Resonance High: Alvorecer dos...

By kenjiroubr

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Resonance High: Dawn of the Echoes é uma história ambientada em um mundo onde, há cinquenta anos, humanos com... More

-Capítulo Prólogo-
-Capítulo 1: 'Ecos' do Futuro-
-Capítulo 2: Novos Aliados e Velhas Feridas-
-Capítulo 3: Sussurros na Escuridão-
-Capítulo 4: O Encontro da Alegria e do Destino-
-Capítulo 5: O Desafio das Lâminas-
-Capítulo 5.5: Fragmentos-
♫ Ops, Esqueci de Contar:Tudo o que Faltou Até Agora Sobre Resonance High ♫
-Capítulo 6: Manhã Escolar-
-Capítulo 7: Reflexos na Cidade Flutuante-
-Capítulo 8: O Grande Torneio Escolar Se Aproxima-
-Capítulo 9: Entre Luzes e Trevas: Surge um Novo Ressonante-
Capítulo 9.5: Uma Conversa Preocupante
- Capítulo 10: O Grande Dia! -
-Capítulo 11: Discurso Antes da Tempestade-
-Capítulo 12: Sob o Olhar do Adversário-
-Capítulo 13: O Fogo e a Sombra: O Despertar de Sora-
-Capítulo 14: A Primeira Rodada Se Encerra-
-Capítulo 15: A Arena dos Destinos-
-Capítulo 16: Correntes do Destino-
-Capítulo 17: Elos e Desafios-
-Capítulo 18: A Muralha de Metal-
-Capítulo 19: Entre Chamas e Metais: O Desafio Antes das Oitavas-
-Capítulo 20.1: Os grupos, A Direção e as Oitavas começam!-
-Capítulo 20.2: Os grupos, A Direção e as Oitavas começam!-

-Capítulo 7.5 - Do Outro Lado Do Reflexo-

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By kenjiroubr

A sala A da Ressonance High, conhecida por abrigar os Ressonantes mais promissores, estava impregnada de uma aura vibrante, mas também carregada de tensão. As paredes brancas e limpas eram adornadas com símbolos de ressonância, representações abstratas de poder e potencial que faziam os alunos se sentirem especiais, mas também aumentavam a pressão. O ar era mais frio, condicionado para manter os Ressonantes em um estado mental alerta, e as luzes, estrategicamente posicionadas, eliminavam quase todas as sombras, exceto nas quinas mais distantes.

Kazuo Kenzaki e Aiden Hayashi entraram na sala juntos, como sempre. O contraste entre os dois era evidente: Kazuo, com seus cabelos laranja chamativos, exalava uma energia que parecia elétrica, pronta para explodir a qualquer momento; Aiden, por outro lado, movia-se com uma leveza quase despreocupada, seus olhos afiados observando tudo ao redor com uma inteligência quieta. Eles eram diferentes em quase todos os aspectos, mas havia um laço de amizade sólido entre eles, forjado em batalhas dentro e fora da sala de aula.

Enquanto os dois se aproximavam de seus lugares, Kazuo deu um leve soco no braço de Aiden.

— Preparado para mais um dia de sermões sobre o controle perfeito dos Echoes? — disse ele com um sorriso travesso.

Aiden revirou os olhos, mas não pôde deixar de sorrir também.

— Como se precisássemos disso, né? Mas quem sou eu para recusar um show de 'como ser perfeito'?

Eles riram juntos, mas o riso morreu rapidamente quando notaram a presença imponente de Rei Kuro, já sentado em seu lugar. Os olhos brancos de Rei estavam fixos na frente da sala, mas havia uma tensão palpável em seu semblante. O ar ao redor dele parecia mais denso, como se absorvesse toda a luz, criando um contraste perturbador com a sala bem iluminada. Os outros alunos na sala pareciam fazer questão de manter distância de Rei, cientes de seu poder e da aura de mistério e perigo que o cercava.

Kazuo trocou um olhar rápido com Aiden, o sorriso desaparecendo de seu rosto.

— Lá vamos nós de novo — murmurou Kazuo, a voz baixa, apenas para Aiden ouvir.

Antes que Aiden pudesse responder, a professora entrou na sala. Ela era uma mulher alta e magra, com cabelos grisalhos curtos e uma expressão séria. Professora Miyamoto, uma das instrutoras mais respeitadas da Ressonance High, era conhecida por sua disciplina rigorosa e expectativa de excelência. Ela olhou ao redor da sala, seus olhos afiados parando brevemente em cada aluno, como se estivesse avaliando suas intenções para o dia.

— Bom dia, classe — começou ela, sua voz autoritária silenciando qualquer murmúrio restante. — Hoje vamos revisar a aplicação prática dos Echoes energéticos, especificamente na manipulação de sombras e eletricidade.

Kazuo se endireitou na cadeira, a menção de eletricidade despertando seu interesse imediato. Era sua especialidade, e ele sempre se destacava nessas aulas. Aiden, por outro lado, observou a reação de Rei, cuja habilidade de manipular sombras tornava essa aula um território pessoal para ele.

