Capítulo 17 - E agora?
Lauren POV.
Passou uma semana desde o ocorrido no banheiro com Camila, e depois daquilo nosso contato era quase nulo. Dinah dormia no nosso quarto todas as noites e só ia para o seu quando tinha que tomar banho e trocar de roupa, às vezes, nem isso. Eu estava surtando dentro das calças, meu humor estava caótico, eu queria matar quem quer que fosse por me dar bom dia em qualquer lugar. Levando em consideração o meu estado deplorável, fiquei no hotel e deixei que Camila fosse passear sozinha com Dinah, não queria acabar estragando o dia delas.
Eu sabia que Camz não estava muito atrás de mim, mas ela procurava não demonstrar para não magoar DJ. O problema é que eu, Lauren Michelle Jauregui Morgado, não consigo fingir que estou bem quando não estou. Eu sabia que a culpa em si não era de Dinah porque ela não sabia o que se passava ali, mas caralho, foda-se de quem era a culpa, eu só queria dar tapa na cara de quem passasse na minha frente.
Você tem noção de que se trocamos dois beijos desde aquele dia foi muito? Dormia e acordava ao lado de Camila, mas nem cheirar o pescoço dela para sentir aquele cheiro que me levava nas nuvens eu podia. Bem que Vero me disse que depois que fazemos sexo pela primeira vez e continuamos convivendo com a pessoa que nos deu esse privilégio, uma semana sem qualquer contato é o fim do mundo, e acredite, estava sendo. Por falar em Vero, estávamos no telefone desde que as meninas saíram.
: - Jauregui, se eu estivesse ai já tinha dado um soco na tua cara. Está mais grossa que o normal.
Vero disse rindo e resmungando ao mesmo tempo. Bufei enquanto levava uma colher do sorvete de creme que eu comia até a boca. Eu estava comendo no pote mesmo, quem se importaria?
: - EU ESTOU MATANDO CACHORRO A GRITO, VERO. – Gritei de boca cheia, colocando mais uma colherada sem nem mesmo ter engolido a outra. – VOCÊ TEM NOÇÃO DO QUE ESTOU PASSANDO?
Ela soltou uma gargalhada alta me irritando mais do que o normal. Respirei fundo e continuei comendo o meu sorvete.
: - Lauren! – Ela ria. – Cara, sério, essa situação está cômica demais. Você está mesmo surtando.
: - Cômica? Cômica? – Larguei a colher para tirar do meu rosto a mecha de cabelo que se soltou do nó que havia no alto da minha cabeça. – Verônica, eu aposto que você comeu metade de Miami em peso durante essa semana. Não fala comigo, porque eu não estou bem.
: - Comi três. – Disse sincera me fazendo rolar os olhos. – Sendo que duas eu comi ao mesmo tempo.
Engasguei com o sorvete e comecei a tossir desesperadamente, minha mão na minha garganta. Meus olhos estavam cheios de lágrimas, Vero ria divertida do outro lado da linha. Senti vontade de enviar uma bomba por e-mail.
: - Como que é? – Perguntei quando consegui me recuperar. – Você fez ménage?
: - Não existe coisa melhor, Lauren, conselho de Verônica Iglesias pra você.
: - Vai se foder, Verônica, eu não estou transando nem com a Camila, quanto mais com a Camila e mais uma.
Empurrei o pote de sorvete para o lado completamente frustrada e me joguei para trás, deixando minha cabeça cair sobre o travesseiro.
: - Dá o teu jeito, existe motel em Paris. Inventa uma desculpa pra Dinah, faz qualquer coisa, mas acaba logo com esse teu mau humor insuportável.
: - Camila é menor de idade, não vamos conseguir passar nem dá porta do motel, também já pensei nisso. – Lamentei. – Realmente não sei o que fazer.
: - Só posso lhe dizer que enquanto isso eu vou transando aqui em Miami por você, amiga.
Sério que ela disse isso? Sério que ela me deu esse tapa na cara? Rolei os olhos e bufei.
: - Tchau, Vero, não mereço ouvir essas coisas.
Ela ria e eu desliguei o telefone na cara dela por motivos de muita sacanagem com a minha pessoa. Abri os braços sobre a cama e fiquei ali encarando o teto, o Iphone sobre a minha barriga.
: - Por que, Deus?
Fiz biquinho e fechei meus olhos, queria muito dormir um pouco. Estava vestindo uma daquelas cuecas femininas na cor preta e uma regata branca, iria me cobrir pelo frio que comecei a sentir, mas estava com preguiça em nível máximo para puxar o cobertor.
Meu sono já estava quase me jogando na inconsciência quando ouvi um barulho na porta seguido de vozes altas e animadas. Continuei de olhos fechados.
: - Que bagunça, Lauren, parece que passou um furacão por aqui. – Camila comentou sentando-se na cama, eu sabia por que senti o colchão afundar ao meu lado. – E esse sorvete está todo derretido, vai melar a cama.
Suspirei.
: - Tua mãe sabe que você usa cueca, Lauren?
Dinah perguntou rindo se atirando ao meu lado esquerdo. Eu não queria rir, mas acabei não aguentando.
: - Isso é uma cueca feminina para a sua informação, Dinah Jane.
: - De qualquer forma não ficaria menos sexy nem se fosse a masculina.
Abri os olhos rapidamente quando Camz disse aquilo, sua expressão era como se não quisesse ter dito alto, mas acabou dizendo. Estava corada.
: - Isso foi gay demais, Mila.
: - Uhum, muito gay. – Comentei sorrindo de canto.
: - Me deixem, que saco.
