Pov's Richard
Esse mês foi repleto de coisas incríveis, descobri que meu filho é um menininho e eu fui convocado para jogar na seleção colombiana.
Tinha como algo dar errado? Estava tudo saindo muito bem.
Nos últimos 15 dias eu e a malu fomos atrás das coisas do enxoval do Miguel, tudo em tons de verde.
Ela ama verde e eu, bom eu jogo no palmeiras né.
Os padrinhos dele ainda não se resolveram e eu e a malu decidimos não nos envolver.
Sua barriga triplicou o tamanho da noite para o dia, ela parecia bem animada com a chegada dele.
Era 21:30 da noite e malu ainda não tinha voltado, ela havia saído com a Mariana que estava bem abatida com o término do Uruguaio.
Ela saíram por volta das 19:00 e até agora nada.
Eu estava escorado no sofá, enquanto jogava Fifa com a criança incapetada (endrick) e o Juan.
- caralho Ritcha! Tu é ruim de mais - endrick grita no microfone do fone.
E eu reviro os olhos com seu comentário.
- vai se foder criança - falo com tédio.
Olho para o lado, onde estava meu celular que está apitando sem parar.
Logo aparece o nome de joaco na tela.
- ou calma aí, já respondo - tiro o fone de ouvidos e atendo o Uruguaio.
Call on Picareta
- solta o verbo Picareta.
- Richa? Estas en tu casa?
- tô sozinho aqui, por?
- no estas afins de dar uno pião
comigo?
Paro por um momento, sério mesmo que ele tá me chamando para sair?
- não me leve à mal não mula, mas
nem rola tlgd?
- por que? Eu sei que a Malu saiu com a
Mariana.
Como ele sabe?
- como 'cê sabe?
- franzo a sobrancelha.
- a Malu postou foto.
- vai Ritcha! Custa nada, tenho certeza que a malu não vai ligar. Na verdade ela nem tem que reclamar.
Reviro os olhos com as palavras do Uruguaio, será que ela realmente não se importaria?
- tá, caso eu vá. Vamos para onde?
E quem vai colar?
- alguma festa privada em SP, os maluqueiros do CT vão.
Paro por um segundo, será?
- podepa então, passo aí em 30 minutos
- aeee Ritcha! Sabia que tu no ia me decepcionar.
Ele diz antes que eu possa desligar a chamada, ponho o fone de volta para responder os meninos.
- ae mano, vou ter que desligar. Vou colar no piquerez, querem ir? - pergunto esperando uma resposta.
- vai ter mulher? - endrick pergunta do outro lado da linha.
Porra, esqueci de perguntar.
- não sei cara, mas se tiver foda-se. Eu sou casado - explico meu ponto de vista.
Ouço a garganta de endrick arranhar abafadamente, como se ele discordante de algo.
- você acha mesmo que sua mulher vai achar isso legal da sua parte? - ele pergunta em um tom de aviso.
- claro que sim, a gente tá indo pro joaco. Tipo, oque tem de mais nisso? - pergunto como se fosse óbvio.
- vai de você colombiano - endrick termina a frase - mas é isso, boa parceiros. - ele diz e Juan continua em silêncio.
Reviro os olhos com suas falas.
- vai colar Juan? - pergunto pro outro colombiano.
- nem pá, tô suave hoje - sua voz parecia tranquila.
- podepa então, vou ir me arrumar. Flw - me despeço e desligo a chamada.
Deixo o controle e o fone em cima do raque da sala.
Subo pro quarto e vou tomar banho, depois eu vejo a roupa que eu vou.
Penso e repensou várias vezes se realmente vale a pena sair de casa, mas acho que ela não iria se importar certo?
Todos sabem que estamos noivos e eu vou ser pai.
Tomo banho no quente e o banheiro fica embaçado de tanta fumaça quente.
Saio do box enrolado na toalha para ir atrás de uma roupa.
Coloco um conjunto preto e um Air Max TN branco.
Só adiciono mais alguns preliminares, corrente, brincos e perfume.
Me arrumo em 15 minutos, desço as escadas correndo e pego a chaves da X1 em cima do balcão.
Tranco a casa e rumo a casa do Uruguaio.
Pov's Malu
Mariana me deixou em casa e foi direto para a dela.
Eu estava exausta, andei muito e eu tô parecendo uma bola ambulante. Jaja eu não me aguento mais.
Só precisava de um banho quente e ficar de denguinho.
Nós duas saímos para tentar deixar a mente da garota um pouco dispersa dos problemas, compramos bastante coisa para o bebê.