A professora continuou a explicar, fazendo gestos precisos que acompanhavam suas palavras.

— A manipulação de sombras, por exemplo, requer um controle meticuloso sobre a densidade e a forma das sombras. Elas podem ser usadas para camuflagem, ataque e até mesmo para desorientar o inimigo. No entanto, é uma habilidade que exige não apenas poder, mas uma compreensão profunda do ambiente ao seu redor.

Ela fez uma pausa e olhou diretamente para Rei.

— Rei Kuro, você poderia demonstrar?

Rei levantou-se lentamente, seu movimento controlado e deliberado. O silêncio na sala tornou-se quase insuportável enquanto ele se movia para o centro. Aiden e Kazuo observavam com atenção, sabendo que qualquer erro, por menor que fosse, poderia desencadear algo imprevisível.

Rei fechou os olhos por um breve momento, respirando fundo, como se estivesse se conectando com uma parte oculta de si mesmo. Quando os abriu novamente, seu olhar estava afiado e focado. Ele estendeu a mão direita à frente, os dedos longos e pálidos cortando o ar com uma precisão quase cirúrgica.

De repente, as sombras nos cantos da sala começaram a se agitar, como se tivessem vida própria. Com um simples gesto de sua mão, Rei as convocou. As sombras responderam ao chamado, esgueirando-se pelas paredes, fluindo como uma correnteza de tinta negra. Elas se estenderam, serpenteando pelo chão e pelas paredes, distorcendo-se e ondulando de maneira quase hipnótica.

Com um movimento fluido de seus dedos, Rei começou a moldar as sombras, como um escultor que manipula argila. As sombras se entrelaçaram, fundindo-se em uma massa densa e escura no centro da sala. À medida que ele mexia os dedos, a forma amorfa começou a ganhar contornos mais definidos, crescendo e se alongando até formar uma figura humanoide, alta e ameaçadora.

O ar ao redor da figura parecia vibrar com uma energia opressiva, como se a própria escuridão estivesse ganhando vida. A silhueta negra se solidificou ainda mais, os traços vagamente humanos se tornando mais nítidos. Era como se uma parte das trevas profundas do abismo tivesse sido trazida à superfície, pronta para cumprir a vontade de Rei.

Seus movimentos eram suaves, mas firmes, como se estivesse conduzindo uma sinfonia macabra. A figura sombria flutuava no ar, pairando sobre o chão da sala, seus "olhos" invisíveis parecendo observar todos os presentes. A presença da sombra preenchia o ambiente com uma sensação de perigo iminente, como se pudesse atacar a qualquer momento.

Rei, porém, manteve o controle absoluto sobre sua criação. Um último movimento, um leve giro de seu pulso e a sombra permaneceu controlada em um único ponto, lentamente se tornando uma figura distorcida de si mesmo como um "Clone das Sombras".

Kazuo, frustrado e determinado, avançou em direção a Rei com uma expressão de raiva contida. Seus olhos brilhavam com a faísca de sua energia elétrica, a eletricidade crepitando em seus dedos e criando um zumbido agudo que preenchia a sala. Ele ergueu a mão, e faíscas elétricas começaram a dançar entre seus dedos, crescendo rapidamente até que um raio concentrado se formasse em sua palma.

— Ei, Rei! — gritou Kazuo, a voz carregada de desafio. — Vamos ver se sua sombra aguenta isso!

Com um movimento rápido e decidido, Kazuo lançou a energia em direção à escuridão envolta de Rei. O raio cortou o espaço entre eles, sua intensidade ilumina brevemente a sala. No entanto, ao atingir a sombra, o raio foi engolido pela escuridão, a eletricidade desaparecendo sem deixar vestígios, como se fosse absorvida por uma força invisível.

Kazuo estancou, o rosto contorcido em incredulidade. Ele tentou novamente, sua frustração crescendo, aumentando a intensidade da descarga elétrica. Faíscas saltavam de sua mão, e a energia se transformava em um ataque relâmpago que deveria ter rasgado a sombra. Mas, de novo, a eletricidade foi engolida sem deixar rastro, engolida pela escuridão impenetrável.

— Como...? — murmurou Kazuo, a voz entrecortada pela surpresa e frustração.

A sala ficou silenciosa, todos os olhos voltados para o confronto. Aiden, que havia se levantado de seu assento, observava com uma expressão de preocupação e confusão. Seus olhos se encontraram com os de Kazuo, compartilhando um olhar de impotência. O ambiente estava carregado de tensão, e até mesmo alguns alunos da classe A, normalmente indiferentes, estavam observando com interesse.

Rei permaneceu impassível, seu olhar frio e distante. Ele não se moveu, e seus olhos brilharam com um brilho frio e calculista. A sombra continuava a flutuar em torno dele, imperturbada, como uma muralha opaca que não podia ser penetrada.

— Desista, Kazuo — disse Rei, sua voz baixa e cortante, quebrando o silêncio. — A escuridão não pode ser destruída pela mera força bruta.

