Enquanto isso, na América...
Zayn's POV
Aquela foi a primeira vez que a culpa me consumiu de verdade.
Estava envolvido para caramba com o lançamento do álbum, as milhares de entrevistas, encontros com fãs, viagens... confesso que pensei que estivesse fazendo um favor à Sofia, quando nos afastamos.
Mas ver o seu olhar perdido, na ligação que Khai fizera a ela, me derrubou.
Em primeiro lugar, me senti destruído por fazer minha filha pensar que precisaria ligar escondido para a amiga. Khai não tinha o hábito de esconder coisas de mim ou da mãe. Sempre éramos abertos aos pedidos dela e, quando fazia algo errado, nos contava e apenas orientávamos sobre o que parecia certo. Ou seja, me senti um merda por fazê-la acreditar que era um erro ligar para Souza.
Em segundo lugar, me dei conta de que fazia praticamente dois meses que não via o rosto dela, não ouvia sua voz, ou sequer me dava o trabalho de me perguntar como ela estaria.
Minha mãe havia encontrado ela, sei que mantinham contato. Porém, a mais velha se recusara, quando tudo aconteceu, a me dizer como a fotógrafa estava, alegando que se eu tivesse interesse em saber, deveria consertar as coisas como um homem.
Achei as palavras meio duras demais, mas não contestei.
Poderia ter buscado informação com Julie e Bill? Sim. O fiz? Não. Fiquei com vergonha, amarelei... sei lá, a situação toda me fazia sentir como se tivesse 15 anos de novo.
Agora, me encontrava na cozinha de minha casa, assistindo repetidamente um vídeo gravado na data do aniversário de Sofia e Jules. Nele, tínhamos cantado parabéns para ambas e, logo, elas estavam cortando seus respectivos bolos. Sof acabou me escolhendo para receber o primeiro pedaço.
Lembro que, na ocasião, me segurei para não beijá-la na frente de nossos amigos, pois ainda estávamos meio que em segredo. Também lembrava da sensação em meu peito por ser quem ela escolhera para receber a fatia do bolo.
Todo aquele mix de sentimentos me fez sentir vazio, como se eu fosse a pessoa mais babaca do mundo todo.
Deixei escapar pelo meio dos dedos a pessoa com quem mais me identificara, depois de muito tempo.
A última vez que me senti assim, foi quando conheci Gigi e, mesmo assim, quando olho para trás, o "amor" era diferente. A loira me presenteou com a maior graça que recebi na vida, mas eram sentimentos diferentes, não poderia ser hipócrita.
Não sei quanto tempo fiquei perdido naquela nostalgia. Só me dei conta de que o jardim estava mais silencioso quando Julie adentrou na cozinha carregando um saco com o lixo da festa.
Seu semblante preocupado me fez perceber que havia chorado, sem nem me dar conta.
- Ei... - sua voz soou suave. A mulher, cuja barriga já chegava antes do resto do corpo, se desfez do saco plástico e tocou em meu ombro. - O que aconteceu?
Não precisei responder. O vídeo passava repetidamente em meu celular. Apenas levantei os ombros e balancei a cabeça, em negação.
- Acho que fodi com tudo, Jules.
Conhecia Roberts o suficiente para saber que ela queria dizer "Sim, Zayn, você cagou com tudo", porém, para minha surpresa, ela não o fez.
- O que esperava que eu lhe diga, meu amigo? - suspirou. - Sofia é uma das melhores pessoas que eu conheço. Definitivamente não merecia que as coisas acabassem como acabaram. Mas, ao mesmo tempo, também entendo seu ponto de vista.
- Entende? - perguntei, surpreso.
- Entendo, Zayn. Não estou dizendo que você agiu certo... quero dizer, a menina nem teve a chance de se explicar. Mas no seu lugar, eu teria ficado cega, também.
Assenti, em silêncio. Sabia que ela estava dizendo aquilo para me confortar, porque no fundo, eu sei que fui um grande de um filho da puta.
