𝐀𝐃𝐔𝐋𝐓É𝐑𝐈𝐎. - 𝐑𝐀𝐏𝐇...

By autoralorry

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Anita vive uma relação intensa e escondida com o jogador Raphael Veiga, o 'santo' que todos acham ser o cara... More

APRESENTAÇÃO
PRÓLOGO
001. REENCONTRO.
002. FAZER AMOR OU F#DER?
003. MODO SILENCIOSO.
004. FOTOGÊNICO.
005. CONVIDA.
006. SILÊNCIO NA ADEGA.
007. LEVINHA.
008. UNFORGETTABLE.
009. VARINHA.
010. MÃO AMIGA.
012. ENERGIA QUE EMANA.
013. PERTENCE A MIM.
014. MEU?
015. ALGUM DIA...
016. MULHERES...
017. COINCIDÊNCIA.
018. GOSTO METÁLICO.
019. CRISE EXISTENCIAL.
020. TALVEZ.
021. DESCARTÁVEL.
022. DR.
023. NOJENTO.
024. CONCORRÊNCIA?
025. O PRIMEIRO.
026. SONHO.
027. EU ESCOLHO...
028. CARTA PARA MIM.
029. 6 DE OUTUBRO.
030. FLOR SILVESTRE.
031. CONVITE.
032. IDAS E VINDAS.
033. MEU E MINHA.
034. INSACIÁVEL.
035. GARUPA.
036. COMO MULHER.
037. ERA SUPRESA.
038. INSEGURANÇA.

011. QUÍMICA DE OUTRO MUNDO.

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By autoralorry

Meta: 130 comentários.

𝐀𝐍𝐈𝐓𝐀 𝐂𝐀𝐌𝐏𝐎𝐒

Ai que preguiça! Essa é minha reação toda vez que o despertador toca as 7 da manhã. E o pior, dessa vez meu despertador foi uma ligação do Raphael.

– Meu deus, você não tem nada pra fazer não? — tento demonstrar minha raiva através da voz.

– Bom dia, loira. — a risada dele através do telefone cria um chiado. – Abre a porta aqui pra gente tomar café juntos.

– Eu tô caçando tomar café com você? — disse eu levantando da cama pra ir ao banheiro e atender esse infeliz. – Queria era dormir. Dormiu com sua mulher, por que não tomou café com ela?

– Dormi? — solta mais uma risadinha, debochada dessa vez.

– Nããooo... A imaculada te deu um chá? Depois de tantos anos?

– Abre logo essa porta pra gente conversar, tô com frio pô... — solto uma risada. – E o seu croissant com queijo vai esfriar.

Quando ele cita meu generoso croissant, não penso duas vezes antes de correr do banheiro e ir até a porta abrir.

– Croissant é? Cadê? — me entrega a sacola na mão. – Humm... Sinto o cheiro daqui.

– Cadê meu bom dia? Eu mereço agora? — passa pela porta fechando a mesma atrás dele.

– Nããn, vou pensar...

– Ah, qual foi Anita?

– Acabei de acordar, Veiga. Mal escovei os dentes, dá um tempo. — ignoro ele e vou andando diretamente pra cozinha. Ele me segue, assiste eu colocar o saco de croissant sobre o balcão e colocar a água pra ferver na cafeteira. – Não dormiu hum!? A noite foi boa?

Ele molha os lábios, dá uma leve secada em mim antes de me dar as costas e estender a mão até a outra sacola que ele trouxe, servindo o resto da café na mesa entre a sala e a cozinha.

– Não foi nada disso que você tá pensando. — responde. – Faz tempo que eu e a Bruna não... Bom, você sabe.

– Faz tempo? Tipo... Quanto tempo?

– Sei lá... Dois meses? — dá de ombros.

– Você tá a dois meses sem transar com sua noiva e ela acha isso normal???? — estreito as sombrancelhas. – Caralho, que mina otária. Pra mim isso já é motivo pra divórcio.

– Você é ninfomaníaca. — nega com a cabeça enquanto rir. – A Bruna é tranquila com isso. Quer dizer... Era.

– Xiiii, então acho que o príncipe também está sendo presenteado com dois galhos na cabeça hein!? — dou as costas pra mexer na cafeteira quando o sistema dela apita. – Já já os dois vão servir de rena pro papai noel no natal.

– Você acha? A Bruna não tem cara de quem faria isso. — se ajeita na cadeira e senta, tempo o suficiente pra que eu siga até a mesa com a cafeteira e sente na sua frente.

