Narrador
Elas compraram tudo o que precisavam no açougue e tudo que faltava para complementar a comida. Soraya resmungou um pouco depois de ter que levar suco para tomar, mas sua chateação sumiu assim que Simone a cobriu de beijos e muito chamego.
Voltando para casa, elas deixaram as compras em cima da mesa e ajudaram as meninas na cozinha, pelo menos para deixar tudo mais ou menos organizado e limpo, já que deram folga para os empregados e não queriam deixar uma bagunça horrorosa para eles arrumarem na segunda.
No jardim, o som estava tocando em volume razoável, com Marília Mendonça ao fundo e muitos sorrisos entre todos que ali estavam.
— Me contem quando tomaram a decisão de adotar? — Soraya perguntou, sentando-se na perna do irmão.
— Depois que doei para vocês, fiquei com isso na cabeça, de que o tempo está passando e eu estou envelhecendo. O bebê da família casou-se e estava pronta para engravidar, foi como um estralo, entende? — Liam confessou com um breve sorriso tímido.
— E como vamos nos casar, resolvemos fechar de uma vez a nossa relação. — Thiago complementou.
— Fico feliz por vocês, tomara que pegue um bebê assim o meu não ficará desamparado. — Soraya riu ao confessar.
— Mas com certeza, Thiago vive dizendo que quer um bebê, então ele vai ter o presente dele. — Liam resmungou, arrancando uma risada de todos.
— Inclusive na minha primeira ultra, queria vocês comigo além dos meus pais e os pais da Simone. — Soraya disse, levantando-se para pegar um copo de suco.
— Vai ser uma honra, meu amor! — Thiago respondeu, e Liam assentiu sorrindo.
O clima estava leve e feliz, com todos se preparando para a chegada do novo membro da família. Soraya se sentia grata por ter uma família tão unida e amorosa. A certeza de que seu filho seria cercado por tanto carinho a deixava emocionada.
Enquanto ajudavam na cozinha, Soraya e Simone trocavam olhares e sorrisos, sabendo que estavam começando uma nova fase de suas vidas. O apoio de suas famílias significava o mundo para elas, e aquele momento de união e felicidade era um sinal de que tudo daria certo.No jardim, o som da música misturava-se com as risadas e conversas animadas. A celebração estava apenas começando, e todos estavam determinados a aproveitar cada momento.
O churrasco começou, e todos se deliciaram com a comida preparada com tanto carinho. As conversas fluíam naturalmente, e o ambiente estava carregado de boas energias. Foram horas de conversas, parecia que o assunto nunca acabava entre todos.
— Bem, me ajuda em uma coisa...— Soraya chegou perto de Simone e logo a morena assentiu.
Elas saíram e foram em direção a cozinha que estava vazia já que todos estavam no jardim.
— O que quer pegar? — Simone perguntou entrando na casa.
— Na sala de jogos tem alguns que dá pra gente se divertir, tem até bingo. — Soraya disse rindo.
Mais alguns passos e elas chegam na sala de jogos, além de uma mesa de sinuca enorme, tinha fliperama entre outros jogos, a sala era enorme, praticamente um cômodo residencial. Assim que entraram, Soraya trancou a porta sem Simone ver e caminhou até ela que estava próxima a mesa de bilhar.
— Vamos ter uma dessas em casa. — Simone resmungou adorando o ambiente.
— Claro amor, agora vem aqui.
Soraya não quis esconder sua intenção, puxando Simone para agarrar seu corpo enquanto seus lábios se encontravam em um beijo uníssono. Entendendo em segundos o que sua mulher querida, Simone a segura pela cintura forte colocando-a em cima da mesa de bilhar sentada, se enfiando entre suas pernas sem cessar o beijo.
Soraya retira as próprias alças do vestidinho que usava, deixando-o cair fazendo um amontoado em sua cintura.
— Você é doida. — Simone finalmente disse quando sentiu que precisava respirar.
— Doida, por você! — Soraya deixou que a morena a visse completamente nua por baixo do vestido.
Soraya não havia usado sutiã, mas foi rápida em retirar a calcinha escondida antes de chamar Simone no jardim. O sorriso da mais velha era aberto, contagiante e lindo. Era como se por um momento ela comtempla-se o monumento que mais desejado, lindo e perfeito a sua frente.
Ao perceber que os beijos de Simone escorriam entre o vale dos seios, Soraya a segurou pelo rosto aproximando seus lábios novamente.
— Eu quero que me coma com aquilo enquanto me beija. — Thronicke estava mais manhosa, agora com a gestação tudo estava dobrado, a flor da pele de forma literal.
Simone olhou para o lado e havia um vibrador com duas bases para serem aproveitadas.
