Prazer e Remissão (romance ga...

By NatanCaetano

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::: LIVRO COMPLETO! ::: NÃO RECOMENDÁVEL A MENORES DE 18 ANOS. Quando ingere uma superdose de sedativos pa... More

Sinopse
PRÓLOGO
1 - SALA DE ESPERA
3 - RENASCER
4 - VERDADE
5 - HORA EXTRA (parte 1)
5 - HORA EXTRA (parte 2)
6 - FELIZ ANIVERSÁRIO
7 - PRONTERA (parte 1)
7 - PRONTERA (parte 2)
8 - ACERTO DE CONTAS
9 - CLEMÊNCIA (parte 1)
9 - CLEMÊNCIA (parte 2)
10 - TEMPESTADE
11 - LAR
12 - (DES)ALENTO (parte 1)
12 - (DES)ALENTO (parte 2)
13 - AMOR
14 - CEIA (parte 1)
14 - CEIA (parte 2)
15 - RECOMPENSA
16 - VIRADA (parte 1)
16 - VIRADA (parte 2)
17 - RUÍNA
18 - REMISSÃO [antepenúltimo!]
19 - ADEUS [penúltimo!]
20 - SEMENTE
..:: Comentários e agradecimentos ::..

2 - DESPERTAR

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By NatanCaetano

Atravessei o telhado da minha casa e acordei sufocado quando meu corpo atingiu minha cama feito um míssil. Um grito entalou na minha garganta e meus olhos se arregalaram de pavor. Que pesadelo horrível! Sentei-me no colchão e puxei o ar com toda a força, como se não respirasse há cinco minutos. Olhei para todos os lados e, desta vez, eu estava no meu quarto, acordado. Sim, eu estava acordado, agora eu tinha certeza absoluta—não só acordado, mas eu estava... vivo. Eu estava vivo.

Eu não consegui me matar.

Meu sono desapareceu por completo; eu estava aceso como uma tocha. Eu podia ver a luz de fora entrando pela janela fechada, sentir meu hálito pútrido de quem acabou de acordar, sentir a dor de fome e a náusea no meu estômago, meu coração pulsando contra o tórax, o suor escorrendo pela testa, a bexiga cheia, bem como a pior dor de cabeça que um dia senti. Tudo calmo, silencioso, estático, como se eu tivesse apenas fechado meus olhos e aberto minutos depois.

Antes de tomar alguma atitude, entretanto, ouvi batidas fortes na porta seguidas de chamados pelo meu nome. Sem pensar muito bem, respondi com um "oi".

— Eugênio! Abre essa porta, pelo amor de Deus!

Saí da cama sem muitas forças e minha cabeça rodou. Fui à porta e a abri para ver minha mãe me olhar com a cara mais estarrecida.

— Meu filho! O que foi que aconteceu?! Você tá doente?! Passou o domingo inteiro dentro desse quarto e não saiu daí até agora! Eu e seu pai cansamos de bater aqui, de te ligar, de te chamar e você nada! Já tava pensando que você tinha morrido, que Deus me livre! Quer matar a gente de susto?!

O domingo inteiro.

— Desculpa... Eu não tava me sentindo muito bem, tomei um remédio pra gripe e dormi demais...

— O que você tomou, meu Deus?! Por que não falou nada pra gente? Você ficou dormindo esse tempo todo? Eu vou te levar pro hospital pra ver sua pressão, você não pode tomar remédio assim! Isso faz mal! Você passou um dia inteiro sem comer, sem beber nada! Tá caçando jeito de ficar doente de verdade?!

— Relaxa, mãe, eu já tô melhor... Não foi nada.

— Tsc... Vai tomar um banho e vem comer; a janta já tá pronta. Ô, menino inconsequente!

— Tô indo...

Sílvia se foi e eu fechei a porta. O domingo inteiro no quarto; janta pronta. Eu não morri; eu dormi um dia todo?—Que horas eram?...—O que eu fiz de errado? Eu não devia ter acordado! Não tomei a dose certa de comprimidos? Por que falhei?! Idiota! Incompetente! Nem para tirar minha própria vida eu fui bom o bastante...

Caminhei pelo quarto e abri a janela. Era noite; os postes da rua estavam todos acesos e a claridade me machucou os olhos de uma maneira estranha. Sobre a minha escrivaninha, um recado.

Pai, mãe:

Deixo este bilhete como despedida e esclarecimento. A culpa não foi de vocês; vocês não erraram na minha criação, não fizeram nada que quaisquer bons pais não teriam feito. Também não tive culpa, acreditem, não foi escolha minha.

Não tenho mais motivos nem vontade para continuar, por isso fiz o que achei melhor. Me perdoem.

