Amor e Odio

By Lud_Carvalho

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No inicio houve receio, mais uma vez o exagerado do meu pai decidiu me colocar num colégio interno. Como semp... More

Capitulo 1
Capitulo 2
Capitulo 3
Capitulo 4
Capitulo 5
Capitulo 6
Capitulo 7
Capitulo 8
Capitulo 9
Capitulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Aviso
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Obrigada!!!

Capítulo 25

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By Lud_Carvalho

Droga! Dormi demais.
Me levanto correndo direto pro banheiro.
So espero que as senhoras lá não informem a diretora sobre o meu atraso.
Faço minha higiene matinal correndo, visto a primeira roupa que encontro, dou uma arrumada no meu cabelo, coloco um perfume e saio do quarto.

Assim que entro no refeitório percebo algo estranho, as pessoas estão olhando pra mim e sussurrando, outras rindo... não gosto disso.
Alguma coisa aconteceu, e não é boa não.
Vou ate a cozinha e visto meu avental.

- Está atrasada!

- Me desculpe, dormi demais.

Ela revira os olhos e vai embora.
Me posiciono no local e entrego a bandeja com comida pras pessoas.

- Belas tetas.- um cara pra quem entrego a bandeja fala baixo pra mim e sorri malicioso.

- Quê que você disse?

Duas moças a trás dele dão risada.

Olho discretamente pra minha blusa pra ver se esta tudo certo, e não vejo nada de errado.

Meu Deus o que está acontecendo?

Continuo servindo pras pessoas nesse ambiente estranho mesmo, depois de mais algum tempo eles me liberam mas dessa vez eu como na cozinha mesmo.
Não sei o que houve mas o clima está muito estranho e não me sinto confortável pra ficar no salão do refeitório.

Depois que o sinal toca o povo começa a sair e então sobra pra mim arrumar tudo.
Depois que termino devolvo o avental e saio.

Por acaso olho pra um grupo de pessoas e elas parecem estar falando de mim enquanto olham algum papel.

"Mas é uma p*ta mesmo"

Aproximo até o grupo.

- Desculpa, o que disse?

- Se afasta, nojenta.

A menina fala.

- Vamos Larissa, não perde tempo com essa daí.

Elas saem andando.

Não sei o que está acontecendo, mas estou ficando cada vez mais assustada.

Ouço gente murmurando e parece estar vindo dos cacifos, vou até la e quase caio com o que vejo.
Um monte de foto minha de roupa íntima colada em vários lugares do cacifo, na parede e no chão.

Lágrimas surgem, e uma dor forte surge em meu peito.
Falta de ar, tremor, tudo ao mesmo tempo.
Saio correndo, não sei nem de onde veio essas fotos.
Não lembro delas e nem de como tiraram.

Assim que entro no meu quarto, pego no kit de primeiros socorros e vou até o banheiro.
Pego em tudo que é remédio.
Eu tentei, eu aguentei, é demais, pra mim chega.
Papai, mamãe... amo vocês.

POV Diego

Ontem eu ia contar pra Renata sobre as fotos que tirei e mandei pro Tomás, ia explicar tudo o que acontece entre o Tomás e eu.
Mas confesso que hoje não tive coragem de tomar o café na área comum só pra não ter que contar pra ela.
Mas dane-se, eu vou contar.
Eu fiz merda, eu vou arcar com as consequências.

Chego na área comum e percebo uma movimentação estranha.
Caminho mais um pouco e meu mundo desaba com o que vejo.
Cheguei tarde demais.
As fotos dela estão espalhadas por todo o canto.

Renata.

Preciso achar a Renata.
Olho por todos os lados e não vejo ela em lugar algum.
Vou até o quarto dela e bato na porta.

- Renata?

Apenas silêncio.

-Renata, está ai?- silêncio novamente.- Renata por favor, fale algo se estiver ai.

Não adianta.
Tento a sorte e giro a maçaneta.

Está aberta.

Abro a porta devagar e pro meu espanto não tem ninguém no quarto.

- Renata?

A luz do banheiro está acesa e a porta semi aberta.

- Ta aí Lyn?

Caminho devagar e assim que abro a  porta entro em desespero.
Um monte de remédio espalhado no chão e a Renata desmaiada.

- Renata? Renata, acorda.- dou alguns tapinhas em seu rosto mas é em vão.

Carrego-a em meu colo.
Tomara que ainda dê tempo.

Com ela no colo é um pouco difícil de correr mas eu vou o mais rápido que posso.

Finalmente chego na enfermaria.

- Doutora.

Assim que ela me nota vem correndo até nós.

- Meu Deus, o que aconteceu?

Ela me ajuda a deitar a Renata na cama.

- Eu não sei, cheguei no quarto dela e achei ela desmaiada e um monte de remédio jogado no chão.

- Ela precisa ir pro hospital, urgente.

Ela fala e liga pra ambulância.