A reação de Rei só aumentou a frustração de Kazuo. Ele cerrou os punhos com tanta força que suas unhas penetraram em sua pele, a respiração pesada e os músculos tensos. Olhou para Aiden, buscando alguma forma de solução, mas o olhar de Aiden estava fixo em Rei, sua mente trabalhando rapidamente para entender a situação.

— Precisa de ajuda, Kazuo? — Aiden finalmente perguntou, sua voz tingida com uma nota de preocupação.

Antes que Kazuo pudesse responder, um murmúrio se espalhou pela sala. Alguns alunos da classe A começaram a se movimentar, interessados em ver até onde Kazuo poderia ir. Entre eles, Takumi, um Ressonante especializado em manipulação de vento, um manipulador nato de Echoes do tipo Elemental e Ayumi, uma Ressonante com habilidades de Echoes do tipo Mental, se aproximaram para observar mais de perto. Takumi, com seu cabelo castanho desgrenhado e um olhar de concentração, parecia pronto para intervir, enquanto Ayumi, com seus olhos fixos na sombra, analisava a situação com uma expressão de curiosidade.

— Ei, Takumi, você tem alguma ideia do que está acontecendo? — sussurrou Ayumi, o tom baixo e urgente.

— Talvez — respondeu Takumi, olhando para a sombra com um misto de admiração e apreensão. — Mas parece que Rei está usando algum tipo de campo de absorção. É como se a sombra tivesse vida própria.

Kazuo, ainda lutando com sua frustração, olhou para Rei com determinação renovada. Ele estava ciente de que a batalha estava longe de terminar, e que talvez precisasse de mais do que apenas força para superar a escuridão.

Rei, percebendo a intensidade da situação, ergueu um canto de sua boca em um sorriso sutil, quase como se estivesse se divertindo com o desafio. Ele se manteve firme, a sombra ao seu redor pulsando suavemente, uma representação visual do controle absoluto que tinha sobre sua habilidade.

— Parece que a situação está esquentando — disse Rei, sua voz carregada de um tom desafiador. — Que tal aproveitar isso para um combate de treino?

A proposta de Rei fez com que a sala inteira murmurasse de surpresa e antecipação. Alguns alunos, como Takumi e Ayumi, trocaram olhares curiosos, enquanto Kazuo, com a respiração ainda pesada, ergueu a cabeça com uma mistura de raiva e determinação. A ideia de um combate de treino parecia uma oportunidade para provar sua força, mas também carregava o risco de um confronto intenso.

Rei continuou, seu olhar se dirigindo a cada um dos presentes.

— Todos que se sentem preparados para o desafio, venham até aqui. Eu quero ver se há alguém capaz de me obrigar a suar um pouco. — Ele deu um passo à frente, sua sombra se expandindo e se contorcendo como uma extensão de sua própria vontade.

A atmosfera na sala estava carregada de expectativa. Era raro que um Ressonante desafiasse a turma inteira para um combate de treino, e a ideia de enfrentar Rei em uma batalha real era ao mesmo tempo empolgante e aterrorizante. Os alunos começaram a se movimentar, uns se adiantando com entusiasmo e outros hesitando, mas todos atraídos pela promessa de um desafio.

No entanto, antes que qualquer um pudesse se posicionar para o combate, a professora Nakamura, que havia observado a cena com uma expressão de preocupação crescente, se adiantou com firmeza.

— Isso é o suficiente, Rei — disse ela, sua voz firme e autoritária, cortando o murmúrio crescente. — Não vamos transformar isso em um campo de batalha improvisado. A última semana de aulas está se aproximando, e teremos as festividades escolares de combate onde todos poderão demonstrar suas habilidades sem restrições.

Rei franziu a testa, sua expressão de diversão se desvanecendo. Ele conhecia as regras e respeitava o calendário escolar, mas seu desejo de testar suas habilidades e manter-se afiado era grande.

— Mas eu só quero... — começou Rei, mas foi interrompido pela professora.

— O que você quer pode ser reservado para as festividades, Rei. Não faremos uma competição agora e colocar em risco a segurança dos alunos. A semana de festividades é a ocasião apropriada para demonstrar sua força e competir de maneira justa. Agora, todos de volta aos seus lugares.

A ordem de Nakamura trouxe um suspiro coletivo de alívio e desapontamento. Os alunos começaram a se acomodar, alguns com expressões de decepção e outros com uma nova determinação. Kazuo, ainda com o rosto corado de frustração, tentou se recompor, olhando para Aiden com um misto de esperança e cansaço.

Aiden, com um olhar de compreensão, aproximou-se de Kazuo.

— Não se preocupe, Kazuo — disse Aiden, tentando levantar o ânimo do amigo. — As festividades vão ser a nossa chance. E quanto ao Rei... bem, vamos preparar algo que ele não vai esquecer tão cedo.

Kazuo assentiu, tentando dissipar a tensão acumulada. A sala voltava lentamente ao normal, enquanto a promessa de um confronto futuro se formava no ar, carregando com ela um sentimento renovado de antecipação e desafio.

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