- Só te peço que tenhas cuidado. - A sua mão foi em direção ao meu rosto, acariciando-o em seguida.
- Não te preocupes comigo.
- Não consigo.
Respirei fundo e ficamos os dois a olhar um para o outro.
Ele era simplesmente magnifico. As suas feições eram perfeitas e o tom da sua pele era claro, mas não muita.
- No que estás a pensar? - Disse ainda olhando nos meus olhos.
- No quão lindo tu és. - Disse sem pensar duas vezes.
Justin não disse nada. Apenas ficamos mais uns minutos a olhar um para o outro.
- Tu é que és linda. - Disse contra a minha nuca.
A minha cabeça estava pousada em cima do seu peito. A melodia do seu coração era como musica para os meus ouvidos.
E foi assim o resto da nossa tarde. O sol estava a pôr-se e a minha barriga já fazia barulho. Justin e eu estávamos a ir em direção ao café onde vendiam as melhores sanduíches. Acho que vou pedir logo duas. Com a fome que tenho sou capaz de comer meio mundo!
- Estou a morrer de fome. - Queixei-me.
- Só sabes reclamar!
- Desculpa lá, nem toda a gente tem o dom de não precisar de comer!
- Pois, mas precisamos de sangue. E nunca te esqueças que o teu é dos bons. - Piscou-me olho.
- Estás a dizer que quando tiveres oportunidade vais morder-me e beber todo o meu sangue?! - Pus a mão no peito, fingindo que estava ofendida.
- Se fosse a ti dormia com um olho aberto. - Puxou-me pela cintura.
Afastei-o de mim, mas Justin voltou a puxar-me para perto de si, deixando um beijo demorado na minha bochecha.
- Odeio-te!
- Nota-se! - Riu-se.
Afastei-me novamente de Justin e cruzei os meus braços.
- Acredita no que tu quiseres. - Encolhi os ombros.
- É claro que eu acredito em ti. - Disse irónico.
Entrei dentro do café e pedi duas sanduíches e dois sumos naturais. Justin não quis estar ali, por isso voltamos para o sítio onde estávamos á pouco.
- Vais ficar gorda. - Disse vendo-me comer.
- Morro feliz, pelo menos. - Dei mais uma trinca. - Queres? - Inclinei a sanduíche para si.
Justin não disse nada. Apenas pousou a sua mão na minha e levou a sua boca até á sanduíche, trincando-a.
- É boa. - Disse ainda com a boca cheia.
- Só isso? Estás a falar da melhor sanduíche do mundo!
- Não sou muito amante de comida.
Normalmente era eu que dizia aquelas frases foleiras sobre vampiros, mas hoje era a vez de Justin.
- Andas cá com umas piadas.
- Aprendi contigo.
- Haja alguma coisa que aprendas comigo!
- Concordo! - Riu-se.
Bati-lhe no ombro e logo ele juntou os nossos lábios. Que saudades, porra!
Tudo bem que a ultima vez que nos beijamos foi hoje de manhã, mas vocês não imaginam a vontade que eu tenho de beijar aqueles lábios carnudos.
#JustinOn
Separei os nossos lábios devido à falta de ar, e juntei as nossas testas.
- Nunca pensei encontrar alguém que me fizesse sentir o que sinto quando estou contigo. - Disse com o meu olhar fixado nos seus olhos castanhos escuros.
- O quê que sentes quando estás comigo? - Saiu quase num sussurro.
- Sinto que posso ser realmente eu, que por mais estupideces que eu faça, tu vais estar sempre aqui, comigo. Sinto vontade de te beijar e mostrar-te o quão maravilhosa tu és. Sinto aquele nervosismo no fundo da barriga. Mas o mais importante, sinto-me feliz.
- Acho que já estou tão habituada a ti, que sou incapaz de me chatear contigo. - Riu.
- Tornaste-te tudo em tão pouco.
- É pena, é que isto não vá durar para sempre. - Fechou os olhos.
Apesar de ela não ter dito ao que se referia, percebi logo que era sobre eu ser vampiro e ela ser humana.
- Não importa quantos anos dures. Eu sempre te vou amar. - Disse sem pensar duas vezes.
Pude ver um sorriso envergonhado nascer no seu rosto, o que me fez rir também. Eu posso parecer um pouco gay, mas era a verdade. Acho que nunca vou encontrar ninguém que me faça sentir tudo isto. Eu só preciso dela para me sentir bem.
- Estás a deixar-me envergonhada. - Olhou-me.
- Não precisas de te sentir assim, comigo.
- Tu pões-te a dizer essas coisas todas, depois eu fico assim. - Riu-se envergonhada.
- É a verdade. Acho que já estava na hora de saberes o que realmente sinto.
