Entre nós- RICHARD RIOS

By LadyWhistledown546

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Quando seus caminhos se cruzaram novamente, a cidade grande e suas complexidades apenas acentuavam as tensões... More

Prólogo
Personagens
O começo de tudo
O que ele estava fazendo aqui?
Sai daqui
Tá viajando demais
Igual a tua mãe
Quer que eu suma?
Nem lembro
Pra que fingir?
Não desce..
Não ficaria com ela??
Trégua?
Ta maluco?
Conversar?
Depois de tudo que aconteceu?
Reunião?
Finja que eu não estava aqui!
Eu não mentiria pra você.
Dormir?
BEM colorida..
Com calma
Eu preciso de você aqui.
Ainda somos bons nisso
Ela não faz teu tipo
Tô aqui embaixo.
Algo diferente
Pode confiar
O que eu fiz?
Merda
E você, quem é?
Perdida
Chora, amiga, pode chorar
Você perdeu esse direito.
Eu não mordo..
Agressiva, hein?
Virou médica agora?
E aí, enfermeira, tem plantão hoje?
Vou esperar você
Ué, cadê as muletas?
Tá com medo, Rios?
vai desmanchar o botox assim.
Promessa é promessa.
Vou perguntar de novo...
Sogrinha
Sou local
Que vídeo?
confessa que você gosta dele...
É perfeito, né?
Dessa vez foi diferente...
Entre nós...
Cauê

Babaca

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By LadyWhistledown546

Thaila Garcia
São Paulo

— Babaca. Grosso — respondi no mesmo tom, sem hesitar. — Você acha que pode falar qualquer coisa e sair por cima, né? Mas, Richard, deixa eu te lembrar de uma coisa: você é só o passado. Se eu quiser, eu ignoro sim, e vou fazer isso, pode ter certeza.

Ele ergueu a sobrancelha, como se estivesse prestes a soltar mais uma provocação, mas continuei antes que ele pudesse abrir a boca.

— Para mim, você não é nada além de um cara que eu conheci há anos. E sabe o que mais? Vou continuar vivendo minha vida muito bem sem você. Pode ficar tranquilo, porque se depender de mim, você vai ser só uma memória apagada.

Eu disse tudo aquilo de uma vez, querendo machucar tanto quanto ele me machucou. Ver a expressão dele se fechar me deu uma pontada de satisfação, mas, ao mesmo tempo, algo dentro de mim gritava. Eu estava cansada dessas farpas, dessas brigas que não levavam a nada. Mas se ele queria guerra, eu não ia recuar.

— Ótimo! — soltei, encarando Richard com o máximo de frieza que consegui reunir. — A partir de agora, a gente nem se olha mais. Você segue o seu caminho, e eu sigo o meu.

Ele riu, aquele riso debochado que sempre me tirava do sério.

— Ótimo pra mim também, morena. Já deveria ter feito isso há muito tempo.

Virei de costas com tanta raiva que mal enxergava o caminho à minha frente, mas, assim que dei alguns passos, senti um aperto no peito. Uma pontada de algo que não era só raiva, mas... tristeza?

As palavras de Richard ecoavam na minha cabeça, se misturando com lembranças que eu pensei que tivesse enterrado há muito tempo. De repente, me vi de volta à Colômbia, no meu quarto, com apenas nove anos. Nós dois sentados no chão, brincando com aqueles carrinhos de brinquedo que ele sempre trazia. Ele tinha acabado de me contar que talvez se mudasse para a cidade vizinha, e eu, com a voz embargada, fiz ele prometer.

FLASHBACK ON:

— Promete que a gente nunca vai deixar de ser amigos?

Lembro da forma como ele segurou minha mãozinha e falou sério, com aqueles olhos castanhos enormes que pareciam mais maduros do que a idade dele mostrava.

— Eu prometo, Thaila. Nunca vou te deixar.

FLASHBACK OFF:

Aquela promessa me perseguiu por anos. Por que, depois de tudo, eu ainda pensava nisso? Por que ainda me afetava? Fechei os olhos por um segundo, sentindo o nó na garganta crescer. Mas não, não ia chorar. Não ali. Não por ele.

Respirei fundo e continuei andando, ignorando a dor no peito e forçando meus pensamentos a voltarem ao presente. Era isso. Eu tinha que seguir em frente, esquecer essa promessa de infância.