Eugênio

Li e reli o que eu mesmo escrevera e não consegui sentir nada. Não senti arrependimento, não senti orgulho, não senti pena dos meus pais nem de mim mesmo. Peguei o pedaço de papel nas mãos, rasguei quatro vezes ao meio, amassei e joguei na lixeira. Por quê? Por que eu não consegui?!

Fui ao banheiro, mas não segui a recomendação da minha mãe. Cuspi, esvaziei minha bexiga, escovei meus dentes com as pálpebras ainda pesadas; deixei o banho para depois. Precisava jantar, que meu estômago estava urrando. Desci à cozinha e me sentei à mesa. Lá, continuamos a conversa que eu tive com minha mãe minutos antes, e Álvaro, é claro, não perdeu a chance de continuar com a sabatina e mostrar sua preocupação comigo e com o fato de que eu precisava voltar à terapia, porque passar mais de dez horas dentro do quarto não era normal. Meneei a cabeça afirmativamente e não me engajei na conversa; não estava disposto a dialogar àquela hora; eu acabara de voltar de uma tentativa de suicídio secreta e frustrada afinal, precisava de algum tempo de silêncio para tornar a mim e me reestabelecer.

Precisei me certificar de que tudo que disseram era verdade. Na parede da cozinha, os ponteiros do relógio se moviam em ritmo normal: oito e dezessete da noite. A TV ligada na sala narrava o noticiário nacional. Sim, estávamos no domingo... 18 de agosto de 2013. Não era possível. Não era possível que aquilo havia sido um sonho, uma experiência de quase morte. Foi tão, tão real!... Mas eu estava acordado, sim, e a vida estava acontecendo. Estávamos jantando, o relógio estava caminhando, eu podia ver minhas mãos, minhas pernas, sentir o ar correndo pelos meus pulmões, meu coração bombeando sangue pelas minhas veias, tudo nitidamente. Eu estava vivo, muito vivo, sentindo todas as dores do meu despertar.

Aquela foi uma noite passada em claro. Depois do jantar, voltei para o meu quarto, tomei um banho necessário, naveguei pela internet por algum tempo e depois voltei para a cama, onde permaneci por mais horas e horas, virando de um lado para o outro, vendo os marcadores do rádio relógio fazerem a curva do tempo e concretizarem a passagem da noite para o dia.

Primeiro cantou o galo, depois os pássaros, depois nasceu o sol, depois os sons da rua foram se manifestando, depois acordou Sílvia, e Álvaro, e a casa se fez viva. Logo eram dez da manhã. Minha madrugada transcorreu à base de cochilos rápidos, que não me cansaram nem descansaram. Eu estava abalado, irrequieto; em choque, querendo tentar parar de pensar; e eu tinha muito, muito pensamento para colocar no lugar; tinha de reconfigurar meu sistema, que estava em pane. Mas eu não conseguiria fazer isso dentro de casa; precisava sair um pouco, ver outras caras, me desintoxicar. Em virtude do feriado da Independência, caído naquela segunda-feira, a única coisa que me restava era ir ver o desfile na Praça da Independência, que ficava a poucas quadras de onde eu morava.

— Vai aonde? — minha mãe perguntou quando me ouviu trocando de roupa.

— Vou dar uma volta, assistir o desfile; tô entediado.

— Ah, finalmente, né?! Depois de passar dois dias dentro desse quarto, tem mais é que sair de casa mesmo!

— Eu sei...

Não estava a fim de me justificar. Nunca estou. Dava um desconto à minha mãe por ela ser minha mãe, mas, ainda assim, às vezes ela me irritava. Gratuitamente.

Coloquei qualquer roupa e fui. Peguei uns trocados dentro da gaveta para comprar um saco de pipoca, uma lata de refrigerante e ficar quieto, na minha, olhando o desfile, as pessoas, as vidas todas diferentes da minha. E era impossível não reparar nos pequenos grupos de tamanhos distintos que se formavam ao longo dos blocos de chão. De um lado, pais com óculos escuros com filhos pequenos nos ombros; estes se deliciando com o desfile, aplaudindo sem saber o que se passa. Na rua, pessoas de patriotismo duvidoso desfilando e fazendo coreografias bem ensaiadas ao som de uma fanfarra de instrumentos estridentes e tão altos!... De outro, velhinhos com bonés enfeitados com a bandeira de Lúnia. Os ambulantes, pequenos comerciantes, vendedores de picolés, de itens decorativos, de algodão doce, de souvenires, todos por toda a parte.

