Destinos entrelaçados

By CadelinhadoCasteel

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By CadelinhadoCasteel

Era uma tarde tranquila de primeiro de setembro quando Harry e seus amigos seguiam para o sexto ano letivo na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. O Expresso Hogwarts trilhava seu curso vagarosamente por entre as paisagens bucólicas da Escócia e, dentro dos vagões, os estudantes conversavam e riam em seus pequenos grupos de amigos. Num dos vagões, aquele que talvez pudesse ser considerado um dos grupos mais curiosos de Hogwarts, formado por dois Gryffindors, dois Slytherins e uma Ravenclaw, via-se envolto numa acalorada discussão:

- Como você pode querer se formar para depois voltar para a escola?

- Eu não seria mais uma aluna, Draco – Hermione tentava explicar, contendo-se para não revirar os olhos –, mas uma professora, como McGonagall, Sprout...

- Triste comparação – opinou Pansy, trançando cuidadosamente os longos cabelos loiros de Luna, que sorria tranquilamente sentada ao seu lado.

Ignorando o comentário da amiga, Hermione continuou:

- Já falei com a professora McGonagall, disse que pretendo me especializar em transfiguração e feitiços quando for para a faculdade. Ela pareceu muito contente e me ofereceu um estágio durante as férias, quando acabarmos a escola.

- Pelas barbas de Salazar, Granger, você tem potencial para coisa muito melhor.

Harry não pôde conter o sorriso ao ver como Draco inconscientemente elogiava a menina.

- Como o que, Draco? – perguntou o Gryffindor, os olhos verdes brilhando ao notar que Hermione corava sob o olhar do loiro.

- Ora, como um cargo de prestígio no Ministério da Magia, por exemplo.

- Não, obrigada.

- Vamos, Granger, a política não é tão ruim quando você aprende a usá-la.

- A usar as pessoas, você quer dizer.

- Tanto faz – Draco fez um gesto de desdém com a mão – Pelo menos no Ministério você poderia fazer coisas importantes, ou mesmo seguir com sua obsessão pela causa dos elfos domésticos...

- Eles são seres vivos, como nós...!

De repente, porém, uma explosão foi ouvida e, com um baque violento que jogou quase todos para fora de seus assentos, o trem parou de andar.

- O que foi isso? – murmurou Hermione.

- Não sei... – Harry apertou o espelho de dois sentidos no bolso. Ele estava com medo. Tom não estava ali para protegê-lo agora.

- Dementadores talvez?

- Eu não sei, Pansy, não esfriou de repente, foi apenas uma explosão... – as palavras de Draco, no entanto, se perderam no barulho de novas explosões e dos gritos angustiados dos estudantes.

- Alguém está atacando o trem!

- A Ordem Negra! – adivinhou Harry, sentido o coração apertar em seu peito – Rápido, as portas do vagão!

Hermione rapidamente lançou um elaborado feitiço que selou as portas do vagão. Do lado de fora, os gritos e explosões se faziam mais fortes, enquanto homens e mulheres encapuzados lançavam feitiços obscuros e torturavam aqueles que cruzavam seus caminhos.

- Estão atacando os estudantes... – Pansy sussurrou, abraçando uma assustada Luna, que pela primeira vez parecia consciente do mundo ao seu redor e se encolhia no colo da Slytherin.

- Os nascidos-muggles – assegurou Hermione, o rosto sério e pálido, o medo evidente em seu olhar – Se for a Ordem Negra, com certeza vieram atrás dos nascidos-muggles...

- É um aviso para o Ministério.

As palavras de Harry caíram como um relâmpago sobre seus amigos, que empunhavam bravamente as varinhas.

- Nós temos que sair daqui.

- Como? – Draco apertava a varinha com força, o olhar preocupado pairando sobre Hermione – Nunca conseguiríamos cruzar o corredor e estamos sobre os trilhos do trem, cruzando um rio, no meio do nada...

Se Tom estivesse ali, ele teria uma ideia brilhante para salvá-los. Ou apenas enfrentaria todos os membros da Ordem Negra e acabaria com eles um a um, supôs Harry, sentido a falta do irmão. Mas não adiantava pensar no irmão agora, o pequeno Gryffindor repreendeu a si mesmo, ele precisava pensar em alguma coisa para salvar seus amigos.

- Depressa, precisamos convocar... – suas palavras, porém, foram interrompidas por uma poderosa explosão que lançou pelos ares as portas do vagão. Então, Harry se deparou com uma assustadora cena:

Três magos vestidos com mantos negros e máscaras de prata tinham os adolescente sob a mira de suas varinhas. Um deles se adiantou, os cabelos louros compridos sobressaindo pelo capuz do manto, e uma voz distorcida magicamente comandou:

- Entregue-me a sangue-ruim e suas vidas serão poupadas.

- Você não tocará nela! – Draco rugiu com ódio, protegendo Hermione a suas costas, o que pareceu deixar o bruxo das trevas estranhamente lívido, os olhos acinzentados brilhando enfurecidos por detrás da máscara.