Souza tinha acabado de chegar do hospital. DO HOSPITAL. Eu sequer me dei o trabalho de perguntar como estava se sentindo. Tudo bem que tentei ligar para ela quando deixou a casa de Kensington... mas também não era como se esperasse que ela atendesse, depois do meu show de horrores.
Julie respirou fundo, antes de continuar:
- Eu acho que você não tem direito de procurar Sofia agora, que ela está se curando...
- Ela está bem? - interrompi.
- Ah, Zayn... ela não fala sobre você. Nós também não. Mas eu sei que "bem" é uma palavra forte demais.
- Cara, eu sou muito idiota! - bufei, escondendo meu rosto com as mãos.
- Eu sei que é. - não consegui segurar um riso fraco. - Agora também não é mais hora para se martirizar. O que eu queria dizer é que você não tem direito de procurá-la. Não se sua intenção for pedir desculpa para que ela volte com você. Contudo, se como homem, você acha que deve, ao menos se explicar, para que ambos possam seguir a vida sem aquela dúvida cruel do "e se...", faça isso.
- Procurar quem? - agora Bill adentrara no cômodo. Fiquei em silêncio, assim como a noiva do homem. Sabíamos que Souza era como uma irmã mais nova para ele e, sem dúvidas, ele seria muito menos diplomático que a grávida.
- Nós estávamos apenas conversando, babe... - disse ela.
Não percebemos que o vídeo ainda estava passando, em cima da bancada. Os olhos de Johnson transitavam entre mim, Jules e o aparelho.
- Não me diga que está pensando em ir atrás dela, cara? - perguntou, levemente irritado.
- Bill, não é nada disso. Zayn apenas reconheceu que não foi legal a maneira como agiu com Sofia.
- Percebeu isso só agora, gênio?
- Você pode ficar bravo comigo, Bill... sei que fui um babaca mesmo.
- Fico mais aliviado que você reconhece. Porque, sinceramente, senti vontade de quebrar sua cara cada vez que vi você, nestes dois meses. - cuspiu. Sabia que, ainda que estivesse pistola, era meu amigo e eu precisava ouvir aquilo. - Dois meses, cara! Você sabia de tudo que ela havia passado e, ainda assim, escolheu ser mais um cuzão que passou na vida dela.
Ficamos todos em silêncio.
- Khai ligou para ela hoje. - sussurrei. - Me sinto um lixo por ter dito para minha filha que Sofia não viria mais.
- Por que você mentiu? - Roberts perguntou, levando sua mão ao meu ombro, novamente.
- Bem, Jules, não era uma completa mentira. Acho que Sofia não virá mais aqui ou conviverá mais com Khai.
- Bobagem, Zayn! - ela exclamou, enquanto notei Bill revirando os olhos. - Sofia ama aquela criança!
- É! Se tem algo que fará Sof aguentar você, é a sua filha. - Johnson concordou com ela, me deixando um leve tapa no pescoço.
- O que vocês acham que eu devo fazer? - questionei, verdadeiramente perdido.
- Eu acho que você deve procurar Sofia e se descul...
- Você ficou louca, babe? - Johnson sussurrou no ouvido dela, tão baixo que mal pude ouvir.
- Qual o problema, Bill? Sofia até morou na casa do Zayn, antes de ele fazer a burrada. Eles eram próximos, não eram?
- Sim, mas isso foi antes de ela descobrir que Zayn era um babaca inescrupuloso!
Os dois discutiam, como se eu não estivesse presente na cozinha.
Enquanto eles travavam um embate sobre eu dever ou não fazer contato com a morena, peguei meu celular e procurei pelo número que havia ignorado nos últimos 60 dias.
Observei a foto sorridente dela, no aplicativo de mensagem.
Deus, ela era tão linda. Tão diferente da mulher que vi, sem brilho, na chamada de mais cedo.
Foi então que, sem ter tempo de me arrepender, digitei a primeira mensagem que me veio a cabeça, com um trecho de uma música da Lana del Rey que escutamos juntos em Londres.
