Kizumonogatari (Monogatari Se...

By oshinomeme

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A série Monogatari, assinada pelo escritor Nishio Ishin, conta as histórias do protagonista Koyomi Araragi, u... More

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18 (FIM)
Novo Volume! - Nekomonogatari (Branco)
NOTA DE PUBLICAÇÃO

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By oshinomeme

Oshino Meme

O homem mais velho que passara por ali revelou seu nome.

Achei o nome dele ridículo, mas já que ele havia salvado a minha vida, não pude contar isso a ele.

Mesmo se ele parecesse estranho.

Mesmo se ele estivesse usando uma camiseta havaiana.

Já que ele havia me salvado – eu não podia acusá-lo de nada.

........

Mas ele era realmente um homem relaxado....

"Ah... Oshino."

Eu deveria adicionar um "-san" ao nome dele? Deveria usar honoríficos? Me sentia um pouco perdido – Embora ele fosse meu salvador, eu não sabia as motivações dele. Eu não podia chamá-lo nem de inimigo nem de amigo.

Eu ainda não tinha definido se, de fato, eu fora salvo. Não dei a entender minha desconfiança – teria sido estranho agir assim.

Em primeiro lugar, considerei apropriado agradecer-lhe.

"Obrigado por me salvar."

"Não precisa me agradecer. Vi que você tava sozinho então ajudei. Foi só isso, Araragi-kun.", Oshino disse inocentemente. Ele não era um cara complicado.

Fora isso, os três homens desapareceram no instante em que Oshino apareceu, como se estivessem obedecendo a ordens. Eles haviam ido embora sem deixar traço algum em meros segundos. E sem dizer nada. E eu não havia resgatado os membros de Kissshot, mas pelo menos estava vivo.

Oshino Meme –

Esse homem com camiseta havaiana não parece ser meu inimigo.... E nem inimigo de Kissshot Acerolaorion Heartunderblade.

"Falando nisso, Araragi Koyomi... Aliás, que nome bizarro... E esse cara? Fala sério... Ninguém em sã consciência abriria uma barreira em um lugar como esse. Decerto é um cara com muita experiência...."

"......"

"Opa, não precisa ficar tão alerta perto de mim, Araragi-kun. Deixa de me encarar assim. Você parece bem enérgico, alguma coisa boa aconteceu?", e Oshino pegou um cigarro enquanto dizia isso e segurou-o com os dentes. Achei que ele fosse acendê-lo, mas ele só ficou com o cigarro fixo entre os lábios.

"Bem, de qualquer modo, vamos pra casa, Araragi-kun."

"Ir pra casa?"

"Aquela escola abandonada."

Depois de dizer isso como se fosse uma obviedade, Oshino se preparou para caminhar.

"Espera um pouco!", eu gritei para as costas dele, "Você... Como você sabe sobre isso?"

"Hm? É claro que eu sei. Fui eu que mostrei aquele lugar praquela criança.", Oshino era do tipo que diz coisas incríveis casualmente.

Hã?

Eu não havia pensado em como Kissshot havia descoberto aquele lugar.....

Esse cara contou pra ela?

"Bem, como se diz: Se você tem Honra, você tem Coragem. Aquela criança, Heartunderblade, estava carregando o seu corpo. Ela parecia estar numa enrascada, então eu disse a ela sobre esse lugar."

"Você.... conhece Kissshot?"

".......?"

Oshino não respondeu a minha pergunta. Ele olhou para mim de maneira estranha, e eu me questionei se ele estava incerto quanto ao que eu havia dito.

"..... o que foi?"

"Não é nada, é só que você a chamou de Kissshot."

"Hm? Ah."

"Aqueles três também.... chamando dela de Heartunderblade sempre.... me perguntei por que você também não fez isso."

"Porque.... não é meio longo demais?"

O que há de estranho nisso?

"Não pode ser um problema, só o meu jeito de chamar ela. Não é uma regra definida nem nada."

"Bem, acho que tudo certo. Mas mesmo assim, você é o subordinado dela. Isso é extraordinário. Pra começar, não estamos falando de vampiros comuns. Heartunderblade é a Assassina de Kaiis lendária. A vampira do sangue de ferro, do sangue quente, do sangue frio."