— Eu achei no meu quarto quando fui lá rapidinho e não consegui evitar não sentir tesão. — Soraya confessou pegando o brinquedinho — Ele é dobrável, enquanto está dentro de você, você me come com a outra parte.
— Esses negócios estão evoluídos. — Simone balançou a cabeça rindo — É um Strap mais aprimorado?
— Acho que sim, mas tira logo essa calcinha vai. — Thronicke não estava para rodeios.
Simone saiu do meio das pernas da esposa retirando o tecido delicado, deixando-o sobre a mesa de sinuca. A luz baixa deixava tudo ainda gostoso e sensual para ambas, a festa estava rolando, o medo de serem pegas.
Thronicke sorriu quando a viu retirar o vestido, ficando completamente nua, logo a loirinha fez o mesmo o seu que estava amontoado na cintura.
— Já está molhada pra sua mulher? — Thronicke perguntou abrindo ainda mais as pernas.
— Como um oceano agitado. — Tebet respondeu sem tirar os olhos da buceta de sua esposa.
— Então vem cá.
Simone deu dois para a frente ficando novamente perto do corpo alheio, abriu as pernas deixando sua esposa introduzir o vibrador devagar nela, ligando o objeto no leve fazendo Simone dar um pulinho morder os lábios. Se oferecendo agora com as pernas abertas, Tebet a puxa para a beiradinha da mesa deixando o vibrador encostar apenas no clitóris de sua mulher.
Gemeu tão arrastado que Simone teve que segurar suas pernas para não desabar ali mesmo. Segurou sua esposa pela bunda levando o vibrador para a sua entrada, mexeu um pouquinho provocando Thronicke que estava completamente em surto interno, descendo suas mãos pelo meio das costas de Simone suas pequenas unhas cravaram na bunda gostosa de sua mulher a puxando com força fazendo o vibrador se enterrar por inteiro dentro da mesma.
— Sem dó. — Thronicke apenas sorriu depois de sua fala puxando sua esposa, envolvendo-a com seus lábios.
Simone a segurou contra seu corpo, mas especificamente pela bunda sabendo que aquela posição de deixar as pernas de sua mulher praticamente em seus ombros fazia com que o vibrador entra-se todo. Suas línguas brigavam por espaço, dominância e poder, coisa que elas adoravam fazer enquanto se beijavam. Simone batia firme e com precisão sabendo exatamente onde bater.
Mordendo os lábios de Soraya, Simone cessa o beijo apenas para ver a reação de Soraya ao solta-la devagar para passar seus braços em volta das pernas torneadas e levemente bronzeadas levantando suavemente o corpo de Soraya. Suas pernas agora apoiadas nos ombros, seu corpo erguido no ar, Simone demonstrava uma força que nem Soraya sabia que ela tinha entrando e saindo devagar, estimulando-a a beira do precipício enquanto suas arremetidas se tornavam gradativamente violentas, suas bocas não conseguiam se misturar em um beijo, tudo era barulhento de gemidos, língua molhada, lábios mordidos.
— Eu deixava você fazer quantos filhos quisesse em mim. — Soraya sussurrou contra os lábios de Simone.
— Que bom, vamos montar um time de futebol então. — A gargalhada rouca de Simone levou Soraya ao ápice, seu corpo tremeu anunciando seu desespero.
— Goza comigo, benzinho!
A forma manhosa, o apelido, a voz falha misturando-se com o gemido alto levaram as duas ao ápice do prazer da forma mais gostosa que elas podiam sentir naquele momento.
— Eu amo fazer amorzinho com você.— Soraya apenas teve fôlego para dizer isso antes de seu corpo travar novamente.
Simone não parou os movimentos mesmo gozando, perdendo as forças das pernas, apenas apoiou sua mulher contra a mesa continuando a maceta-la, agora um pouco mais gentil, levando poucos segundos para terem outro orgasmo.
— Eu...Oh céus... — Soraya deitou-se contra a mesa de bilhar enquanto Simone retirava o vibrador cuidadosamente.
— Por mim a gente ia para o quarto e só saia de lá amanhã. — Simone riu retirando o vibrador de si.
— Você me da orgasmos tão gostosos e me come com uma força que eu fico molinha, aceito ir para o quarto. — Simone rir com a confissão.
— Sua Família vai buscar a gente, será? — Simone respondeu pegando os vestidos espalhados.
Como se o universo escutasse, bateram na porta e elas começaram a rir.
— Diabo! — resmungou Soraya, se vestindo.
— Cadê sua calcinha? — perguntou Simone, estreitando os olhos.