Voltei para a mesa, tentando recuperar alguma compostura. O evento ia começar, e eu precisava me concentrar em qualquer coisa que não fosse Richard. Olhei para o palco, onde os jogadores começaram a subir, um por um. A torcida vibrava, aplausos ecoavam pelo salão, mas minha atenção estava dispersa, perdida. Era difícil focar quando um dos jogadores no palco era o cara com quem eu estava discutindo poucos minutos atrás.

Richard subiu com aquele andar confiante, o rosto sério, sem dar nenhum sinal de que, há pouco, ele estava me provocando. Aquele jeito dele me irritava profundamente. Ele sabia exatamente como me tirar do sério e, ao mesmo tempo, agir como se nada tivesse acontecido.

Minha mãe estava ao meu lado, sorridente, parecendo se divertir com os comentários que Fábio fazia. Eles riam juntos, completamente alheios ao que eu estava sentindo. Queria poder me desconectar daquela situação do mesmo jeito, mas eu estava presa no meu próprio mundo... O "fantástico mundo de Thaila", como Richard gostava de zombar.

Eu olhava para o palco, mas meus pensamentos continuavam voltando para aquela discussão. Por que ele tinha que mexer comigo desse jeito? Fechei os olhos por um segundo, tentando me acalmar, mas era inútil. Tudo nele me irritava: a postura, o jeito como ele falava, até as provocações. E o pior era que eu sabia que ele estava lá, naquele palco, provavelmente se achando o máximo.

Suspirei, tentando me concentrar no que Fábio estava dizendo para minha mãe. Qualquer coisa que me fizesse tirar Richard da cabeça.

Richard Rios
São Paulo

Odiava esses eventos do time. Sempre a mesma chatice: não poder beber, músicas desanimadas e, claro, aquele clima todo formal. Nada disso me deixava mais animado, especialmente depois da discussão com Thaila. Mesmo sem querer, meus olhos continuavam a percorrer o salão, procurando por ela. Nenhum sinal.

Enquanto tentava fingir que estava prestando atenção no que estava acontecendo no palco, senti um toque no meu ombro. Era Endrick, o moleque sempre de bom humor. Ele abriu um sorriso e falou:

— Cara, vi a enteada do Fábio, o seu agente, e, porra... pessoalmente ela é ainda mais bonita, hein?

Revirei os olhos instantaneamente. O que eu poderia fazer? Fiquei em silêncio por um segundo, tentando controlar o impulso de mandar ele calar a boca. Ninguém sabia que a "morena gostosa" que ele estava comentando era minha ex-melhor amiga. Não queria nem imaginar o que eles falariam se soubessem.

— Ah, nem achei nada demais — falei, tentando soar desinteressado.

Endrick me olhou surpreso, como se não acreditasse que eu estava sendo sincero, mas não insistiu. Desviou o olhar, comentando alguma coisa sobre a festa e os jogadores ao redor, enquanto eu voltava a focar no palco. Mas a verdade era que o comentário dele me irritou mais do que eu gostaria de admitir.

Por que eu ainda estava pensando nela?

No meio da festa, enquanto eu tentava manter o foco no palco, meus olhos encontraram Thaila novamente. Dessa vez, ela estava de conversinha com Maurício. A risada dele ecoava pelo salão, e eu me lembrei dos dois na boate ontem. Porra, o que eles estavam tramando? Só de ver os dois juntos me deu um aperto no peito que não fazia sentido.

Eu não queria Thaila no meu mundo, envolvida com os meus amigos. Já bastava o fato de ela ser a enteada do meu empresário. Era como se, de repente, tudo que eu tentava manter longe do meu cotidiano estivesse voltando com força total.

Antes que pudesse controlar o impulso, passei por ela discretamente e apertei seu braço. Não forte o suficiente para machucar, mas o suficiente para dar um sinal. Thaila olhou para mim, confusa e surpresa, e eu apenas fiz um gesto com a cabeça para ela me seguir. Ela sabia exatamente o que isso significava.

Caminhei até o mesmo corredor onde havíamos brigado mais cedo. Assim que ouvi seus passos atrás de mim, me virei, já sabendo que aquilo ia acabar em outra discussão.