"Vampiros.... você sabe sobre vampiros?"

Bem, é improvável que ele não soubesse. Aparecendo assim do nada e fazendo com que aqueles três outros fossem embora. Só de pensar nisso, já fica claro o bastante.

"Você.... que tipo de humano é você?"

"Eu? Às vezes, um filho dos ventos misterioso, às vezes um viajante misterioso, às vezes um nômade misterioso, às vezes um bardo misterioso, às vezes um errante de classe alta misterioso."

Cheio de mistérios.

"Às vezes o alcance mais grave da voz feminina."

".....Às vezes um contralto?"

"Às vezes eu sou, às vezes não sou."

"Só dei a definição da sua frase...."

Ele repentinamente deu de ombros.

"Eu sou só um homem mais velho que passou por aqui, só isso.", Oshino suspirou enquanto dizia isso.

Eu o achei muito suspeito.

"E foi isso, hoje. Aconteceu que a Heartunderblade já me meteu em encrencas antes. Relaxa, eu não sou um especialista em exorcizar vampiros."

".........."

Eu posso acreditar nele? Não, não é isso. A verdade é que 'eu só posso acreditar nele'.

"Mas não é como se eu não soubesse nada sobre vampiros. É que a minha especialidade é muito mais abrangente. Eu sei muito sobre muitas coisas. Mas, de todo modo, vamos fazer as apresentações mais tarde. Pra começar, você deveria voltar para a escola, Araragi-kun."

No final, eu acabei obedecendo às palavras de Oshino.

Segui-o de volta até as ruínas da escola, muito embora houvesse a possibilidade de ele ser um especialista em exorcizar vampiros em busca da Kissshot.

Contanto, Oshino sabia que ela estava nas ruínas. Como mais ele saberia em qual prédio entrar nessa parte da cidade? Se ele for um tipo diferente de exorcista de vampiros do que aqueles três, ele poderia eliminá-la com facilidade. Ele eliminaria com facilidade a enfraquecida Kissshot Acerolaorion Heartunderblade.

Ainda assim, havia a possibilidade de ele não ser um inimigo, embora eu ainda não o possa chamar de aliado.

"Ei! Eu voltei!"

Eu disse umas coisas desnecessárias para Oshino (Como num anime antigo, minhas palavras foram provavelmente desnecessárias. Eu sabia que não havia razão para determinar se Oshino era amigo ou inimigo naquele momento). Depois de ter caminhado por cerca de uma hora, eu retornei até o segundo andar do prédio abandonado. Kissshot parecia estar muito feliz, como se tivesse se cansado de esperar.

Uwha.

Porém, ela não havia percebido que o plano dela havia dado errado.

"Hmm....? Esse cara aí atrás..... Acho que já vi este rosto em algum lugar, anteriormente?", ela disse enquanto entrávamos.

"Isso é maldoso. Você não lembra de mim?", Oshino só foi capaz de sorrir.

"Não fui eu que contei a você sobre essa base secreta? Heartunderblade-assassina-de-kaiis-chan?"

"Ah.... sim. Daquela vez." Kissshot consentiu.

Ehm.

De qualquer modo, parece que ele não mentiu. Oshino realmente havia encontrado Kissshot naquela noite. Era óbvio que ela fora informada por ele sobre esse lugar.

"Bem....?", Kissshot me perguntou, perdendo todo o interesse por Oshino.

Eu já disse, não olhe pra mim com um olhar tão esperançoso!

"Bem,.... me escute com calma, certo?"

Eu não sei nada sobre ventriloquismo ou tautologia . O Araragi Koyomi que evitava ligações telefônicas depois de entrar para o Ensino Médio possuía uma capacidade muitíssimo pequena de saber falar. Eu me perdi ao recontar o que havia se passado com Episode, Dramaturgie e Guillotinecutter. Não consegui pegar de volta os membros e além disso fui salvo por Oshino. Expliquei tudo isso de maneira rasa. Enquanto eu falava com a Kissshot, Oshino coletava algumas mesas. Demorei uns momentos para notar que ele estava ajeitando uma cama para si. Por quê? Ele estava cansado? Ele exercitava uma imensa e ilimitada liberdade em sua maneira de agir.