- Como ousa...? – o homem parecia a ponto de lançar sobre Draco uma Imperdoável – Como ousa o herdeiro da família Malfoy proteger uma sangue-ruim?

- Ela é minha amiga!

- Ora seu...! – uma luz avermelhada brilhou na ponta da varinha do homem mascarado, mas este foi interrompido por um de seus comparsas:

- Não temos tempo para isso. Entreguem-nos o Potter e a sangue-ruim.

Draco segurou a mão de Hermione, a varinha treinada sobre os três homens mascarados ainda que soubesse não ter qualquer chance de enfrenta-los de igual para igual. Harry, por sua vez, tentava pensar friamente, enquanto Nagini, que viajava magicamente encolhida no bolso de sua túnica, deslizava sorrateiramente para o chão:

- Quanto eu contar três, joguem-se no chão – sussurrou para os amigos, que assentiram imperceptivelmente.

Quando o homem loiro que discutia com Draco fez menção de ingressar no vagão, Nagini deu o bote e Harry gritou:

- Três!

Com seus amigos no chão, fora do caminho, Harry lançou um poderoso feitiço explosivo – que Tom lhe havia ensinado no verão passado – nos três homens, um deles gritando de dor pela picada da serpente venenosa, que foram pegos de surpresa e arremessados para trás. Por sorte, neste mesmo momento apareceram os Aurores e os membros da Ordem Negra não tiveram opção senão bater em retirada:

- O Imperador vai nos matar... – Harry chegou a escutar o murmúrio irritado de um deles, antes que aparatassem para longe dali.

- Graças a Merlin... – suspirou Pansy.

Naquele momento, todos voltavam aos seus lugares, respirando pesadamente, enquanto o caos e o medo davam lugar ao alívio e à exaustão.

- Será que muitos alunos se feririam? – perguntou Luna.

- Não sei – Harry suspirou

- Será que alguém...?

- Quando chegarmos a Hogwarts iremos descobrir.

Se alguém tivesse morrido...

Não, Harry preferia não pensar nisso agora.

Ao seu lado, Draco e Hermione ainda estavam de mãos dadas.

-x-

- Já disse que estou bem.

- Mas Harry...

- Papai, por favor, você pode voltar para o quartel general agora – Harry murmurou envergonhado, pois James Potter, o chefe dos Aurores, havia insistido em escoltar seu filho do trem até o salão principal de Hogwarts, onde todos os estudantes se aglomeravam para assistir ao jantar de início do ano letivo. No entanto, boa parte dos nascidos-muggles havia sido levada para a enfermaria, alguns casos mais graves inclusive para St. Mungus, e, naquele momento, a angustia pairava sobre todos.

Com um último olhar preocupado e um beijo na testa de seu filho, James o deixou sentado na mesa Gryffindor e seguiu com os demais Aurores para o Ministério. Quando todos se acomodaram em seus lugares e o sorteio dos primeiros anos foi realizado, Dumbledore finalmente se levantou e com uma expressão sombria, dirigiu-se aos demais:

- Queridos alunos, sejam bem-vindos de volta. Hoje, infelizmente, todos vocês viveram um pesadelo no trajeto até nossa escola, muitos colegas de vocês estão na enfermaria se recuperando, enquanto outros tiveram de ser levados para St. Mungus – um choro alto se fez ouvir na mesa Hufflepuff – por sorte, não houve vítimas fatais...

Harry trocou um olhar aliviado com seus amigos.

-... Hoje, meus queridos meninos e meninas, vocês experimentaram o medo, a angustia e a dor, mas essa dor me faz lembrar que embora todos nós venhamos de famílias diferentes, tenhamos sangues distintos e hábitos particulares a cada um de nós, nosso coração bate como um só.

Pansy abraçou Luna.

Draco e Hermione deram as mãos.

E Harry apertou o espelho no bolso da túnica.

Se apenas seu irmão estivesse ali...

- Em face dos recentes acontecimentos – continuou Dumbledore – os vínculos de amizade que nos une serão mais importantes do que nunca. Lembrem-se disso. Lembrem-se de permanecer unidos, pois, assim, nem mesmo a Ordem Negra poderá chegar até vocês.

Naquela noite, quando Harry olhou para o espelho e chamou o nome do irmão, rodeado pelas cortinas de sua cama e por feitiços de privacidade, seus olhos já estavam repleto de lágrimas. Ele estava com medo. Sentia-se sozinho. E, acima de tudo, não sabia mais o que fazer para suportar a distância que o separava de Tom.

- Hey Tom... – fungou baixinho tentando rapidamente afastar as lágrimas com a mão –... Como foi a apresentação do seminário sobre legislação élfica?

- Excelente, pequeno, tenho certeza de que... – seu olhar aguçado rapidamente bebeu da fragilizada imagem de Harry – O que aconteceu? Alguém machucou você? Harry, responda!

