Desaparecida entre os Sete Pe...

By aguithaLAR

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Uma mulher rica e poderosa. Filha de um dos maiores bilionários da America do Norte. Considerada uma das mulh... More

CONSIDERAÇÕES INICIAIS
¨ Prólogo ¨
¨Capítulo Um ¨
¨ Capítulo Dois ¨
¨ Capítulo Três ¨
¨ Capítulo Cinco ¨
¨ Capítulo Seis ¨
¨ Capítulo Sete¨
¨Capítulo Oito ¨
¨ Capítulo Nove ¨
¨ Capítulo Dez ¨
AVISO
° Capítulo Onze °
° CAPÍTULO DOZE °
•• Capítulo Treze ••
•• Capítulo Quatorze ••
°° Capítulo Quinze °°
°° Capítulo Dezesseis °°
¨ Capítulo Dezessete ¨
°° Capítulo Dezoito °°
¨ Capítulo Dezenove ¨

¨ Capítulo Quatro ¨

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By aguithaLAR

                                            Quatro meses antes – 01 de setembro de 2016.

                                                                                                      

                                                     Em algum lugar nas avenidas brilhantes.


Uma mulher encontra-se dentro de um camarim sentada em um pufe de cor âmbar, enquanto termina sua maquiagem.

A sombra em seus olhos é bem escura e marcada, tendo um delineado bem feito; seus cílios possuem uma grande quantidade de máscara, deixando-os ainda mais longos do que já são. Seu batom é de um vinho bem vivo, demarcando seus lábios grandes e finos. Sua beleza sempre foi motivo da inveja de muitas mulheres, que a odiavam por isso.

Ela ajeita sua peruca – desta vez ela usa uma de cabelos bem brancos. Os fios chegam à altura do seu cóccix. Ela caminha até um armário e abre as portas, pegando ali dentro uma máscara preta, que possui vários desenhos se formando em seu rosto, e pequenos brilhantes enfeitam ao redor dos olhos e em pequenos pontos acima da testa. Com a máscara e os longos cabelos brancos ela fica irreconhecível.

Ao se sentar novamente, a porta se abre revelando uma mulher baixa de pele bronzeada vestindo um pequeno vestido justo ao seu corpo magro. Seus cabelos castanho-escuros estão soltos em ondas sobre o seus ombros. Sua maquiagem marca bem seus traços delicados. Ela calça saltos bem altos, que a deixa sexy com todo o conjunto da roupa.

— Você está magnífica. Deixe-me te ajudar com isso ai. — a mulher recém-chegada a elogia, dando-lhe um sorriso amoroso e indo ao seu encontro para ajuda-la com a máscara.

— Obrigada Anna. Você está uma gata, amiga. Quem vai ser o próximo dessa vez? — A mulher de peruca pergunta, divertida.

— Ninguém, madame. Agora pare de brincadeira e vire-se.

Ela ajeita seus cabelos e pega à máscara colocando-a em frente ao rosto da mulher, e amarrando com as fitas pretas atrás de sua cabeça.

— Levante essa bunda grande daí que o show vai começar.

As duas caminham por um extenso corredor com a iluminação baixa, onde luzes neon nas cores verde, azul e branco dançam, se cruzando pelo espaço. Elas param atrás de uma longa cortina preta e esperam.

— A tão esperada noite chegou. Senhoras e senhores, eu lhes apresento: Safira Negra! Bem vindos ao Clafix Blay!

O homem some, e de repente as luzes se apagam.

A mulher de peruca e máscara adentra o palco. Uma fraca luz branca ilumina o centro revelando um mastro de pole dance. Ela caminha de cabeça baixa, tocando com uma das mãos o mastro, até que levanta a cabeça e se posiciona em frente a ele, começando uma dança sensual ao mesmo tempo em que a música ao fundo se inicia. Ela segura o mastro no alto com as duas mãos levemente afastadas, e gira, levantando seu corpo, e caminha no ar. Logo girando seu corpo de cabeça para baixo posicionando suas pernas cruzadas no alto, enquanto ela desce suas mãos pelo seu corpo.

Aqueles que a observam estão petrificados olhando a desenvoltura com que ela realiza o seu show, e o movimento magnífico de seu corpo naquele objeto. Alguns homens a olham com ganância e desejo. Eles a querem. Eles possuem a necessidade de desvendá-la. Eles desejam Safira Negra.

