Ela se ajeitou e recostou sua cabeça na janela, me ignorando completamente.
Ela parecia estar longe, então não quis incomodá-la, dava pra ver que ela está bem triste e não iria perguntar nada, até porque se ela quisesse desabafar ou apenas conversar, eu estarei aqui.
Segui as coordenadas do GPS e logo após 25min estava em sua casa. Era um muro bem alto, com cerca de proteção, garagem grande e um portão pequeno. Infelizmente, tive que acordar Cecília.
Henrique: Nós chegamos. Quer que eu guarde o carro pra você?
Cecília: Quero sim. - se ajeitou no banco, olhando atenta ao meu modo de manobrar e colocar o carro para dentro.
Depois de estacionar em uma garagem enorme, que caberia uns 3 carros suave, eu me virei pra ela e a olhei.
Sentia a necessidade de olhar pra ela, poder ter a certeza que ela estava bem. Mas não estava, dava pra se notar em seus olhos, ela é durona, fica tentando guardar sua dor pra si e sofre sozinha.
Cecília não merece essa triste toda, eu mal a conheço mais sei que a sua energia é contagiante, sua felicidade, seu humor parecem ser extraordinários.
Ela quebrou o silêncio entre nós.
Cecília: Obrigada por me trazer! - sorriu lindamente.
Concentra-se Henri, vocês mal se conhecem.
Henrique: Não precisa agradecer só gosto de ajudar no que eu posso. Agora eu ja vou indo. Tem alguém em sua casa, pra tu não ficar só? - ela fechou os olhos, suspirando.
Cecí: Não, minha mãe saiu e só volta amanhã à tarde. - Ela saiu do carro, à segui porta adentro, pois ela me convidou a entrar.
Henri: Eu tenho que ir Cecília, nao posso ficar contigo aqui. Sua mãe pode chegar e achar ruim. - digo, mas com um enorme desejo dela me pedir pra ficar e nos beijarmos. Mas que pensamento ridículo. Ela é minha "aluna" e não temos nada. E novamente, estou me sentindo um adolescente.
Cecí: Já disse, me chame de Cecí. - suspira. - Ela está trabalhando, só volta amanhã à tarde, ou seja, estou sozinha e mal pelo resto do fim de semana.
Henri: Não se preocupe, venho pela manhã te fazer companhia. Se não se incomodar, é claro. - sorrio.
Cecí: Não!!! - me abraça. - Fica. Não quero ficar sozinha, não agora Henrique. Por favor, te imploro. - Acho que ela bebeu demais, está um pouco alterada e bem triste, aliás, ela não me contou o que realmente aconteceu na boate.
Henri: Fica calma, eu estou aqui. - me desvencilhar dela para olhar seus olhos. - Vamos assistir um filme. Que tal terror?
Cecí: Isso era o que eu precisava ouvir. - ela sorriu e subiu as escadas, me sentei no imenso sofá da casa dela e me permitir fechar os olhos e acabei pensando demais.
Eu não posso ficar aqui, mal a conheço. Preciso ir embora.
Tenho muitas responsabilidades para poder perder tempo na casa de uma garota, que por sinal é maravilhosa. Além de ter uma beleza diferente das outras, é simpática, alegre, carismática, tem um ótimo astral e me transmite algo que não sinto à tempo, um calor fora do normal.
O que essa garota fez comigo?
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Me desculpem a demora gatinhas!! Prometo ser mais presente e obrigada por quase 400 leituras, voces são demais!!!! ❤❤
Capítulo dedicado à linda da Anne. Obrigada por tudo amiga 💙💙💙