Leiam a nota final, por favor ;)
Levantei-me do sofá e encaminhei-me para a cozinha descalça, se Harry souber disto eu estaria morta, após o susto que ganhámos á três dias ele tem sido muito cuidadoso de mais e quase que não me deixa sair da cama o que de certa forma me irrita muito porque eu já estou melhor e não preciso que cuidem de mim, eu sei cuidar de mim própria. Agora que ele saiu para a escola tratar dos assuntos de lá eu posso andar como quero sem o ter sempre a gritar-me o que devo de fazer ou não, sim, é claro que me deixa feliz saber que se importa comigo mas é realmente um abuso assim desta maneira como reage, é sufocante.
Ao chegar perto da cozinha ouço uma voz grossa e uma sombra ao pé da porta, franzi uma sobrancelha e encostei-me na parede espreitando descaradamente pela porta entre e aberta.
"Sim, eu já te prometi isso!" ouvi Roger falar ao telefone passando a mão pelos seus cabelos negros. Parecia frustrado pela maneira de como soprava várias vezes como se tivesse nervoso.
"Eu vou-lhe contar, tens de ter calma." praticamente que gritou. Não consigo entender com quem ele está a falar e de quem fala.
"Certo, quando achar a altura eu digo toda a verdade." acabou por voltar a falar desligando a chamada. Que verdade ele estaria a falar? Será que é sobre algum assunto que me envolva? Se calhar é só paranoia minha. Abanei a cabeça despejando esses pensamentos da minha cabeça e entrei na cozinha chamando atenção de Roger.
"Olá Amber." saudou-me forçando um sorriso. Sorri de volta ainda desconfiada. "Não deverias estar na cama?" questionou-me após minutos de um silêncio constrangedor.
"Harry não está aqui, e tu não lhe vais contar que me viste." apontei-lhe um dedo tentando-o ameaçar mas tudo o que eu obti foi uma gargalhada da sua parte fazendo-me semi serrar os olhos.
"Tarde demais." uma voz rouca suou perto do meu ouvido o que me fez dar um pulo de susto e correr para trás de Roger que só se ria das minhas figuras. Encarei um Harry sério após Roger ter saído da minha frente, apenas fingi que não se passava nada retirando uma fruta ao calhas, neste caso, um pêssego e eu odeio pêssego.
"Não deverias estar no trabalho?" perguntei-lhe casualmente voltando a pôr o pêssego no seu lugar onde não deveria ter saído.
"Tirei folga de tarde e trouxe alguém comigo." respondeu-me e eu franzi a sobrancelha confusa. Da porta da cozinha apareceu Mary e eu, sorri automaticamente correndo para abraçá-la. Mary fez-me muita falta, antes tinha com quem falar e passar o tempo comigo, tenho até saudades dos seus cozinhados.
"Mary ainda bem que chegou, estava farta de comer comida enlatada." fiz uma cara esquisita ao qual ela se riu.
"Vou-lhe preparar um almoço que ades comer e chorar por mais minha querida." diz saindo de ao pé de mim começando por preparar os vegetais, sorri com o seu entusiasmado.
Olhei á minha volta e Roger não se encontrava mais na cozinha, estranho, onde se metera?
"Amber vai para o quarto, já lá vou ter." Harry pediu delicadamente remexendo num jornal que estava em cima da mesa, assenti levemente ainda pensando no caso de Roger. Sai da cozinha e subi as escadas até ao primeiro andar, caminhei pelo corredor e ao passar por um quarto ouvi um telemóvel a tocar aos altos berros, abri a porta de onde o som provinha reparando que era o quarto de Roger mas este encontrara-se vazio e o telemóvel que estava em cima da cama continuava a tocar sem parar, provavelmente já cá tivera estado e esqueceu-se dele antes de sair. Aproximei-me da cama e quando ia para pegar no móvel este parou de tocar e no ecrã dizia 'Número privado', eu não deveria nem estar no quarto dele, é a sua privacidade mas Roger deixa-me cheia de dúvidas, apesar de estar a ajudar o Harry não quer dizer que não desconfie dele, apenas sei que ele não está aqui só por causa de mim e não pelo trabalho, há algo mais. Ao lado da cama estava uma secretária e vários papeis estavam espalhados em cima desta, era uma autêntica desarrumação, encaminhei-me mais perto reparando agora que pareciam ser cartas velhas, apenas pelo machucado e a cor já amarelada em que se encontravam. Com medo que se rasguem peguei numa folha que me chamou atenção, imediatamente eu conheci aquela caligrafia, era impossível eu não saber de quem tinha escrito este papel.