– Ela não te traiu uma vez já?

– Que? Onde você viu isso? — franze o cenho.

– Ué, vi no Tiktok.

Ele gargalha enquanto coloca café no copo.

– Uau, grande fonte de informação hein!?

– Mas parecia ser bem verdadeiro. Falava que ela desconfiou de uma traição sua, e te traiu antes.

– Isso nunca aconteceu. — nega com a cabeça. – Você é a primeira.

O silêncio dura por mais tempo que o normal, eu encaro ele por cima da xícara e ele me devolve o olhar na mesma intensidade. Nós dois sabemos que está errado, a gente sabe do perigo que corre e de que quando isso vazar (porque vai vazar), os dois estão fudidos de todas as formas. Mas, sei lá, é divertido. E talvez pela adrenalina, a gente continua.

– Então... — fungo o nariz, sentindo a necessidade de falar algo antes que o olhar dele me consuma. – Me conta qual foi o motivo da sua insônia se não foi uma noite de chá bem dado...

– Bem... — solta um riso rouco. – Eu tava muito tenso depois de aguentar mais um dia de reclamações da Santana, então... Fui fazer oque me alivia.

– Você tá me zuando que com uma mulher do seu lado você foi bater punheta, Raphael? — ele levanta os ombros e desce devagar. – Aí você já tá sendo burro. Era mais fácil você dar uma atenção pra coitada.

– Eu queria, mas não consigo. Sei lá...

– Isso é preocupante. — arqueo às sombrancelhas.

– A única mulher que eu queria no momento era você. — solta, simplesmente do nada. – Eu não conseguia parar de pensar em você, nas suas fotos, no seu vídeo, em nós... — solta um suspiro. – Seria mais fácil gemer o seu nome pra ela né!? Ser descoberto e acabar com a farsa de casal feliz.

Sinto um calor subir pelo meu corpo ao ouvir suas palavras, e por um momento, o ar parece pesar entre nós.

– Você não faria isso... — digo, tentando manter a compostura. – Assumir que está errado? Acabar com a fachada de bom moço? Você não tem peito pra isso.

Ele se inclina na minha direção, os olhos fixos nos meus e o maxilar trincado até as bochechas.

– Tem razão, é mais gostoso quando é proibido. — percebo ele engolindo o café com mais dificuldade, provalmente repreendendo as verdadeiras coisas que queria falar.

– É isso que você quer então? Continuar nessa farsa? — pergunto, a voz mais baixa, quase um sussurro.

Ele se inclina ainda mais, a intensidade nos olhos dele quase me queimando.

– Eu quero você. — responde, e a sinceridade em sua voz me deixa sem fôlego. – Do jeito que for.

Sinto meu coração acelerar e meu corpo responder ao dele, mas ao mesmo tempo, sei que estamos numa linha tênue.

– Isso vai acabar mal, Raphael. — digo, mais para mim mesma do que para ele.

Ele coloca a mão sobre a minha, o toque quente e firme.

– Eu sei. Mas, por enquanto, vamos aproveitar o que temos. — ele aperta minha mão suavemente. – Porque eu não quero parar. Você quer?

Sinto o calor da mão dele sobre a minha e, por um momento, as consequências parecem desaparecer.

– Não. — admito, minha voz quase um sussurro. – Eu também não quero parar.

Ele sorri, aquele sorriso de quem sabe exatamente os efeitos que têm sobre mim. Raphael se inclina ainda mais perto.

– Então, vamos aproveitar enquanto podemos. — o tom da sua voz me arrepiando inteira.

Nosso momento é interrompido pelo som da porta se abrindo. Olho para a entrada e vejo Luísa, minha amiga, parada ali com uma expressão divertida no rosto.

– Bom dia, casal! — ela diz, fechando a porta atrás de si.

Raphael e eu nos afastamos rapidamente, tentando parecer naturais.

– Luísa, o que você tá fazendo aqui tão cedo? — pergunto, tentando manter a calma.

– Ah, só vim ver se você quer fazer alguma coisa na sua folga hoje, mas pelo visto já escolheu sua companhia. — sorri maliciosamente, claramente sabendo mais do que deveria.

Raphael suspira, a tensão voltando ao ambiente.

– Bom dia, Luísa. — ele diz, a voz firme.

– Bom dia, varão. — ela responde em tom de brincadeira e eu seguro a risada.