- Eles já estão chegando, você ja fez muito. Agora vai pra aula.

- Não, eu vou com você e minha aula é só a tarde.

A doutora revira os olhos.

- Tudo bem.

POV Tomás

A neguinha realmente mereceu, ninguém jamais entenderia a alegria que estou sentindo nesse momento.
Com certeza esse definitivamente é seu fim, ela nunca mais terá espaço para a popularidade e vai continuar sendo a fracassada que sempre foi.

- Tomás!- a voz da professora Eva ecoa em minha mente e então me lembro que estou na aula.

- Sim profi.

- Está prestando atenção na aula?

- Mas é claro profi.

- Então poderia por gentileza dizer sobre o que você entendeu?

Ixi ferrou.
Tento pensar em alguma desculpa mas do nada alguém abre a porta com tudo chamando a atenção de todo.

Leonardo?

- Quê isso garoto?- a professora fala.- Estamos no meio da aula.

Ele ignora completamente a professoa e caminha em... minha direção?

Do nada sou surpreendido por um soco, mais um e mais um.

- Por sua culpa a vida da Renata ta em risco!

Mais soco até que finalmente algumas pessoas conseguem tirar ele de cima de mim.

- Me larga seus bando de fudido, eu vou matar esse cara.

- Levem ele pra diretoria, por favor.- a professora ordena e os colegas tentam levar ele mas ele resiste.

- Eu não vou antes de acabar com a raça desse infeliz.

Ele tenta se soltar mas agora mais gente segura ele e finalmente conseguem tirar ele da sala.

- Tomás.- a voz do Júnior chama minha atenção.- Ta sangrando.

Aliso meu nariz e olho pro dedo, realmente estou sangrando.
Foi tudo tão repentino que deu nem tempo de me defender.

Que papo foi aquele? Entendi nada.

- O que houve com o Leo? E que história é esse da vida da Renata estar em risco?- Renato pergunta.

- Estão despensados, sem aulas por hoje. E Tomás vá pra enfermaria.- a professora fala, pega nas suas coisas e sai.

POV Renata

Abro meus olhos devagar e por conta da luz volto a fechar, mas depois de alguns segundos abro novamente vendo então o Diego sentando numa cadeira ao lado.

- Renata?- ele larga o livro e vem até mim.- Graças a Deus Renata, você acordou.

Ele sorri.

Olho ao redor e percebo que estou em um hospital.
Agora me lembro.
Aff onde que eu estava com a cabeça, ia jogar fora minha vida por umas simples imagens.

- Fica ai, eu vou chamar a enfermeira.- ele sai.

Tento me ajeitar na cama mas não consigo, estou muito fraca.

A porta se abre e então entra o Diego e uma mulher que presumo que seja a enfermeira.

- Ah olha só quem acordou.- ela fala sorrindo e vem até mim.

- Como está se sentindo, Renata?

Abro a boca pra falar, mas não consigo.

- Meio fraca não é?- ela pergunta e sorri.- Não consegue falar, eu ja esperava. Mas isso é temporário, não precisa entrar em desespero.

Ela faz carinho em meu rosto.

- Ela vai ficar bem?- Diego pergunta.

- Ela já está bem, só precisa se recuperar o que não leva mais que algumas horas.

Ela mexe em algumas coisinhas e finalmente sai.
Diego puxa sua cadeira pra perto de mim e senta.

- É tudo minha culpa.- lágrimas surgem em seus olhos.- Me desculpe, me desculpe, me desculpe.

Eu fico sem entender e apenas olho pra ele.
Não sei sobre o que ele está falando mas realmente parece abatido com o assunto.

- Tudo porque eu tinha medo que ele arruinasse meu casamento. Você quase morreu, tudo porque fui um egoísta e por ter medo de arcar com as consequências de meus atos.

- Do que... está falando?- finalmente consigo falar, mesmo que em sussuro.

- Eu que tirei fotos suas e mandei pro Tomás.- ele olha pra baixo.- Na vez que te chamei pra sair, era tudo combinado.

- Mas... porquê?- eu não entendo.

- Eu só me aproximei de você porquê recebi uma ordem do Tomás, e era conseguir fotos íntimas suass e mandar pra ele. Na época ele me falou que você era sozinha e que seria fácil de me aproximar.

- E ele realmente tinha razão, quando eu percebi o quão injustiçada você era eu fiquei ruim, mas eu tinha que fazer. Pelo menos era o que eu achava na época.

- Mas hoje eu percebo o quão burro eu fui, tudo porque eu tinha medo dele contar aquilo pra minha mulher.

Lágrimas surgem em meus olhos.
Porquê não existe pelo menos uma pessoa verdadeira comigo?

- Quando você melhorar eu te conto com detalhes sobre tudo, mas agora eu vou consertar isso.

Ele limpa as lágrimas em meu rosto, beija minha testa e se levanta.

- O Leonardo daqui a pouco chega.

Ele sai.

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