E se fosse diferente? [Comple...

By Lari_Irineu

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"E o que você era, assim como o passado não dá para mudar. São feridas que não cicatrizam." Hanna Collins acr... More

Book Trailer
Antes de começar...
P.S.: Obrigada!
1- Feridas abertas
2- Cicatrizes
3- Nevoeiro
4- Quem nós somos?
5- Por onde andou?
6- Adorável
7- Outono
8- Reflexos
9- Sobre as estrelas
10- Flores ao vento
11- Uma dose de perdão
12- Rachaduras Intercaladas
13- Canções entre rabiscos
14- Sorria banana!
15- Uma noite poética
16- Libertem as borboletas!
17- Agridoce
18- Fios perdidos
19- Afazeres antes do grande nada
20- Remendos
21- Encontro entre os sinos
22- Discurso sobre "O grande nada"
23- Andorinhas
25- Quando a morte vier
26- Eu vi você
27- Uma conturbada Calmaria
Não me abandonem!
28- Eu vivi meu milagre
29- Olá presente
30- Pegue a estrada
31- Item 7
32- Antes de partir
33 - Estamos morrendo
34- Quando tudo acabou
35 - Ela escreveu sobre nós
36.1- Espere por mim
36.2- Espere por mim
Antes de terminar...
Epílogo
Nota do autor

24- A ponte

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By Lari_Irineu


Em algum lugar no hospital.

Jeremy

–– O que você ainda está fazendo aqui? – Jennifer diz me olhando com os olhos arregalados, entrando no quarto do hospital.

–– Eu preciso saber como ela estar. Ninguém me diz nada... – digo no tom mais calmo que consigo.

–– De novo não, Jeremias! A primeira vez eu consegui convencer a todos que você estava desesperado pela sua amiga, mas dessa vez não posso. Você pode ser preso filho! – diz com expressão cansada.

–– Mãe, eu a amo! Eu preciso saber como ela estar. – sinto os soluços comprimir minha garganta.

–– Eu não posso compartilhar nada com você filho, só com os familiares. É melhor você ir, se ama realmente essa garota... – diz colocando sua mão em meu ombro.

No mesmo momento quis gritar com ela. Do que ela está falando? Eu tenho que ficar justamente porque não sei se consigo viver com a possibilidade de não existir ao lado dela.

Eu estou sendo um filho da mãe egoísta, isso sim! Eu sou o responsável por isso. Estou causando o mal a quem eu mais quero o bem.

–– Foi minha culpa. Minha culpa! Eu sei! Eu deveria ter me afastado quando tive a oportunidade. Eu deveria! Mas eu me apaixonei! Inferno! Eu me apaixonei... – sinto as lágrimas correrem descontroladamente como sangue saindo das minhas veias.

–– Foi um acidente! – ela eleva o tom de voz. –– Antes e agora foi um acidente! Como você poderia evitar algo que não está sobre o seu controle filho? – diz e percebo que não é só da Hanna que ela está falando.

Estou ao ponto de estourar quando ouço uma doce e penetrante voz me chamar e no mesmo instante o bem invade meu lado negro.

–– Banana... – dou um pulo da poltrona para segurar sua mão, quase a derrubando.

–– Ei Andorinha? – beijo sua mão. –– Eu estou aqui...

Seus olhos aos poucos se abrem. E eu luto freneticamente contra a vontade de pegá-la em meus braços e levá-la para casa. Essa impotência está me matando.

–– Onde está minha corrente? – pergunta, procurando em seu pescoço. Sua voz está tão fraca.

–– Não se preocupe todos seus pertences estão seguros. – Jennifer diz, dando um meio sorriso.

Ela parece ficar mais tranquila ao ouvir isso.

–– Enfermeira Jennifer o que esse rapaz faz aqui? Você sabe que as visitas estão terminantemente proibidas! – esbraveja um homem com um prontuário na mão ao adentrar o quarto.

