquanto digitava algo.

- Bom dia Srta. Dias - Falei sorridente.

Alane colocou a mão sobre o peito, com uma expressão assustada.

- Bom Dia, Sra. Bande.

Sua voz saiu falha, fazendo-me rir de seu estado de nervoso.

- Desculpa por assustar você

- Não tem problema, senhora.

Ela ajeitou os óculos em seu rosto, me olhando calmamente. Hoje Alane Dias estava ainda mais linda? Ou meu dia que estava belo demais? Talvez fosse a primeira opção. Ela usava um vestido preto, justinho e modelado em seu corpo. Seus cabelos estavam presos em um coque elegante, enquanto em seu rosto repousava seus óculos.

- Mesmo? Não quero ter que indenizar sua família por matar você de susto.

Ela sorriu abertamente, levantando-se de sua cadeira e me seguindo até a minha sala.

- Mesmo, eu juro.

Ela entrou na sala, ajeitando alguns papeis em minha mesa.

- Deseja alguma coisa? Um café?

- Sim, eu quero um café, pegue dois!

Ela me olhou confusa. 

- Um para mim e outro para você.

- A senhora está de ótimo humor, não é?

Será que era tão visível? As pessoas estavam notando meu bom humor assim? Ou eu era tão mau humorada que qualquer alteração já fazia uma enorme diferença? Isso tudo culpa de quem? Ela mesmo. Anne.

- Sabe que estou mesmo? Ótimo humor.

Alane sorriu, provavelmente nem imaginando o motivo de eu estava radiante essa manhã

- Muitas vezes dizem ser dinheiro ou amor.

Parei por um instante pensando no real motivo de estar feliz, não era dinheiro é claro. E não acho ser amor, Anne era a mulher que eu mais havia desejado na vida, mas amor? Não, amor era algo muito forte para ser sentido, não é? Eu não tinha como amar uma mulher que se quer eu nem tinha visto o rosto.

"Sra?"

Acordei de meus pensamentos ao ouvir a voz de Alane.

- Sim? Me desculpe, eu estava pensando.

- Não tem problema, hoje seu tempo está mais livre. Apenas uma pequena reunião depois do almoço com os engenheiros.

- Perfeito Srta. Dias, muito obrigada.

Alane rapidamente se retirou da sala, deixando-me com aquele enorme ponto de interrogação na cabeça. O que eu tinha com Anne? O que eu sentia por ela? Obviamente para a primeira pergunta, a resposta era simples, nada. Eu não tinha absolutamente nada com a stripper. Apenas encontros casuais, e futuras noites de prazer. Não que eu me queixasse, o que ela me dava supria minhas necessidades mais remotas. E o que eu sentia? Atração, desejo, domínio. Sim, eu estava em um jogo perverso com ela, e o pior de tudo, eu gostava daquilo.

Horas depois da reunião, Alane e eu entramos em minha sala discutindo sobre os assuntos do quais os engenheiros revogaram.

- Srta. Dias, é algo sem fundamento. Não posso fazer isso.

Falei brava enquanto me sentava.

- Se acalme, talvez devêssemos procurar uma melhor forma de favorecer os dois lados.

- Ok, vemos isso depois. Eu estou com um ótimo humor para me estressar.

Alane sorriu me fitando. Mudei de foco olhando a papelada sobre minha mesa, até ouvir o bipe de meu celular. Desbloqueei a tela, vendo a mensagem, era de Lucas.

"Só para lembrar que vou estar esperando você Nanda, e não vou aceitar qualquer desculpa. Te espero esse final de semana"

Droga, eu não queria ir, será que ela não poderia entender? Aguardar toda aquela situação sozinha era mais difícil do que ela podia imaginar. Pensei em mil maneiras de negar aquele pedido e ficar, mas eu simplesmente não poderia. Talvez se levasse alguém comigo, diminuiria mais minha aflição. Eis que ninguém menos que minha secretária, seria a ideia perfeita para sair de lá. Mas será que ela aceitaria? Alane me parecia não ter nada de importante para fazer aos finais de semana, não custaria nada tentar.

- Sra. Bande? - Ela me chamou.

- Sim?

- Gostaria de lhe pedir algo, se não fosse um incomodo é claro.

- Claro Srta. Dias, sente-se.

- Bom, primeiro eu gostaria de saber se vamos ter algum expediente aqui esse final de semana.

- Creio eu que não vamos ter.

- Ótimo, é que precisaria que a senhora me liberasse esse final de semana, pois gostaria de ver minha família.

Droga, Droga, Droga! Eu poderia ser má e dizer que não, fazer a mulher aguentar minha presença, na casa da minha família, certo? Não, aquilo não seria certo. A secretária havia acabado de arruinar meus planos de me safar daquele lugar.

- Tem que ser nesse final de semana Srta?

- Sim, é algo importante. A senhora vai precisar de mim?

- Não, não. Pode ir, sem problemas.

Alane olhou desconfiada, e por fim sorriu.

- Obrigada, eu prometo ficar fazendo o que a senhora quiser no final de semana que vem.

