Acordo com uma vontade imensa de vomitar sai correndo para o banheiro e vomitei e me senti meio aliviada aproveitei e tomei um banho demorado pensando no que a doutora poderá me dizer hoje e de como ir ao médico sem o Petter saber, saio do banheiro de toalha e coloco uma camiseta preta e uma calça jeans preta com uma capa cinza e preta me cobrindo do ombro para cima e deixei meu cabelo solto natural.
Desci as escadas e vi Petter prestes a sair de casa ele me olhou deu um suspiro e saio e eu fiz o mesmo segurando as lagrimas que tinham vontade de sair, ultimamente ando muito sensível vejo Paulinha flutuando no jardim e vou correndo até lá:
-Paulinha desce minha princesa -falo preocupada com a mesma com medo de que Petter veja a mesma.
-Estou pegando amoras tia Lay -ela falou lá em cima e eu sempre de olho para ter certeza de que ninguém estivesse vendo, mas eu sentia que estávamos sendo observadas.
-Ta, mas vai rápido meu amorzinho -eu falo e a mesma demora um pouco e depois desce e eu fico mais relaxada.
-Toma tia -ela falou me dando um punhado e eu comi todas de uma veze e quis mais- Quer mais? -ela perguntou mostrando as amoras e com a boca toda melada de amora e diria se não tivesse pegado.
Depois de comer amoras entramos e eu fui falar com a Paula que estava estendendo roupa no quintal ao lado da sua casa e eu fui falar com a mesma:
-Oi Paula -eu falei e a mesma sorriu pegando uma roupa de um cesto de roupa.
-Oi Layla já tomou café da manhã querida? -ela perguntou estendendo a roupa no varal.
-Não estou com muito apetite -eu falei abaixando a cabeça e depois lembrando do Petter- Paula você sabe onde Petter foi?
-Ele foi até as anciãs parece que algo de ruim está por vir -ela falou com a maior tranquilidade e eu fiquei curiosa.
-Nossa, mas o que será em? Bem, mas quando ele volta? -eu falei e a Paulinha começou a sair correndo brincando no quintal.
-Ele só voltará lá para umas nove da noite, ele vai falar com as anciãs depois irá tentar resolver o problema então deve demorar -ela falou e pareceu procurar algo- Paulinha filha vem aqui -Paula chamou, mas não se escutou nada- Filha -chamou novamente e nada começamos a ficar preocupada- Paulinha onde você esta? -ela chamou novamente e a gente já procurando a mesma, até que eu encontrei.
-Paulinha onde você estava? -eu perguntei me abaixando e ficando do tamanho da mesma.
-Eu estava falando com aquela bruxa que sempre vinha na casa do tio Petter -ela falou fazendo cara de nojo e eu estava imaginando quem fosse.
-Por algum acaso ela tem cabelos prateados e olhos azuis e uma cara de dar nojo? -eu perguntei falando as características da Cristina e a mesma concordou com a cabeça- Poderia me dizer onde ela esta para mim afasta-la? -eu falei e a mesma apontou para a parte com arvores desse quintal.
Eu encontrei Cristina encostada na arvore parecia me esperar e a minha raiva subiu de uma hora para outra.
- O que faz aqui? -eu perguntei me aproximando e a mesma desencostou da arvore.
-Só vim dar um aviso a você -ela falou e se aproximou de mim e eu me segurando para não dar na cara dela por um único motivo, eu queria saber qual era o aviso- Eu sei o que aquela pirralhasinha é, e pode ter certeza que irei contar para o Petter, e ele irá mata-la, e como eu sei que a mamãezinha dela vai fazer de tudo para defende-la e morrerá também -ela terminou sorrindo e eu comecei a temer pelas duas, ela descobriu que a Paulinha é uma bruxa.
-Pra que tudo isso? -eu falei e a mesma deu uma risada sarcástica.