Apertei enviar e senti meu estômago se contorcer, mas agora era tarde para arrependimentos.
- Ei, o que está fazendo? - Bill avançou para tentar pegar meu celular e eu só tive tempo de recuar, travando rapidamente o aparelho para que ele não tivesse acesso às mensagens. - Julie, ele estava mandando mensagem para ela! PARA ELA!
- Eu não estava! - me defendi.
- Então por que está com essa cara de criança que cagou nas calças?
- Ok, tudo bem... eu enviei uma mensagem. - ele bufou. Julie tinha um olhar de piedade. - Mas foi só uma mensagem. Ela talvez nem veja.
- Boa sortee, idiota. Sofia já está até em outra.
Naquele instante, foi como se a terra tivesse parado de girar.
Ela tinha seguido em frente?
Franzi meu cenho, tentando absorver a bomba que Johnson havia soltado. Ele, ao notar meu espanto, sorriu, vitorioso.
Sabia que ele não estava fazendo por mal. Eu, mesmo, já havia feito coisas piores com os namorados panacas das minhas irmãs – e provavelmente matarei qualquer namorado que minha filha tentar me apresentar, no futuro. Então o entendia.
Não concordava, mas entendia.
Jules, enquanto isso, lançava um olhar inquisitório ao pai do filho dela. Acho que, talvez, ela estivesse brava por ele ter confessado algo que deveria ser um segredo.
- É o cara aquele? O Tom? - Bill agora olhou para Julie, como se pedisse permissão para confessar. Foi a vez dela revirar os olhos.
- Eu não sei, Zayn. - a mulher respondeu. - Não sei, mesmo. Bill não deveria ter dito nada. E, eu amo você, mas preciso dizer: não é mais de sua conta, querido.
Apesar de as palavras serem ásperas, a voz doce de minha amiga apenas me fez assentir, tratando de procurar qualquer coisa para fazer na cozinha e me distrair.
- Quer ajuda para colocar Khai na cama?
- Não, Jules, obrigada. - minha voz saiu fraca. Queria chorar. Que porra de idiota eu sou. - Tenho que dar banho nela.
- Nós vamos indo lá, então. - assenti, mais uma vez, assistindo-os dar uma última organizada rápida nas coisas que deveriam ir para o lixo.
- Olha, cara, desculpa se eu fui rude com você. - Bill me abraçou. Queria socar a cara dele até ele confessar se Sofia estava mesmo saindo com aquele Tom, mas não poderia.
- Tudo bem, irmão.
- Amo você. - o homem segurou meu rosto e fingiu se aproximar para me dar um beijo na boca, o que devolvi com um beliscão na barriga.
Iniciamos uma lutinha rápida, até Julie ameaçar deixar Bill na fazenda, se o mesmo não se apressasse.
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Havia se passado uma semana desde o picnic de Khai e estávamos partindo para uma viagem rápida a Paris, para uma entrevista que eu faria na cidade-luz.
A pequena iria comigo e minha mãe nos encontraria lá. Depois, rumaríamos para Bradford, para vermos meu pai e o restante da família.
Ao chegar na capital, rumamos para o hotel para descansar. O fuso horário sempre fodia com meu corpo e temia que Khai sentisse o impacto, também.
Após uma longa "naninha" – como chamávamos - minha mãe, que havia chegado há pouco no hotel, ficou com a neta para que eu pudesse tomar um banho e me sentir mais acordado.
Funny fact: o quarto em que estávamos era o mesmo quarto em que estive com Sofia, em janeiro. Olhar para o cômodo era como repassar o filme de nós dois em minha mente e eu só conseguia me amaldiçoar por ter sido tão impulsivo.
Não sei por quanto tempo fiquei me xingando mentalmente, até que senti uma mãozinha me cutucar:
- Oi, princesa! - ainda estava com cara de sono, meio emburrada. - Você acordou!
- Babazinho, eu 'tô com fome. - resmungou, esfregando seus olhos.