"Hã.", Kissshot disse depois de escutar toda minha história. Ela não parecia estar desapontada, embora crianças de dez anos possam ser dissimuladas. Mas, afinal de contas, ela era muita mais velha do que eu. Ela não encrencaria comigo por nada. É possível que ela ainda estivesse absorvendo as informações.

"É problemático que eles ainda estejam agindo como grupo. Achei que, depois de me atacar, eles fossem se separar."

"Ao menos procure considerar as possibilidades!"

"Eles querem me esmagar por completo, aqueles três homens. Eu tenho precauções aqui também, mas eles já me danificaram muito."

"Eles mencionaram algo sobre uma recompensa em dinheiro."

"Hmm. Ah. Então é isso. Entendo. Este mundo é tão cruel.", Kissshot riu repentinamente.

Ela lembrou de alguma coisa?

"Eu sou tão estúpida. É por causa do jetlag".

"O quê? O que isso tem a ver com ser um turista?"

Hm. Eu pensei que fosse a hora certa para perguntar. Eu só pensava sobre o que me afetava, então havia esquecido de perguntar antes.

"Kissshot, por que você veio ao Japão? E ainda mais para essa pequena cidade rural?"

"Hm? Pelas atrações turísticas."

"......"

"Monte Fuji, Kinkaku-ji, eu não havia visto nenhum deles.", ela disse isso como se fosse simples. Era, obviamente, uma mentira. Não havia a menor chance de ela ter sido atacada por três homens armados se a razão fosse assim tão simples. E além disso essa cidadezinha não tem o Monte Fuji e nem o Kinkaku-ji.

Mas... Mentindo tão descaradamente... Será difícil contra-atacar.

"Você não está tentando dominar o Japão, né?"

Eu perguntei a ela, de perto.

"Hm, não."

Ela respondeu assim.

"De qualquer modo, se você não conseguiu derrotar aqueles três caras mesmo com a sua força completa, então como posso eu, o seu subordinado,... como é que eu poderia derrotá-los?"

"....Como eu já disse, luta contra eles um por vez."

"Mas eles estão trabalhando juntos, então isso é impossível! Você disse que tudo bem se a gente ficasse escondido aqui, mas mais cedo ou mais tarde eles vão nos descobrir!"

"Não precisa se preocupar com isso.", Oshino resolveu falar, do nada. Ele estava deitado de lado na cama improvisada que construíra.

Desleixado demais.

"Enquanto vocês estavam dormindo, eu coloquei uma barreira aqui."

"....Barreira?" Ele havia dito algo sobre isso antes, mas ao que ele se referia?

"....Tipo um campo de força?"

"Hm. Acho que dá pra chamar assim." Presumi que devia ser algo bem mais complicado, mas Oshino se contentou com essa explicação simplificada.

"Tirando pessoas que conhecem essa área muito bem, é impossível para um estranho qualquer descobrir esse lugar."

".....você.", eu perguntei cautelosamente, "O que exatamente você quer?"

"O que você quer dizer com 'o que você quer'?", Oshino riu alto. Ele era um homem estranho. Quantos anos ele tinha? Definitivamente mais de 30, embora nenhuma pessoa normal dessa idade fale do jeito dele. Aos 30 anos, espera-se que você se resolva e se torne um adulto decente, não é?

"Por que você ajudaria Kissshot e eu? Sei que você não é um deles, mas você está do nosso lado?"

"Você está sendo muito mau.", Oshino tirou o cigarro da boca e o guardou no bolso de novo.

"É como eu disse, eu nunca tive a intenção de ajudar você ou a Kissshot. Quanto ao porquê de eu ter salvo você... Cara, eu só tive vontade de ajudar."

"..... Eu não estou entendendo o que você quer dizer."

"Eu quero atingir um equilíbrio." Finalmente, ele começou a fazer sentido. "Quer dizer, esse é o meu trabalho."

"......"

"Um trabalho de comunicação entre aqui e lá.", Oshino continuou.