— Tá de brincadeira, Thaila? — comecei, o sangue fervendo. — Primeiro na boate com Maurício, agora aqui de novo? Você sabe quem ele é, né? Ou tá só brincando de me irritar?

A raiva misturava-se com algo que eu não queria admitir. Não sabia por que diabos isso me afetava tanto, mas uma coisa era certa: eu não ia deixar ela se envolver com meus amigos.

Thaila me encarou com aquele brilho de provocação nos olhos que eu conhecia bem, mas que parecia ter evoluído para algo mais intenso. Ela deu um sorriso debochado, o tipo de sorriso que me fazia sentir que estava prestes a explodir.

— Qual é, Richard? Tá com ciúmes agora? Ou só não aguenta ver que eu cresci e que tem outros caras olhando pra mim? — provocou, cruzando os braços como se estivesse desafiando.

Eu fechei as mãos em punhos, tentando manter a calma. A Thaila que eu conhecia quando éramos mais novos nunca falaria desse jeito. Era como se ela tivesse mudado mais do que eu imaginava, e eu não sabia se gostava disso.

— Pode agarrar qualquer homem por aí, Thaila. Qualquer um. Só não os meus amigos, tá entendendo? — disparei, mais irritado do que pretendia. — Eu não preciso de você até nisso, enchendo o meu saco.

Assim que as palavras saíram, percebi que tinha pegado pesado. Muito pesado. Até Thaila, que normalmente rebatia qualquer coisa, ficou chocada por um segundo, os olhos arregalados.

Ela piscou, claramente processando o que eu disse, e porra, eu sabia que tinha ido longe demais. Eu não queria que aquilo saísse desse jeito, mas já era tarde.

— Thaila, eu... — tentei falar algo, mas as palavras ficaram presas.

Thaila me olhou com uma raiva que eu nunca tinha visto antes, os olhos dela brilhando de indignação. Por um segundo, eu quase me arrependi de ter dito aquilo.

— Sabe de uma coisa, Richard? Agora, eu realmente não quero ver a sua cara nunca mais — ela disse, a voz firme, mas tremendo de raiva. — E pode ficar tranquilo, porque eu também não tenho a menor intenção de me misturar com os seus amigos.

O rosto dela estava vermelho, mesmo com aquela pele bronzeada que eu sempre achei bonita, a raiva queimando em cada palavra que saía da boca dela. Eu tentei falar alguma coisa, mas ela me cortou.

— Baixa esse seu ego, Richard. Só porque agora você é jogador de futebol, acha que pode falar o que quiser e tratar as pessoas como lixo? Lembra que você já foi um Zé ninguém na vida. Não esquece disso.

Aquelas palavras me atingiram como um soco. Eu sabia que Thaila estava machucada, e porra, eu não tinha a intenção de trazer de volta toda essa merda do passado. Ela estava ali, na minha frente, me olhando com tanta raiva que era impossível não perceber que, de alguma forma, eu a magoei de novo.

Mas eu não consegui dizer nada. Porque, no fundo, eu sabia que ela tinha razão.

Thaila ainda estava de pé, me encarando com uma mistura de raiva e decepção nos olhos. Ela respirou fundo, como se estivesse tentando segurar a explosão que vinha a seguir.

— E só pra deixar claro, Richard — ela começou, a voz dela cortante. — Foi O SEU amigo que deu em cima de mim, não o contrário. Foi ELE quem me chamou pra conversar. Eu não sou uma vadia que sai por aí rodando a bolsa atrás de homens. Achei que pelo menos isso você ainda soubesse sobre mim... mas parece que não, né?

Ela deu um passo para trás, balançando a cabeça como se estivesse frustrada por eu não ser capaz de enxergar algo tão óbvio. E aquilo me atingiu em cheio. Ela não estava errada. Eu sabia quem Thaila era, ou pelo menos quem ela foi. Sempre tinha sido orgulhosa, jamais do tipo que iria atrás de alguém assim.

E ainda assim, eu deixei essa raiva idiota me cegar.

Ela se virou para sair, me deixando ali parado, sem reação.

Richard você tem que começar a controlar essa sua boca cara..

O Endrick e o Maurício de olho na Thaila KKKKKKKKKKKKKKKK

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