— Está no quarto, me ajuda a pegar? — pediu Soraya, esperta e bem articulada, fazendo biquinho.
— Claro! — Simone, à frente de seu tempo, entendeu no mesmo segundo.
Assim que estavam arrumadas, Simone abriu a porta e deu de cara com Úrsula, Helena, Lorraine e Thiago. Eles se entreolharam e começaram a rir, entendendo o que havia acabado de acontecer com Soraya.
— Já volto! — Soraya, envergonhada, saiu correndo em direção à escada.
— Ei, pode voltar. — Thiago segurou o braço de Simone. — Ninguém vai continuar transando, vamos escolher um jogo.
Thiago intimou e as meninas adentraram na sala, levando Simone consigo.
— Fala onde vocês fizeram um filho que eu não quero tocar. — resmungou Thiago, encostando-se na mesa de bilhar.
— Exatamente aí. — respondeu Simone, cruzando os braços e rindo.
Thiago soltou um grito tão agudo que todos começaram a rir, ele desmunhecou tanto que a cena se tornou cômica.
— Suas nojentas, isso aqui é uma sala de jogos, por que não foram para o quarto?
— Ah, Thi, minha mulher que manda, se ela quis, eu não vou recusar. — explicou Simone, segurando o riso.
— Vamos pegar logo e sair desse lugar com cheiro de buceta, ai que noooojo! — resmungou Thiago ainda mais. — Vamos jogar bingo? — sugeriu ele.
Soraya correu para o quarto, o coração batendo rápido. Ela entrou, fechou a porta e rapidamente começou a procurar sua calcinha. Vasculhou a cama, o chão, até encontrá-la jogada em um canto. Rindo sozinha da situação, vestiu a calcinha rapidamente e deu uma última olhada no espelho para se certificar de que estava apresentável.
Enquanto Soraya se arrumava, as meninas na sala de estar começaram a sugerir outros jogos para a noite.
— Que tal jogarmos "Eu Nunca"? — sugeriu Úrsula, rindo. — Sempre rende boas risadas.
— Ou talvez "Verdade ou Desafio"? — propôs Helena, com um sorriso travesso.
— Podíamos jogar "Stop" também. — disse Lorraine. — É sempre divertido e rápido.
Quando Soraya voltou, já mais tranquila, ela ouviu as sugestões e sorriu.
— O que acham de começarmos com bingo e depois decidimos? — perguntou, deixando Thiago feliz.
Todos concordaram, e Thiago se prontificou a ser o sorteador das bolas do bingo. Ele balançou o saco contendo as bolinhas entusiasmado e todo mundo saiu indo para o jardim. Levaram poucos minutos para arrumarem as mesas e começarem o bingo.
— Prontos? — perguntou Thiago, girando a roleta para movimentar as bolinhas.
— Prontos! — responderam todos em uníssono.
— Espera, qual vai ser o prêmio? — perguntou Úrsula, levantando uma sobrancelha.
— Que tal um pano de prato? — sugeriu Helena, fazendo todos rirem.
— Melhor ainda, o vencedor pode escolher o nome dos bebês da Simone e da Soraya! — propôs Lorraine.
— Bebês? — Simone perguntou arqueando uma sobrancelha.
— Tá o bebê, é modo de falar. — Lorraine mostrou a língua.
— Aceito o desafio! — disse Simone, piscando para Soraya, que riu.
— Vamos lá então! — disse Thiago, retirando a primeira bola.
— Número 12!
Os jogadores começaram a marcar suas cartelas, e a competição amistosa rapidamente se estabeleceu. Risos e comentários brincalhões enchiam o local enquanto cada número era chamado.
— Número 5!
Thiago olhava para todos com os olhos estreitos.
— Número 23!
O jogo foi rolando até Simone bater na mesa.
— Bingo! — gritou Simone de repente, levantando a mão com um sorriso vitorioso — Chupa que a cana é doce!
Thiago conferiu a cartela e, com um aceno de cabeça, confirmou a vitória de Simone.
— Parabéns! — disse Thiago jogando um pano de prato na cara de Simone.
— Ei, e o nome dos bebês? — lembrou Lorraine.
— Ah, é verdade! — Simone olhou para Soraya, que assentiu com um sorriso. — Que tal vocês escolherem juntos?
Todos concordaram no mesmo minuto, começando a chutar vários nomes de brincadeira também.
— Alcachofra. — Leona palpitou chegando com uma bandeja de carne.
— Purpura. — Thiago disse.
— Cacau. — Léo, o pai disse levantou a mão.
— Charlote. — Bianca, a mãe disse.
— Ava. — Helena disse rindo.
— Gente pelo amor de Deus. — Soraya mordeu um pedaço de carne levando outro pedaço a boca de Simone.