"Sabe, vampiros são encrenqueiros. Eles são absurdamente poderosos. Sem contar que temos uma assassina de Kaiis aqui. Quando escuto você falando, até parece que eles que estão errados por atacarem uma criança delicada – e esse, com certeza, não é o caso. Essa criança, Heartunderblade, é uma oponente perfeitamente digna."

"Estes elogios são bastante constrangedores", Kissshot disse enquanto projetava o peito para a frente. Não que fizesse muita diferença pruma criança projetar o peito para a frente. Minha intuição dizia que elogiar não havia sido o propósito de Oshino, mas deixei estar. A questão agora é de que lado Oshino está.

"Você se apresentou para mim. Não tinha dito que ia complementar essa apresentação?"

"Oshino Meme, um homem livre sem residência.", foi assim que ele falou.

"Bem, simplesmente pense em mim como uma autoridade em termos de monstros. Haha, embora eu não seja como aqueles três caras – eu não me interesso muito por exorcizar monstros."

"Como assim 'não se interessa'?"

"Para ficar mais simples: eu só não gosto disso."

"Mas você não é um especialista?"

"Eu sou um especialista, é por isso que busco o equilíbrio. Essencialmente, eu negocio. Sou um negociador."

Negociação? Aqui e lá – comunicar? O que é aqui e o que é lá? Claramente, "aqui" se refere ao mundo humano e "lá" se refere ao mundo dos monstros. Mas.... De que lado eu estou?

"Monstro... Ótimo. Prefiro ser chamada de Kaii."

"Kaii—"

"Essa criança aqui, ela é uma assassina de Kaiis. Um tipo raro de vampiro que pode absorver a energia de Kaiis. É por isso que ela é uma lenda." Isto incomodou a Kissshot. Tendo só 10 anos, ela era irritadiça, mas Oshino condizia com a personalidade dela. A aparência dela é diferente de quem ela é por dentro, e ela provavelmente ainda não se acostumou com isso. Por isso, acho que é melhor que ela consiga reaver todo seu poder o mais cedo possível.

"Não ajas como se soubesses de tudo, pirralho!" Kissshot estava se referindo a Oshino. Se ela realmente tem 500 anos, então chamá-lo disso deve ser aceitável. Oshino sempre a chamava de "essa criança", e isso devia ser muito desrespeitoso. Oshino não se importou de ter sido chamado de pirralho. Para ele, isso era tão efêmero quanto uma brisa passageira.

"É como você disse, Heartunderblade.", ele retrucou, simplesmente.

"Não dá pra tirar conclusões a partir de rumores – não importa se o oponente é humano ou não. Porém, hmm, escutando a conversa de vocês, parece que isso tudo é um caso particularmente sério. Eu jamais imaginaria que algo tão complicado aconteceria."

"Não é nem um pouco complicado. É tudo muito simples."

"Para uma vampira que pode viver por muito tempo, pode parecer simples, mas para nós, humanos, é bem complicado. Não é, Araragi-kun?"

"Ahm..."

Uau. Estava impressionado que ele havia compreendido a situação tão rapidamente. Fazia sentido. Ele me via como humano, deste lado 'aqui'. "......"

"Hã? Quê? Achei sua reação esquisita – Araragi-kun, você não queria se tornar humano novamente? Não quer ser normal de novo?"

"Não, eu quero... é que...."

"Se você quer se tornar um ser humano, é claro que você é humano." Suponho que seja simples assim, mesmo.

Oshino voltou seu olhar relaxado para Kissshot.

"E mais, estou interessado em você, Heartunderblade. Acho interessante que você esteja disposta a transformar Araragi-kun, o seu servo, de volta em ser humano. Estou interessado nessa questão."

"Ah -- -- --" Isso era, obviamente, um elogio, mas Kissshot reagiu como se fosse algo ruim.

"Não me importo com negociadores. Não digas nada desnecessário, pirralho. Sempre odiei quem fala quando ninguém quer escutar."

"Falar quando ninguém quer me ouvir? Não estou fazendo isso. Embora esteja analisando tudo, não pretendo ficar falando besteiras aleatórias sem motivo.", Oshino Meme disse, deitado na cama.

"Desta perspectiva, eu posso ficar como mediador.", Oshino disse, despreocupado.

"Mediador?"

Entre aqui e lá?

"Você quer dizer entre nós e os outros?"

