OLÁ, PESSOAL!
"Será que um dia a Olívia irá atualizar o livro sem atrasos?" reflita1, migos.
Mas, voltando ao foco: desculpa o atrasoooo! CULPEM A ESCOLA!
Esse capítulo ficou grandinho, espero que gostem, e comentem. AAAAH, comenteeeem <333 Estou sentindo falta dos comentários de vocês; opinem, manas sz.
Espero que gostem e perdoem qualquer errinho, escrevi pelo celular e não revisei; agora, fiquem logo com o capítulo e até o próximo <3 *indo comer pão com presunto* Ah, e podem mandar os números de vocês pelo inbox, tem vagas no grupo do livro! : D
Agora, fiquem o bordão mais sem sentido do wattpad:
Âncoras, pipocas, doces e beijocas!
________________________________________________________________________________________
— Como?!
— Eu sei, Mari, parece precipitado e-
— Precipitado? Precipitado?! Tem certeza que esta é a palavra certa?
Eu estava à ponto de explodir; quem ele pensava que era? Ele entrava e saía da minha vida e, de repente, queria me levar pra longe da minha verdadeira família?
— Mari, sente, por favor. Você não está entendendo.
— Sim, eu estou entendendo. Eu estou entendo muito bem. Você simplesmente quer me levar pra longe de todas as pessoas que eu amo; que fazem parte da minha vida.
— Eu também faço.
— Não, não faz. Você acha que pode me comprar com uma porcaria de uma batata-frita? Ser pai vai muito além disso.
Me levantei, furiosa, e caminhei em passos fortes até a saída da Taverna; antes de fechar a porta por completo, escutei a voz do meu pai mais uma vez:
— Só diga que vai pensar nisso.
— Eu já pensei e a resposta é, definitivamente, não.
E, um pouco tonta, saí correndo na direção de casa.
***
Vovó saltou do sofá ao me ver entrar daquela maneira em casa.
— Mari?! Está tudo bem?
Engoli em seco, colocando uma das mechas do meu cabelo para trás da orelha, e me afundei na poltrona da sala, pegando o controle em cima da mesinha de centro e desligando a TV.
Escutei o barulho de uma porta se fechando e logo João Pedro apareceu, parado no meio do corredor, me encarando; suspirei e enterrei o rosto nas mãos.
— Meu pai — argh, isso é tão estranho — Ele quer que eu me mude com ele para o Rio.
— Rio de Janeiro?! — exclamou vovó, sentando-se no sofá.
João aproximou-se e sentou loo ao lado dela.
— É. E, obviamente, eu disse que não.
Vovó deu um suspiro de alívio e eu revirei os olhos, bufando.
— Vó, pelo amor de Deus, você ainda tinha dúvidas?! Nunca, em um milhão de anos, que eu deixaria vocês aqui. Nunca. Vocês são minha verdadeira família, não ele.
— Mari, a situação do seu avô não influenciou na sua decisão, certo?
Mordi os lábios, cruzando os braços.
— O que você quer dizer com isso? Está dizendo que eu devia ir?
— Não, é só que eu acho que você devia dar uma chance ao seu pai.
— Você sabe como ele e a mamãe me tratavam.
— Eu sei, mas...
— Sem "mas". Eu não vou. Ponto final. Pensei que estaria feliz!
— E eu estou, ah, venha cá. — ela abriu os braços e João deu espaço para que eu me sentasse e abraçasse vovó, que começou a alisar meu cabelo — É claro que eu não deixaria o Ricardo te levar; nunca, nunquinha.
— Ah, o nome dele é Ricardo? — a voz de João Pedro me fez sorrir.
Apenas concordei com a cabeça, dando uma pequena fungada.
— É, nunca fui com a cara de nenhum Ricardo, mesmo. — ele deu um sorriso torto e vovó e eu rimos.
Apenas o abracei e senti seus braços rodearem meu corpo, enquanto beijava o topo da minha cabeça.
— Mas hoje mesmo você estava dizendo que eu devia dar uma segunda chance pra ele...
— É, só que eu não sabia que ele tentaria levar a pessoa que eu mais amo nesse mundo para longe de mim. Ah, não. Eu não confio nesse tipo de pessoa.
Senti uma leve vontade de chorar e apenas o beijei, enquanto ele acariciava minhas mãos.
Vovó levantou-se e sorriu, murmurando:
— Vou deixá-los à sós, mas... o que querem comer?
— Uma pizza cairia bem agora, não é? — João me encarou, sorrindo.
Sorri também e virei o rosto na direção da vovó.
— Sim, uma pizza cairia muito bem.
— Então, lá vou eu.
Rimos mais uma vez e eu auspirei, me perguntando como seria se minha resposta tivesse sido um "sim".
*
Após o jantar, vovó foi até a Taverna para terminar de fechar as coisas por lá; vovô estava no quarto, dormindo.
A noite estava fria e as palmeiras balançavam bastante.
Dei uma rápida olhada no celular, mas nem sinal da Bia e do Rafa nas mensagens.
Suspirando, caminhei para fora e me deitei na rede, passando os braços ao redor do corpo por causa do frio.
Alguns minutos depois, João Pedro deitou-se comigo, segurando minha mão, enquanto alisava meu cabelo.
— Eu sei que você ainda está pensando no que seu pai.
— Não! — respondi, dando uma risada — Óbvio que não. Esquece isso, tá? Ele deve ir embora logo, eu espero.
— Certo... — sua voz estava meio rouca, e pude ouvir quando ele engoliu em seco. — Sabe, se eu fosse você, eu aproveitaria esses momentos com seu pai. Você ainda tem um, pelo menos.
Fiquei sem reação por alguns segundos e logo criei coragem para murmurar:
— Seu pai... morreu?
