O mundo da voltas, uma hora a humanidade está destruindo a natureza, agora pagamos o preço.
-Valentina Bittencourt -anunciou o guarda.
Desci de um avião do exército, todos estavam com suas roupas sujas e rasgadas, aqueles guardas com trajes estranhos todos equipados e capacetes que não mostravam suas faces me deixou um pouco com medo, andei até o meio do pátio aberto para me revistarem, levantei-me os braços e dei meia volta, pediram para tirar a roupa só fiquei de calcinha e sutiã.
Não importa sua idade, ou seu sexo (homem/mulher) se alguém abrisse a boca para os elogios e piadas nojentas seria expulso e nunca mais teria um refúgio.
Mandaram entrar em fila e não tinha nenhum guarda ,você ficava na passarela de grade e vinha a ducha para ficar-mos limpos logo depois vinha uma maquina colocar algo em sua pele, eu pulei para a fora e furei a fila. Logo um guarda apareceu e voltei para a fila o mais rápido possível , depois disso tinha alguns ajudantes para você entrar em outra sala... ele confirmava seu nome e todo o processo em sua prancheta. Enquanto isso as mulheres te pesavam, colhiam seu sangue e deram a nova roupa.
-moço eu quero essa!
-mas mocinha isso não é uma roupa feminina e sim do lado masculino. -
Exclamou a mulher, e o homem ficou me encarando.
-essas roupas de menininhas não me caí bem, gosto de me sentir confortável. Isso não causará nenhum problema são apenas roupas.
Todos ficaram calados peguei a calça de moletom saruel e a regata. Detalhe a roupa de todo mundo era cinza, colocaram uma pulseira de cor laranja no meu braço direito e só falaram "aguarde na sala de vidro junto com o resto e chamarão pela cor da fita".
Entrei na sala de vidro porém não dava pra ver o que tinha do outro lado, era uma sala espelhada. Sentei no chão, encostei em uma rocha e fiquei esperando... logo que começaram a chamar, toda a sala de vidro ficou visível, do outro lado na mesma rocha sentado estava o garoto da minha escola, ficamos nos encarando até que ele se levantou e saiu.
O lugar é lindo, era dividido em duas partes como se fosse duas vizinhanças e o que dividia era um muro de vidro. Tinha casas brancas luxuosas tudo bonitinho mas era na grama, não tinha ruas, calçadas, nada de concreto pura natureza e comecei a estranhar.