Ela resmungou emburrada enquanto levantava da cama, indo para o banheiro e se trancando lá. Dinah era só risadas, eu era só sorrisos. Sim, eu estava sorrindo pela primeira vez em uma semana de desespero.
: - Nós vamos sair hoje à noite, Lauren, nem adianta negar porque eu já estou deixando avisado que você vai. – Ergui a sobrancelha.
: - E para onde querem me arrastar?
: - Mila e eu vimos um Pub aqui perto do hotel, o lugar é legal e aconchegante. Vamos lá hoje à noite.
Virei a cabeça de lado para encará-la.
: - Você e Camila podem entrar? Normalmente Pub’s são +18.
: - Nós perguntamos, esse é +15. Só não podemos ingerir bebida alcoólica, já que eles pedem a identidade antes de entrarmos, e se tivermos entre quinze e dezessete eles colocam uma pulseira vermelha no nosso punho, para que não nos vendam álcool no bar. – Dinah revirou os olhos e eu sorri. Ótimo, só eu bebendo para afogar as mágoas. – A pulseira de quem tem dezoito ou mais é verde, ou seja, sinal aberto para qualquer merda que vier.
: - Já gostei desse lugar. É só falar a hora e estarei linda sobre saltos esperando vocês.
: - Você não vai de salto para um Pub, Jauregui.
A olhei incrédula, sentando-me na cama.
: - E por que não?
: - Porque é um Pub, não uma boate ou uma festa de rico. As pessoas vão confortáveis para conversar e beber, não para manter a classe. – É, ela meio que tinha razão. – E não mete essa de salto pra cima de mim, você está usando cueca e quer colocar moral? Para, eu sei muito bem que você prefere um bom e velho all star.
Senti meu rosto arder e soltei uma risada enquanto a mostrava meu dedo do meio.
: - Cala a boca, por favor.
Dinah me tacou o travesseiro e pulou da cama.
: - Só digo verdades. – Neguei com a cabeça. – Mila, morreu?
Ela gritou e segundos depois Camila saiu do banheiro enrolada em uma toalha. Virei meu rosto na direção da TV para não olhá-la, a situação não estava no meu controle e eu não queria fazer Dinah presenciar sexo ao vivo.
: - Não, estava tomando banho.
Uhum, ela estava mesmo, podia sentir aquele cheirinho gostoso de sabonete misturado com Camila. Ah, céus! Fechei meus olhos e respirei o mais fundo que consegui. A tarde seria longa, mais longa do que eu poderia suportar.
As 21:00 em ponto eu estava sentada sobre a poltrona perto da parede de vidro, arrumada e maquiada, olhando a visão de Paris completamente acesa enquanto esperava as meninas terminarem.
Coloquei um jeans claro rasgado, meu all star preto, uma blusa verde colada com algumas citações e minha jaqueta de couro preta. Deixei o cabelo solto caindo por minhas costas e coloquei meu gorro branco que eu tanto amava. Era daquele jeito que eu gostava de me sentir, confortável e despojada. Meus olhos pareciam mais verdes do que o normal por conta do lápis preto forte ao redor deles, eu tinha certeza que Camila não perderia a chance de comentar sobre esse detalhe em qualquer horário da madrugada que teríamos. Mordi o lábio para esconder a ansiedade.
Meia hora depois ouvi a voz de Dinah atrás de mim, virei a poltrona encontrando-as paradas perto da TV. Encarei Camila de cima até embaixo, ela estava maravilhosa. Seus cabelos presos sobre o ombro esquerdo, um pequeno laço preto onde eles se juntavam. Seu short branco de cintura alta escondia metade da blusa vermelha que ela vestia. Nos pés, sapatilhas lindas na cor preta, onde eu pude enxergar do meu lugar duas pequenas pedrinhas brilhosas do ladinho de cada uma delas. Tão menina e tão mulher ao mesmo tempo. Suspirei enquanto me levantava.
: - Gatas.
Eu disse sorrindo me aproximando. Segurei-me para não beijar a boca de Camila, que estava me deixando de pernas bambas naquele batom vermelho.
: - Olha quem fala, né Jauregui? – Dinah me deu um leve soco no ombro.
: - Gostei da roupa, Lauren, espero que você não me dê trabalho nesse Pub.
Ela me deu uma piscadela com o olho direito e eu sabia que estava me provocando. Ah Camila, me aguarde. Sorri de canto.
: - Eu que terei que cuidar das duas, e já não estou gostando da ideia.
Rimos as três juntas e desviei meus olhos dos de Camila, a tensão de ter seu olhar fuzilando o meu não terminaria em uma boa situação.
: - Vamos parar de fofoca e vamos logo, não quero ficar em pé.
Deixamos o hotel e pegamos um taxi em direção ao Pub. O lugar era maravilhoso, o interior revestido de cores fortes e quentes, vermelho como cor principal. A luz fraca deixava tudo ainda mais aconchegante, as pessoas conversavam animadamente. Ao fundo eu podia ver o bar, mulheres atrás da bancada atendendo os clientes.
Sentamos-nos um pouco afastadas depois de falar com umas quinze pessoas que nos pararam para pedir autógrafo. Nossa mesa tinha um narguilé preto em cima, duas mangueiras e a essência já no seu lugar de lei. Eu adorava aquilo, perdi as contas de quantas vezes virei a noite com Vero fumando narguilé. Deixando claro que eu não fumo cigarros, por mais que eu gostasse bastante de fotos com essa imagem e achasse bastante sexy. Não que eu nunca tenha fumado, não vou ser hipócrita e dizer que não, mas não tinha o hábito.