- Vamos dar uma volta ou você prefere pedir algo aqui, sunshine? - minha mãe perguntou e, se eu bem a conhecia, estava louca para passear.
- Você quer sair, filha? - ela assentiu. - Quer tomar um banhozinho antes de irmos? - assentiu novamente e assim o fizemos.
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Minhas parceiras de caminhada quiseram parar em uma confeitaria tradicional, para comer um croissant de chocolate que alguém recomendara. Estava distraído para prestar atenção aos detalhes.
Enquanto eu me dirigia ao balcão para pedir mais alguns doces, para levarmos para o hotel, minha mãe – que carregava a pequena no colo – se dirigiu à rua, pois estava muito lotado dentro do estabelecimento.
Eu pagava a conta, quando ouvi claramente a voz de minha filha protestar:
- Me coloca no chão, vovó, deixa eu ir...
Franzi as sobrancelhas, tentando enxergá-las pelo vidro da confeitaria, sem sucesso.
Paguei rapidamente pelos produtos e me corri até a porta, desejando, instantaneamente, que não o tivesse feito. Ou que a terra se abrisse e eu pudesse ser engolido para a eternidade.
Fiquei congelado no lugar onde parei e minha mãe andou até mim, com os braços cruzados.
- O que vai fazer? - perguntou.
- Deixar... - foi minha única resposta, afinal, a culpa daquilo estar acontecendo era unicamente minha.
A meia-dúzia de passos de nós, encontrava-se Sofia, ajoelhada no chão, enquanto abraçava Khai. Eu conseguia ouvir ambas fungando, o que indicava que estavam emocionadas com o encontro.
Aquilo partiu o que restava de meu coração, pois minha filha raramente chorava. Todo o sentimento de culpa por ter mentido sobre Sofia não ser mais amiga dela voltou à tona. Como puder ser tão egoísta com elas?
Vi a mais velha se afastar com delicadeza, para que Khai levantasse o rosto. Ela, então, depositou suas mãos nas bochechas de menor, secando-lhe as lágrimas e falando algo que não consegui ouvir.
Foi então que seus olhos castanhos encontraram os meus.
Os meus olhos, que também se encontravam marejados, pela culpa, pela saudade e por ver o que eu não queria...
Ela estava com o tal do Tom.
Junto deles, havia mais duas mulheres. Uma mais velha, que parecia-se muito com Souza e a outra, acho que era a mulher da perfumaria – esta era a única que me olhava como se estivéssemos no meio de uma cena de uma comédia romântica.
- Que coincidência, não é mesmo? - a fotógrafa perguntou, se aproximando com Khai em seus braços. Não sabia mais como me comportar perto dela.
- Babe, não saia mais de perto da vovó assim, tudo bem? Você nos assustou. - me dirigi à pequena, que se aninhara no pescoço de Sofia como se nunca mais fosse sair.
- Babazinho, é a Fifia. Olha ela! É de verdade! - não conseguimos evitar rir, o que acabou quebrando um pouco a tensão.
- Sofia, jamais imaginamos encontrar você aqui. - minha mãe cortou o silêncio, indo de encontro à morena para abraçá-la.
- Eu estou feliz que aconteceu. - sabia que se referia a encontrar as duas mulheres da minha família, mas não pude evitar que um feixe de esperança crescesse. - Estava morrendo de saudade da minha boneca falante favorita!
Khai riu, levando as mãos ao rosto de Souza, como se quisesse se certificar de que era ela mesmo. Sorri com a cena.
- Aquelas "gentes" são seus amigos, Fifia? - a criança questionou e eu percebi que seu olhar se deteve no loiro.
- Deixe eu apresentar vocês. - ela fez um sinal para os três, para que se aproximassem. - Essa aqui é minha mãe, princesa...
Minhas sobrancelhas se ergueram automaticamente. Não tinha ideia de que haviam feito as pazes, e então me dei conta de que não teria como saber, mesmo.