- Está tudo bem – mentiu – Eu estou bem.

- Harry...!

- Estou bem, eu juro.

- O que aconteceu? – perguntou Tom, inflexível, seus olhos brilhando perigosamente.

- O Expresso Hogwarts foi atacado.

- O QUE? – Tom parecia em pânico. Harry nunca o havia visto assim – VOCÊ ESTÁ FERIDO? ELES TOCARAM EM VOCÊ? ONDE VOCÊ ESTÁ? NA ENFERMARIA? EU ESTOU INDO AÍ...!

- Tom, acalme-se! Eles estavam atrás dos nascidos-muggles. Vários estão na enfermaria agora, mas eu estou bem, papai, Sirius e suas equipes de Aurores chegaram a tempo.

- Não acredito que eu não estava lá para salvá-lo... – grunhiu, parecendo revoltado consigo mesmo, mal conseguindo olhar nos olhos de Harry – Eu sinto muito, pequeno.

- Não se atreva.

- O que?

- Você não é meu guarda-costas, Tom. Você é meu irmão e eu te amo. É claro que eu queria que você estivesse lá comigo para me proteger, para que eu pudesse ao menos segurar sua mão, mas nós não poderíamos adivinhar que haveria um ataque.

- Eu vou voltar para Hogwarts. Talvez Dumbledore permita que eu trabalhe aí até você se formar...

- Não. Você também irá se formar em breve, falta pouco mais de um ano para você se tornar o melhor advogado que o mundo bruxo já viu.

- Mas...

- Por favor. Por mim.

Tom suspirou.

- Por você, pequeno. Sempre por você.

- Eu te amo.

- Eu também te amo, Harry.

- Mal posso esperar para vê-lo – pela primeira vez naquela noite, o jovem Gryffindor deixou um sorriso bonito adornar seus lábios – Quero abraça-lo, beija-lo, segurar sua mão, sentir o calor dos seus braços...

- Eu também pequeno. É o que eu mais quero – garantiu, desejando poder tocá-lo através do vidro do espelho – Você virá passar o Natal aqui comigo, não é?

- É claro que sim, nem que eu tenha que ir voando num hipogrifo.

- Nem pense nisso, Harry – repreendeu Tom e o menor riu.

Eles conversaram durante horas sobre banalidades, sobre a chegada de Harry a Hogwarts, momento em que este precisou garantir – várias vezes – que estava bem, que Nagini o havia protegido e que, com a ajuda do feitiço que Tom lhe ensinara, conseguira salvar seus amigos bem a tempo da chegada dos Aurores. Falaram ainda sobre todas as disciplinas que Tom havia adiantado e o quanto este estava estudando sem descanso para se formar no ano que vem, e como seriam suas vidas quando, depois de formados, pudessem sair da casa dos pais.

- Então, após corrigir a prova final, o professor Hopkins me ofereceu uma vaga de Advogado Júnior no Ministério da Magia, no departamento de Aplicação das Leis Mágicas, quando eu me formar.

- Jura?

- Sim. E eu aceitei.

- Isso é incrível, Tom!

- Concordo, pequeno – o entusiasmo era evidente em sua voz – Por isso, já comecei a procurar um lugar para morarmos em Londres.

Os olhos verdes brilhavam repletos de alegria.

Depois dos horrores vividos no trem, Harry nunca pensou que pudesse se sentir tão feliz naquele dia. Mas Tom sempre estaria lá para surpreendê-lo e para levar um sorriso de felicidade aos seus lábios.

- Não será nada muito extravagante, a princípio, mesmo que nosso pai tenha prometido me dar uma parte da herança dos nossos avós quando ficou sabendo da notícia, não quero começar nossa vida juntos em dúvida com ele.

Harry riu.

Seu irmão era tão orgulhoso.

- Qualquer lugar será perfeito, Tom, contanto que possamos estar juntos.

- Disso não tenha dúvidas, pequeno.

Não importa o que aconteça.

Eles sempre estariam juntos.

-x-

- Crucio.

Os gritos ecoaram pela mansão.

- Crucio.

E mais gritos.

- Crucio.

E mais gritos...

Naquele momento, no enorme salão da mansão que recebia os membros da Ordem Negra, dezenas de magos e bruxas se encontravam ajoelhados, trajando suas usuais vestes negras. As máscaras prateadas, porém, nunca escondiam seus rostos na presença do Imperador. Este, por sua vez, encontrava-se sentado num trono de mármore e sua máscara dourada não escondia a fúria e o brilho enlouquecido em seus olhos negros.

Tamanha era sua fúria que um dos cinco membros do círculo interno, um dos únicos que sabia sua verdadeira identidade, encontrava-se tremendo de dor, contorcendo-se sob a maldição Cruciatus:

- Diga-me outra vez porque você não matou o garoto Potter e sua amiguinha sangue-ruim, Malfoy?

- I-Imperador...

- Crucio!