- Sim, mas não era preciso seres assim tão... romântico? Agora sinto-me em minoria, por não ser nada romântica.
- Não te estou a obrigar a ser romântica ou algo do género. Eu, apenas achei que este era o momento ideal para saberes.
- Tu és demasiado bom para mim. - Tapou o seu rosto com as mãos. - Eu lamento por não te conseguir dar o que realmente mereces e precisas.
- O que eu preciso, és tu. Basta estares aqui comigo. - Puxei-a para um abraço.
Senti a minha camisola ficar húmida e logo percebi que Selena estava a chorar. Levei a minha mão à sua cabeça e fiz-lhe pequenas massagens na sua cabeça.
- Vai haver um dia em que eu já não vou estar mais aqui... - A sua voz saiu abafada.
- Não penses nisso agora. Pensa no presente e nas coisas que pudemos vir a fazer. - Tentei tranquilizar-la.
- Não consigo. - Disse entre soluços.
- Por favor, não chores. - A minha voz saiu fraca e rouca.
Ficamos os dois ali um bom bocado. O choro dela já tinha acalmado, mas eu sentia que ela ainda não tinha tirado aquela ideia da cabeça e que a qualquer momento começa a chorar novamente.
Sinto-me mal por ela se estar a sentir assim. Afinal, a culpa é minha. Quem me manda ser vampiro? Eu é que sou o culpado disto.
- Eu é que tenho que te pedir desculpa por não poder realizar um dos teus grandes sonhos. - Disse contra a sua nuca. - Os vampiros não conseguem engravidar humanos.
Instantaneamente, o corpo de Selena voltou à posição antiga e a mesma me encarou.
- Não tens que pedir desculpa por nada. Em primeiro lugar está a minha felicidade. E quem me faz feliz és tu. Não importa se posso ou não engravidar. Hoje em dia já não é preciso engravidar para ter um filho. - Disse com a sua voz calma e meiga.
- Adotar um filho, não é a mesma coisa que ter um filho.
- A mim não faz diferença. Os amaria e trataria da mesma maneira.
Uma das coisas que mais me encantava nesta miúda, era o coração dela. São raras as pessoas com um bom coração, hoje em dia. Apesar de já estarmos nos séc. XXI, a mentalidade das pessoas ainda é muito fechada e ainda julgam muito as pessoas. E esse é o mal das pessoas. Preocuparem-se com a vida das outras pessoas. Ninguém tem haver com a vida dos outros.
Uni novamente os nossos lábios iniciando um beijo calmo que segundos depois mais parecia uma guerra para ver quem ganhava o trono. As nossas línguas dançavam numa perfeita sintonia, enquanto a minha mão percorria o seu corpo de cima a baixo.
- Cuidadinho. - Selena disse entre beijo, quando sentiu que a minha mão iam em direção ao seu rabo.
Tirei a minha mão do seu corpo e separei os nossos lábios, juntando as nossas testas.
- Preferes aqui? - Apalpei o seu seio esquerdo, fazendo-a dar um pequeno gemido.
- Justin! - Repreendeu-me.
- Preferes o rabo? - Apalpei-lhe o rabo.
- Tu hoje estás muito saído da casca! - Afastou-me.
- Vais dizer que não gostavas de ter uma experiência aqui. No meio das árvores. - Controlei o riso.
- Não era mau pensado. - Encostou-se ao tronco da árvore.
- Podemos tratar já disso.
- Eu estava a gozar! - Olhou para mim surpreendida.
- Estavas, estavas. - Ri-me. - Mas ficas-te a pensar.
- Que horror, ainda aparecia um bicho qualquer e te comia a pila. - Riu-se.
- Eles quando vissem aqui o chefe até fugiam!
- De desilusão, só se for!
- Que engraçadinha. Quando estás a gemer o meu nome, não dizes nada disso.
Senti um murro no meu braço e percebi logo que ela estava envergonhada.
Depois de lhe fazer cócegas, ficamos a ver os animais e a ver a noite a nascer. Este sítio era realmente bonito.
Estava quase a adormecer, quando ouço a voz da minha miúda.
- Zack? - Disse surpreendida.
Olhei na mesma direção que ela, e encontrei um ser masculino de cabelo castanho.
Este é que era o tal Zack, que era amigo de infância dela? Provavelmente é.
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HEY GIRLS!
O que estão a achar?
- Como acham que Zack vai reagir ao ver a Selena, passados tantos anos?
- Acham que Zack e Justin se vão dar bem?
- E Zack e Selena, acham que se vão voltar a dar como dantes?
- Gostaram deste Justin romântico?
- Gostavam de ver este Justin mais vezes?
Votem e deiam as vossas opiniões nos comentários! Pode ser que uma das vossas ideias esteja certa! ;)