Cop car
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E lá estava nosso protagonista, voltando para casa depois de um longo dia na escola.
Ele se perguntava quem teria sido o ser inútil que decidiu que os adolescentes estudariam de des das sete e meia da manhã até as duas e meia da tarde.
Maldito seja o criador do sistema de aulas dos Estados Unidos.
Enfim, Mason andava em passos rápidos pra casa, não aguentava ficar em baixo de sol, ainda mais no verão.
Pensou que seguiria seu caminho sozinho, até ter seu silencio interrompido como sempre.
— Você não me esperou de novo? — Disse a menina começando a caminhar ao seu lado.
— E porque eu te esperaria Madison? — Mason nem sequer a olhou.
— Porque eu simplesmente sou sua irmã talvez? — A ruiva parecia indignada.
O Thames mais novo deu de ombros.
— E? Isso não significa que tenho que ficar te esperando. — ele começou a se irritar. — Me deixou sozinho minha infância inteira, não pode fazer isso agora também? — o garoto andou mais rápido ainda, apenas pra se afastar de sua irmã.
Já a mais velha parou no meio do caminho, parecia um pouco chocada com as falas do irmão, mas não era a primeira vez.
Sua amiga que andava um pouco atrás da ruiva se aproximou.
— ele tá bem? — ela perguntou a questionou.
— Oi Britney, eu não faço ideia, ele deve estar em um daqueles dias ruins de novo. — A ruiva disse um pouco chateada.
— É só porque ele está em um dia ruim ele tem o direito de ser assim? Bom se fosse meu irmão já teria levado um tapa. — Disse a loira descontente.
Madison suspirou.
— Ele já passou por coisa demais pra estar bem agora. — Ela encarava de forma triste a silhueta de seu irmãozinho se afastando. — ele tá certo, ele não é mais criança.
— Ele tá assim por que "surtou". — Miguel apareceu atrás das garotas feito um fantasma, ambas se apavoraram.
— Garoto, meu Deus, não faz isso! — Britney pigarreou.
Brooke não disse nada, e Miguel deu de ombros.
— Tá explicado, foi um dos sonhos né? — Madison perguntou, logo vendo Miguel assentir em silêncio. — Ai, eu preciso falar com ele... me acompanha até minha casa, não quero estar sozinha quando ele me encarar com os olhos cheio de raiva de novo.
— Claro. — O moreno diz sem nenhuma relutância. — Eu sou seu vizinho, qualquer jeito já estaríamos indo pro mesmo caminho.
Ambos se despedem de Britney e vão embora.
Na porta da casa dos Thames, eles perceberam que a mesma estava entre aberta.
— Olha, se escutar algum barulho alto, não se preocupa, em qualquer conversa sobre sentimentos com ele é assim. — Brooke explicou.
— Olha, eu já escutei os berros dele lá de casa, sei como é. — A ruiva deu um pequeno sorriso.
Madison foi a primeira a entrar na casa, e deu de cara com o irmão sentado no primeiro degrau da escada, ele estava tirando os tênis, mas assim que ele a viu subiu correndo as escadas, sem nem olhar pra trás.
— Mason! — sua irmã o chamou, mas ele nem ouviu. — Pode esperar aqui em baixo? Já volto. — e sem esperar respostas de Miguel ela subiu escada a cima.
Correu até o quarto de seu irmão, e abriu sua porta com facilidade já que ele não poderia mais a trancar, isso é história pra outro dia.
Por algum motivo a luz estava apagada, mas ela não se deu o trabalho de ligar, a luz do corredor era o suficiente.
— Mason, oque aconteceu? — Ela começou a se aproximar de seu irmão que se encontrava encolhido sobre a cama, bem no canto da parede.
— Vai embora! — ele disse, sem nem sequer a olhar nos olhos.
— Mason, calma, eu só quero conversar. — A ruiva seguiu se aproximando.
— Não! — os gritos do garoto fizeram sua irmã parar. — Não chega perto de mim, vai embora! — ele mandou mais uma vez. — se você não for eu vou chamar a mamãe, e vai todo mundo ouvir!
Madison soltou um suspiro, algo que parecia com "pelo amor de Deus, não"
— Olha, eu só quero conversar...
Mason, parecendo nem escutar apenas começou a berrar a plenos pulmões.
Miguel no andar de baixo conseguia escutar muito bem, e vindo de dentro da casa tudo parecia mais assustador.
Brooke tapou seus ouvidos com as mãos, sabia que se ele quisesse gritaria por horas a fio.
Mas, cansada da situação se repetindo, ela avançou em direção ao irmão, tampando sua boca com as mãos, apertando seu rosto pra que ele realmente não pudesse falar.
— Você precisa me escutar, eu não tô aqui pra te machucar, e nem quero. — Ela estava obviamente em pânico. — E a mãe nem tá em casa! Só o Miguel!
Mason a encarou nos olhos, dava para ver o pavor o medo e a surpresa, mesmo sem ele falar nada.