Ao som dos gritos de Lucius Malfoy, o Imperador se levantou do seu trono e se dirigiu aos demais:

- Eu sou absoluto. Minhas ordens são absolutas. E eu quero que o Ministério trema sob o meu poder. Quando eu digo para vocês matarem as crianças sangues-ruins, o que vocês devem fazer?

- Matá-las – atreveu-se uma voz trêmula.

- Crucio.

Essa mesma voz agora gritava de dor.

- Não me interrompa – rugiu o imperador – vocês devem matá-las. Todas elas. Mas o que vocês fizeram? Deixaram TODAS vivas!

Todos se encolheram sob a fúria do Imperador.

- Muito bem – com um balançar de sua varinha, os efeitos da maldição sobre Malfoy e sobre os outros cessaram – De hoje em diante, eu quero uma cabeça decapitada por dia no átrio do Ministério. Podem ser muggles, traidores do sangue ou sangues-ruins, tanto faz, escolham a vontade, mas façam o terror pairar sobre aquele lugar!

- Sim, Imperador – responderam todos.

- Em breve, conseguirei a aliança que almejo com os clãs de criaturas das trevas negligenciadas pelo Ministério e então, começará a guerra, uma guerra tão sangrenta que fará os tempos de Gellert Grindelwald parecerem brincadeira de criança.

- Vida longa ao Imperador! Morte aos sangues-ruins! – rugiu um deles.

- Vida longa ao Imperador! Morte aos sangues-ruins! – gritaram todos.

- Vocês estão dispensados. Exceto você, Malfoy.

Quando todos desapareceram em nuvens negras, Lucius se levantou cambaleante do chão, a dor na perna esquerda mais proeminente pelos efeitos da maldição, isso porque, mesmo após tomar o antídoto para o veneno da serpente que o atacara no trem, a dor latejante não o abandonara.

- Os Aurores...? – questionou o Imperador, retirando a máscara.

- Não foram feridos – garantiu Malfoy – Ele não foi ferido.

- Excelente. Você sabe por quê? – mais uma pergunta retórica.

- Porque ele pertence a você.

Um sorriso insano adornava o rosto bonito do Imperador.

- Sim. Ele pertence a mim.

-x-

Desde o ataque ao Expresso Hogwarts, a Ordem Negra se manteve ativa, levando terror ao Ministério, ao Beco Diagonal e a pontos turísticos importantes do mundo muggle, como a Torre do Relógio Big Bang e o Palácio de Buckingham. Toda semana novos corpos surgiam no átrio do Ministério da Magia e o constante confronto entre membros da Ordem Negra e Aurores já não passava despercebido. Quase todos os dias uma nova batalha era travada. Quase todos os dias perdiam-se novas vidas. Por esse motivo, Lily Potter se viu aliviada quando recebeu uma carta de seu filho, Harry, em que este confirmava que passaria as férias de Natal com o irmão em Cambridge. Nos últimos meses, seu marido andava estressado e razinza e, sinceramente, Lily não poderia culpa-lo, pois o que esta tal Ordem Negra estava fazendo era algo atroz. Mas, com Harry indo passar o Natal em Cambridge, Lily poderia ao menos ficar tranquila sabendo que seus filhos estariam em segurança.

Quando o Natal chegou e Harry aterrissou no centro de viagens via chaves-de-portais de Cambridge, ele finalmente pôde respirar fundo e se preparar para conhecer a bela cidade universitária, pois, em sua última visita, as lágrimas nublavam seus olhos ao se despedir do irmão.

- Harry!

- Tom!

- Como foi a viagem? – o maior perguntou, abraçando-o com força e depositando um rápido beijo em seus lábios – Você está bem? A Ordem Negra atacou Hogwarts? O Profeta Diário afirma que não, mas...

- Tom, acalme-se – riu, deixando-se rodear por aqueles braços fortes dos quais tanto sentia falta – Eles não atacaram Hogwarts, nem Hogsmeade, ou qualquer vilarejo nas proximidades, eu estou bem, apenas um pouco enjoado porque... bem... você sabe, chaves-de-portais não são meu meio de transporte favorito.

- Você quer ir ao hospital? Tem certeza de que está bem?

- Pelo amor de Merlin, você é pior que a mamãe – Harry o puxou para um beijo intenso, apaixonado, separando-se apenas quando ambos precisaram de ar – Estou ótimo, viu?

- Sem dúvida – um sorriso malicioso dançava nos lábios de Tom – Pronto para conhecer a cidade?

- Sim!

- Então vamos conhecê-la juntos.

- Você ainda não a conhece? – Harry parecia surpreso.

- Desde que cheguei aqui estive apenas nas salas de aula, no dormitório, no refeitório e na biblioteca.

- Por Godric, Tom! Você sequer andou pela cidade?

- Não – respondeu Tom, despreocupado, abraçando a estreita cintura enquanto caminhavam para a saída do salão – Estou aqui para estudar e me formar o quanto antes, pequeno, momentos de descontração e lazer existem apenas quando estou com você.