À margem disso tudo, eu, incolor, insípido e inodoro, analisando as compleições de toda aquela multidão de desconhecidos sem saber qual era meu papel no mundo. Cada um ali parecia ter uma função muito clara. O casal de velhinhos certamente era avô e avó de uma criancinha por aí; os pais eram instrumento da alegria dos filhos; a passeata trabalhava em nome do Estado; os vendedores queriam ganhar um extra... E eu? Qual era minha função? A que propósito eu servia? Nada, nenhum; estava ali preenchendo um espaço desnecessário, acrescentando setenta e cinco quilos de peso morto ao planeta.

Na mesma direção que eu, curiosamente, parecia haver outro rapaz vítima da mesma sina que a minha. Meus olhos errantes esbarraram nos dele por acaso e paralisaram por um segundo. Depois se afastaram e acabaram retornando umas quatro ou cinco vezes, duas ou três das quais foram fitados em retorno. Era um cara normal em todos os sentidos; nada nele era muito bonito ou muito desproporcional ou muito inédito. Era um rosto comum num corpo comum, em pé no banco de concreto segurando uma lata de Coca olhando a passeata. O que mais me chamou a atenção foi o fato de ele ter retribuído meu olhar. É óbvio que meu olhar não é algo assim tão singular, afinal são tantas as pessoas a quem eu olho—não precisa de muito para chamar minha atenção—; raro era me olharem de volta. E ele olhou. Mais de uma vez.

Não me envaideci. O feio e o ridículo também chamam a atenção. Saí de onde eu estava e fui para outro ponto, onde eu não podia vê-lo, e me lembrei outra vez do motivo que me levou a querer acabar com aquela brincadeira sem graça chamada Vida. Minhas aventuras sexuais e sentimentais começavam e acabavam, todas, assim; uma troca ou quase-troca de olhares furtivos em um lugar público, um desencontro e fim. Nem por dinheiro eu tomaria a iniciativa de abordar alguém e perguntar o nome ou pedir o número do telefone, por exemplo, como centenas de milhares e milhões de pessoas no mundo fazem regularmente sem o menor embaraço. A rejeição era resposta pré-estabelecida para mim e eu me empenhava ao máximo para não ter que escutá-la.

***

Do incidente no meu quarto, foram-se cinco dias, durante os quais minha vida seguiu em modo stand by. Acordei cedo, fui ao trabalho, dei de cara com Viriato nos três dias de trabalho, ele foi o filho da puta que ele sempre é os três dias, fiz meu serviço em silêncio, ouvindo música baixinho, para não incomodar ninguém; não procurei pornografia, não fui ao banheiro me masturbar, não senti vontade de matar ninguém. Da mesma maneira, fui à faculdade, assisti a todas as aulas, não matei nenhuma delas. Nunca fui o melhor aluno em nada, então era de bom tom que eu me esforçasse e estudasse pelo menos um pouco para passar com uma nota pelo menos um pouco acima da média. Meus colegas de turma estavam os mesmos, Cláudio estava o mesmo, me ignorando em todos os aspectos, a namorada dele também estava a mesma (eu a via durante o intervalo, quando eles estavam sempre juntos protagonizando as mais desnecessárias demonstrações públicas de afeto). Tudo estava o mesmo, só em mim havia algo diferente.

Eu não sentia nada.

Durante esses cinco dias, eu não senti nada. Minha cabeça, meu cérebro começou um processo involuntário de formatação; foi como se todas as minhas emoções, todos os meus demônios, todas as minhas angústias, todos os meus dramas, toda minha fraqueza, minha pequenez, minha falta de autoestima, minhas vontades, meus rancores, tudo, tudo, foi como se tudo tivesse sido apagado e substituído por uma página em branco. Branco absoluto, sem brilho, sem manchas. Eu não sentia tristeza, não sentia alegria, não sentia tesão, não sentia nada, nada; tornara-me uma espécie de máquina de carne e osso e coração, um coração morno, que não ardia nem gelava.

Até que essas páginas em branco do meu pensamento foram começando a se preencher com linhas tortas, ideias raras, pequenas, bobas, incomuns para mim. Acontecia uma espécie de reparação emergencial do sistema: meus códigos estavam sendo redefinidos sem minha demanda. A mera ideia de que, há cinco dias, eu tentara tirar minha própria vida, por exemplo, parecia tão ridícula, tão mesquinha!... Eu começava a me achar um idiota, mas por motivos outros: não por ser como eu era, mas por me permitir ser como eu era.

Noutra noite, enquanto me banhava, tornei a imergir em questões existenciais. A água escorria pelo meu corpo e o ruído contínuo da resistência do chuveiro em funcionamento me levou de volta ao sonho que eu tivera na madrugada de sábado para domingo. Eu estava em um prédio altíssimo, em uma sala escura e avermelhada conversando com um homem que dizia ser a Morte... Ele sabia que eu tentara me matar e dizia que tinha um acordo a fazer comigo... Eu devia voltar à vida e me livrar dos meus demônios... Mas que tipo de sonho era aquele? Meu subconsciente realmente funcionava de forma muito tétrica. Eu sabia que era um pesadelo e só queria acordar, por isso aceitei o acordo e imediatamente comecei a cair, cair, cair... até cair de volta no meu quarto.