-Porque eu sei que com o Petter fazendo isso você ficara com ódio dele e sofrerá pela morte das pessoas que você ama, eu sei que uma pessoa inteligente te ameaçaria a sair daqui e ir para bem longe, mas eu sei que como você é burra não conseguiria ficar longe, pois Petter iria te encontrar, então eu prefiro ver você sofrer, e com você sem falar com o Petter ele ira vir atrás de mim e transaremos loucamente no quarto em que vocês dormiram -ela falou e se transformou em uma loba marrom com manchas bejes- Prepare-se Layla eu farei da sua vida um inferno -ela falou ainda em forma lupina e pulou o muro com facilidade, uma palavra para Cristina, puta, vaca, vadia e filha de uma cadela será que eu esqueci alguma coisa?
-Ela já é, sua cadela mal amada -eu falei e sai dali e comece a pensar o que aconteceria com as meninas, eu não posso deixar mais pessoas morrerem é muita morte para uma pessoa só, e eu amo as duas.
Depois dessa cena eu fui até as meninas e descido não contar para Paula sobre a ameça de Cristina, vai ser muito para a mesma, elas estávamos na cozinha já era três da tarde minha consulta com a doutora Megan era as quatro e quarenta e cinco, mas antes eu tinha que saber onde é o hospital:
-Paula eu vou no hospital daqui da alcateia poderia me mostrar onde é? -eu perguntei e a mesma me olhou confusa e também parecia curiosa.
-Sim claro, anda tendo alguma coisa querida? -Paula pergunta preocupada .
-Eu não ando me sentindo muito bem eu marquei uma consulta com a doutora Megan vou lá hoje -eu falei e a mesma pegou a Paulinha no colo.
-Ah, a Doutora Megan é ótima ela cuidou da Paulinha no hospital é de confiança, que horas é a consulta que você marcou? -Paula peguntou colocando a Paulinha em cima do balcão de concreto.
-As quatro e quarenta e cinco de agora tarde -eu falei e a mesma tirou da geladeira um danone e deu para a Paulinha junto com uma colher e a mesma abriu o mesmo.
-Ta, depois que a Paulinha comer isso aqui a gente vai, essa doutora é bem pontual e tem muitos pacientes, se uma pessoa se atrasa ela pula para outra pessoa -Paula falou e eu concordei com a cabeça.
Depois da Paulinha comer nós fomos andando até o hospital e eu ainda pensava nas ameaças de Cristina e que não era bom esconder isso dela, irei contar depois da consulta, depois da Paula me deixar na frente do hospital ela voltou para casa. E eu entrei era quatro e quarenta e quando deu o horário marcado como Paula disse ela é pontual, a doutora me chamou e eu entrei em seu consultório. A mesma era morena de cabelos cacheados presos com fios caindo em seu rosto e tinha um corpo sem muitas curvas, mas ela é linda:
-Sente-se senhora Layla -ela falou apontando para a cadeira e pegando um papel e uma caneta e eu me sentei- O que a senhorita tem?
-Bem ultimamente eu venho tendo enjoos, vomito muito, minha fome aumentou muito, e eu engordei e o principal ando ouvindo vozes na minha cabeça -eu falo e a mesma anota tudo o que eu falei e depois me olha.
-Você teve o período Fertily mês passado? -ela perguntou, e pensando bem eu não tive o período Fertily mês passado eu estava na alcateia Styllo do Sul.
-Não -eu respondi e ela anotou no papel e depois me olhou novamente.
-Sua menstruação esta atrasada? -ela pergunta e eu percebo que minha menstruação esta muito atrasada.
-Sim -eu falei e a mesma anotou de novo, e a ficha estava finalmente caindo, mas eu não queria acreditar.
-Fez sexo com camisinha? -ela perguntou e eu me lembrei de quando estava tendo meu encontro com Petter, não me lembro de termos usado camisinha naquele dia, e eu neguei com a cabeça- Layla mesmo já sabendo o que você tem vamos fazer uns exames só para confirmar, ok?