— Para menina, estamos querendo: Aurora, Emma, Belinda, Flor, Helena e Anastácia, para menino queremos: Bernardo, Fernando, Carlos, Benjamin e Bento. — Simone concluiu.
Depois de uma confusão, risadas e piadas, eles escolheram finalmente se acalmar e decidir. Helena insistia em dizer que queria o nome dela já que era uma opção, mas no final ficaram indecisos.
— Certo, Aurora e Emma ganharam, além de Benjamin e Bento. Então, no final, vocês saberão do nome só depois. — Soraya disse, comendo mais um pedaço de carne.
— Pronto. — Simone respondeu, abraçando Soraya, que encostou em seu ombro.
— Que noite incrível! — exclamou Úrsula, esticando os braços e se espreguiçando.
— Sem dúvida! — concordou Thiago, guardando os materiais do jogo. — Precisamos fazer isso mais vezes.
À medida que o sol começava a se pôr, tingindo o céu de tons alaranjados e rosados, o grupo decidiu continuar aproveitando a companhia um do outro. Eles se espalharam pelo jardim, apreciando o clima agradável. Úrsula e Helena se deitaram na grama, olhando as primeiras estrelas que começavam a aparecer no céu.
— Isso é tão relaxante. — comentou Úrsula, soltando um suspiro.
— Concordo. — respondeu Helena. — Não tem nada como uma noite tranquila com os amigos.
Todos se acomodaram no sofá ao ar livre, rindo e conversando sobre os eventos do dia. A brisa suave balançava as folhas das árvores, criando uma sinfonia natural que complementava a conversa animada do grupo.
— Lembra daquele momento em que Thiago quase caiu da cadeira? — disse Lorraine, rindo.
— Ei, não foi minha culpa! — defendeu-se Thiago, rindo junto. — A cadeira estava com defeito.
Soraya, comendo um pedaço de fruta, sorriu ao ver a interação, talvez esteja mais mole do que devia. Sentia-se grata por ter um círculo de pessoas tão especiais em sua vida. Simone, ao seu lado, também parecia estar aproveitando cada momento.
Quando a noite caiu de vez, Ana sugeriu que eles preparassem algo para comer.
— Que tal um jantar improvisado? — perguntou ela, levantando-se da grama.
— Ótima ideia! — concordou Helena, também se levantando. — Vamos ver o que temos na cozinha.
O grupo se dirigiu para dentro da casa, rindo e fazendo piadas enquanto abriam armários e a geladeira em busca de ingredientes.
— Isso está ficando ótimo! — elogiou Simone, enquanto misturava os ingredientes da salada.
— Com certeza vamos ganhar uma estrela Michelin. — brincou Thiago, virando os pedaços de carne na grelha.
Em pouco tempo, o aroma delicioso do churrasco se espalhou pela casa. Eles arrumaram a mesa do jardim, colocando pratos, talheres e copos com cuidado. A comida foi disposta de maneira convidativa, e todos se sentaram ao redor da mesa, prontos para desfrutar do banquete improvisado.
Depois do jantar, eles continuaram sentados à mesa, agora saboreando uma sobremesa simples de frutas e sorvete. A conversa foi ficando mais introspectiva, com cada um compartilhando sonhos e esperanças para o futuro. As risadas deram lugar a sorrisos tranquilos e palavras de apoio.
— Vocês são incríveis. — disse Lorraine, levantando seu copo. — Aos melhores amigos que alguém poderia ter!
— À Família! — respondeu Soraya, erguendo seu copo com um sorriso.
Depois do brinde, aos poucos começaram a se retirar para os seus quartos. Estavam cansados, haviam conversado e comido bastante durante horas. Soraya e Simone foram o terceiro casal a subir.
— Bom, eu vou me retirar, que meus joelhos e meus quartos não são mais jovens. — brincou Simone, levantando-se do sofá.
— Beijo, mamãe. — disse Soraya, dando um beijo na mão da mãe e do pai. — Amo vocês.
— Também te amo, durma bem, minha bonequinha. — respondeu Léo, o pai, sorrindo.
— Obrigada por mais um final de semana. — disse Simone, dando um beijo em Bianca, que a abraçou bem apertado.
— Obrigada por fazer parte da nossa família. Eu te amo, filha. — Bianca não escondia o quanto gostava de Simone.
— Sim, faço muito gosto, principalmente por você deixar ela exatamente assim. — disse Léo, abraçando Simone enquanto seu olhar se direcionava a Soraya, que estava sorrindo.
— Boa noite, pessoal. — disse Soraya, segurando a mão de Simone e subindo as escadas.