Minha mãe se dirigiu imediatamente à mulher e ambas trocaram um abraço breve, enquanto tentavam iniciar um diálogo. A mãe de Sofia falava inglês, porém, bem lentamente, e minha mãe estava fazendo um esforço sobre-humano para não deixar nosso sotaque afetar a conversa.
Seria cômico, se tudo não fosse trágico.
- E esse aqui? - Khai apontou para Tom. Tive vontade de furar os tímpanos para não ouvir que aquele era o namorado da fotógrafa.
- Este é Tom. - ele se aproximou e fez um high-five com minha filha. - Ele é meu amigo.
- Amigo que nem meu baba ou amigo de normal? - até nossas mães interromperam a conversa para ouvir o desfecho daquilo.
- Como assim, babe? - perguntei, constrangido mas não muito. - Sofia é amiga do papai, como todo mundo.
- Não, não, não. - ela rebateu, firme. - Fifia é uma princesa no castelo da nossa casinha e um dia ela vai morar lá com a gente 'pra sempre.
Pela primeira vez, a morena me olhou por mais de míseros segundos e eu entendi como uma súplica para sair daquela conversa. Contudo, eu estava mais perdido do que todos.
- Sofia tem o castelo dela em Londres agora, filha. - tentei ser o mais carinhoso o possível, para não partir o coraçãozinho dela.
- Isso é de verdade, Fifia?
- Não, amor. - a velocidade com que Sofia respondeu fez meu coração acelerar. - Eu vou ficar em Londres só mais um pouquinho e depois, volto para casa.
- Pertinho de mim?
- Bem pertinho de você!
Nem me interessava mais em saber a resposta para a pergunta que Khai havia feito mais cedo, se Tom era amigo ou "amigo que nem eu". Ela voltaria para casa, para perto de nós.
Isso significava que, o que quer que eles tivessem, não era sério.
E não precisava ser muito inteligente para saber que um relacionamento dificilmente sobreviveria com, literalmente, um oceano no meio.
Senti meu corpo aquecer, como se pela primeira vez, desde que vira Sofia pela última, o sangue estivesse correndo como deveria. Decidi, então, cumprimentar o restante das pessoas, iniciando por Tom, que agora já não era mais tão odiado:
- Wow, mate... você é ainda mais bonito pessoalmente. - ele disse, fazendo com que eu risse, verdadeiramente. Como eu gostava desse cara, agora!
- Você não é ruim, também. - disse, deixando um tapinha em seu ombro. - Sou um grande fã. Sonserino também.
- Sofia me contou. Fico muito feliz. - meus olhos correram até ela, que tinha os olhos grudados em tom, repreendendo-o.
- Você disse, Sofia? - tomei coragem de me dirigir à ela, que levou um tempo para responder, suspirando até fazê-lo.
- Devo ter dito...
- Filha... - a mãe da mesma interrompeu, no idioma que julgava ser o nativo delas. Contudo, continuou em inglês. - Convidei a mãe do menino para irem jantar conosco amanhã.
- Convidou? - eu e Sofia perguntamos ao mesmo tempo.
- É, sunshine. Sofia e a mãe dela alugaram uma casa num bairro familiar.
- É um prazer conhecê-la, senhora. - me dirigi à mulher, temendo sua reação. Ela, então, me deixou dois beijos: um em cada lado do rosto, me surpreendendo com o costume.
- Você tem cílios bonitos. - ela respondeu. Agradeci com um sorriso. - É um prazer conhecê-lo também.
- Seu nome é...?
- Helena.
- Eu sou Zayn.
- Eu sei quem você é, bobinho. - ela me cutucou com o cotovelo. Nessas alturas, o restante já estava engajado em uma conversa, rindo das coisas que Khai falava. - Essa é sua chance de se desculpar. Mas não o faça se pretende machucar minha menina de novo.
Com a benção da mãe de Sofia, eu iria engolir o orgulho e deixar Souza saber das montanhas que eu moveria para poder voltar àquela noite e não deixar que ela fosse embora daquele jeito.
Mesmo que isso custasse somente o seu perdão.