— Ah, sim. Minha mãe o abandonou quando eu tinha apenas sete anos; ele a amava tanto e logo entrou em depressão. Meus tios e minha vó o ajudaram cuidado de mim e administrando remédios e etc, mas ele não aguento e... eu não quero falar sobre como ele morreu.
"Mas eu te entendo, Mari. Eu também tenho uma certa raiva da minha mãe por ter me abandonado; mas, se eu pudesse vê-la de novo, faria de tudo para construir uma amizade".
— J-João... eu não sabia. — respirei fundo — Eu sinto muito. Não deve ser nada, nada fácil...
— Depois de um tempo você se acostuma. Hoje em dia já não dói mais.
Eu não sabia o que dizer. Eu havia escolhido morar em Maré Alta com meus avós, João não teve opção; ele foi abandonado e não havia chance de voltarem por ele.
Suspirei, observando o mar e as estrelas; estava sentindo um embrulho incomum na barriga.
— Mari?
— O que foi?
— Eu te amo. — fechei os olhos por alguns segundos, sentindo o peso daquelas palavras — E se você quiser ir embora, você pode. Eu vou continuar te amando do mesmo jeito.
— Mas eu não quero isso! — exclamei, me irritando, e saltando da rede que balançava levemente — Será que você não consegue entender isso? Que droga! Vocês querem que eu vá embora, é isso?
— Não, Mari, NÃO! — ele bufou, parecendo irritado e chateado — Eu só tô dizendo que você é incrível e vive em Maré Alta desde pequena. Você deve sim conhecer novos lugares, novas pessoas e ter novas experiências.
— Mas eu não quero nada disso! Eu estou feliz aqui! Com você, com a vovó, o vovô, a Lola, a Bia, o Rafa... todo mundo! Eu não quero mudar.
— Mas ninguém disse que você iria mudar!
— É, mas eu estou deduzindo isso. Por que vocês simplesmente não aceitam minha decisão?
— Eu aceito. — João passou a mão pelos cachos, mais bagunçados que o normal naquele momento.
— Então por que não cala a boca e me deixa em paz?! — gritei.
O silêncio repentino logo se instalou e minha respiração ofegante, assim como a da João, podia ser ouvida à distância.
Irritada, olhei para os lados e mordi os lábios, permanecendo em silêncio.
— Por que você está discutindo isso? Por que está insistindo tanto?
— Eu também não sei. — sussurrou em resposta e eu pigarreei, abrindo a porta de casa e já entrando.
— Acho melhor irmos dormir...
— É.
Caminhei para o quarto e troquei de roupa, me jogando debaixo das cobertas, e apagando minutos depois.
***
Quandi acordei, simplesmente não queria levantar. Minha vida estava virando uma rotina entediante.
Ao olhar para o relógio em cima do criado-mudo, soltei um gemido.
Eu era mesmo obrigada à ir para a escola?
Sem nenhuma opção, já me encontrava engolindo qualquer coisa que encontrava pela geladeira.
João Pedro adentrou na cozinha e logo que me viu, correu para um rápido beijo.
— O que foi isso? — perguntei, dando um sorriso minúsculo.
— Só não queria que ficasse com raiva de mim pela noite anterior.
— Não, deixa pra lá. Acho que foi a discussão mais sem sentido que já tive, mas enfim...
— É — ele passou a mão pelas minhas bochechas e suspirou — Vou rapidinho até a pousada que minha avó e meus tios estão, eles vão voltar pra São Paulo hoje.
— Ah, que pena... — forcei uma cara de tristeza.
— Eu sei que por dentro você está pulando de alegria. — ele deu um sorriso amarelo — Me desculpe por tudo que aconteceu, de novo.
— Sem problemas, mas, vamos esquecer esse fim-de-semana, tá? Finge que foi cancelado! — dei um riso fraco e João sorriu abertamente, mais uma vez, mostrando suas covinhas.
— Só vamos salvar uma coisa: a nossa conversa. Sem a discussão.
— Sim, concordo. — mordi os lábios — Aquela conversa me mostrou que eu te conheço tão pouco...
— Você conhece o necessário. Vá por mim, você sabe muitas coisas que ninguém sabe.
— É, como fato de você não saber fritar um ovo.
Rimos juntos e ele olhou para o relógio.
— Tenho que ir antes que a Lola chegue; não faça nada que eu não faria.
Correu para a porta e, antes de ir, exclamei, gritando:
— Vou colocar fogo na casa!
Ri junto dele e logo voltei à prestar atenção na comida, ainda sorrindo abertamente.
O celular vibrou no meu bolso e eu logo achei que era Bia; exasperada, conferia a caixa de mensagens.
Ao ver quem era, soltei o ar.
###
<Malu Priminha: Mari! Oilá!>
<Mari: Maluzinhaaaaaa
Como vc tá? E como vão as coisas no TCA?>
<Malu Priminha: td ótimo :))
E aí em Maré Alta? Aliás,
ainda tem espaço nessa
casa?>
<Mari: estou indo pra escola agr, hehe! E sim, claro q ainda tem
espaço!>
<Malu Priminha: espaço pra mais... cinco pessoas?!>
<Mari: Oi?>
<Malu Priminha: dxa pra lá,
depois falo disso com vc ;)>
<Mari: me explica isso agr,
Marie!>
<Mari: Malu???!>
###
Revirei os olhos, já imaginando ela e mais cinco pessoas (provavelmente a tal da Patrícia, Nathália, Daniel e... Lopes?); seria bom em partes, a vovó estava precisando se animar um pouco.
Ainda pensando, escutei a buzina de Lola e murmurei um resmungo, vendi que não daria tempo para escovar os dentes.
Com um bufo, passei a mochila pelas costas, tranquei a porta e caminhei até o carro.