— Boa noite! — responderam todos em uníssono.
O casal subiu para o quarto, ainda de mãos dadas, sentindo-se grato por tudo que tinham. Quando entraram no quarto, Simone fechou a porta e Soraya se jogou na cama, suspirando de contentamento.
— Foi um dia e tanto, não foi? — disse Simone, sentando-se ao lado de Soraya e acariciando seu cabelo.
— Com certeza. — respondeu Soraya, fechando os olhos. — Eu amo essas noites com todos juntos.
— E pensar que teremos tantas mais pela frente... — disse Simone, deitando-se ao lado dela.
Soraya virou-se para olhar nos olhos de Simone e sorriu.
— Sim, e estou ansiosa por cada uma delas.
As duas ficaram em silêncio por um momento, apenas apreciando a companhia uma da outra. Simone fazia um cafuné calmo nos fios de Soraya enquanto Soraya dava um beijinho de esquimó toda hora no narizinho pequeno.
— Podemos dormir sem tomar banho? — Soraya perguntou de olhos fechados.
— Amor, seu pé tá 'podi. — Simone não segurou a risada quando Soraya abriu os olhos e a boca — Assim como o meu e de todos. — tentou apaziguar.
— Amô. — Soraya estava muito dengosa ultimamente.
— Vamos rapidinho, melhor do que banheira que aí você vai dormir mesmo. — Simone se sentou na cama puxando Soraya pelos braços.
— Me dá bainho? — Pediu fazendo beicinho.
Simone balançou a cabeça negativa enquanto sorria, pegou sua mulher nos braços tirando seu vestido, prendeu seus cabelos em um coque no alto da cabeça. Depois se despediu rapidinho também fazendo um coque em si próprio. Elas entraram no box e Soraya ligou o chuveiro enquanto Simone pegava o sabonete e começa a ensaboa-la inteira.
Soraya estava muito dengosa, claramente cansada e só queria ficar grudada. Simone entendeu que seus hormônios estariam agitados e a flor da pele, gravidez não era algo tão fácil de se lidar. Deu banho em Soraya e depois tomou o seu rápido igual, estava se sentindo igualmente cansada também.
Saiu para fora pegando a toalha e enrolou em Thronicke, pegando a outra e se enrolando na sequência. Foram se secando no caminho até a cama, havia uma única luz ligada a do abajur, Soraya desligou-a e se sentou na cama.
— Será que eu serei uma boa mãe, Simone? — perguntou meio melancólica.
— Ou meu amor, claro que vai. — Simone se enfiou dentro das cobertas a puxando para seus braços — Você será uma mãe maravilhosa, tal qual a sua que olhe só quantos teve e os criou muito bem.
— Sim, eu sei, mas é que — Soraya tentou falar, mas Simone a cortou — É que nada, deixe disso. Nós seremos ótimas mães e eu estarei ao seu lado, sempre. Vamos aprender juntas.
Soraya se aninhou ainda mais ao corpo da mais velha, jogando uma perna em cima da barriga dela, pegando em seu rosto enquanto levava o nariz para cheira-la.
— Eu te amo, meu passarinho dengoso. — O sussurro de Simone arrancou um sorriso fofo de Soraya.
— Eu também, amo muito. Pra sempre! — Soraya sussurrou contra a bochecha de Simone — Amo sua mania de dormir com a mão na minha orelha, amo o jeito que cuida de mim e que me protege, — seus olhos não podiam se encontrar, mas mesmo assim se olharam — acho fofo até quando você peida quando dorme ou quando você fica entupida porque seu cu não consegue cagar em determinados lugares.
A risada alta das duas ecoaram dentro do enorme quarto de Soraya.
— Nem vou te falar nada porque se eu começar vou lhe esculhambar. — Simone tentou segurar a risada enquanto tentava passar uma transparência séria — Vou gravar qualquer dia você quebrado o vaso e vou mandar no grupo da família.
— Você não ... Simone ? Eu não sou assim! — a voz dengosa voltou e Simone riu ainda mais.
— Bom descanso, jóia da minha vida.
— Bom descanso, meu coração!
Elas fecharam os olhos e se entregaram ao cansaço. Já estava tarde e ambas estavam cansadas.
....
[ Quinto mês de gestação ]
— Amor? Cadê você? — Simone gritou pela casa, procurando por Soraya.
— Estou aqui! — Soraya respondeu do quarto do bebê.
Simone correu até lá, entrando rapidamente pela porta. Soraya estava terminando de arrumar algumas roupinhas no guarda-roupa.
— O que houve? — perguntou Soraya, franzindo o cenho.
— A médica ligou, parece que houve uma alteração e precisamos ir ao consultório dela.