Sentei no canto e Camz ao meu lado, Dinah na nossa frente. Uma mulher muito bonita e ruiva veio nos trazer as bebidas na mesa, foi simpática e disse que amava nosso trabalho e que enquanto estivéssemos ali, ela nos daria tudo na mão. Quase beijei os pés dela, não estava a fim de levantar mesmo. Ela seguiu as regras da casa e olhou nossos punhos, o meu com a pulseira verde e os das meninas com a vermelha, para o desgosto delas. Logo eu tinha meu corpo de cuba libre na mão, enquanto Dinah e Camila se contentavam com suco de frutas. Eu estava rindo demasiadamente daquilo.
: - Eu posso ao menos fumar isso, né? Ou também não pode para menor?
Dinah perguntou a bela ruiva que nos servia. Os olhos de Camila queimando a minha cara.
: - Pode, só não pode mesmo o álcool. O resto é liberado.
: - Graças a Deus. – Ela disse erguendo as mãos.
: - Bom, meninas, fiquem a vontade. Qualquer coisa me chamem e eu venho atendê-las, aproveitem a noite.
Ela disse sorridente, onde agradecemos da mesma forma antes dela virar as costas e sair. Tomei um gole da minha bebida.
: - Isso está muito bom, pena que vocês não podem provar.
: - Vai se foder, Lauren.
Camila resmungou ao meu lado, me dando um tapa na coxa. Dinah apenas me deu o dedo do meio. Cai em uma gargalhada.
: - Desculpe.
Desculpei-me enquanto bebia mais um pouco. Abri um sorriso quando começou a tocar “Cola” da minha doce e linda Lana Del Rey, música de melodia sexy e envolvente enchendo aquele ambiente de meia luz.
: - My pussy tastes like Pepsi Cola…
Cantei o início da música com um sorriso de canto e Camila me encarou, seus olhos castanhos brilhando em um misto de diversão e paixão.
: - Cara, essa música é intensa. – Dinah comentou rindo. – Isso de gosto de Pepsi Cola, sei lá, o gosto não deve ser tão doce assim.
Ok. Ok Lauren, não comente nada sobre, não Lauren, não abra a sua boca. Era tudo o que eu conseguia pensar enquanto Camz prendia um riso na garganta ao beber um pouco de seu suco.
: - Pergunte ao Siope se o gosto é tão doce para ser comparado ao da Pepsi. – Eu disse rindo enquanto mergulhava meu dedo no copo de cuba libre para misturar o limão. – Quem sabe? Pode não ser doce como a Pepsi, mas alguma doçura deve ter.
Comentei sorrindo levando meu dedo indicador até a boca, encarando Camila que corou violentamente nas bochechas. Eu estava adorando.
: - Siope nunca disse que eu tenho um gosto doce. – Dinah parecia pensativa, sua mão estava em seu queixo e sua testa enrugada. – Será que ele acha ruim? Porque nunca comentou nada, agora estou intrigada.
Eu não sabia o que Siope achava ou deixava de achar, o que eu sabia era que Camila tinha um gosto de dar inveja em qualquer barra de chocolate ou colher de açúcar. Não era o gosto em si que se fazia doce, mas sim o cheiro, o cheiro era levemente adocicado.
: - Sério que estamos falando de sexo oral nessa mesa? – Camila perguntou enquanto puxava a mangueira do narguilé. Rimos. – Então vou opinar. Eu acho que você deve perguntar ao Siope qual é a sensação, Dinah, já que ele nunca falou. Não fique com vergonha, afinal, vocês tem uma vida sexual.
: - Concordo. – Eu disse a encarando.
Peguei o isqueiro que estava ao lado do narguilé e acendi o carvão sobre o abafador.
: - Me dá a mangueira, Camz, me deixa puxar pra esquentar a essência.
Sem hesitar ela me entregou a mangueira, onde eu rapidamente a levei até a boca, sugando do jeito que se suga Coca pelo canudinho. Falando em Coca…
: - Não sei como chegar nele e perguntar isso.
Dinah disse frustrada e eu soltei a fumaça para cima, o gosto gostoso de menta invadindo a minha garganta. Podia sentir os olhos de Camila em meu rosto.
: - Dinah, você sabe como transar, não sabe? – Ela riu alto. – Então também sabe como abrir a boca e perguntar.
: - Minha vez.
Camila disse animada ao pegar a mangueira da minha mão, levando até os lábios e repetindo o meu gesto. Ergueu a cabeça, fechou os olhos e soltou a fumaça pelo nariz e pela boca, sorrindo ao final. Juro pra você que a cena era tão sexy quanto a aquela que vi dela de pernas abertas na minha frente, esperando que eu a levasse ao orgasmo. Ergui meu copo e bebi um pouco, meu cérebro trabalhando para esquecer a abstinência por aquele momento.
: - Me dá essa merda. – Dinah disse irritada pegando a mangueira da mão de Camila e fazendo o mesmo. – Eu vou perguntar isso pra ele na cara de pau mesmo, espero que não escute o que não quero.
: - Dinah, que mal lhe pergunte. – Camz começou enquanto coçava a nuca. – Qual é o gosto que você sente quando… Você sabe, quando faz nele?
A cara de Camila era a mais nojenta que você possa imaginar, sua testa estava enrugava e suas sobrancelhas erguidas. Joguei a cabeça para trás e ri alto enquanto Dinah a encarava pensativa. Hilário demais.
: - É para ser sincera? – Camila fez um sinal de positivo com a cabeça. – Não gosto de fazer. É estranho, na verdade é meio nojento. É uma invasão desnecessária e dá uma ânsia de vomito horrível. Não sei explicar, só sei que fica algo querendo passar pela sua garganta e você faz orando para acabar logo.