"Não tem ninguém mais.", Oshino consentiu.

"Na verdade, olhando para a situação, eu já ajudei vocês e muito. Mostrei a vocês essa escola abandonada e criei essa barreira.... Dá pra dizer que foi uma espécie de encontro destinado a acontecer."

"Você – você pode nos ajudar?"

"Eu não estou ajudando vocês. Eu estou só emprestando a minha força.", ele disse, simplesmente. "Neste momento, tudo está desequilibrado. Aqueles caras vão continuar incomodando vocês. Eu não gosto da tática deles."

"Então – você é nosso aliado?"

"Não. Nem aliado, nem inimigo."

Oshino é neutro.

"Como eu disse, eu fico no limite. Entre os dois lados. No meio. Tudo que acontecerá depende de vocês, e não de mim. Vocês estão todos correndo em volta da fogueira, e só cabe a vocês recuperar a noz que caiu nas chamas. As razões e, conseqüentemente, os resultados, nada têm a ver comigo. Eu posso só fazer alguns ajustes quanto ao destino."

"..........." Eu olhei para Kissshot, e até ela parecia desconfiar de Oshino.

O que esse cara quer?

"Ahh, mas é claro, isso é um trabalho, então deve ser pago. Viajantes sempre precisam de dinheiro na estrada. Certo, pagamento. Que tal dois milhões de ienes?"

"Do- dois milhões?!!!!!!", Oshino me encarou apesar do meu choque.

"Eu não vou ficar cobrando sobre datas para o pagamento. Mas eu não empresto minhas habilidades de graça. Sem pagamento, não haveria equilíbrio."

"..... Mas, mas." Minha única escolha era confiar nele. Será que eu poderia confiar nele? Nesse viajante estranho? Ele mostrou a Kissshot essa escola, e ele me salvou dos três homens. Mesmo sem tocar na questão da barreira... ele era assim tão suspeito?

"Então.... posso escutar o teu plano?", Kissshot consentiu imediatamente. Acho que esta é a diferença entre um vampiro imortal e um garoto de 17 anos.

"Você diz ser um negociador, mas não é tão fácil assim. Aqueles três não serão convencidos facilmente, e mesmo assim, você é neutro. Você não irá pegar os membros de volta nem se eu pedisse a você!"

"Eu nem pensaria em fazer isso. Além disso, você ainda nem ouviu o plano." As palavras de Oshino me frustraram. Ainda que ele estivesse sendo mais sincero quanto às suas motivações do que quando justificava com "porque senti vontade". Era um alívio.

"É possível que eu consiga fazê-lo. Eu vou me prostrar e pedir com gentileza. Se eles recusarem a isto, só daí eu vou apelar para métodos mais perigosos. Para nossa sorte, esse jogo pode ser resolvido só com palavras."

"Você acha que isto é um jogo?"

"Primeiramente, precisamos separá-los. Não deve ser impossível se lutarmos contra um por vez. Embora nem você consiga ler os movimentos deles, Heartunderblade. Então eu preciso encontrar uma maneira de definir isto.", Oshino disse.

"Você precisam se arriscar a um nível correspondente de perigo para conseguirem fazer isto. Não se preocupem demais."

"Não, disso eu já sei. Eu estou determinada a fazer isto, e portanto meu servo também."

Não fique determinada por impulsividade! E além disso, é a minha determinação, pra começo de conversa!

"Mas, pirralho, como tu vais conversar com aqueles três?"

"Como eu disse, vou pedir com educação. – eles são caras serenos.", Oshino falou como se estivesse contando uma piada. Deve haver limites a esses diálogos que Oshino propõe. Aqueles homens são do tipo que não escutam os outros. Que tipo de pessoa eles devem ser quando agem desse jeito?

"De resto, são segredos profissionais. Araragi-kun vai, então, ir atrás dos membros. Se ele conseguir reaver os seus braços e pernas, você vai voltar à forma completa. E daí, Araragi-kun vai poder voltar a ser humano."

"Eu tenho que ir pegá-los..." É claro que fiquei incumbido da tarefa mais difícil. Mesmo se eu for enfrentá-los um por vez, eles ainda assim são homens crescidos...