- Não fale uma coisa dessas não, eu vou acabar explorando você

Alane soltou uma risada divertida, preenchendo o ambiente com aquele som. Eu apenas sorri para mesma, era notável o quão belo era o seu sorriso. Me perdi por alguns segundos admirando, até minha sala ser agressivamente invadida.

- Oi meu amor!

Deus só poderia estar brincando comigo. Vir-me na cadeira, reconhecendo aquela voz. Não era possível.

- O que você está fazendo aqui, Giovanna?

- Isso é jeito de me receber, querida?

A mulher falou sorridente, se aproximando de mim. Enlaçando-me com seus braços, e me apertando em um forte abraço, do qual eu realmente mantive distância. Fiquei calada, sem acreditar e entender aquela situação. Alane me fitava de olhos curiosos e assustados.

- Giovanna, sério, o que faz no Rio?

- Sentir sua falta amor, e vim atrás de você.

- Estava bom demais para ser verdade.

Resmunguei me afastando daquela mulher, olhando pela enorme vidraçaria da minha sala, pensando na hipótese de me jogar dali. Talvez uns 120 metros do chão seria o suficiente para eu morrer.

- Sempre de mau humor. – Giovanna resmungou andando pela sala.

- Eu estava com um ótimo humor até você ressurgir dos mortos.

Eu poderia ter mais azar? Giovanna era minha ex noiva, do qual eu havia me livrado por descobrir que a mesma só estava usufruindo da minha conta bancária. E eu sendo idiota o suficiente para não perceber que ali, amor era a ultima coisa que teria. Deixando Gramado para me livrar literalmente de tudo que me prendia aquele ser, resolvi voltar ao Rio e assumir a matriz. Mas para o meu enorme azar, ela havia vindo atrás de mim.

- Eu sempre estive viva demais Fernanda, e você sabe muito bem disso – a mulher soltou com um tom carregado de malícia.

Alane pigarreou mostrando que ainda estava em minha sala. Olhei para a mesma que parecia estar confusa no meio de um tiroteio.

- Precisa de alguma coisa? – a moça perguntou.

- Um revólver talvez. Mas isso você não pode conseguir, então pode se retirar Srta. Dias.

- Bonita secretária Nanda, está transando com ela também? Igual você fazia com as outras?

Eu arregalei os olhos, procurando uma tentativa de pular no pescoço daquela atrevida. Alane levantou as sobrancelhas, provavelmente acreditando naquilo, ou não. Será que ela me conhecia o suficiente?

- Com licença senhoras.

Giovanna apenas fez um gesto com a mão falando para mesma se retirar.

- Você não cansa?

- De que? – perguntou com um sorriso irônico.

- De perturbar a minha vida! Por Deus, eu vim para ficar longe de você.

- Você tem que entender que ainda me ama, Não pode ficar sem mim. Além de que ainda somos noivas.

Ela falou enquanto mostrava a aliança em seu dedo.

- Você está ficando louca, porque a minha aliança eu já joguei pela privada.

- Você jogou sua aliança na privada?

- Sim, esse é o lugar mais adequado para todas merdas que eu já fiz.

- Saudades classe sabia?

Revirei os olhos tentando me distanciar daquela mulher.

- Eu quero você longe de mim!

- Pois vai ficar querendo, eu voltei para ficar Fernanda. E ainda irei reconquistar você.

- Eu.não.gosto.mais.de.você.

Soltei cada palavra pausadamente para que ela entendesse.

- Farei você gostar, isso não é difícil para mim. Só se você já arrumou outra..- Giovanna falou colocando as duas mãos sobre minha mesa, e me fitando com um olhar curioso.

- Isso não é da sua conta!

- Óbvio que é

Caminhei até a porta, abrindo a mesma rapidamente.

- Saia daqui agora!

- Você anda tão grossa, já foi mais carinhosa comigo Fernanda.

- Eu estou até sendo educada, quando eu mandar um dos seguranças lhe colocar na rua, não reclame!

- Não vou sair!

Eu podia sentir meu corpo esquentar, e não era esquentar de uma forma boa. Eu estava em chamas, mas de ódio. Giovanna depois de meses veio desenterrar nosso noivado que foi puro fracasso, eu com toda certeza não sentia absolutamente nada por ela, a não ser, nojo.

- Alane! – gritei na porta.

A morena rapidamente veio, com um olhar assustado. Provavelmente por eu ter a chamado pelo primeiro nome.

- Leve a senhorita Lima até a saída.

- Vai fazer algo esse final de semana, Fernanda? Posso lhe acompanhar.

- Eu vou sim, vou para outra cidade, o que não é de sua conta é claro.

- Posso ir com você se quiser.

Giovanna se aproximou, colocando os braços por cima de meu ombro, fazendo uma perfeita cena para quem assistia, no caso, Alane.

- Não, eu vou estar acompanhada, obrigada

Falei com um tom rude.

- Posso saber por quem?

- A Senhorita Dias vai comigo.

Alane arregalou os olhos sem entender a situação, eu apenas assenti brevemente. E a mulher esperta, concordou.

- Vocês tem um caso?

- Oh Deus, claro que não senhora. – Alane falou rapidamente.