Camila arregalou os olhos e eu ri enquanto bebia minha cuba libre pela milésima vez. Ah, Dinah Jane, eu realmente sinto muito por você. Não é como fazer oral em uma mulher, por exemplo. Sexo oral havia entrado para a minha lista de 10+ desde que fiz em Camila.
: - Que horror, meu Deus. Ai, Dinah, eu sinto muito.
Camz riu com o rosto corado. A mangueira do narguilé já estava na minha mão novamente, a fumaça com cheiro e gosto de menta saindo pela minha boca.
: - Eu imagino o seu sofrimento, DJ.
Sorri balançando a mangueira. Ficamos um bom tempo falando sobre aquilo, mudamos o assunto quando me senti acesa demais, já diziam as más línguas que falar sobre sexo da vontade de sexo, e eu já não estava muito legal a semana toda.
Depois de beber dois copos de suco, Dinah pediu licença e disse que iria ao banheiro. Assim que a vi sumir entre as mesas, encostei meu corpo no encosto atrás de mim e me aproximei um pouco de Camila, chegando minha boca perto de seu ouvido para poder sussurrar.
: - Você está linda. Estava morrendo pelo momento que iria poder lhe falar isso.
Ela sorriu tímida e tocou minha mão com delicadeza, olhando-me rapidamente.
: - Não fala assim que eu fico com mais vontade ainda de te beijar.
Sua voz era baixa e rouca, seus dedos correndo as costas da minha mão ao lado de sua coxa.
: - Acredite, eu estou louca dentro da minha roupa para beijar essa sua boca.
Virei a palma da minha mão para cima e entrelacei nossos dedos, olhando ao redor com destreza para verificar se tinha alguém prestando atenção em nós. Não tinha, ótimo.
: - Você me provoca.
Ela riu nervosa mordendo o lábio inferior, tudo isso sem me encarar. Eu sabia que se ela me olhasse, eu estava perto demais para chamar a atenção das pessoas, então era melhor que deixasse seus olhos ocupados com outra coisa.
: - É que eu te amo e estou morrendo de saudades, Camila. – Fechei os olhos e aproximei meu nariz de seus cabelos rapidamente para sentir o cheiro. Camomila. – Não aguento mais não poder te tocar, te abraçar, te beijar. Eu estou enlouquecendo. Eu preciso de você.
Eu ia beijar-lhe o ombro rapidamente, mas pulei para me afastar de Camila quando vi Dinah voltando. Bufei frustrada e ela tirou sua mão da minha, um pequeno bico em seus lábios. Sorri. Ficamos não sei mais quanto tempo ali, o papo estava bom, a música, o narguilé, a minha bebida, tudo. Chegamos no hotel por volta das 2:00 da manhã.
Camila POV.
Caminhamos preguiçosamente pelo longo corredor até pararmos em frente a porta do nosso quarto. Dinah bocejou e esticou os braços acima de sua cabeça.
: - Meninas, vou dormir no meu quarto hoje, preciso dormir sozinha e me esticar sobre a cama o máximo que eu puder.
Eu não sabia se sorria ou se gritava com aquela informação. Escondendo os meus reais pensamentos na cabeça, sorri de canto e suspirei.
: - Como quiser, DJ. – Eu disse baixinho por conta da hora.
: - Nos falamos amanhã, então. Vê se não vem encher o saco muito cedo.
Lauren disse rindo e ganhou um tapa no ombro.
: - Deixa você. – Dinah bocejou de novo. – Bom, até amanhã meninas, a noite foi perfeita.
Aproximou-se e nos beijou na cabeça rapidamente, antes de se virar e seguir para o final do corredor.
: - Boa noite, amiga.
Foi a última coisa que eu disse antes de entrar no quarto atrás de Lauren, fechando a porta com todo o cuidado. Não deixei que ela se afastasse mais e a puxei pela cintura, colando nossos corpos. Lauren soltou um pequeno gritinho de surpresa, o gorro que ela usava nos cabelos foi ao chão quando nossos corpos se chocaram. Suspirei de satisfação, que saudades eu sentia de tê-la comigo daquele jeito. Fazia uma semana que mal nos tocávamos, que não nos beijávamos direito, que eu não a elogiava, já estava ficando louca.
: - Não sei se beijo os pés da Dinah agora ou amanhã, o que você acha?
Eu disse divertida enquanto subia minha mão livre por seu braço. Ela sorriu mordendo o lábio inferior.
: - Eu nem acredito que estamos sozinhas, que será só eu e você essa madrugada. – Lauren ergueu suas mãos e enquadrou o meu rosto, aproximando-se para selar meus lábios. Suspirei. – Que saudades.
Puxei-a pela nuca e grudei nossas bocas, meu corpo vibrando de saudades e amor, muito amor. Suas mãos se enroscaram entre os meus cabelos, sua língua ligeira não perdeu mais tempo e pediu espaço entre os meus lábios, o que eu dei sem hesitar nem um pouco. Gemi baixinho quando nossas línguas se tocaram, aquelas borboletas mais do que conhecidas voando na minha barriga. Lauren beijava tão gostoso, tão gostoso que você sentia vontade de suspirar pelo resto da vida.
Subi minha mão por suas costas quando ela mordeu meu lábio inferior, sugando, lambendo. Ergui minhas mãos e tirei sua jaqueta, deixando com que ela caísse no chão sem me importar. Eu iria levantar a blusa dela quando fui interrompida, suas mãos segurando as minhas e seus lábios ainda sobre os meus.
: - Não, espera. – Ela disse ofegante.
: - Esperar o quê?