Dramaturgie, Episode, Guillotinecutter.

Um carrega duas espadas curvas. O outro tem uma cruz gigantesca. O último ainda é um mistério.

Para ser honesto, não tenho confiança alguma de que vá vencer. Mas, já que no final das contas eu também ganharia com isso, não pude recusar a oferta. Ainda assim, eu não queria que as coisas fossem como naquela noite. Não fazia nenhum sentido enfrentá-los sem uma estratégia ou motivo. Devo confessar que estava pensando demais naquela hora. Embora quisesse ficar calmo, não conseguia evitar ficar ansioso.

Eu sou assim. Kissshot também.

Como disse, se for enfrentá-los novamente, preciso de uma nova estratégia.

"Ei, servo", Kissshot me chamou.

"Que foi, Kissshot?"

"Eu não trouxe nenhuma espécie de capital humano. Nem sequer sei dizer o que significa uma quantia de dois milhões de ienes. Deixo essa dívida contigo."

"............"

"Não te preocupes, as habilidades desse pirralho são verdadeiras – posso te garantir. Eu vi quando ele te salvou usando minha hiperopia. Apesar de minha forma simplificada, ainda sou capaz de fazer algo simples como isso."

"Mas ele não é inimigo nem aliado, ele é neutro!"

"Eu não pensava que ele fosse ser um aliado desde o princípio. Se esse cara fosse um inimigo ciente da minha localização, eu já estaria morta. Não há escolha, mesmo se discordarmos dele.", ela parou de falar por um instante. "Ele disse que é neutro, o que é muito melhor que a alternativa."

".....Ah." Eu não havia pensado nisso.

Compreender bem as coisas significa pensar em todas as precauções possíveis.

Além disso, caso as negociações de Oshino falhem, não estaremos propriamente condenados à morte. Os olhos dele não eram assim tão frios. Só me restava uma questão.

Ele era só um cara mais velho que havia passado por ali. 'Só passando por aqui'... Será que a presença dele era realmente coincidência?

Encontrar a Kissshot justamente quando ela estava com problemas, aparecer do nada no exato momento em que eu estava sendo atacado... De fato, seriam coincidências incríveis.

Me perguntei se havia qualquer outro significado para tudo isso. O que ele ganharia com isso? Eram coincidências demais. Ainda assim, eu não conseguia entender as intenções dele.

Nos encontrar por coincidência e depois nos seguir pelas costas... É como no dia da cerimônia de encerramento, quando encontrei Hanekawa no portão do colégio. Puramente por acidente. Pensando sobre isso, se eu não houvesse encontrado a Hanekawa, não teria ido até a livraria. E então não teria encontrado Kissshot , e não me encontraria nesta situação.

Naquele momento, ter encontrado esse homem estranho... Me sentia sortudo. Não queria dizer isso a ele. Eu só sou bom em lidar com as coisas com que quero lidar. Mas, agora, me sentia determinado, então falei:

"Não tenho muito dinheiro guardado... mas se você não ficar me cobrando a dívida e nem pedindo garantias, ... eu lidarei com a dívida."

Eu não tinha opção senão pegar dinheiro emprestado. Ter 17 anos e não ter dinheiro nenhum... Eu era patético.

"Bem, está decidido então! Obrigado pela preferência, haha. -- --", Oshino disse, feliz com minhas palavras.

"Ah, nem preciso dizer que irei morar aqui de agora em diante. Espero que cuidem de mim. Pra ser honesto, eu estava já de olho nesse lugar desde que cheguei na cidade, mas deixei que vocês ficassem com ele quando analisei se eu precisava ou não dele. Essa cidade não tem nenhum prédio em ruínas tão bom quanto este. De qualquer maneira, o que devemos fazer primeiro? Deveríamos conferenciar? Discutir nossos planos para o futuro?", Oshino disse isso, é claro, deitado em sua posição costumeira. Naturalmente, eu e Kissshot o ignoramos e nos recusamos a seguir a sugestão dele.

Eu não havia percebido – mas já passara da meia-noite.

A data havia mudado para o dia 29 de Março.

Eu teria dito que precisávamos conversar sobre amanhã, mas o amanhã já era hoje.

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