Pego as chaves dentro da minha bolsa para abrir a porta.
- amor? Cheguei! - grito na casa silênciosa e espero a resposta do colombiano, mas oque eu recebo é só o silêncio.
Estranho a casa estar tão quieta.
Subo as escadas devagar indo até o quarto, abro a porta com gentileza esperando o colombiano estar dormindo na cama.
Ligo a luz mas ele não estava lá, fui até o banheiro e nada.
Ele saiu sem me avisar?
Desço as escadas correndo atrás da minha bolsa para pegar o meu celular.
Ligo para o colombiano, mas a chamada só chama e cai na caixa postal.
Me sento no sofá, sinto minhas pernas tremerem e minhas mãos suarem.
Ele realmente foi capaz de me largar sozinha para sair?
Ligo de novo para o colombiano e nada.
Bufo derrotada e subi para o quarto para dormir.
Eu não vou ficar fritando minha cabeça por causa disso, quando ele chegar a gente conversa.
Pego no sono com um pouco de dificuldade, eu estava com um refluxo gigante e o Miguel parecia não colaborar muito comigo hoje.
Escuto um barulho na porta da sala e as chaves sendo postas em cima do balcão.
Os passos vão se aproximando aos poucos, primeiro na escada e depois no corredor do quarto.
Fico virada para o lado direito da parede contraia da porta, ficando de costas para quando ele abrir a porta.
Sinto uma claridade da lâmpada do corredor invadir o quarto quando a porta é aberta e o colombiano adentrar o quarto.
Ele se aproxima da cama e deixa um beijo na minha testa. Eh não embolso reação nenhuma a não ser fingir que estou dormindo.
O jogador caminha até o banheiro e se tranca lá, logo escuto o barulho do chuveiro sendo ligado.
Ligo a luz do abajur e tateio o celular do colombiano pelo quarto, estava em cima do criado mudo.
Desbloqueio o celular e a primeira coisa que eu leio é uma mensagem de piquerez.
Picareta
- Ritcha? Desculpa pela minha irmã mano, a intenção dela não era te causar problemas.
- sei que o beijo para você não significou nada, mas desculpa por isso de verdade.
Solto o celular sobre a cama incrédula.
Ele me traiu? Sério?
ELE ME TRAIU COMIGO ESTANDO GRÁVIDA?
Ouço o chuveiro ser desligado e em menos de dois minutos o colombiano abre a porta.
Eu não tive reação alguma e fiquei sentada ereta na cama.
Richard sai do banheiro enrolado na toalha branca e eu sei que ele está sem nada por baixo.
- onde você tava? - pergunto ríspida obviamente já sabendo a resposta.
Ele me encara com a feição desconfiada.
- eu não vou perguntar denovo Richard - encaro o mesmo e vejo seu corpo tremer sob minha pergunta.
- eu tava com o joaco - finalmente ele me responde com um pouco de incerteza.
Disso eu já sei.
- você não tem nada para me falar não? - pergunto serrando os olhos próxima a saber se ele vai mentir na cara dura.
Ele abre a boca algumas vezes e falha, não consegue dizer nada.
- você não vai ser homem de assumir que me deu um perdido? Comigo estando grávida e ainda por cima outra vem e te beija? Sério Richard, eu esperava mais de você - minha voz sai exausta.
Ele suspira antes de sentar do meu lado.
- amor eu juro que não foi eu que beij- - ele é interrompido por um belo tapa na cara.
Eu odeio bater nos outros, mais eu me sinto usada e traída. Eu realmente não esperava isso dele.
- não interessa, você era meu noivo Richard Ríos - Minha voz sai embargada. - por que não me disse nada? Caralho Richard.
Ele não diz nada, apenas acaria o local do tapa e não encara meu rosto.
Parecia estar com vergonha, como se realmente estivesse arrependido de algo.
- eu não vou ficar aqui, muito menos dormir no mesmo teto que você. Eu preciso colocar a minha mente no lugar, realmente o baque foi grande - Tento soar tranquila, tentando me auto acalmar.
- Maria eu não beijei ninguém, você não entende isso? - ele diz rude mas com calma.
- não quero saber, guarde suas desculpas esfarrapadas para outra pessoa! Não perca seu tempo tentando consertar algo que você causou por que quis! - minha voz sai um pouco mais alta.
Meus olhos ardem e eu lembro que há 1 ano atrás eu passei por isso com o Yuri.