Perguntei afoitada separando nossas bocas para olhá-la. Os lábios de Lauren estavam vermelhos pelo beijo e pelo meu batom, um sorriso sacana e os olhos verdes, lindos, diga-se de passagem, me olhando com paixão.
: - Vem cá. – Segurou em minha mão e me puxou para perto da cama. – Senta ai, eu vou fazer uma coisa pra você hoje.
Sentei-me na cama e levei um pouco o corpo para trás, apoiando minhas mãos no colchão.
: - Aé? E o que vai fazer?
Perguntei mordendo meu lábio a encarando de cima a baixo. Ela estava tão linda com aquela roupa, aquela calça jeans rasgada perturbando os meus pensamentos. Logo ela estava debruçada sobre mim, seus lábios roçando-se em minha orelha, me arrepiei toda.
: - Você vai ver.
Sussurrou no meu ouvido e voltou a sua posição anterior. Retirou o Iphone do bolso do jeans que usava, mexeu em alguma coisa antes de conectá-lo a um compartimento embaixo da TV, ligando-a. Em questão de segundos uma música começou a tocar e ela tornou a se aproximar. Sorri de orelha a orelha quando reconheci a canção. Estava começando a gostar daquilo.
: - I know I may be young, but… (Eu sei que posso ser jovem, mas) - Ela disse no meu ouvido quando estava perto o bastante, sua voz rouca me deixando tonta. Ela não estava apenas dizendo coisas aleatórias, o que ela dizia era a letra da música que tocava, e a música era “I’m a slave 4 U – Britney Spears.” - I’ve got feelings too. (Eu tenho sentimentos também)
Tremi intensamente quando a senti morder o lóbulo da minha orelha, sua mão apertando minha coxa.
: - And I need to do what I feel like doing. So let me go and just listen. (E preciso fazer o que eu gosto de fazer. Então deixe-me ir, e apenas escute.)
Sussurrou mais uma vez antes de deslizar a língua pelo pé do meu ouvido, para se afastar no momento seguinte. Eu iria reclamar, mas me calei quando percebi o que ela iria fazer. Ah, caramba! Separei os lábios e arfei profundamente, meu corpo já estava quente como brasa. Ela iria fazer um striptease pra mim, Lauren Jauregui estava prestes a fazer um striptease para Camila Cabello. Eu sei, pode surtar, eu estava fazendo isso naquele exato momento.
Com calma ela se movia no ritmo da música, se movia o caramba, ela rebolava mesmo. Mordi o lábio inferior quando ela começou a subir sua blusa, aquela barriga branquinha ficando exposta aos meus olhos conforme o pano ia saindo do caminho. Ela estava cantando enquanto dançava, aquela voz maravilhosa me deixando louca. Engoli a saliva que se formou em minha boca quando ela passou a blusa por sua cabeça em um movimento lento, seus quadris mexendo-se de um lado para o outro. Meus olhos acompanhavam aquilo tudo atentos, eu não queria perder nenhum detalhe daquela cena, eu a carregaria em memórias pelo resto da vida.
Lauren jogou sua blusa em cima de mim onde eu logo a levei até o nariz, aquele cheiro de mulher me excitando em nível máximo. Girou em seus pés e ficou de costas, o sutiã preto que ela usava deixava um contraste lindo com a cor de sua pele. Seus cabelos caiam livres por seus ombros, fui descendo meus olhos até parar onde queria. A bunda da Lauren era de uma delícia que eu vou te contar, eu realmente não sei dizer quem é que tem mais bunda entre eu e ela, tudo o que posso afirmar é que pagaria o preço que fosse para tirar um proveito daquilo tudo sempre que pudesse.
Rebolando gostosamente ela foi descendo seu jeans surrado por suas pernas, a calcinha preta fio dental me fazendo arfar. Eu estava com tanto calor que tirei a blusa vermelha que vestia de dentro do meu short de cintura alta, passando-a por minha cabeça rapidamente. Quando Lauren virou-se de frente novamente, sorriu ao perceber que eu havia tirado minha blusa, o que a fez morder o lábio inferior.
Sua calça ficou pelo chão, suas mãos subindo de suas coxas para sua barriga, depois para seus seios, subindo mais um pouco até seus cabelos, seus dedos se enfiando entre eles fazendo minha respiração acelerar assustadoramente. Quando aquilo tudo acabasse eu já teria gozado ali mesmo, sentada e sozinha. Seus olhos não deixavam os meus em nenhum momento, o que piorava ainda mais a minha situação. Ela umedeceu os lábios e desceu a alça esquerda de seu sutiã.
: - Like that… (Gosto disso) – Sua voz estava sexy e arrastada. – You like it. (Você gosta)
Com certeza, com certeza eu gosto disso, Lauren, com certeza eu estou amando tudo isso.
: - Now watch me. (Agora me assista)
Desceu a outra alça de seu sutiã quando terminou de falar, levando as mãos até suas costas e o retirando sem rodeios. Mordi o lábio para impedir um gemido de sair por minha garganta quando vi seus seios. Lindos e redondos, seios fartos de mamilos rosados, delicados e convidativos, senti minha boca aguando para prová-los. Lauren fazia de mim uma completa safada aos dezessete anos, e era tão bom ser safada com a mulher que eu amava, com a mulher que fazia de mim a única garota do mundo.
Não estava mais aguentando ficar ali sentada, precisava tocá-la, precisava sentir seu corpo nu contra o meu. Levantei-me da cama enquanto ela rebolava com um sorriso malicioso nos lábios, suas mãos nas laterais de sua calcinha prontas para retirá-la. Levei minhas mãos rapidamente até minhas costas e abri o fecho do meu sutiã, o jogando em qualquer canto do quarto. Estava nua da cintura para cima quando a agarrei pelo quadril, empurrando-a para trás até que tivesse seu corpo imprensado contra a grande parede de vidro.