Por que eu aceitei o acordo? Queria conseguir controlar melhor minhas ações nos meus sonhos. Se eu tivesse conseguido agir de forma mais deliberada, eu jamais teria aceitado voltar; naquela hora eu queria mais era acabar com a minha vida de uma vez por todas. Mas aí a Morte disse que pessoas que nem ele nem eu sabíamos quem era não mereciam passar pelo sofrimento da minha... Do que ele estava falando? É como se existisse um "Banco do Merecimento" onde as boas e más ações das pessoas ficam registradas para serem consultadas nesse tipo de situação?... De onde meu cérebro tirou isso? Eu nem nessas coisas acreditava... Deus, "A Ordem"... Deus não tinha nada a ver com isso, tenho certeza; e tenho certeza que Ele me entenderia se eu morresse.

Mas as coisas que aquele homem falou, mesmo sendo fruto da minha imaginação, faziam tanto sentido... Eu realmente me coroara com o título de perdedor e não fazia nada para abdicar dessa coroa. Eu desistira da terapia há tempos, nunca conversava com ninguém sobre os meus problemas; sempre internalizava tudo que me machucava, que me magoava... Não saía de casa se não fosse para trabalhar ou para ir à faculdade, não procurava criar laços com as pessoas, não gostava de criar laços com as pessoas... Eu deveria tomar uma atitude, tratar de mudar isso; a Morte estava certa afinal! Eu tinha uma vida boa; minha mãe era enfermeira, meu pai, professor em uma universidade de prestígio; eu não tinha um pintinho para cuidar, gastava meu dinheiro só comigo mesmo... Tudo que eu fazia era uma auto-sabotagem inexplicada, infundada, corrosiva.

Tomei banho em monólogo interno ininterrupto, ainda, dias depois, abalado por aquele pesadelo. Aquilo deveria ser alguma manifestação do meu arrependimento... Eu não estava mesmo disposto a morrer afinal; eu só queria uma chance de ser feliz, de fazer as coisas que eu queria... Eu só queria ser notado, ser gostado, mas isso nunca aconteceu porque, no final das contas, eu não gostava de mim mesmo... O acúmulo de frustrações, de decepções, de desejos proibidos, de vontades imorais, de auto-privação... Tudo isso culminou em um ódio velado por mim mesmo, que me afastava de tudo que era bom. Isso não podia estar certo, não podia ser assim! Eu tinha que mudar!...

Antes de me vestir, parei de frente à porta do meu guarda-roupa e me encarei no espelho por pelo menos dois minutos. Olhei-me para dentro da minha própria carcaça; vi refletido no vidro o Eugênio que eu era, e concluí que aquele Eugênio era absurdamente avesso ao Eugênio que eu queria ser. Olhei-me mais, com cuidado, nu da cabeça aos pés, escaneando cada contorno do meu corpo, da ponta do fio de cabelo mais eriçado ao dedão do pé.

Meu cabelo era escuro, normal; mas precisava de um corte mais definido. Meus olhos... Meus olhos não eram azuis nem verdes, eram só castanhos, mas tinham um formato bonito; eram os olhos da minha mãe. Meu nariz. Por que eu implicava tanto com o meu nariz? Ele não era tão feio assim; era um nariz romano, como li uma vez. Tom Cruise tem um nariz assim. Bradley Cooper também. E Daniel Radcliff. Por que eu achava feio só em mim?... Minha boca também era normal, e meu sorriso era até bonito quando eu sorria, graças ao aparelho que usei na adolescência. Meu rosto não era feio. Eu não era feio, só estava... desorganizado. E magro, talvez magro demais. Mas, levando em conta minha altura, era um magro regular, não um magro de causar espanto. Eu não tinha muitos pelos pelo corpo, só os pubianos, que eu aparava pouquíssimas vezes porque... bem, não era como se alguém além de mim fosse vê-los. Meus pés não eram monstruosos, minhas orelhas não eram de abano, minhas sobrancelhas não eram uma monocelha, minhas unhas estavam cortadas e eu gostava muito das minhas mãos.

Moral da história: não havia virtualmente nada errado no meu corpo. O problema só existia dentro da minha cabeça. E foi me olhando nu no espelho que admiti em pensamento sonoro que havia algo muito errado comigo, e que eu estava olhando direto nos olhos da única pessoa que poderia mudar isso.

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