"Querida Anne, eu sei que provavelmente não me queiras ver nem pintado á tua frente depois de leres esta carta. Antes de começares-me a insultar de todos os nomes que existem eu quero dizer-te que te amei, sim, eu amei-te de mais e isso não tenhas dúvidas e a prova disso foi o fruto do nosso amor, a Gemma. Mas eu realmente percebi de quem eu amo e não quero de forma alguma destruir isso, peço desculpa por me despedir assim de ti mas eu não consigo mais, a tua obsessão por mim ultrapassou todos os limites e eu já não consigo mais engodar. Eu partirei com a minha família para um lugar longe daqui, peço-te que cuides da nossa pequena já crescida filha e do Harry que sempre tive um carinho especial por ele. Com amor, Roger Bailey."
E o meu coração travou instantaneamente, todo o ar que respirava travou e as minhas mãos que agarravam o papel enfrascado tremiam repetitivamente, eu não sabia o que dizer muito menos saber o que fazer neste momento. Eu não consigo entender o que se passa, eu realmente estou confusa. O meu pai afinal tinha outra família? A Anne de que ele fala é a mesma mãe do Harry e a Gemma a irmã dele que também é minha . . . irmã? É impossível serem só coincidências. Supostamente sempre achei que era estranho o meu pai ter o mesmo nome que o dele (N.A: Roger, o que ela conhece e agora ajuda o Harry na proteção de Amber e o pai dela que tinha morrido no carro também se chamava Roger, por favor não se baralhem) mas talvez nessa parte seja mesmo coincidência, ou não.
O meu coração estava despedaçado com a revelação, como pôde ele ter feito uma coisa destas? Mas então porque Roger terá as cartas do meu pai? Afinal o carinho que o Harry tinha pelo meu pai era por isto? Eu preciso de saber se é realmente verdade. Limpei uma lágrima que escorrera da minha bochecha sem autorização, guardei o papel no bolso das calças do pijama e saí do quarto mas antes que pudesse entrar no meu quarto esbarrei-me com o Harry a entrar no mesmo. Fiz exatamente igual e fechei a porta, este ao aperceber-se da minha presença virou-se ara mim.
"Harry, eu preciso de falar contigo." falei desesperada e assustada ao mesmo tempo.
"O que passa?" perguntou-me preocupado e eu sentei-me na cama.
"A tua mãe traiu o teu pai?" fui direta ao assunto vendo logo a expressão de Harry mudar. "Por favor Harry." quase que implorei e este suspirou.
"Sim." acabou por dizer e eu respirei fundo pretendo as lágrimas.
"Isso quer dizer que és meio-irmão da Gemma?" questionei mesmo já sabendo da resposta.
"Sim." murmurou.
Será que ele sabe que a Gemma é minha irmã e não me quer dizer a verdade? É provavel que sim, pois ele conhecia o meu pai e sabia que eu era filha dele, e pelo que me parece também conviveu com ele. É demasiado óbvio, porque ele tende em ocultar-me a verdade? Agora sim, eu entendo o ódio que Anne sente por mim e pela minha mãe.
"Mas porquê?" questionou-me nervoso e eu serrei os punhos de raiva.
"Nada." digo rude. Se ele não me quer contar a verdade não vai ser eu que vou-lhe dizer sobre já saber que a mãe dele tinha um caso com o meu pai. Com o tempo, ele vai-se descair e o Roger vai pelo mesmo caminho.
Hi Hi *-* Como estão minhas lindas? Well, quero pedir mais uma vez desculpa por demorar uma semana a publicar mas se não o faço mais cedo é porque não consigo mesmo.
Mas bem, eu espero que tenham gostado do capítulo e as revelações já começaram.
(Pista: Mary faz parte da família de Amber.)
Eu queria alertar-vos sobre de que existem DOIS Roger's na fic! Um é o pai da Amber que morreu e o OUTRO é o que está vivo, ou seja, o que aparece na história. Por favor não se baralhem lembrem-se que á dois Roger's, isto pode parecer confuso mas no final das revelações vocês vão entender que vai fazer sentido o que estou a fazer. É só preciso concentração para entender ;)
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Love you all ^-^
Carolinaa :*