: - Eu ainda não terminei, apressada.
Ela disse entre uma risada rouca, minhas mãos cravadas em sua cintura para mantê-la no lugar, nossos seios grudados.
: - Pode deixar que eu termino pra você, eu faço questão de tirar a peça que falta.
Minha voz era puro tesão, eu estava explodindo por dentro. Percebi a pele de Lauren arrepiada pelo contato que estávamos tento, suas mãos afoitadas subiram por meus braços até se enfiarem em meus cabelos. Adorava a sensação de ser pega por ali.
: - Vai tirar com carinho e maestria, Cabello?
Sussurrou a centímetros da minha boca, sua língua sambando para fora de seus lábios até que deslizou sobre os meus. Arfei encarando seus olhos, como ela era safada.
: - Com carinho, maestria e safadeza, Jauregui. – Sussurrei de volta, colocando minha coxa entre suas pernas. – Muita safadeza.
Foi a última coisa que eu disse antes de beijá-la com vontade, sugando sua língua para a minha boca sem dar tempo dela respirar. Cacete, que saudades eu sentia daquilo, que saudades da minha Lauren, da minha garota. Desci minhas mãos por seu corpo tocando e apertando qualquer espaço, uma de suas mãos em meu cabelo e a outra na minha bunda, forçando meu quadril para frente criando um atrito delicioso. Separei nossos lábios e desci minha boca por seu pescoço, beijando, lambendo, chupando o ponto de pulso assim que cheguei lá. Lauren gemeu toda gostosa no meu ouvido, senti minha calcinha indo para o inferno mais uma vez naquela madrugada. Peguei suas mãos enquanto beijava sua clavícula e as prendi em cima de sua cabeça contra a parede de vidro. Encarei seus olhos e ela segurou nossos olhares, aquele verde escuro de todas as vezes que nos tocávamos daquela forma.
: - Eu mando essa madrugada, entendeu? - Informei com a respiração descontrolada.
: - Não tenho nenhuma reclamação em relação a isso, amor.
Sua voz falhou diversas vezes no decorrer da frase, me fazendo perceber que eu não tinha mais o que falar. Lambi seus lábios a fazendo arfar antes de descer minha cabeça até seu colo, fui soltando suas mãos devagar para concentrar as minhas por seu corpo, acariciando enquanto deslizava meus lábios até seu seio direito. Lauren tinha a cabeça erguida para trás contra o vidro e a coluna curvada para frente, me dando de bandeja tudo o que eu mais queria. Não hesitei nenhum pouco antes de acomodar seu mamilo direito entre meus lábios, passando a língua por ele em movimentos circulares em seguida.
: - Oh! Camila…
Gemeu enquanto puxava meu cabelo, sua outra mão correndo em uma carícia ansiosa por minhas costas. Adorava ouvi-la falar qualquer coisa enquanto eu a dava prazer, era delirante ouvir o tom de sua voz. Suguei seu mamilo da forma mais lenta que consegui várias vezes seguidas, seu outro seio sendo massageado da mesma forma pela minha mão direita. Quando lhe deixei mais sensível que o normal, passei para o outro fazendo o mesmo, descendo minha mão esquerda por suas costas até tê-la em sua bunda, onde apertei com força. Fui descendo minha boca por sua barriga e me abaixando ao mesmo tempo, contornei seu umbigo perfeito com a língua, distribui beijos por toda a região antes de me colocar de joelhos aos seus pés. Olhei para cima e os olhos de Lauren estavam sobre mim, a visão que eu tinha dali era fodidamente tentadora.
O quarto estava um pouco escuro, a pouca luz que tinha era da TV ligada e da noite de Paris do lado de fora. Subi minhas unhas por suas pernas sem desviar nossos olhares, ia sentindo sua pele se arrepiando por onde meus dedos passavam. Seus lábios estavam separados e seus seios subindo e descendo rapidamente por conta de sua respiração acelerada. Sorri antes de aproximar minha boca de uma de suas coxas, roçando meus lábios para beijar ali logo depois. Lauren gemeu e pegou no meu cabelo, sua cabeça voltando para a antiga posição, erguida contra o vidro atrás dela. Coloquei a língua para fora e lambi desde acima de seu joelho até perto de sua virilha. Fiz o mesmo com a outra e pousei minhas mãos na lateral de sua calcinha. Eu estava tão excitada que sentia-me tonta.
Levei minha boca até seu sexo coberto pela calcinha preta e depositei um beijo onde a umidade se concentrava, gemi junto com ela. Todo aquele cheiro cítrico e feminino me deixava em ebulição, nunca iria conseguir esquecer a primeira vez que provei seu gosto, havia se tornado o preferido do meu paladar. Fiquei deslizando meu nariz por toda a região por longos segundos, queria desfrutar mais do cheiro gostoso que ela tinha, mas Lauren parecia impaciente. Suas mãos estavam nervosas no meu cabelo, seu quadril inquieto na minha frente. Sorri contra a sua pele.
: - Camila… – Resmungou afoita.
: - Sim?
Puxei um pouco sua calcinha e beijei bem abaixo de seu ventre.
: - Não faz assim… – Sorri abaixando aquele pedaço de pano mais um pouco. – Não me tortura.
: - O que você quer, Lauren?
Perguntei-a me fazendo de desentendida enquanto terminava de tirar sua calcinha, deixando seu sexo exposto pra mim.