- Então, o que estamos esperando?

- Mais um beijo, talvez?

Harry sorriu e o beijou.

Em seguida, os dois foram explorar a bela cidade.

Esta, Harry logo descobriu, era um deleite para os olhos. Um rio cristalino corria ao fundo das faculdades, o animado mercado do centro misturava barracas de artefatos mágicos e muggles, as muitas e prósperas lojas, livrarias, pubs, cafés e restaurantes, estavam preparados para atender aos estudantes do mundo mágicos e aos muggles que ali viviam, dividindo-se em ruelas com passagens secretas, tal qual o acesso ao Beco Diagonal. Toda loja ou restaurante muggle, por sua vez, contava com o seu equivalente para os magos que estudavam ali, e, assim, os segredos relacionados à magia viviam em harmonia com a correria do dia a dia dos jovens que sonhavam em se tornar médicos, advogados e engenheiros, bem como daqueles que almejavam ser medimagos, mestres de poções e especialistas em runas.

Após se aventurarem pelo centro da cidade, Harry e Tom seguiram para instituição que dá fama à cidade – a mundialmente famosa universidade às margens do rio Cam, a qual, como toda a cidade, dividia-se harmoniosamente para atender magos e muggles que ali abraçavam os estudos. E após percorrer rapidamente as salas de aulas e salões mais famosos, os irmãos voltaram para o dormitório, muito a contragosto do jovem Gryffindor:

- Já disse que não estou cansado, Tom.

- Vamos, podemos explorar mais amanhã.

- Mas...

- Prometo levá-lo àquela sorveteria que você viu.

- Promete? – os olhos verdes brilhavam de entusiasmo.

- É claro que sim.

Eles voltaram para o dormitório com o jantar e uma garrafa de vinho nas mãos para desfrutar do resto da noite, afinal, Harry havia insistido em provar a pizza de um dos restaurantes italianos próximos ao campus. Então, agora, os dois se deleitavam com a apetitosa iguaria repleta de queijos, tomates e ervas finas, combinada ao sabor suave e adocicado do vinho tinto.

- Por que você quis comer algo tão... muggle? – Tom suspirou, mais uma vez.

- Vamos, não seja um estraga prazeres – o menor sorriu, aconchegando-se em seu peito. Naquele momento, os dois encontravam-se sentados no chão, próximos à lareira, com a caixa de pizza vazia e a garrafa de vinho já pela metade ao seu lado – Estava uma delícia, admita.

- Hum... Não estava tão ruim.

Harry riu, depositando um beijo suave com gosto de vinho e bombom de cereja – que haviam comprado para a sobremesa – nos lábios de Tom. Este, por sua vez, aprofundou o beijo, puxando o menor para o seu colo, as costas de Harry agora descansando contra o seu peito.

- Eu não via a hora de tê-lo novamente em meus braços, pequeno – sussurrou, a voz rouca causando arrepios ao menor – de saborear seus lábios, acariciar seu corpo...

- Tom... – gemeu o pequeno Gryffindor – Eu também... Eu também senti sua falta...

- Eu sei.

Com toques habilidosos, o Slytherin desabotoou a calça de Harry, passando a acaricia-lo intimamente.

- Ah... Tom...

- Eu estou aqui, pequeno – murmurou, mordendo suavemente o lóbulo da orelha do menor, que se contorcia de prazer em seus braços – Eu tenho você, está tudo bem agora.

- Senti sua falta – soluçou – Senti tanto.

- Eu sei – com movimentos hábeis, Tom levou o irmão a beira da inconsciência, completamente tomado pelo prazer – Eu também senti sua falta, todos os dias, a cada minuto, meu amor.

- Por favor...

- O que?

- Eu preciso... – Harry gemeu. Os pensamentos já desconexos e incoerentes – Por favor...

- Do que você precisa, pequeno? É só me dizer.

Lançando um feitiço lubrificante não verbal nos dedos de sua outra mão, Tom introduziu um deles em Harry, sem deixar de acaricia-lo, fazendo o menor gritar de prazer. Logo, três dedos estavam dentro do Gryffindor, que balançava os quadris no ritmo dos habilidosos toques do irmão e gemia pecaminosamente em seus braços. Tom, por sua vez, estava duro contra o jeans da própria calça e sabia que não conseguiria se conter por mais tempo.

- Diga-me o que você quer, Harry – comandou, a voz rouca e sensual contra o pescoço de menor, que miou, necessitado:

- Você! Eu quero você! Eu preciso de você dentro de mim, por favor!

Tom não se fez rogar e, no mesmo instante, aparatou com o menor para o conforto da cama localizada a poucos metros dos dois, onde terminou de se desfazer das roupas de Harry e aproveitou para se livrar das suas. Finalmente, quando os dois se encontravam completamente nus, o Slytherin capturou os lábios de Harry num apaixonado beijo, no mesmo momento em que, lentamente, ingressava no corpo trêmulo e tão pequeno sob o seu.