Ele deve ser o médico que está cuidando da Hanna.

–– Por favor, doutor... – suplico, apertando mais forte a mão dela.

–– Enfermeira Jennifer chame os seguranças! – ordena sem me olhar.

–– Não me deixe Jeremy... – sua voz é quase como um sussurro.

–– Nunca meu amor... – aliso seus cabelos e ela sorri fechando os olhos novamente.

Dois homens fortes me pegaram por meus braços. Tento relutar mais é em vão. Grito seu nome algumas vezes e vejo apenas sua mão estendida para mim.

Não sei qual situação foi a mais dolorosa. Vê-la em meus braços no ônibus enquanto o sangue jorrava de sua cabeça ou agora que ela está tão frágil. Mas uma coisa é certa: é como se me matassem a cada vez.

–– Quem é você? – uma mulher com os olhos inchados me olha com fúria e dor.

Deve ser a irmã mais velha da Collins. Seus cabelos e alguns traços do seu rosto comprovaram isso.

–– Eu sou... Sou Jeremy. ­– digo. E os seguranças me soltam.

–– Saia daqui... Agora! Se afaste da minha irmã ou eu chamo a polícia! – diz friamente.

–– Eu não posso! – grito levando minhas mãos à cabeça. –– Eu a amo, você pode me entender? – soluço. –– Eu a amo. – repito.

–– Eu já mandei você sair! – diz e os seguranças aparecem em minhas costas novamente.

***

A água fria do chuveiro escorre pelo meu corpo. E apenas ele está aqui, porque meu coração ficou cravado naquele maldito hospital há quatro dias. Sinto-me com uma anestesia permanente. Como se eu estivesse em um trem indo a uma velocidade constante em direção à dor infinita, ao vazio.

Tudo seria diferente se eu não tivesse entrado na vida dela. Se eu não tivesse a levado para aquele lugar. Se nós não tivéssemos pegado aquele ônibus. Para começar, se eu não tivesse ido atrás dela naquela noite do acidente com seus pais.

–– Droga! Droga! – esmurro a parede repetidas vezes até o sangue manchar a parede. –– Não me deixam ver ela. Não me deixam!

Um som estridente invade meus pensamentos. Meu celular. No mesmo instante corro até ele. Não conheço esse número. A Collins deve ter roubado de alguém no hospital! Sempre tão esperta.

–– Esquisito? Quer dizer, Jeremy? – reconheço de imediato essa voz. Jolie.

–– Tem notícias da Hanna?- pergunto automaticamente.

–– Não muita coisa, apenas que ela fez alguns exames... – ouço um suspiro. –– Enfim, a Lilly, irmã dela quer falar com você.

–– Onde ela está?

–– Ela quer te ver Jeremy. Aqui na minha casa, sabe como chegar?

–– Sim.

–– Se cuida, bundão. – desliga.

***

Hesitei por uns segundos. Mas está com alguém próximo a Collins era o mais perto dela que eu poderia chegar no momento.

E foi por essas razões que estou diante da miniatura da Collins. Suas semelhanças são assustadoras. Seus cabelos são um pouco mais compridos, porém ambos da mesma cor.

–– Você é o namorado músico da Hanna? – me olha com curiosidade.

–– Eu acho que sim. – coço a cabeça. –– Mas não diga para ela que eu confirmei. Ela pode me bater. – ela sorri, assentindo.

–– Será nosso segredo? – ela estende seu dedo mindinho.

–– Será um prazer negociar com a senhorita. – entrelaço nossos mindinhos.

–– Para começar, me tira daqui, por favor! Esse pirralho, Felipe, vai me fazer surtar e quebrar a cara dele! – resmunga, revirando os olhos como a Collins.

–– Quer dá uma volta na Emmy? – aponto para a picape.

–– Sim! – diz animada. –– Jolie! – grita. –– Vou sair com o namorado músico da Hanna!