— Como assim, alteração? — Soraya perguntou, levantando-se rapidamente.
— Eu não sei, coloque uma roupa. — Simone disse, deixando a lata de tinta no chão.
Elas foram para o quarto e se trocaram rapidamente. Simone estava suja de tinta e nem se trocou, apenas calçou os chinelos, pegou a carteira e a chave do carro. Soraya estava de short e top, vestiu apenas uma calça de moletom, calçou os chinelos e fez um coque nos cabelos.
A caminho do hospital, Soraya estava muito aflita e preocupada, não conseguia esconder isso e não queria falar nada com medo da lei da atração. Simone, por outro lado, queria falar muita coisa, mas não conseguia ficar parada, estava agitada, batendo a perna.
Chegaram à clínica em meia hora, por causa dos faróis. Simone estava praticamente acima da velocidade permitida. Entraram na clínica com a mesma rapidez, parando em frente à recepcionista.
— Oi, eu sou a Simone, minha esposa é paciente da Dra. Alencar.
— Qual o nome dela?
— Soraya Tebet Thronicke. — Simone respondeu, e assim que a recepcionista pediu um momento, a médica apareceu.
— Vieram rápido. — A médica se aproximou pelo corredor.
— Na hora. O que a nossa bebê tem? — Soraya perguntou, segurando a mão de Simone com certa força.
— Calma, mãezinha, venham até a minha sala.
Elas caminharam de mãos dadas até a sala da doutora e se sentaram ansiosas.
— Desculpem ter chamado assim, mas acho que é algo que precisa ser dito o quanto antes. — Simone e Soraya assentiram, ficando ainda mais apreensivas. — A médica anterior que cuidava da gestação... na realidade, não sei como ela deixou algo tão importante passar ou teve preguiça de dizer, não sei.
— É alguma doença? — Simone perguntou, quase roendo as unhas.
— Olhem isso aqui. — Rebeca mostrou a ultrassom. — Conseguem ver alguma diferença aqui?
— Sim, tem um pontinho ou mancha aqui, mas o que isso quer dizer? — Simone perguntou, atentando-se às formas diferentes da imagem.
— Vamos ali fazer uma nova ultrassom? — Alencar pediu, e mesmo Soraya aflita querendo saber logo, se levantou na hora e foi para a sala ao lado.
A médica preparou tudo e se sentou em sua cadeira. Soraya estava deitada, segurando na mão de Simone, que estava em pé ao lado. A médica colocou o gel sobre a barriga de Soraya e começou o exame.
— Conseguem notar alguma coisa aqui? — a médica parou o aparelho em um lugar da barriga, apontando para a tela.
— Não, eu não entendo nada. — Soraya respondeu, olhando cada canto da tela.
Simone parecia petrificada, olhando diretamente para a tela. Sua respiração estava entrecortada, ela não sabia se estava certa ou se estava ficando louca.
— I-is-so é-é-é... minha nossa s-senhor... — Simone começou a gaguejar, sentando-se na cadeira.
— Por favor, diga logo o que é, essa enrolação é um inferno. — Soraya se irritou, vendo sua esposa quase desfalecer.
— Claro, está vendo aqui, este é seu bebê... — Soraya assentiu. — Agora, está vendo este outro feto aqui?
Assim que Alencar disse isso, Simone caiu da cadeira desmaiando. O estrondo da queda foi alto, mas Soraya não se mexeu, não sabia como reagir, estava pálida como uma folha. Soraya ficou em silêncio por alguns segundos, tentando processar o que acabara de ouvir. Seu olhar estava fixo na tela, onde dois fetos apareciam claramente.
— Isso significa... que estamos esperando gêmeos? — Soraya finalmente conseguiu perguntar, sua voz trêmula.
A Dra. Alencar sorriu gentilmente e assentiu.
— Sim, vocês estão esperando gêmeos. É uma surpresa, eu sei, mas ambos estão saudáveis.
Soraya olhou para Simone, que ainda estava desmaiada no chão, e deu um leve sorriso, apesar da tensão.
— Ela sempre disse que queria uma grande família, acho que essa é uma maneira de começar. — Soraya disse, tentando manter a calma.
— Exatamente. Vamos cuidar de tudo com muito cuidado daqui pra frente. — Dra. Alencar respondeu, ajudando Soraya a levantar-se da mesa de exames.
Soraya ajoelhou-se ao lado de Simone e a sacudiu levemente.
— Amor, acorda. Temos uma novidade.
Simone abriu os olhos lentamente, parecendo confusa. Quando percebeu onde estava, sentou-se rapidamente quase tendo um infarto de desespero.