-Ok -eu falei e a mesma se levantou, e depois me levou até uma sala onde tinha o ultrassom.
Ela passou o gel gelado na minha barriga e depois passou a maquininha em cima da mesma, com o passar de segundos comecei a escutar o som de batidas de coração e não era só o meu, foi quando eu estremeci. Depois de dez minutos naquela sala, fizemos mais exames e voltamos para o consultório já com os exames. Eu estava super nervosa, a doutora estava olhando meus exames silenciosa e depois escreveu em um papel e me olhou:
-Tenho boas notícias Layla -ela falou e deu uma pausa- Você esta gravida de 2 meses e são gemeos, mas não da mesma placenta, você só esta com falta de ferro no sangue então eu te passar esse remédio aqui que é para a senhora tomar três vezes ao dia antes das refeições ok? -ela falou me dando o papel do remédio com os horários- Alguma pergunta?
-A voz que eu escutei na minha cabeça era o que? -eu perguntei digerindo a informação.
-Eram eles entrando em contato com você, eles parecem ser muito poderosos e também parecem roubar suas forças por isso seu sangue esta tão fraco -ela falou e eu coloquei a mão na minha barriga, eu estou grávida- Bem é apenas isto, mas alguma pergunta querida você parece pálida esta tudo bem?
-Está sim -eu menti, eu estou péssima eu estou grávida e o pai de meus filhos é um monstro- Bem muito obrigada doutora -eu agradeci estendendo a mão e a mesma aceita e assenti com a cabeça.
-Por nada, não esqueça de tomar o remédio tem uma farmácia aqui ao lado e para clientes meus eles dão de graça -ela acrescentou e eu agradeci com a cabeça.
-Muito obrigada mesmo doutora -eu agradeci mais uma vez já próxima da porta e a doutora sorriu e eu sai da sala.
Eu vou ser mãe, eu terei dois filhos, eu sempre sonhei em ter uma família linda com meus filhos meu marido e com a minha melhor amiga, mas ele veio como um pesadelo, meu companheiro é um monstro assassino minha melhor amiga morreu e eu estou presa em uma casa sem fazer nada. Podia ser pior, mas eu acho que o mundo não quer que eu me mate. Eu não irei contar sobre esses filhos para o Petter, por um único motivo, meus filhos não vão crescer ao lado de um monstro, eu irei arranjar um modo de fugir daqui e criar meus filhos longe do mesmo. Obviamente eu não vou levar Paula e Paulinha depois que a Cristina contar a Petter sobre Paulinha Petter vai mata-las, eu não quero mais gente morrendo. Como eu vou fugir? Eu entrarei em contato com o Jaspe e ele me ajudará a sair daqui. Depois de sair do hospital eu fui para a farmácia ao lado eu peguei o remédio e quando estava saindo dei de cara com o Alisson e uma garota ao seu lado e os dois estava discutindo, e quando o mesmo me viu veio até mim puxando a garota que estava emburrada:
-Lobinha o que faz aqui? Está tudo bem? -ele perguntou me dando um abraço e eu assenti com a cabeça e depois olhei melhor a garota ela é negra dos cabelos cacheados olhos castanhos e um corpo curvilíneo acho que é a companheira do Alisson.
- Eai Cachorrão eu estou bem só vim comprar um xarope para a Paulinha... essa é a Ligia? -eu mudei de assunto perguntando sobre a garota estava ao lado dele e a mesma me olhou confusa- Prazer meu nome é Layla.
-Bem estou vendo que esse idiota falou de mim para você -ela falou e eu dei risada a garota e mesmo marrenta acho nos daremos bem.
-Falou muito bem posso lhe garantir, estou feliz por conhecer a garota que aguenta esse ser todo santo dia eu não aguento ele nem uma hora -eu falei e a mesma deu risada e o Alisson ficou emburrado.
-Esse pessoa consegue me irritar todo santo dia -ela falou e eu dei mais risada ainda.