***

Levei-a para a mesma praça em que encontrei a Collins deitada em um banco. Essa menina é de uma curiosidade e inteligência fora do normal.

–– Você vai fazer uma música para a Hanna, não vai? – pergunta, enquanto impulsiono seu balanço.

–– Você acha que ela vai gostar? – pergunto, sorrindo com esse pensamento.

Finalmente consigo sorrir longe do meu melhor sorriso. Acho que estou apaixonado por mais de uma Collins.

–– Ela se faz de dura, mas é tão frágil quanto um pudim. – continua no balanço, com os pés levantados.

–– A Hanna é muito especial para mim... – digo e aquela dor volta a crescer no peito.

–– Eu gosto de você. É tão verdadeiro, vejo em seus olhos isso. Quero um dia ter alguém como você... – vira sua cabeça em minha direção, sorrindo de lado.

–– Você merece alguém melhor. – ela bufa. –– Sabe pequena, você me lembra de outra pessoa que eu também amo muito, quanto tinha um pouco menos do que sua idade...

–– Pensei que você amasse minha irmã! – diz levantando-se exaltada do balanço.

Essa menina tem gênio forte!

–– Sim, eu a amo. – sorrio. –– Mas também amo minha irmã. – sento-me em um balanço ao seu lado.

Ela me olha com seus olhos curiosos. Diferente da Collins que tem olhos castanhos, os seus são de um azul cristalino.

–– Ela morreu? – pergunta voltando a se sentar no balanço.

–– Eu não cuidei dela e um homem ruim a levou para longe. – lembranças dessa época parecem esmagar meu cérebro e dilacerar o que sobrou do meu coração. –– Tenho saudades daquilo que se foi e do que poderá vir...

–– Eu também – olha para o chão. –– Ela deve ser muito bonita como você... – sorri. Seu sorriso é tão puro.

–– Quer saber um segredo? – seus olhos faíscam e rapidamente ela balança a cabeça gesticulando um sim. –– Nós nos balançávamos nesse mesmo balanço e descobrimos que se for forte o bastante e se você fechar os olhos poderá alcançar o céu... Já imaginou comendo as nuvens ou arco-íris? – ela faz que não e começa a impulsionar mais forte, sorrindo com os olhos fechados.

–– O aniversário da Hanna está chegando... – diz depois de um tempo. –– Queria que fosse diferente dos outros...

Ela começa a contar sobre como em sua casa era comemorado as datas especiais e que Hanna não gostava muito de festas, mas sim de ver sua família junta e feliz.

–– Sua pele é tão macia e branquinha... – alisa meu rosto.

–– A sua também... – aperto levemente suas bochechas e penso que ela vai me bater. Mas ao contrário ela apenas sorri.

Fico imaginando as quatro irmãs passando por uma perda tão brutal. Tendo que dizer adeus a quem você mais ama na vida, por causa de uma inevitável tragédia. Pensando melhor, não há imaginação que se compare a dor real.

–– Você já fez algo extraordinário? – fita meus olhos.

–– Eu me apaixonei. Há algo mais extraordinário do que conhecer o amor? – ela sorri, acho que satisfeita com minha resposta.

***

Hanna

Em uma prisão de paredes brancas.

Eu me sinto vazia por dentro. Perco a noção do tempo presa nessa sala de paredes brancas.

Isso é apenas um pesadelo. Eu vou fechar meus olhos e quando estiver quase sem forças eu vou acordar.

Há quatro dias estou confinada a esse quarto repetindo para mim mesma essas ilusões. E sendo vítimas de uma série de exames com nomes esquisitos, o que me deixa completamente impaciente. Eu poderia simplesmente questionar o motivo, mas só o fato de minimizar um pouco as lágrimas da Alice me deixa conformada.

Porque o remédio não faz parar essa dor horrível de cabeça? Como eu cheguei aqui?

Ficar aqui está confundindo minhas lembranças.