- Não me faça essa cara de santinha querida, sei muito bem como são mulheres como você.

Ela estava mesmo arrumando confusão com minha secretária?

- Senhora Lima, eu sou muito educada com qualquer pessoa que entre aqui, mas a partir do momento que elas falem de mim, algo que nem sequer sabem. Eu posso ser um pouquinho mais grossa.

Olhei para Alane sorrindo, ela era brava, e isso era ótimo.

- É melhor a senhora sair, Dona Bande já deu a deixa.

Giovanna ficou paralisada, olhou para mim, provavelmente esperando que eu falasse algo. E eu apenas me calei.

- Muito sem educação a sua secretária, irei trocá-la assim que voltar a ser sua mulher. Vemo-nos em breve Fernanda.

A mulher falou saindo, deixando apenas Alane e eu.

Pov' Alane Dias

Olhei para Fernanda que sentou-se no sofá como quem estivesse exausta.

- Obrigada – ela falou calmamente. – E me desculpe.

- Não tem que se desculpar senhora.

- Tenho sim, você não merece que falem assim de você Srta. Dias.

- Eu realmente não me importo com que ela disse.

Fernanda me fitou, seus olhos pareciam cansados.

- Não deveria mesmo.

- Tenho uma pergunta.

- Pode falar Dias.

- Sobre esse final de semana... a senhora falou a ela que eu..

Fernanda rapidamente se levantou, arrumando suas roupas .

- Fique tranquila, foi apenas uma história para que ela me deixasse em paz. Você pode ir ver sua família. Eu até tenho que ver a minha também.

- Certo, obrigada. Qualquer coisa pode me ligar, eu irei atender.

- Sem problemas. Você esta liberada Srta. Bom final de semana.

- Para senhora também.

Levantei do sofá caminhando até a porta quando a ouvi.

- Alane?

- Sim?

- Mais uma vez, obrigada!

Eu apenas sorri para a mulher e sai.

O dia naquela empresa tinha sido cheio, Fernanda chegou sorrindo aos sete ventos, com motivo que obviamente eu conhecia e me animava saber. Anne. Ou melhor, eu. Dei uma ótima noite de prazer para a mulher mais linda que eu já havia visto no Rio. Eu obviamente estava explodindo de felicidade por dentro, mas com toda certeza atuar era bem mais a minha especialidade do que a de Fernanda. A mesma passou o dia bem sorrindo, até a chegada de sua ex. Juro, juro para você que ao vê-la ali meu mundo caiu, eu sabia que Fernanda não tinha absolutamente nada com Anne, mas pensar que a mesma poderia voltar com Giovanna e deixar a Imperium de lado me maltratava.

- Então aquela megera era a ex dela?

Ouvi a voz de Bia ecoar em meu quarto.

- Sim, em pessoa. Como Fernanda disse, ressurgiu das cinzas.

- Pelo menos bom gosto ela tem – Anny falou enquanto comia seu cereal.

- É isso eu não tenho do que falar. E se ela voltar com essa mulher meninas?

- Você disse que ela a odeia.

Beatriz exclamou.

- Eu sei, e ela mostra odiar, mas vai que isso é amor? Que ela só está com raiva dela.

- É uma opção válida mesmo

Me apaixonar por Fernanda foi uma tremenda bobagem, aquela mulher era o tipo de coisa que você sempre quis mas não pode ter. Como Anne eu a tinha, mas e como Alane? Ela nem sequer me notava.

- Falei a você Alane, não se meta com essa mulher. Uma coisa é Anne e a outra é Alane. Se um dia ela descobrir que a Anne é você, aquela empresa cai em nossas cabeças.

Apesar de não querer ouvir, Anny tinha razão. Talvez eu devesse dar um basta nesse jogo perigoso no qual eu estava vivendo.

- Eu não vou pensar nisso agora, vou terminar de arrumar minhas coisas para ir até a casa da minha mãe. Um problema de cada vez, ou eu enlouqueço.

- Por mim você nem iria a casa daquela velha

Anny resmungou, e Bia a repreendeu.

- Deniziane, é a mãe dela!

- E daí? Não interfere em nada.

- Eu preciso esclarecer as coisas com ela, preciso saber para onde esse dinheiro esta indo!

- Tudo bem, qualquer coisa me ligue ok? E eu irei buscar você.

Eu sorri, e me sentei na cama entre as duas. Colocando um braço sobre o ombro de cada uma, e puxando para um abraço apertado.

- Eu amo vocês meninas.

- Eu te amo também Lane, e você também Deni.

- Vocês estão puro açúcar – Anny falou rindo. – isso deve ser o efeito do amor.

-Até parece, você agora não tira os olhos do Matteus. – Bia falou rindo.

- E ele não tira os olhos de você – falei rapidamente.

- Ele é lindo, mas ainda somos conhecidos, amigos e futuros namorados

Anny falou nos fazendo rir. Era tão bom estar com elas que até perdia a hora, mas isso não ia durar muito, em uma hora eu iria pegar o ônibus para enfrentar uma fera cujo nome era Aline, me desejem sorte.





Deixem a estrelinha, dois bjs em vcs!!

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