— Eu desmaiei? — perguntou, um pouco envergonhada.
— Sim, você desmaiou.
— Eu tive um sonho doido que estávamos esperando gêmeos... — Simone começou a rir e se levantou.
Soraya disse, segurando a mão de Simone. — Vamos ter gêmeos.
Simone piscou várias vezes, tentando absorver a informação. Seus olhos se encheram de lágrimas.
— Gêmeos? Sério? Como isso é possível? — Simone perguntou, ainda perplexa. — Nós fazemos todos os acompanhamentos certinho, como não vimos isso antes?
A Dra. Alencar se aproximou, compreendendo a confusão de Simone.
— Entendo suas dúvidas, Simone. Na maioria das vezes, gêmeos são detectados nas primeiras ultrassonografias, mas ocasionalmente, um dos fetos pode estar posicionado de forma que dificulte a visualização. Isso é raro, mas acontece.
Simone ainda parecia confusa.
— Mas... nós fizemos vários exames. Como nenhum médico percebeu?
A Dra. Alencar suspirou, parecendo um pouco desconfortável.
— Infelizmente, o acompanhamento anterior pode não ter sido tão minucioso quanto deveria. O equipamento ou a interpretação das imagens pode não ter sido adequada. O importante é que agora sabemos e podemos monitorar tudo corretamente daqui para frente.
Simone assentiu, embora ainda parecesse atordoada. Soraya apertou a mão dela, tentando oferecer conforto.
— Vai ficar tudo bem, amor. Agora estamos em boas mãos. — Soraya disse suavemente.
Simone abraçou Soraya com força, as duas chorando e rindo ao mesmo tempo. A Dra. Alencar observava com um sorriso no rosto, satisfeita por ter compartilhado uma notícia tão maravilhosa para elas. Depois de mais algumas instruções da Dra. Alencar sobre os próximos passos da gravidez, elas saíram do consultório. No caminho de volta para casa, Simone ainda estava processando a notícia.
— Eu só... não consigo acreditar que não vimos isso antes. — Simone disse, balançando a cabeça. — Parece loucura.
— Eu sei. — Soraya respondeu, acariciando o braço de Simone. — Mas o importante é que agora sabemos e podemos nos preparar.
— Eu estou feliz amor, foi só um susto mesmo pela informação inesperada. — Simone explicou beijando o dorso da mão de sua esposa — O quarto, teremos que modifica-lo e avisar a Úrsula, já que ela é única que sabe o sexo do bebê, dos bebês. — Os olhinhos agora da morena brilhavam como faróis.
— Acho que vou ter que aprender a trocar fraldas em dobro. — Simone brincou.
— E eu a amamentar em dobro. — Soraya respondeu, rindo.
— Poxa, já tinha perdido um agora o outro? — o bico de manha fez Soraya rir ainda mais.
— É amor, o pior é que você nem pode mais aproveitar sem vazar leite. — Soraya disse segurando a risada.
Quando chegaram em casa, ligaram para todos por chamada de vídeo pelo grupo.
— COMO ASSIM, SORAYA? — Liam perguntou esbaforido.
— Como assim digo eu, como você sabia que sua família tinha esse histórico? — Soraya questionou, séria.
— Não tinha como eu saber, não fiz questão alguma em saber nada sobre eles. — Liam respondeu, revirando os olhos.
— Certo, não posso te culpar por isso! Úrsula, você vai receber o sexo dos gêmeos, então a preparação que você estava fazendo, refaça. — Soraya continuou falando. — Eu não tô nem acreditando, gente!
— Filha, vai dar tudo certo e, se precisar de ajuda, eu estarei aqui juntamente com seu pai e todos os seus irmãos. — Bianca disse. — Agora vamos comprar mais roupinhas, um novo berço, vai dar tudo certo. — completou a mãe.
— Eu sei, mãe, mas é só que... — Soraya começou a chorar.
— Seu emocional está agitado, meu amor. Vou desligar e cuidar dela. — Simone disse, segurando o celular.
— Nos dê notícias. — Léo pediu.
Simone encerrou a chamada, olhando para Soraya com preocupação.
— Amor, está tudo bem. — Simone disse suavemente, abraçando Soraya. — É muita coisa para processar, mas vamos conseguir. Temos uma rede de apoio incrível e vamos dar conta.
Soraya assentiu, enxugando as lágrimas.
— Eu sei, é só que... foi uma surpresa tão grande. Achei que estava preparada para tudo, mas isso me pegou de jeito. Eu estou com medo.
— Eu entendo. — Simone respondeu, acariciando o rosto de Soraya. — Mas vamos enfrentar isso juntas, como sempre fazemos.