Luísa caminha até a cozinha, pegando uma xícara de café como se fosse a coisa mais natural do mundo.

– Vou lá pro seu quarto enquanto você resolve suas pendências com esse daí, viu!? — aponta pro Raphael. – Qualquer coisa é só me gritar.

– Pode deixar. — respondo, tentando manter o tom casual.

Luísa sai, deixando um silêncio tenso entre nós. Raphael arrasta a cadeira até ficar ao meu lado e se aproxima novamente, a intensidade no olhar dele me fazendo esquecer momentaneamente da presença de Luísa.

– Acho que temos uns minutos antes de você ir fazer algo com sua amiga. — ele murmura, a voz baixa e rouca.

– Ela sempre aparece nas piores horas, né? — digo, minha voz tremendo levemente.

Raphael se inclina mais perto, seu hálito quente contra minha pele.

– Talvez ela só saiba quando você está precisando de um empurrãozinho para se lembrar de quem você realmente quer. — ele sussurra, seus lábios roçando meu pescoço.

Sinto um arrepio percorrer minha espinha, o desejo tomando conta de mim. Minha mão desliza pelo peito dele, sentindo os músculos tensos sob a camisa.

– Você sabe que isso é uma má ideia... — digo, mas minhas palavras são fracas, sem convicção.

– Não me importo. — ele responde, me puxando para mais perto. – Eu quero você agora.

Ele me beija, e toda a tensão acumulada explode em um desejo incontrolável. Minhas mãos percorrem seu corpo, sentindo a urgência em cada toque. Ele me levanta, sentando-me no próprio colo, seus lábios se movendo com fome sobre os meus.

Por um momento, esqueço de tudo. Esqueço de Bruna, esqueço de Luísa, esqueço que quem está errada sou eu... Só me deixo levar, a sensação da mão dele percorrendo meu corpo me obriga a parar o beijo pra suspirar sobre seu rosto.

Sorrio quando vejo seus olhos fechados e a expressão concentrada no beijo, puxo ele para mais perto embolando meus dedos em seu cabelo, sentindo a tensão e o desejo em cada toque. Ele me vira de costas, e antes que eu possa reagir, sinto o primeiro tapa na minha bunda. Um choque de prazer e surpresa percorre meu corpo, e solto um gemido baixo.

– Você gosta disso, não é? — ele pergunta, sua voz carregada de provocação.

– Gosto... — admito, a respiração acelerada.

Ele sorri e continua, seus tapas firmes, mas não dolorosos, enviando ondas de excitação por todo o meu corpo. Cada tapa é seguido por um toque suave, criando um contraste que só aumenta meu desejo. Minhas mãos se agarram na mesa, tentando encontrar algum suporte enquanto ele continua.

– Você é minha, Anita. — ele diz, a voz baixa e possessiva. – Só minha.

Seus tapas se tornam mais intensos, cada um fazendo meu corpo arquear em resposta. Me sinto completamente à mercê dele, e isso me excita ainda mais. Ele se inclina para a frente, seus lábios roçando minha orelha enquanto suas mãos exploram cada centímetro do meu corpo.

– E você adora ser minha, não é? — ele sussurra, a respiração quente contra minha pele.

– Eu... Eu não sou sua... — gemo, meu corpo tremendo de desejo.

Ele dá mais um tapa, mais forte desta vez, e eu mal consigo conter o gemido que escapa dos meus lábios. Sinto como se estivesse flutuando, completamente envolta na intensidade do momento. Raphael me vira novamente para encará-lo, seus olhos queimando.

– Mentirosa! — puxa meu lábio inferior com os dentes e só solta quando escuta um "tss" sair da minha boca. – Assumi pelo menos pra mim, ninguém precisa saber.

– Eu posso até ser sua quando estamos assim... — passo minhas unhas pelas costas dele por debaixo da blusa. – Mas quando você saí por aquela porta e coloca essa aliança de volta... Eu só pertenço a mim mesma.

Raphael solta uma risada baixa, os olhos brilhando de divertimento e desejo.

– Garota... — ele aperta meu rosto com as mãos. – Posso não conseguir ser 100% seu, mas eu traria um mundo até você só pra te assistir domina-ló de perto igual fez comigo.

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Autora: ai que delícia gente....🛐🛐🛐🛐🛐

Disse que não ia postar essa semana, mas ficou tão gostosinho esse capítulo que decidi soltar.

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