-Pelo único motivo de que u amo te ver irritada fica tão... sexy -Alisson falou se aproximando da mesma e ela fez uma cara maliciosa.
-Pode ter certeza que quando eu perder a paciência você não vai achar sexy ser castrado -ela falou e empurrou ele, mas essa menina é brava.
-Eu sei que vocês me amam -ele falou se achando e eu e a Ligia demos um tapa na cabeça do mesmo- AIH.
-Assim que eu demonstro meu amor por você -falou a Ligia e eu dei mais risada.
-Nossa então você me ama mesmo -Alisson falou puxando-a pela cintura colando seus corpos e pude ver a atração dos dois.
-Aff -ela bufou se afastando do mesmo, ela parece muito comigo em certos pontos.
-Nossa eu quero muito ver no período Fertily o que vai acontecer, pago pra ver esse dia -eu sussurro para o Alisson que me olha e sorri.
-Não é a unica -ele respondeu e ela ficou emburrada e saio batendo o pé- Bem tchau Lobinha tenho que cuidar dessa fera -ele falou me abraçando novamente e eu retribui.
-Tchau Cachorrão -eu falei e vi ele correndo na direção que a Ligia tinha saído.
-OH MOZÃO ESPERA AI -Alisson gritou indo atrás de sua companheira e eu dei risada.
Depois de conversar com Alisson fui para casa e pensando em uma forma de esconder essa gravides e de uma forma de se comunicar com Jaspe, entrei em casa e comecei a procurar Paula ela deve estar em sua casa. Fui até a mesma e encontrei Paula pela primeira vez sentada assistindo filme com a Paulinha, e elas pareciam se divertir bastante:
-Oi Layla -falou Paula me tirando de meus pensamentos.
-Oi Paula -eu respondi e a mesma bateu a mão no sofá dizendo que era para mim se sentar.
-Como foi lá no hospital? -ela perguntou e e u contei tudo que a médica me disse e a mesma no começo ficou feliz, mas depois que eu disse que não iria cria-los perto de Petter ela ficou meio triste e ficou mais ainda depois que eu disse que iria fugir daqui para sempre- Mas como quer fugir Layla?
-Eu irei me comunicar com Jaspe e ele irá me ajudar, mas tem o seguinte, vocês viram comigo -eu falei e ela pareceu ficar espantada.
-Mas por que querida? -ela perguntou confusa e eu dei um suspiro e contei o que a Cristina irá fazer e a mesma desabou no choro eu não queria deixa-la assim me doí muito isso- Meu deus.
-Eu sei entendeu porque eu não posso deixa-las aqui aquela vaca vai fazer as duas morrerem e eu não vou conseguir protege-las-eu expliquei e a mesma chorou um pouco mais- ele é muito mais forte que eu.
-Ok iremos com você eu não deixarei que isso aconteça -ela respondeu limpando as lagrimas e eu dei um abraço na mesma- e eu sei como você pode se comunicar com esse tal Jaspe, tem uma anciã e ela pode conseguir que você fale com ele.
-Ta, quando Petter estiver fora de casa nós iremos, ele não pode desconfiar se não nos... quer dizer matará vocês -eu falei e a mesma concordou com a cabeça.
Assistimos uns filmes infantis com a Paulinha até que deu nove da noite e a Paula iria colocar Paulinha para dormir e a mesma implorou para que eu fosse junto e eu aceitei, fomos para o quarto da Paulinha e eu e a Paula sentamos em sua cama e eu cobri a Paulinha e imaginei como será quando eu tiver meus filhos:
-Mamãe conta uma história para mim dormir -Paulinha pediu abraçando seu urso de pelúcia- Conta aquela da lua e do sol por favor
-Claro minha filha -Paula falou passando a mão no rosto da mesma e então ela começou a contar a história.
"Quando o Sol e a Lua
se encontraram
pela primeira vez
eles apaixonaram-se perdidamente
e a partir dai
começaram a viver um grande amor.