Mas antes que ela pudesse voltar a falar, o cacheado a empurrou usando os pés, foi mais pra um chute no estômago, mas tá.
— Não toca em mim! Eu não preciso de ninguém me tocando de novo, e você mentiu, mentiu como sempre você tava me machucando sim! — Ele começou a chorar e gritar feito uma criancinha.
Se vendo mais uma vez na imagem de vulnerabilidade de quando era menor.
— Que? — Sua irmã ainda parecia um pouco tonta pelo chute. — Não, Mason, eu to tentando conversar eu quero ajudar você.
— Eu não preciso da sua ajuda e nem da sua pena, e você sabe muito bem disso, quando eu precisava de você, ninguém nunca tava lá, eu passei minha infância sem nada, sem ninguém, sem meus pais e nem minha irmã, mas quer saber, eu não preciso mais de vocês e nunca precisei, eu não quero o amor muito menos a pena de vocês ou dos seus amigos, o pai e a mãe tão tentando consertar as coisas agora, mas já que é a favorita deles pode por favor falar que eu não preciso como nunca precisei deles! — Em um único fôlego ele disse como se fosse desmaiar.
Sua irmã parou e o encarou nos olhos, podia ver muito bem as lágrimas reluzindo na luz fraca, a raiva escancarada, seus dentes poderiam quebrar de tão forte que ele mantinha sua mandíbula serrada.
— Irmão, o pai e a mãe sempre te amaram, é só que...
— É só que a princesinha sempre teve mais preferências, eu poderia ter tido um futuro em alguma coisa mas eles nunca deram atenção nenhuma, eles te levavam 'pra tudo que era canto por conta das suas apresentações ridículas de balé, e me abandonaram com nosso tio que era incapaz de cuidar até de si mesmo, você, Brooke Madison Thames, pode ter a melhor infância que uma garota poderia ter, mas eu tive o pior pesadelo de uma criança por catorze anos seguidos, porra nem sequer nos meu aniversários? Mas que família ótima em. — o de cachos debochou.
Ele não queria conversar, mas quando forçado falaria exatamente oque pensa.
— Você precisa ficar calmo, eu sei que você não quer, mas deixa eu te explicar as coisas, você tem que se acalmar... — Mais uma vez a ruiva começou a se aproximar.
Isso fez o sangue de Mason ferver em suas veias, em um movimento rápido ele pegou um copo que estava sob seu criado mudo, ao lado de alguns remédios.
— Não chega mais perto. — O loiro disse ameaçando jogar o copo na irmã.
Ela se viu desacreditada, não acreditou que ele realmente fosse fazer isso, que grande erro.
Antes que pudesse reagir o video ja havia se estraçalhado pra todo lado no chão de madeira.
Ao contrário do que imaginávamos, ele não jogou o copo na irmã, mas sim perto dela, os cacos cortaram as pernas de ambos, fazendo o sangue escorregar de forma lenta em alguns suspiros de dor vindo da mais velha.
Mason nem sequer ligou, apenas se ajoelhou nos cacos, sem nem se importar com a dor ou os cortes, de forma rápida pegou um caco não muito grande mas não muito pequeno.
Madison ficou apavorada ao pensar oque ele iria fazer com aquilo.
— Se você não sair agora, eu vou te mostrar oque eu posso fazer comigo mesmo. — entre os dedos ele apertava o fragmento, fazendo sua mão ficar machucada.
Sua irmã nao duvidava de nada vindo dele, então soltou um suspiro e deu as costas, deixando a porta de seu quarto entre aberta.
Em um pequeno vislumbre pode ver ser irmão no escuro, ele apenas se sentou entre os vidros, sem ligar para o tanto que furariam ou entrariam em sua pele, ele apenas parecia querer chorar em paz.
Doía na garota ver seu irmão em tal estado, mas não poderia fazer nada, então apenas desceu as escadas, tudo pra dar de cara com um Miguel chocado.
— Mas... oque foi isso? Suas pernas estão sagrando, ele tá bem? Você tá bem? — o moreno tinha tantas perguntas.
— Eu tô na medida do possível... o Mason precisa de um tempo pra pensar, acho melhor você ir pra sua casa... — A ruiva disse.
Miguel ficou relutante, mas apenas assentiu, deixando a menina sozinha com seu irmão.
[ . . . ]
Já era noite, e Miguel se arrumava para dormir.
Ele deu uma olhada em sua janela e pode ver seu vizinho, no caso, Mason, ele também aprecia se arrumar pra dormir.
Tinha trocado de roupa e seus cachos pareciam molhados.
Mason pode ver que Mora o observava.
Ele deu um sorriso até que simpático e acenou para o Moreno.
Que logo fez o mesmo, mas não deixou de notar alguns curativos mal feitos nos braços do de cachos.
"Deve ser coisa da minha cabeça" ele pensou.
—
Ele não apareceu na escola no dia seguinte.
By: Shamlees_BeD_
Desculpe os erros de ortografia
O capítulo não foi revisado ainda