–– Eu quero minha corrente! – grito me levantando da cama. Recuso-me a dormir de novo.

–– Aqui está. Agora descanse! – Alice coloca em minhas mãos e sorri gentilmente.

Suas olheiras fundas estão me assustando. Ela parece a noiva cadáver!

–– Quando eu vou para casa? – pergunto irritada, colocando a correntinha em meu pescoço. Não sei o motivo para tanta irritação, mas quero quebrar esse quarto por completo.

–– Doutor Willians vem falar com você hoje à tarde. – começa a chorar.

–– Por que está chorando Alice? E por que o Jeremy não está aqui? Ele também se machucou muito? – sinto uma pontada no peito só de imaginar essa última coisa.

Algumas vagas lembranças estão surgindo. Eu ia dizer que eu o amo! Meu Deus! Isso é assustador até para mim. Mas sabe o que é mais estranho? A forma que ele me pegou nos braços. Eu poderia jurar que aquelas foram às mãos que me seguraram quando eu sai do carro naquela noite.

Eu não sei por que esses pensamentos absurdos não saem da minha cabeça. Eu iria morrer se não tivesse sido socorrida naquele exato momento.

Eu desenvolvi certa fobia a hospitais desde então. Os dois meses de coma trouxeram sequelas principalmente para meu sistema nervoso. Só consegui andar depois de dois meses que acordei e não conseguia organizar as palavras em uma frase.

Tinha dias que eu não conseguia dormir ou dormia demais. Fora isso, eu estava milagrosamente bem. Até agora. Sim, pois de qual outra forma eu estaria presa aqui se não tivesse algum problema?

Preciso sair daqui!

Eu não quero escutar médico nenhum. Só preciso da minha cama e das pessoas que amo. E é isso que eu vou fazer agora.

Alice saiu do quarto e tenho certeza que consigo sair daqui. Mas antes preciso das minhas roupas. Vejo um pequeno gaveteiro do lado da cama e procuro alguma coisa para vestir. Toalhas? Não. Lençóis? Não. Calcinhas? Não apenas. Um vestido azul pálido da morte? Parece servir.

Visto-me depressa e olho por uma pequena frecha da porta. O corredor parece vazio. Saio devagar e caminho sutilmente. Estou me sentindo em um daqueles filmes em que um psicopata tenta matar a pessoa e ela consegue sobreviver por a ajuda do além e agora ele está tentando novamente matar a pessoa em um hospital. Legal!

Abro lentamente uma porta. "Neurologista - Dr. Willians". Deve ser esse cara que não está me deixando sair daqui. Babaca!

–– Você está me dizendo que não há o que ser feito? – Alice pergunta desesperada.

–– Eu não disse isso minha senhora. Eu apenas falei que em todos os meus anos como médico nunca me deparei com um caso assim. Os exames confirmaram, podemos amenizar... – Alice interrompe.

–– Quanto tempo? – grita, socando a mesa. Uau! Ela bate!

–– Pouco menos de um ano. – suspira.

Fechei a porta rapidamente.

Eles querem me internar! Acham que eu estou louca! Sempre sobe que minhas ideias são um pouco confusas, mas não é para tanto certo?

Quando retomo minha consciência já estou do lado de fora do hospital, vendo completamente tudo em branco. Meu cérebro parece se divertir em levar milhares de alfinetadas. Em um impulso abro a porta de um táxi e digo o endereço.

–– Você poderia me emprestar seu celular? – o homem me olha confuso. –– Será a minha última ligação pode me conceder esse pedido? – rapidamente ele me entrega seu aparelho e o carro começa a se movimentar.

Disco o número, mas não sei se vou conseguir falar. Se eu apenas ouvir sua voz ou sua respiração basta. Está chamando. Meu coração vai parar.

–– Alô? – diz. –– Tem alguém aí? – continuo em silêncio. –– Não vai falar? – um buraco enorme parece se abrir entre nós.