Acontece que o mundo ainda não existia
e no dia em que Deus resolveu cria-lo
deu ao Sol e a Lua o toque final: O BRILHO!
Ficou também decidido
que o Sol iluminaria o dia
e que a Lua iluminaria a noite.
Sendo assim, o Sol e a Lua
seriam obrigados a viverem
separados para sempre.
Abateu-se sobre eles
uma grande tristeza
quando tomaram conhecimento
de que nunca mais se encontrariam.
A Lua foi ficando cada vez mais amargurada
mesmo com o brilho que Deus lhe havia dado
tornando-se cada vez mais solitária.
O Sol, por sua vez havia ganho um titulo
de nobreza, o de "Astro-Rei", mas isso
também não o fez feliz.
Deus então chamou-os e explicou-lhes:
"Vocês não devem ficar tristes, porque agora
ambos possuem um brilho próprio".
"Tu Lua, iluminaras as noites frias e quentes
encantaras os namorados, e seras diversas vezes
motivo de poesias".
"Quanto a ti Sol, sustentaras o titulo de "Astro-Rei"
porque seras o mais importante dos astros
iluminando a terra durante o dia e fornecendo calor
para o ser humano. E a tua simples presença
fara com que as pessoas sejam mais felizes".
A Lua entristeceu-se muito com o seu terrível destino
e chorou dias a fio... Já o Sol ao vê-la sofrer tanto
decidiu que não poderia deixar-se abater, pois teria
que dar forcas a Lua, e ajuda-la a aceitar o que havia
sido decidido por Deus.
No entanto a preocupação do Sol era tao grande
que este resolveu fazer um pedido a Deus.
"Senhor, ajude a Lua por favor. Ela e mais frágil do
que eu e não suportara a solidão ...".
E Deus na sua imensa bondade
resolveu criar as estrelas para fazerem
companhia a Lua.
A Lua sempre que esta muito triste
recorre as estrelas que tudo fazem
para a consolar, mas quase nunca conseguem ...
Hoje Sol e Lua vivem assim ... SEPARADOS.
O Sol finge que e feliz...
A Lua não consegue esconder a sua tristeza ...
O Sol ainda arde de paixão pela Lua ...
A Lua ainda vive na escuridão da saudade ...
Dizem que a ordem de Deus era que a Lua
deveria ser sempre cheia e luminosa ...
Mas ela não consegue isso ... Porque ela e
mulher, e uma mulher tem fases ...
Quando feliz consegue ser cheia ...
Mas quando infeliz e minguante e quanto e minguante
nem sequer e possível ver o seu brilho.
Sol e Lua seguem o seu destino ...
Ele solitário mas forte ...
Ela acompanhada pelas estrelas mas fraca ...
Deus decidiu que nenhum amor neste mundo seria
de todo impossível. Nem mesmo o da Lua e o do Sol.
E foi então que Deus criou o ECLIPSE!
Hoje em dia o Sol e a Lua
vivem a espera desse instante
desses raros momentos que lhes foram concedidos
e que custam tanto a acontecer.
Quando alguém, a partir de agora, olhar para o céu
e vir que o Sol encobriu a Lua, e porque ele se deitou
sobre ela e começaram a se amar.
E esse ato de amor se chama ECLIPSE."
Quando Paula terminou de contar essa historia a Paulinha dormiu e eu amei, achei a história tão linda nunca tinha escutado essa história antes, eu e a Paula nos levantamos da cama bem devagar e saímos do quarto:
- Nossa que história linda Paula -eu falei e a mesma sorriu.
-Essa história roda pela minha família a gerações e eu sempre gostei muito dela -ela respondeu e nós nos sentamos no sofá- Quando tiver os seus pode conta-la também.
-Sério? Obrigada -eu falei e a mesma sorrio e eu olhei para minha barriga e senti alguma coisa- Acho que um deles chutou.
-Ai que lindo, posso? -ela perguntou se podia encostar na minha barriga e eu concordei com a cabeça, e a mesma passou a mão na minha barriga e eu senti algo em minha barriga de novo e a Paula sorriu- Já escolheu o nome para eles?