Ela continua sua performance, arrancando assobios e palmas. Levando todos ao delírio. Levando muitos a insanidade. Ela os olha, os faz sucumbir ao próprio desejo. Ela os comanda. Ela suga suas almas com sua beleza, como uma feiticeira. Ela não imagina o poder que tem sobre eles, os que a veneram como a uma deusa.

— Ela os deixa enlouquecidos. — um homem – alto, com os braços tatuados e olhar penetrante – diz enquanto a olha.

— Ela é uma mina de ouro para nós, chefe. Você tem sorte de ter ela dançando aqui na Clafix. — outro homem um pouco mais baixo fala.

— Sorte eu terei quando a tiver para mim, quando enfim eu tiver tudo dela.

Ele olha fixamente para cada movimento que ela faz, acompanhando seus gestos e todos aqueles que a observam com malícia. Nenhum daqueles abutres conseguiria tê-la, mas ele sim. Custe o que custar.

Ela continua seu espetáculo retirando de todos, no final, saudações, palmas e assobios, e como em todas as outras noites, convites para uma noite de prazeres. Mas ela é proibida. Ela é a estrela da alta árvore de natal que Pollux protege. E ela, ao entrar naquela boate, dissera que apenas dançaria e nada mais.

Retirando sua peruca e sua máscara, ela sorri pra si diante de sua imagem no espelho. Ela está onde se sente em paz, onde ela pode ser como todo mundo. Quando ela já havia retirado toda a maquiagem e se trocado para enfim ir embora, a porta é aberta revelando um homem atraente e sedutor.

— Pollux, que surpresa. — ela fala sorrindo.

— Não podia deixar de vir aqui lhe dar os parabéns. Você foi maravilhosa, querida. — ele diz com um sorriso sedutor nos lábios.

Ele se aproxima e toca seu queixo com indicador.

— Você estava linda.

Ele murmura com os olhos vidrados de desejo em sua direção. Ela pode ver nitidamente as pupilas dilatadas dele, mas ela não o deseja. Tem muito respeito por ele ter aberto as portas do seu estabelecimento, guardando sua identidade, mas no fundo ela sempre sentia uma onda de medo percorrer seu corpo cada vez que o via olhando-a.

Ela não era boba: ela via olhares dele em sua direção quando estava se apresentando, era quase pior do que os outros homens ali. Mas ela não ligava, ela se sentia – sente – bem estando ali, dançando. Fazendo algo que ela amava.

— Obrigada, Pollux. Mas agora preciso ir. — ela diz se afastando delicadamente.

— Claro. Se quiser, eu posso pedir a um dos seguranças que te deixe em casa.

— Não precisa, estou bem. Agora me deixe ir. Ainda tenho que me despedir da Anna.

Ela sai, deixando-o para trás com os punhos cerrados de ódio.

— Você ainda será minha, e quando esse dia chegar, vai se arrepender por me desprezar assim.

Ela caminha sorridente até encontrar sua amiga atrás do balcão, preparando bebidas.

— Manda uma vodca com energético e bastante limão, gata.

Ela se senta em um banquinho ali, e gira, observando o lugar. As luzes roxas, rosas, azuis e laranja cintilantes; mulheres dançando em alguns cantos; garçonetes de maiôs e vestidinhos curtos; em alguns pontos podem ser vistas estalactites de vidro que deixam qualquer um deslumbrado. Este não é um lugar baixo, mas um lugar onde você pode esquecer seus problemas e ser quem quiser. O lugar possui algumas salas para quem quisesse fazer sexo com suas parceiras, ou até mesmo algumas das dançarinas e garçonetes. Ali, todos são livres.

— Aqui.

Ela gira no banquinho, e vira o copo de uma vez, sentindo a bebida descer queimando sua garganta, enquanto seus ouvidos são aquecidos pela música alta. Uma batida maravilhosa de Major Laser faz os copos vibrarem, corações saltarem e corpos pularem. Ela quase podia ver as veias em cada corpo ali, saltar e dançar conforme a batida da música surgia. Corpos se esfregando. Mãos possuindo lugares proibidos. Risadas e suspiros.

— Estou indo gata. Amanhã te ligo tá. — Ela diz pra amiga atrás do balcão.

— Boa Sorte, Ber.

Ela sai pela saída dos fundos, sobe em sua moto e dirige rapidamente chegando em minutos em sua casa. Ela estranhou não ver seu amigo ali na parte de trás da casa, em um ponto onde quase ninguém poderia vê-la saindo e entrando. Ela guardou sua moto na garagem com cuidado e entrou na mansão a passos lentos. Tirou o salto e foi até a cozinha beber um copo de água. Andando em direção as escadas ela passa pelo escritório do pai e ouve algo que a deixa brava.