: - Eu quero sentir você. – Resmungou gemendo baixinho quando ergui a mão e deslizei meus dedos pela pele lisinha daquela região. Isso mesmo, completamente depilada. Por acaso você consegue imaginar isso? É melhor não. – Sentir sua língua. Por favor, amor…
Beijei sua virilha e sorri descendo minhas mãos por suas coxas, arranhando e apertando.
: - Por favor, Camila. Você não sabe o quão sexy é ter você de joelhos nos meus pés. – Suas unhas estavam cravadas no meu ombro. – Para de me torturar e faz daquele jeito gostoso que me levou a loucura na nossa primeira vez. Faz…
Eu estava demorando o máximo que podia só para ouvi-la falar, suspirar. Eu a queria implorando exatamente daquela forma. Estava me deliciando com a cena.
: - Pede com todas as letras, Lauren, me diz exatamente o que você quer que eu faça nesse exato momento.
Provoquei com a boca colada em sua virilha esquerda, minhas mãos na parte detrás de suas coxas. Lauren arfou alto e me olhou, seu corpo tremendo na minhas mãos.
: - Me chupa. – Hiperventilei ao ouvi-la, seus olhos verdes derramados em luxúria. Ela me mataria, aquilo era um fato. – Agora.
Não aguentei mais e deslizei minha língua por seu sexo molhado e quente. Suspirei de satisfação quando ela gemeu alto, estava totalmente entregue a mim, me senti completa. Circulei seu clitóris pequeno e rosado com a língua, subindo e descendo minhas mãos por suas coxas de forma intensa. Lauren gemia e se contorcia encostada no vidro, suas mãos vagando entre meu cabelo, minha nuca, meu queixo, sua barriga, seus seios. Céus! Chupei seus pequenos lábios e usei meus dedos para separá-los, penetrando delicadamente minha língua em sua entrada estreita.
: - Hmmm, Camila… – Apertou meu ombro soltando gemidos cada vez mais altos. – Assim… Porra, desse jeito. Oh!
Percebi que ela iria gozar se eu continuasse com o ritmo, então não diminui nem um pouco, mantive a pressão por mais alguns minutos até que a ouvi resmungar.
: - Eu vou… A-agora. Não para… – As frases se perdiam em sua boca, falar já não estava mais dentro de seu controle. Lauren puxou meu cabelo empurrando o quadril para frente. – Camila!
Gemeu meu nome de uma maneira tão gostosa que eu não aguentei e me deixei explodir em um orgasmo junto com ela, isso mesmo, eu gozei sem nem ao menos ter me tocado. O gemido de Lauren ao gozar foi longo e rouco, seu corpo tremendo intensamente, seu gosto requintado escorrendo entre os meus lábios, descendo por meu queixo e pescoço. Eu estava gemendo sem tirar o contato de minha língua do seu centro de calor, lambendo e chupando desesperada. Meu corpo convulsionando ao sentir os últimos espasmos do orgasmo que me foi dado, apenas apertei as coxas para calar a sensação que estava me impedindo de continuar de joelhos.
Lauren estava quase escorregando pelo vidro quando eu subi por seu corpo, parando em sua boca para beijá-la com saudade. Chupei sua língua e a olhei, suas mãos fracas retirando meu short junto com minha calcinha. Ela agarrou meus seios quando nossas bocas se chocaram de novo, gemi baixinho pela vontade atendida. Meus mamilos estavam doloridos, sua boca descendo pelo meu pescoço, eu tinha que agir rápido para o que queria fazer antes que ela contorna-se a situação.
: - Vem, vamos para a cama.
Separei nossos corpos contragosto e a peguei pela mão, me sentando na beirada da cama a puxando para meu colo, suas pernas em torno da minha cintura. Nos olhamos por um tempo, suas mãos acariciando meu pescoço e eu ergui a minha para afagar o seu rosto.
: - Seus olhos estão mais lindos do que o normal.
Sussurrei, ela sorriu. Desci os dedos por sua bochecha, pescoço, colo, contornei seu mamilo quando ela suspirou e parei com a mão em sua coxa.
: - Eu amo você.
Sua voz rouca e gostosa, seus cabelos bagunçados a dando um ar de mulher.
: - Eu também amo você.
Eu disse com minha boca colada em seu pescoço, dando alguns beijinhos e chupões. Ela se remexeu em meu colo, suas mãos correndo livres em minhas costas. Estava mordendo o lóbulo de sua orelha quando escorreguei minha mão direita até entre suas pernas, tocando seu sexo úmido. Ela gemeu baixinho mordendo o meu ombro.
: - Eu vou fazer uma coisa e quero me diga pra parar se não se sentir confortável, ok?
Eu disse bem baixinho do jeito mais carinhoso que consegui. Ela apenas assentiu com a cabeça, beijando minha bochecha, a curva do meu pescoço, meu ombro. Sorri em êxtase, ela confiava em mim. Estava me sentindo eufórica.
: - Olha pra mim. – Pedi com amor e carinho, usando minha mão livre para colocar uma mecha de seu cabelo atrás de sua orelha. A expressão de Lauren era maravilhosa, suas pupilas dilatadas e seus lábios separados em uma respiração agitada. – Só fica olhando pra mim.
Ela agarrou em meus cabelos e eu beijei sua boca antes de começar a introduzir um de meus dedos bem devagar por sua entrada apertada. Observei com atenção seu rosto mudando de expressão conforme eu avançava, ela estava imóvel sobre mim. Senti algo arrebentando em torno do meu dedo e a ouvi gemer de dor baixinho, onde eu rapidamente grudei nossos lábios para não dar tempo dela pensar no que estava sentindo. Fiquei beijando-a suavemente, apenas por cima, apenas lábios com lábios. Foi como um elástico daqueles que você estica, estica e estica até que ele arrebenta por não aguentar a pressão, essa foi a sensação que eu tive em torno do meu dedo dentro dela.