–– Promete que aconteça o que acontecer você vai tentar acima de tudo ser feliz? –– lágrimas embargam minha voz.

–– Onde você está? – diz sem disfarçar o desespero em sua voz. –– Collins me diz, por favor... – ouço seu choro.

–– Prometa Jeremy! – grito.

–– Eu prometo! Inferno! Hanna você não pode fazer isso...

–– Adeus Banana... – desligo.

Entro em um colapso de lágrimas e o homem me olha compreensivo pelo retrovisor.

Sim, eu fiz uma grande merda!

***

Minha cabeça dói. Minhas pernas parecem gelatinas. Cambaleando como uma bêbada.

Sou um abismo e abismos são devorados por outros abismos. Essa dor, essa raiva, essa paixão estão me matando. Não quero ser internada em uma clínica psiquiátrica. Será o mesmo que matar o que sobrou da vida que tenho.

Tenho que partir. Não há razão para ficar. Jeremy, Lilly, Jolie, Sofia, Lucas e Alice, esse tempo todo eu fui um fardo para eles. Um fracasso.

Eu matei meus pais. Matei minhas irmãs. Matei todos e tudo que me aproximei. Eu sou um monstro!

Apaixonar-me foi mais uma prova do meu egoísmo. Preciso de um basta. Aqui era onde tudo deveria ter acabado.

–– Eu falhei papai. Eu falhei mamãe. – lágrimas sufocam minha respiração.

Subo no parapeito da ponte e abro os braços.

Chegou a sua hora Hanna. Não dá mais para adiar. Abrace seu destino. Não seja covarde. Eu li uma vez que se suicidar é um ato de bravura, se eu soubesse qual foi o imbecil que disse isso eu fazia questão de esmurrar a cara dele se eu ainda estivesse viva, é claro. Eu não sou uma heroína por isso!

Estou cansada de ser a problemática. Estou cansada de tentar.

Esse será o dia em que o mundo se livrará de um incômodo. Hailey tem razão, eu sou uma fraca. Jeremy tem razão, eu deixo o medo mover minhas escolhas.

–– Eu te amo, Jer. Mesmo que você nunca saiba disso e que eu não saiba amar como uma pessoa comum. E muito menos saiba definir o que é o amor. Eu irei amar sem razões e sem explicações até meu último suspiro. – uma perna minha quase escorrega. –– E eu odeio esse vestido azul! – grito para o nada.

Lembro-me de uma frase de Virgínia Woolf que ouvi no clube de literatura.

"Como somos uma espécie condenada, prisioneira num barco, como tudo é uma farsa de mau gosto, desempenhemos, afinal de contas, nosso papel; mitiguemos as penas dos nossos companheiros de prisão. Decoremos o calabouço com flores e almofadas; sejamos o mais corretos possíveis."

Essa é uma boa última frase para mim. Não quero mais aprisionar ninguém. Tenho que me libertar e libertar quem amo. Não quero mais ser uma farsa. Eu não sou boa.

A vida é um grito de um grande nada e a morte? É a nossa única certeza. Não dá para enganá-la. Somos responsáveis por aquilo que cultivamos. Nosso fim somos nós quem traçamos.

Há um lugar melhor? Isso agora não importa, já estou condenada.

Está tão frio e escuro. O vento uivava sobre as árvores. Como se o próprio dia estivesse me expulsando por sua melancolia. Não há mais para onde ir. O monstro vai me devorar. Você venceu. Parabéns!

Posso até ouvir a morte me chamar. Engraçado ela está me chamando de Cabelinho de fogo. Talvez seja para lá que esteja indo. Para o fogo...

–– Sou Hanna Collins e esse é o meu fim...

***

Olá queridos leitores! *-*

Espero que eu esteja viva até o próximo capitulo kk

Beijos da Lari *-*

Amo vocês <3

Até Breve...

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