-Não pensei ainda, tanta coisa vem acontecendo ultimamente acho que eu esqueci dessa parte-eu falei, eu tinha me esquecido dos nomes.
-Tem que pensar bastante -ela falou e eu concordei e a mesma- eu demorei um pouco para pensar no nome da Paulinha.
-Não deve ser tão difícil né? -eu perguntei e a mesma deu risada.
-É que você pensa e um nome depois descobre um nome melhor ainda e fica em duvida -ela explicou e e eu entendi, e a acbei lembrando de quando Paty ficou uma semana pensando em um nome para um peixe que compramos no pet shop e que morreu dois dias depois por ela não ter alimentado o mesmo, pobre Romeu, ele morreu cedo demais.
Depois que eu sai da casa da Paula eu tomei meu remédio, jantei e subi para o quarto e fui para o closet e coloquei meu pijame e me deitei na cama e fiquei pensando em qual nome daria para eles, mas eu teria que saber o sexo primeiro. Será que eles ainda podem se comunicar comigo? Acho que vou tentar falar com eles:
-Oi filhos -eu comecei olhando para minha barriga- aqui é a mamãe falando, bem... eu mal conheço você, mas já amo vocês independente do sexo, só espero e rezo muito que tenham saúde e principalmente não sejam igual ao pai de vocês, não irei falar mal dele para você, pois mesmo eles sendo o que é, ele ainda é pai de você, mas felizmente vocês não vão conhece-lo, por motivos muito ruins. Sabe eu pensei no nome de vocês Valentim e Cauan -do nada eles chutaram minha barriga com força e doeu um pouco- Acho que não gostaram, Sidney e Marley -eles chutaram de novo e eu acho que não gostaram- Vocês são meninas então? -ele deram mais um chute e dessa vez doeu- AIH tabom uma menina e um menino é isso? -eles ficaram quietos e eu acho que isso é um sim- Ok que tal Caleb e Hikari? -eles deram um chute fraquinho e eu acho que isso também foi um sim- Ah gostaram, entendi agora sabiam que Hikari significa brilhante? Pois é... eu sei que os dois serão brilhantes quando nascerem e eu protegerei os dois até que eu morra, eu amo muito vocês ta?
Eu terminei de falar com eles e me deitei direito e comecei a tentar imaginar como os meus filhos serão, mas também pensei em como eu irei sair dessa casa e também em onde Jaspe estaria, mas o que realmente não saia da minha cabeça era onde estava Jaspe quando Petter matava Paty, eu não conseguia entender. Eu estava quase pegando no sono quando escuto o barulho da porta lá de baixo da sala bater e ouço os paços de alguém subindo as escadas, acho que meus sentidos estão apurados, até que os passos param em frente a porta do quarto. E eu sinto o cheiro de Petter o que me conforta, mas eu me trás medo e ódio junto, sinto sua aproximação e fecho meus olhos fingindo estar dormindo, eu estava descoberta na cama até que sinto que Petter me cobre e se aproxima. Ele abaixa seu rosto e da um beijo em minha testa:
-Espero que um dia possa me perdoar -ele sussurra e depois sai do quarto e fecha a porta e uma lagrima cai de meus olhos.
Eu não acho que algum dia posso perdoa-lo ele já me fez sofrer demais, não deixarei que ele faça isso com meus filhos e ele nunca saberá sobre eles, eu irei fugir daqui e levarei as meninas. Será que eu estou fazendo o certo? Claro que eu estou, a partir de agora vai ser tudo pelos meus filhos e a apenas por eles, eu sou mãe agora e eu tenho um motivo para lutar. E será por eles e apenas por eles. Eu amo vocês filhos. Eu estava pegando no sono depois de muito tempo até que ouço algo em minha cabeça:
"Também te amamos mãe"
Eu sorri com e me finalmente peguei no sono onde pode ter tranquilidade