Fiquei parada esperando que ela se acostumasse com aquela invasão por um bom tempo, me concentrei em beijar seu pescoço e seios, ouvindo-a suspirar e gemer timidamente. Meu coração estava acelerado, eu estava radiante de tanta felicidade, eu sabia que havia acabado de tirar a virgindade dela completamente, que ela era minha de todos os jeitos, só minha. Sorri contra a sua bochecha e suspirei quando ela se mexeu lentamente em meu colo.
: - Mova-se, Camila…
Pediu toda mole, uma das mãos massageando meus seios enquanto a outra estava enrolada em meus cabelos. Ela estava pronta pra mim, finalmente.
Com calma e paciência, levei meu dedo para trás apenas para juntar outro a ele, enterrando-os no calor gostoso que era o interior do corpo de Lauren. Quente e molhado. Gememos juntas com o contato, onde eu comecei um movimento lento de vai e vem com os dedos, com carinho e atenção para não machucá-la.
: - Gostosa.
Sussurrei no ouvido dela quando desgrudei minha boca de seu pescoço, me deixando gemer junto tamanho era o prazer que eu estava sentindo por fazer aquilo. Nunca imaginei que me sentiria daquele jeito. Lauren jogou sua cabeça para trás, minha mão livre apoiada em suas costas, meus lábios e língua grudados em seu seio esquerdo enquanto meus dedos escorregavam para dentro e para fora, ritmadamente e sem pressa. Ela começou a rebolar sobre mim, me puxando pelo cabelo e me beijando com vontade. Nossas línguas travando uma batalha insana por espaço, o barulho de nossos corpos se chocando aumentando todo o prazer proporcionado. Lauren gemia na minha boca sem pudor, sem hesitação, sem frescura. Era só ela e eu fazendo o que aprendemos a fazer de melhor, nos amando sem medo e limite.
: - Mais rápido… – Me pediu completamente perdida em sensações, o suor de seu corpo em movimento me deixando alucinada. – Por favor.
Gemeu mais alto quando aumentei de leve o ritmo, sentindo seus músculos apertarem meus dedos de um jeito insano. Lauren praticamente urrou contra os meus lábios, seus olhos fechados com força enquanto movia-se para frente e para trás rapidamente, gozando nos meus dedos para mim e por mim. O líquido quente melando a minha mão, quase desfaleci.
: - Deus! – Sussurrei ofegante com nossas testas coladas, eu ainda a penetrava e ela ainda rebolava, gemendo. – Amor?
A chamei um pouco sem noção de tudo ao meu redor, minha cabeça girando.
: - Oi…
Ela respondeu fraca, o corpo se acalmando aos poucos.
: - Diz que me ama. – Pedi a abraçando com o braço livre. – Diz.
Ela sorriu preguiçosa, abrindo os olhos e afagando meus cabelos, passando a mão na minha testa suada.
: - Eu amo você. – Sorri com o coração batendo na garganta. – Eu te amo muito, muito, pequena.
Sorri com o apelido novo passando meu nariz pelo dela. Subi minha mão por suas costas, seu cabelo grudado na mesma.
: - Eu não estou aguentando em mim de tanta felicidade. – Confessei de olhos fechados, retirando meus dedos de dentro dela com carinho, subindo minha mão por sua coxa. Lauren gemeu baixinho. – Você foi perfeita.
: - Eu fui perfeita? – Ela riu amorosa me puxando para um abraço, deitando minha cabeça em seu peito, seu coração estava acelerado. – Você foi perfeita, você. Me fez sua de todas as formas, fez eu me sentir a mulher mais desejada do mundo enquanto me tocava. Eu nem sei o que dizer.
: - Não diz nada, só me beija.
Pedi manhosa e ela sorriu antes de juntar nossos lábios em um beijo apaixonado e calmo, apenas para selar com chave de ouro tudo o que vivemos ali naquela noite. Eu não me importava se minha virgindade continuava ali, não tinha pressa para nada, tudo ao lado de Lauren tinha o seu momento certo e o dela chegara. E eu não poderia me sentir mais realizada que aquilo.
Depois de mais alguns beijos e carícias, dormimos de conchinha. O braço de Lauren me envolvendo e seu corpo nu atrás do meu de um jeito delicioso e protetor, eu não queria ter que sair dali nunca. Acordei no dia seguinte do mesmo jeito, sua respiração calma e quente acariciando minha nuca. Sorri e me aconcheguei mais ao seu corpo me mantendo de olhos fechados.
Eu estava quase pegando no sono novamente quando ouvi a porta do quarto abrindo, fazendo com que eu parasse de respirar. Meu corpo tremeu embaixo do cobertor que cobria Lauren e eu da cintura para baixo, eu estava me recusando a abrir os olhos. Depois de um silêncio agonizante, segurei a vontade de chorar de desespero e abri meus olhos, dando de cara com uma Dinah de pé ao lado da porta, imóvel, seu rosto pálido e indecifrável.
: - Droga!
Eu disse para mim com os lábios trêmulos enquanto me praguejava por tudo o que me fosse mais sagrado, por ter esquecido de trancar a porta. O que eu iria fazer? Gritar com Dinah e mandar que ela fosse embora, ou apenas deixar que o chumbo caísse sobre nossas cabeças? Eu não sabia dizer, eu realmente não sabia.