Ao sentir-se completamente preenchido pela anatomia generosa do irmão, Harry deixou um gemido extasiado escapar de seus lábios. Tom, por sua vez, respirou fundo e se conteve para não acabar rápido demais. Fazia meses desde que ele havia tido Harry em seus braços, desde que ele experimentara tamanho prazer, desde que não precisara se contentar com a própria mão e com as meras lembranças do irmão, por isso, ao ver-se engolido por aquele apertado e tão doce lugarzinho novamente, quase perdeu o autocontrole. Quase. Após longas respirações, quando Harry aproveitou para se acostumar a ele, Tom começou os movimentos lentos e profundos que encheram o quarto de gemidos, ao tempo em que trocavam carícias e beijos apaixonados.

- Ah... Tom... Eu te amo... Ah...

- Eu também te amo, pequeno – disse o Slytherin, intensificando seus movimentos. E, então, apenas o som de seus corpos se chocando e os gemidos extasiados de cada um se fazia ouvir no aposento.

Quando a intensidade daquele ato envolveu seus corpos, levando-os ao ápice, nublando seus sentidos, os dois se derramaram ao mesmo tempo, Harry na habilidosa mão de Tom e este no cálido interior de Harry, mergulhados na forma mais pura de prazer.

Instantes depois, quando Tom fez menção de se afastar do menor, este o abraçou e escondeu o rosto em seu peito, impedindo tal separação.

- Fique – murmurou, a voz sonolenta e satisfeita de um andarilho a quem oferecem um banquete – Quero senti-lo assim, dentro de mim, como se nada pudesse nos separar de novo.

- Nada irá nos separar, pequeno, nunca.

Com tais palavras resolutas, Tom o beijou mais uma vez e se acomodou contra o corpo pequeno e corado, abraçando-o com ternura. Logo, os dois caíam no sono, ainda intimamente conectados.

Um sorriso tranquilo dançava em seus lábios.

Pois agora, finalmente, os dois se sentiam em casa.

No dia seguinte, véspera de Natal, Harry e Tom decidiram explorar um pouco mais a cidade. Depois de tomar café da manhã numa cafeteria muggle perto do campus, os dois seguiram para o rio que cruzava toda a cidade e alugaram um pequeno barco a remo oferecido para os turistas apreciarem a beleza das redondezas através de uma relaxante viagem. Obviamente, um dos talentos de Tom consistia em guiar perfeitamente o barco sem nunca ter feito isso antes. E assim, os dois visitaram os redutos rurais de Lord Byron e Rupert Brooke no rio superior, desfrutando de um ambiente pacífico, um pouco frio, devido aos ares do inverno de dezembro, mas repleto de belezas naturais que se intensificaram ao chegarem ao Estaleiro naval.

Horas mais tarde, Harry quis fazer um piquenique no Milton Country Park, o belo parque próximo ao campus, que oferece um habitat natural variado entrelaçado com um centro de visitantes, cafés, play-áreas, plataformas de observação e um jardim sensorial. Então, Tom providenciou uma cesta de delícias completa numa das lojas especializada para os turistas que, ao passarem por ali, sempre tinham essa ideia. Na bela e pitoresca cesta havia os utensílios necessários para comer e beber, além de uma toalha para deixar o piquenique ainda mais charmoso – por insistência de Harry – e um menu especial com champanhe, diferentes tipos de pães e baguettes, uma repleta variedade de queijos, charcuterie (carnes curadas), salada fresca, batatas fritas artesanais, água mineral e macarons de diversos sabores para a sobremesa.

- Mais champanhe, por favor, Tom – pediu o pequeno Gryffindor, estendendo preguiçosamente a taça de cristal para o irmão.

- Tudo bem, mas isso fica só entre nós, ouviu?

Harry revirou os olhos, aconchegando-se um pouco mais no colo do Slytherin, que continuou o sermão:

- Porque, tecnicamente, você será maior de idade em alguns meses, mas mamãe não me deixaria em paz se soubesse disso.

- Ela não o deixaria em paz se soubesse de várias coisas que fazemos – Harry comentou com malícia.

Tom, por sua vez, balançou a cabeça, divertido.

Quando o sol se pôs, Tom guardou a cesta de piquenique, encolhendo-a com um feitiço simples e colocando-a no bolso do casaco, e seguiu com Harry para a saída do parque. Porém, a poucos metros da rua que dava acesso ao campus, uma curiosa tenda chamou a atenção dos dois. Nesta, que provavelmente contava com alguns feitiços anti-muggles, um grupo de cinco magos e bruxas universitários agitava suas varinhas sobre pergaminhos velhos convidando aqueles que passam por lá a fazer parte de seu experimento.

- Com licença – Harry se aproximou de uma sorridente bruxa loira vestida de cor de rosa – O que está acontecendo?