Eu não posso acreditar que ele fez isso comigo, eu realmente confiei nele.
Como pode pessoas tão diferentes serem tão iguais ao mesmo tempo?
- tá bom malu, você quem sabe. Tá no seu mérito acreditar em mim ou não. - ele diz ríspido me encarando nos olhos.
Só me levanto indo até o closet e pegando algumas roupas e traçando tudo dentro de uma bolsa qualquer.
Minha barriga já não podia ser forçada, eu estava abaixada.
Minhas pernas fraquejam e eu me sento no chão em frente ao closet.
- você tá bem? - o rapaz diz encostado no batente da porta me encarando.
- estou. - digo mas nesse exato momento eu sinto que minha barriga iria explodir.
Me levanto com um pouco de dificuldade e saio pela porta sem ao menos olhar na cara do colombiano.
A única pessoa que ia conseguir me por no lugar era só meu irmão.
Desço as escadas e pego as chaves da velar.
Espero que não esteja muito trânsito.
Quando eu finalmente cheguei na casa do meu irmão, aperto a campainha desesperadamente.
Quem atende dessa vez é a Bárbara.
- malu? Tá tudo bem gatinha? - ela pergunta e agarra meu braço para me ajudar a passar - malu você tá suando muito e seu corpo tá mole.
Realmente eu tô sentindo um calor infernal, parecia que eu tava derretendo.
Sinto meus olhos escurecerem, meu Deus oque tá acontecendo?
- FAGNER! SUA IRMÃ - ela grita e logo eu escuto passos rápidos da escada.
- malu? Malu olha para mim, oque aconteceu? - ele segura meu rosto.
Depois da aí eu apaguei.
Pov's Richard
Antes que venham me xingar, eu não beijei ninguém. A irmã do piquerez realmente deu em cima de mim e tals, mas eu dei um corte nela. Quando ela pensou em vim eu desviei e NÃO ROLOU BEIJO NENHUM.
Mas a dona Maria Luiza nunca acredita no que eu falo, então tanto faz. Nós dois estamos de cabeça quente e não é bom para ela discutir, principalmente pelo bebê.
Desço para cozinha fuçando a geladeira para ver se eu encontro algo de bom para eu comer.
Vou jogar Fifa até de manhã também só de raiva.
Mas parece que tudo conspira contra mim quando eu vi a ligação de Fagner no meu celular.
Call on Fagner
- Colômbia? Seu cuzao do caralho.
Seu filho vai nascer.
- que? Como assim? Onde ela tá?
- estamos indo para o hospital Albert Einstein, a bolsa da malu estourou.
- mas a cesariana dela tava marcada só para novembro.
- seu filho apressado resolveu vir antes da hora.
- apareça aqui logo, porque ela não para de te chamar. Eu não sei oque aconteceu entre vocês, mas eu sei que se você fazer algo de ruim para minha irmã eu garanto que o Miguel vai ser seu único filho.
- podepa, tô indo.
Droga tudo tá conspirando contra mim, agora meu filho resolveu nascer. DO NADA.
pego a primeira chave de carro que vi pela frente, foi a da X1.
Daqui até o hospital dá uns 40 minutos, só sei que eu cheguei em 20.
Entro na recepção do hospital desesperado.
- oi uma moça Maria Luiza Lemos, deu entrada por aqui? - pergunto para a recepcionista que estava ali.
- boa noite, Sim. Oque o senhor é da paciente? - ela pergunta enquanto olhava algo na tela do computador.
Respiro fundo.
- sou o pai da criança que tá para nascer - respondo um pouco sem paciência.
- tudo bem, pode subir. Ela está em trabalho de parto - ela me entrega uma ficha pata colar na roupa.
- Obrigada.
Vou em direção ao elevador para subir na parte da maternidade, mas essa bomba vai demorar.
Olho para os lados e vejo a escada de emergência, subo correndo até o terceiro andar do prédio.
Na salinha de espera estava Fagner e sua mulher, Bárbara.
- meu Deus cara, quer água? - Fagner pergunta provavelmente por eu estar vermelho.
- não, cadê minha mulher? - falo ainda em pé do lado dele.
- ela entrou em trabalho de parto, está em alguns desses quartos - Bárbara me responde com um tom de incerteza. Chuto que ela está nervosa também.
- pergunta para a enfermeira ali - Fagner aponta para trás e meu me viro no mesmo instante.
- moça com licença, eu preciso ver minha esposa. Ela está para dar a luz - peço para a enfermeira que está com uma prancheta na mão.