— Juntas. — Soraya repetiu, tentando se acalmar.
Elas se sentaram no sofá, tentando relaxar após a montanha-russa emocional do dia. A notícia dos gêmeos havia trazido uma mistura de emoções: surpresa, alegria, preocupação, mas acima de tudo, um sentimento profundo de amor e união.
— Vamos precisar fazer algumas mudanças, né? — Soraya disse, rindo levemente entre as lágrimas.
— Com certeza. — Simone respondeu, sorrindo. — Vamos precisar comprar mais roupinhas e um novo berço, mas as roupinhas deixamos para depois de saber o sexo dos bebês. Até porque já compramos coisas neutras o suficiente.
Soraya sorriu, sentindo-se um pouco mais leve.
— Acho que precisamos começar a fazer uma lista de tudo o que precisamos. — Soraya sugeriu.
— Boa ideia. E podemos começar a planejar como vamos arrumar o quarto. — Simone acrescentou. — Mas antes...
Simone se debruçou no sofá, ficando com o rosto bem perto da barriga de sua esposa. Soraya estava com uma barriga linda, que estava crescendo cada dia mais, e agora sabiam o motivo.
"Olha, vocês quase mataram a mamãe de susto, mas sabe, a gente gosta de família grande, de bagunça, e eu mal posso esperar para a chegada de vocês. Eu estou tão feliz que não cabe no meu peito tanta felicidade."
Soraya riu, acariciando os cabelos de Simone.
— Eles sabem que são muito amados. — disse suavemente.
Simone beijou a barriga de Soraya e depois subiu para beijá-la nos lábios.
— Vamos conseguir, amor. — Simone disse, olhando nos olhos de Soraya. — Juntas, vamos conseguir.
— Eu sei. — Soraya respondeu, sentindo-se mais confiante.
— Agora vem cá, minha gravidinha mais linda. — Simone se levanta e a puxa pela mão para ficar de pé.
Simone se aproximou de sua esposa segurando-lhe com as palmas abertas contra o resto, recheando-se da forma mais gordinha que ela estava, mais radiante e que ela não podia estar mais apaixonada. Seus lábios se tocaram de forma singela, doce e que transbordava amor. Simone sabia o quanto ela estava fragilizada, a beijou de forma tão doce e carinhosa que Soraya poderia se sentir nas nuvens.
— Não estou em um estado beijável por muito tempo. — Soraya resmungou afastando-se de Simone.
— Que bom porque eu também não. — a deixa era tudo o que Simone precisava.
Arrastou sua esposa para o quarto, levando-a para o banheiro da suíte delas, elas precisavam tomar banho para irem a empresa e nada melhor do que aproveitar da melhor forma antes de sair de casa. Simone foi arrancando as roupas de sua esposa pelo caminho enquanto a dela se perdiam no montante espalhados, apesar de tudo Simone fazia questão de elogiar sua esposa, de mostrar que ela era uma mulher desejada. A gravidez as vezes acaba com o psicológico da mulher, a autoestima se esvai e Simone nunca a deixou pensar ao contrário mesmo em momentos em que Soraya se sentia extremamente mal quando algo não cabia em seu corpo mais.
Tebet liga o chuveiro na água morna, coloca sua esposa debaixo dela enquanto pega o sabonete passando pelo corpo da gravidinha, se demorando nos seios mesmo com muita vontade de apertar e por a boca, ela não ousaria deixar o leite dos filhos vazarem. Seus beijos suaves eram depositados no pescoço de Soraya devagar, enquanto suas mãos passeavam por várias vezes por cada grama da pele que estava ficando branquinha assim como de Simone.
— Estou louca para ver você rebolando contra a minha buceta de novo, amor. — Simone sussurra entre os beijos molhados até tomar os lábios sedosos de Thronicke.
A única reação plausível de Thronicke foi gemer ao sentir os dedos gordinhos passearem por seu clitóris inchado e latejante, qualquer coisa era motivo de se sentir excitada e Simone não ficava atrás qualquer momento era momento, todo banho principalmente.
— Acho que o escritório pode esperar, quero saciar a minha vontade e vou logo adiantando que é muita. — O tom usado por Thronicke foi sensual a ponto de chegar ao pulso de prazer de Simone e a fazer gemer só em imaginar.
Concordando completamente com sua esposa, Tebet a beija com paixão, rápida e gulosa, enfiando-se completamente dentro de sua amada. O dia iria ser corrido, mas nada melhor d que relaxar antes de se estressarem. A gestação estava indo de vento em poupa, a barriga estava linda e enorme e Simone fazia questão de ressaltar isso todos os dias, principalmente quando seus corpos se encontravam.