- Olá! Sejam bem-vindos! Contemplem e façam parte do trabalho de conclusão de curso da Turma LXVIII de Leitura de Runas Antigas com Especialização em Genética e Genealogia Mágica – cumprimentou ela, animada – Eu me chamo Hannah Lary e vocês? Oh, vocês gostariam de se voluntariar para o nosso trabalho?

- Eu sou Harry e ele é Tom – apresentou o menor – E que trabalho é esse?

- Nós adaptamos um feitiço criado a partir da escrita de runas antigas com uma gota de sangue sobre um pergaminho, o qual permite a visualização de toda a sua árvore genealógica desde os tempos de Merlin! Gostariam de tentar? É grátis! Quanto mais pessoas participarem, melhor!

- Eu não sei...

- Por favor – choramingou a menina – Precisamos apresentar os dados coletados para o nosso orientador na semana que vem e ainda não temos o bastante.

Harry olhou para o irmão, que deu de ombros:

- Se você quiser, pequeno.

- Tudo bem...

- Excelente! – imediatamente, Hannah convocou dois pergaminhos, colocando-os sobre uma mesinha na frente de Harry e Tom – Seus dedos indicadores da mão direita, por favor?

- Eu não estou interessado – desdenhou Tom – apenas ele...

Mas o irmão o interrompeu:

- Vamos, Tom, será divertido!

- Os dois pergaminhos estarão iguais, Harry.

- Por favor – o menor insistiu, fazendo beicinho – assim, nós dois podemos guardar nossos pergaminhos e depois quem sabe convencer papai e mamãe a fazer uma tapeçaria como a dos Black.

Sabendo que não poderia negar nada ao irmão, Tom apenas suspirou e estendeu a mão. Quando o rápido feitiço picou seus dedos, os dois deixaram a gota de sangue cair sobre os respectivos pergaminhos e observaram, fascinados, o sangue se transformar num desenho de uma árvore genealógica repleta de nomes e datas. Uma árvore genealógica perfeita das famílias Evans e Potter, esta desdente do próprio Godric Gryffindor e de Ignotus Peverell. Isto é, ao menos no pergaminho de Harry.

- Isso é incrível – comentou o pequeno Gryffindor, animado – não é mesmo Tom?

-...

- Tom?

-...

- Tom, você está bem?

Ao ver o semblante pálido do irmão, Harry se assustou:

- O que houve? Por favor, Tom...

Este, porém, olhava fixamente para o pergaminho em sua mão. Nada fazia sentido. Não havia um Potter ou Evans sequer em sua árvore genealógica. Tampouco datas, apenas nomes estranhos, nomes desconhecidos, nomes que não faziam o menor sentido e não se assemelhavam nem um pouco ao daqueles que até então pensou serem seus pais.

Salazar Slytherin (antepassado)
Diversas Gerações
Melinda Gaunt (avó materna – bruxa) e Marvolo Gaunt (avô paterno – bruxo)/Josefina Riddle (avó paterna – muggle) e Thobias Riddle (avô paterno – muggle)
Mérope Gaunt (mãe – bruxa) e Tom Riddle (pai – muggle)
Tom Marvolo Riddle

- Há alguma chance dessas informações serem equivocadas? – Tom perguntou lentamente para a menina que o encarava com preocupação.

- Não. É um feitiço usado há séculos pelo próprio Ministério da Magia. Toda informação contida nesse pergaminho é verídica.

- Tem certeza?

- Absoluta.

Harry, preocupado, olhou para o pergaminho do irmão por cima de seu ombro e, na mesma hora, empalideceu também.

- Oh... – a menina coçou o queixo, pensativa – Isso é estranho, deveria mostrar a data em você e seus parentes mais ressentes nasceram... Nossa, que estranho, talvez eu deva perguntar ao meu professor, mas isso nunca aconteceu antes...

- Não, importa. Harry, vamos.

- Mas Tom...

No instante seguinte, Tom aparatou os dois para o seu dormitório na universidade. Seu rosto ainda estava pálido e todos os feitiços que passara a lançar no pergaminho garantiam que as informações deste eram fidedignas. Harry, por sua vez, olhou para o próprio pergaminho outra vez e sentiu o estômago doer ao notar que embaixo do nome de seus pais havia apenas "Harry James Potter". Não "Harry James Potter e Thomas Charlus Potter", somente "Harry James Potter". Filho único, segundo tais informações.

- Então isso significa... – Harry finalmente quebrou o silêncio.

- Significa que não somos realmente irmãos.

Tom andava de um lado para o outro, consternado, sem saber quem eram seus pais, seus avós, ou sequer quando havia nascido. Ele havia vivido dezenove anos da sua vida numa mentira. Dezenove anos achando que seus pais eram Lily e James Potter, que seu irmão...

O barulho de pequenos soluços finalmente o fez voltar a si.

Seu irmão...

Harry!

- Pequeno, está tudo bem – murmurou, aproximando-se da cama onde Harry estava encolhido, abraçando os joelhos, as lágrimas banhando seus olhos – Está tudo bem. Eu estou aqui, meu amor.

