Olá hehehe então eu queria explicar uma coisa, eu terminei meus estudos e tals, tenho um pouco de tempo, mas eu demorei porque eu tava sem idéia, e eu tô ainda, mas escrevi alguma coisa. Esse capítulo não tem nada demais, mas eh isso.
Ah e a fanfic tá perto de acabar, eu não sei quando, mas tá.
Então eh isso, mil desculpas, gente. Beijos da Luuh ✨
Boa leitura! ♡
Eu tentei prestar atenção quando ele disse "meu amor", mas a única palavra que eu conseguiu atenção foi "Joe". O nome do meu pai, por que ele falou o nome dele?
Minha cabeça pareceu girar por alguns segundos então levantei indo até a varanda enquanto ouvia a conversa.
- Tomlinson, vai embora, por favor - Carlos insistiu.
- Pra quê? Pra você mentir mais? Kim, não julgue apenas a mim, você não conhece esse cara. - ouvi sua risada e eu fechei os olhos com força.
- Senhor, eu posso chamar a polícia - Connor falou.
- Chama, seu bastardo, vai todo mundo junto, até a Kimberly, ela não é tão santa assim, não, vocês está sabendo, né?
Eu gritei de raiva e andei de volta para o cômodo onde estavam.
Se ele queria ouvir algo de mim ele iria ouvir.
- O que você quer, Louis? - gritei com ele. - Minha vida é mais fácil sem você e a sua vida é mais fácil sem mim.
- Você sabe bem que não é assim - ele riu e sentou no sofá. - Eu peguei você porque eu precisava de você e preciso de você, você sabe muito bem disso.
- Mas eu não quero ir, você vai me matar mas eu não vou. - falei alto novamente, sentindo algumas lágrimas molharem meu rosto e logo senti mãos abraçarem minha cintura. Era Connor, mas ele foi afastado bruscamente quando Louis levantou do sofá o empurrando. Connor voou pra cima dele de volta acertando seu rosto com um soco e eu e Carlos olhamos assustados.
- Chega, Connor! - Carlos gritou dessa vez, fazendo Connor sair de cima de Louis, que levantou limpando o canto da boca. - Vai embora daqui antes que as coisas piorem pra você, Tomlinson.
- Eu não vou embora, Joe! Eu não vou enquanto você não disser a verdade e eu levar a Kimberly daqui! - Louis gritou.
Do que ele está falando? Por que ele continua insistindo em chamar o Carlos de Joe?
- Alguém me explica o que está acontecendo? O nome dele é Carlos! - falei dessa vez.
- Carlos? - Louis perguntou com ironia. - Esse é um nome muito simples! Vem cá, Kim. - ele me puxou segurando meu rosto me forçando a olhar para Carlos. - Você não tá conhecendo seu pai?
Eu encarei os olhos de Carlos por alguns segundos antes do mesmo virar o rosto e meu coração começou a bater mais rápido que o normal. Parece que se formou uma cratera no chão e eu estava caindo dentro. O Carlos não era o Carlos? Era realmente meu pai ali, na minha frente? O cara que me deixou do nada deixando uma explicação de merda, mas que eu ainda amava?
- É ele, Kim. - Louis falou no meu ouvido e eu queria xinga-lo por me humilhar daquela forma, por me destruir mais. Mas eu não conseguia falar nada.
- Kimberly, me desculpa... - meu pai falou, e eu pude ver as lágrimas em seus olhos mas eu balancei a cabeça negando e tentei sair do aperto de Louis, sair dali daquele lugar. Mas quando minhas pernas tentaram sair do lugar, eu cai. Era como se algo estivesse me prendendo naquele chão.
Na mesma hora senti as mãos do Louis me levantando, e o mesmo tentou me abraçar, mas eu não deixei.
- Sai daqui, eu odeio vocês, eu odeio vocês - eu gritei chorando e me esforcei o máximo pra sair dali. Eu peguei o elevador, e antes de Louis entrar a porta se fechou e eu só pude ver ele soltando um suspiro. Talvez de alívio. Mas eu não me importava, eu só queria sair daqui.
Eu não sei quanto tempo passou desde que eu andava na rua. Não sabia que rua era aquela nem bairro, eu só estava andando. Minha cabeça estava confusa. Minha vida era confusa. Eu já imaginei que meu pai tivesse uma vida longe de mim, mas depois que eu cresci eu nunca imaginei que meu pai voltasse, pra perto de mim. Eu não chorava mais, mas meu peito ainda doía, e eu estava cansada disso, eu estava cansada de mentiras, e eu o único culpado disso era Louis. Eu tenho certeza de que eu nunca vou voltar a ter minha vida de antes, mas eu queria que eu tivesse um pouco de paz. Não era pedir muito.
- Ei, princesa - ouvi uma voz desconhecida. Eu estava numa rua escura onde só mendigos frequentavam e eu nem percebi isso. Que droga. Dei a meia volta, mas o cara que me chamou agarrou meu braço, eu não demorei dois segundos pra puxar de novo.