- claro, diga o nome sa paciente? - folheia os papéis.
- Maria, Maria Luiza Lemos - respondo meio ofegante da corrida nas escadas.
- ok, me siga - se vira para o corredor e para na frente da porta 27.
- aqui está - sorri simpática - se precisar de algo me chame.
- Obrigada.
Bato na porta e vejo malu deitada sobre o leito enquanto murmurava alguns gemidos.
- Rich, pelo amor de Deus eu vou morrer - sua voz sai baixa, extremamente cansada.
Pego na sua mão e levo até meus lábios, beijo a pele com cuidado. Depois deposito outro beijo em sua testa.
- amor me descul- - ela me interrompe.
- depois a gente resolve isso, preciso me concentrar para o Miguel sair. Tenho certeza que ele é cabeçudo igual você - ela diz e prensa os olhos com dor.
- fica quieta fiona - falo rindo.
- estou com oito dedos de dilatação - diz com os olhos ainda fechados.
- acha que vai conseguir parir hoje? - minha pergunta sai preocupada.
- eu tenho que parir hoje, se não nosso bebê tem perigo de vida. Ele não tem 39 semanas, tem 37. - percebo a incerteza em sua voz.
- vai dar tudo certo amor, confio em você. - aperto sua mão tentando causar confiança na mesma.
Ela se mexe na cama e o suor escorre por sua testa.
- Rich-ard.. chama o médico, eu vou parir agora - ela diz entre suspiros ofegantes.
Pov's Malu
Richard sai do quarto atrás de algum médico, enquanto minha barriga se remoia de dor.
- vai filho, faz esse favor para a mamãe - passo a mão sobre minha enorme barriga.
A porta se abre e entra uma enfermeira, fico aliviada de não ser um homem.
- tudo bem Malu, preciso que você faça força, ok? - ela me ajeita na cama com cuidado.
- tudo bem.
Faço força tentando expulsar o bebê de dentro de mim, mas tudo oque eu sinto é uma ardência inexplicável.
A mão de Richard entra em contato com a minha, ele aperta.
- força amor, você consegue - diz próximo ao meu ouvido.
Fecho os olhos com toda força que eu tenho e a enfermeira abria mais minhas pernas.
- vai malu, tô vendo ele - ela diz.
Sinto que vou explodir a qualquer momento.
Sinto um alívio momentâneo.
- só um minuto mamãe, ele tem que virar - ela diz e logo puxa o pequeno ser de dentro.
Ouço um chorinho infantil invadir a sala.
- nasceu, nosso filho nasceu amor - Richard beija minha testa.
A moça enrola meu filho em uma mante e me entrega.
- ele é sua cara parça - falo fingindo estar brava. - injustiça.
Beijo a testa do garotinho que já havia parado de chorar.
- recomendo que você o amamente mamãe, são 5:35 da am, imagino que não tenha comido ainda - a moça se refere a mim simpática.
- tudo bem, obrigada.
Retiro meu seio direito com cuidado e posiciono o mamilo sobre os lábios do garotinho.
Ele corresponde e pela primeira vez abre os olhos.
Seus olhos tem um tom de azul escuro ao reflexo da luz.
Que criança perfeita.
- os olhos dele são azuis? - Richard franze o cenho.
- tava me perguntando isso agora, nem que dizem menos com menos dá mais - falo rindo.
Eu estou flutuando nas nuvens com o Miguel no colo.
É inexplicável esse amor que eu sinto por ele, mas eu não podia esquecer do que aconteceu mais cedo.
Talvez seja melhor nós vivermos assim, juntos nós nunca daremos certo.
Obrigada Richard, você foi a pessoa que eu mais amei. É o amor da minha vida, mas não o amor para minha vida...
Fim.
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KAKAKAKAKKA NÃO ME MATEM AINDA OK? SE ME MATAREM NÃO TEM SEGUNDA TEMPORADA🤗🤗🤗
gente obrigada de verdade por tudo, eu amo vocês. Obrigada pelo apoio sempre, principalmente quando eu passei por momentos ruins...
Espero que tenham gostado da fic até aqui.
Um beijão da autora no coração de vocês, votem e fiquem atentos para a continuação ein?
Me perdoem pela demora de atualização, aconteceu muitas coisas MUITAS MESMO. Mas agora vou tentar voltar para a segunda temporada e para a nova fic!
Eu particularmente odiei esse capítulo, mas estou postando para não deixar sem um final por muito tempo.
Até logo xuxus💌💋