- Nós não somos... Nós não...

- Está tudo bem – garantiu, abraçando-o com força, puxando o pequeno corpo para o seu colo – Isso não quer dizer nada.

- Mas...?

- Você confia em mim, Harry?

- É claro que sim.

- Então acredite quando eu digo que o fato de possuirmos o mesmo sangue ou não, isso não muda o que sinto por você. Eu sei que jamais esperávamos descobrir isso assim, mas nossos pais... Quero dizer, James e Lily não parecem preocupados em nos dizer a verdade, que eu sou adotado – a voz amaga, mas resoluta – que meu pai, pelo visto, era um muggle e minha família materna descente de Salazar Slytherin.

O herdeiro...

Tudo fazia sentido agora.

Tom era herdeiro de Slytherin.

O chapéu seletor o havia alertado disso.

- Eu sinto muito – Harry murmurou.

- Não sinta, pequeno. Isso não muda o amor que sinto por você. Eu sou e sempre serei seu irmão, seu amante, seu amigo... Não importa o sangue que corre em nossas veias.

Harry, então, pareceu se acalmar.

- Você irá perguntar para papai e mamãe...?

- Não. Por enquanto, creio que seja mais interessante para nós guardarmos essa informação para usarmos na hora certa.

- Como bom herdeiro de Slytherin – brincou o menor, um sorriso suave desenhado em seus lábios. Tom, por sua vez, sorriu com carinho capturando aqueles lábios rosados num beijo apaixonado.

- Você ainda me ama, pequeno?

Harry o encarou com seriedade:

- Eu nunca poderia deixar de amá-lo.

O Slytherin, agora mais tranquilo, o abraçou apertado.

- Isso significa, talvez, que se nossos pais descobrirem nossa relação, eles não ficarão tão aborrecidos, não é? – Harry perguntou – Quero dizer, não seria realmente o tipo de incesto praticado pelas famílias sangues-puros obscuras...

- Eu não teria tanta certeza, pequeno. Não posso dizer o que nossos pais iriam pensar, mas, ainda assim, algo me diz que eles não ficariam nada felizes.

- E isso importa?

Agora foi a vez de Tom o encarar com seriedade:

- A única coisa que importa para mim é você – garantiu, acariciando as belas bochechas rosadas do menor – James e Lily, meus pais verdadeiros, as informações do meu nascimento e como fui parar na família Potter, nada disso importa se estivermos juntos. Estou curioso, é claro, mas ainda tenho tempo para descobrir a verdade e para usá-la ao nosso favor.

- E eu estarei ao seu lado quando você descobrir.

- É claro que sim – Tom o beijou novamente – Você sempre estará ao meu lado, pequeno.

- Sempre – Harry sorriu, sentindo-se seguro e protegido nos braços do irmão.

Nada havia mudado.

E nada poderia mudar o que ambos sentiam.

Continua...

Próximo Capítulo:

- O que significa isso? – perguntou James Potter, o nojo e o desprezo brilhando em seus olhos.

- Papai...! – ofegou Harry.

-x-

N/A: Olá, meus amados e tão queridos leitores. Tudo bem com vocês? Espero que sim. Espero que todos vocês tenham passado muito bem o final de ano e que agora estejam aproveitando o carnaval para fazer aquilo que gostam, seja lá o que for. Quero me desculpar, é claro, pela demora... Meses, não é mesmo? Mas o que posso dizer? Três letras e um sofrimento: OAB. O exame tão temido para futuros advogados e advogadas do Brasil. E como eu não sou nada parecida ao nosso amado Tom, que obviamente iria gabaritar o exame sem ao menos estudar, precisei mergulhar de cabeça nos livros e não tive muito tempo para vocês. Eu ainda não sei o resultado (só dia 12/02), mas espero ter passado para que eu possa voltar a me dedicar às minhas histórias e a vocês, seus lindos!

O que acharam do capítulo de hoje? Da tão temida revelação? Fruto de um TCC, na verdade, para me lembrar de que em breve precisarei escrever o meu também – sorriso irônico – Espero que tenham gostado! Por favor, deixem suas REVIEWS!

Nosso amado Tom, é claro, não se deixou abalar e saberá usar essa informação quando for a hora certa. Mas nosso querido Slytherin ficou curioso, muito curioso... O que será que isso quer dizer? Bem, logo, logo vocês poderão descobrir!

Quero deixar um beijo especial e meus profundos agradecimentos a:

Cris Cruz... Hinata Uzumaki... Beauty Storm... LorenLohana... TaiSouza... Mertriqs... Estrela Carmesim... lunynha... Sandra Longbottom... Kamy... CristinBay... Dyeniffer Mariane... thesecretpassage1... yggdrasil001... Barbara Vitoria... e FaFaVe!

Mais uma vez, obrigada pelas maravilhosas Reviews de vocês, que sempre alegram meu dia e me animam a continuar escrevendo!

Um grande beijo!
E até o próximo capítulo de Amnésia.

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