— Contratei um novo segurança para estar no seu lugar. Eu sei do seu relacionamento com minha filha. Não acho certo, mas não vou me meter nisto. Vocês são adultos e sabem o que fazem, mas isso pode misturar as coisas, e eu decidi que o melhor será colocar uma pessoa que não tenha vínculos com ela. Amie precisa de limites, eu não sei por onde minha filha anda, o que faz... Minha posição na sociedade me trouxe muitos inimigos, e ela não tem freios.

Amie podia sentir a preocupação e precaução na voz do seu pai, mas ela sentia raiva por toda essa situação. Ela não queria mais viver como um bicho enjaulado. Ela só queria poder sair na rua e ser uma mulher normal, sem ter que se preocupar com quem pode atingi-la.

— Você não pode fazer isso pai. Não pode.

Ela fala ao entrar de uma vez na sala ampla. A porta se choca com a parede fazendo um barulho alto, assustando os homens lá dentro.

— Eu sei o que você acha, querida. Mas se trata da sua segurança, meu bem. Eu já engulo suas saídas misteriosas, sem reclamar, porque se eu quisesse, eu descobriria agora mesmo o que faz.

Ela engole em seco, sentindo uma forte pressão em sua garganta. Seu pai não pode descobrir, ele viraria as costas se soubesse que sua filhinha é dançarina em uma boate. Mesmo amando o que ela faz, ela não suportaria ver a decepção nos olhos do pai.

— Tudo bem, pai. Meu único objetivo é sempre aceitar suas ordens. Mas não acho justo despedir Alec, só porque tivemos alguma coisa. Ele é meu amigo, um irmão para mim. Eu assumo a responsabilidade, mas não faça isso com ele, pai. — Ela pede em súplica ao homem, que a olha com amor e adoração.

Mesmo sua menina sendo desajuizada e irresponsável às vezes, ela possui um coração de ouro como o da sua mãe.

— Amie, por favor, não complique as coisas. Não me faça perder a paciência com você outra vez por causa do mesmo assunto. Além do mais, eu não disse que iria despedi-lo, apenas falei que alguém iria substituir o cargo dele, mas isso não significa que ele não tenha outro trabalho.

— E que seria...? — ela pergunta.

— Alec, você ficará encaminhado da segurança das minhas outras filhas.

— Se lascou, garanhão. Se comigo já era ruim, com aquelas pestinhas então.

Ela faz um gesto com a mão, como se abanasse o próprio corpo.

— Não fale assim das suas irmãs Amie. — seu pai a repreende, mas mantém um sorriso no rosto.

— Já que está tudo bem então, vou dar um pulo no quarto das duas. Amo vocês, boa noite.

— Amamos você também. — os dois falam juntos, arrancando uma risada baixa deles.

Ela entra no quarto e vê as luzes apagadas, mas então se joga em cima das irmãs mais nova na cama e grita, fazendo as duas pularem de susto.

— Você quer matar a gente do coração maluca? — Hil diz, ao acender a luz do quarto com os cabelos bagunçados, e o rosto inchado pelo sono.

— Não bobinhas. Venham aqui quero um beijo de cada uma.

Elas pulam em cima da irmã mais velha e atacam com beijos e cosquinhas, arrancando altas risadas.

— Que bagunça é essa aqui?

Uma voz grossa ecoa pelo quarto fazendo as garotas pararem.

— VOVÔ! — As três gritam ao mesmo tempo em que correm em sua direção, o abraçando forte. Os quatro caem no chão rindo.

— Que saudades das minhas bonequinhas.

— Nós também vovô. — Callie, a neta mais nova, fala ao beijar seu rosto.

Amie levanta do chão e puxa as duas delicadamente.

Ela olha em seus olhos e percebe que somente ele o entendia, que a apoiaria sem pedir explicações. Era disso que ela precisava: de alguém em quem apoiar, mas que não a encheria de perguntas que ainda não poderia responder.

— Saudades do senhor, vovô. — Amie diz ao se aconchegar em seus braços.

— Também estava minha pequena safira.

Naquela noite ela teve uma certeza: de que as estrelas ainda permaneciam sobre o céu, e que por algo enigmático elas ainda não haviam caído na terra, então por isso ela não devia temer os confrontos, pois se as estrelas podiam suportar tudo aquilo, ela também poderia.


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