- Me solta, seu imundo - xinguei, antes eu nunca chamaria um morador de rua assim mas eu não estava com muita paciência no momento.
Eu tentei continuar meu caminho mas o morador de rua me puxou de novo, porém, Louis apareceu antes que ele fizesse algo.
- Larga ela - Louis falou e posicionou a arma na cabeça dele. - Vira e anda, Kimberly.
Eu suspirei e obedeci, ouvindo o tiro logo em seguida. Eu andava enquanto ouvia os passou de Louis atrás de mim. Eu estava com muita raiva dele (com raiva de tudo, na verdade), mas ele não ia embora se eu dissesse pra ir, apesar dele ter me mandado embora.
- Você tá arrependida? - ele perguntou sobre eu me arrepender quando eu quis viver minha vida depois que entramos no carro. E eu o olhei sem entender a razão para aquela pergunta.
- Qual o seu problema? Você me expulsou da sua casa! - soquei seu ombro e ele bufou.
- Mas você queria ir embora! - ele gritou de volta.
- Não! - parei. - Que merda. Você sempre estraga tudo, eu tava bem, Louis.
Coloquei minhas pernas no banco onde eu estava sentada, abracei meus joelhos e coloquei meu rosto entre os mesmos.
- Você não queria ir embora? - ele perguntou, agora mais calmo e estava suspirei.
Mas eu não queria responder agora, eu queria voltar, eu queria saber de tudo, eu queria tirar essa confusão da minha cabeça.
- Me leva lá de novo. Por favor. - pedi e ele assentiu. O mesmo tentou me ajeitar e colocar o cinto em mim mas eu bati na sua mão.
[...]
- Me diz, por que você foi embora? - perguntei para meu pai, olhando pra ele mas ele não me olhava de volta.
- É complicado... - disse ele.
- Eu não quero saber. Me diz agora ou eu vou embora.
Ele suspirou, me olhando dessa vez e disse:
- Tá bom. Eu vou falar - ele coçou sua barba e respirou findo antes de começar a falar novamente. - Eu amava muito muito a sua mãe, eu amava muito você, eu ainda te amo, eu sei que eu nunca fui um bom pai pra você e um bom esposo pra sua mãe, mas eu descobri uma coisa, que acabou comigo... - ele parou e ficou olhando para os seus dedos.
- Que coisa? - perguntei.
- A sua mãe... Eu não sei como falar isso...
- Ela era prostituta - Louis o interrompeu.
Meu sangue ferveu nesse momento. Como um assassino idiota poderia chamar minha mãe assim? Era idiotice falar assim de alguém que nem conhecia, e era hipocrisia falar assim se ele é pior. Eu não conseguia entender como eu ainda tinha sentimentos por ele.
Ele segurou minhas mãos para me parar, mas mesmo assim ainda consegui dar um soco em seu rosto. Eu consegui sair do seu aperto, e alguém entrou na minha frente. Era Connor.
- Vocês são uns nojentos mentirosos, eu...
- É verdade, Kimberly, me desculpe, mas aceite. Eu demorei para aceitar. Um dos meus erros foi te deixar. Eu estava com medo de você não ser minha filha, mas eu fiz o exame e você é realmente minha filha.
Eu estava chorando de novo. Eu não conseguia acreditar. Minha mãe, meu orgulho. Tudo isso estava caindo pelo ralo. Não, eu dá pra acreditar que minha mãe cuidou de mim assim. É ridículo julga-la. Mas eu só não conseguia aceitar, ela poderia ter me falado. Eu só conseguia chorar e pedir a Deus que aquilo fosse mentira.
- Eu... Eu não sei no que acreditar... Eu preciso sair daqui - segui em direção a porta. - Por favor, não venham atrás de mim.
E eu sai.
[...]
Eu não sabia para onde estava mas estava em alguma lugar calmo daquela cidade. Fiquei sentada em um banco qualquer em uma praça qualquer. Olhando pra lua. Eu já não estava mais chorando e minha ficha já tinha caído. Minha vida foi uma mentira o tempo todo.
Eu não conseguia entender porque tudo atrás quilo estava acontecendo comigo. Eu pensei em tudo o que eu fiz na minha vida toda, e eu não via motivo pra ter essa nova vida de merda que eu tenho agora.
Senti alguém tocar meu ombro, que no mesmo momento falou e eu reconheci sua voz. Ah, merda.
- Oh, meu Deus, Kimberly! - ela me abraçou.
Era Daisy. Tinha que ficar pior. Nota 0 pra você, Kimberly.
Eu pude ouvir ela chorar no meu ombro e eu revirei os olhos. Chora por me vê de novo, mas com certeza não esperou três meses pra ficar com meu namorado.
Ela separou o abraço que eu retribui vagamente e me olhou com os olhos cheios de lágrimas. Pff.
- Por onde você andava? - Ela perguntava, soando preocupada. - Por que você sumiu dessa maneira? Eu e Thomas chegamos a ligar pra polícia e colocar em jornais.
Eu não via nada disso, mas depois eu comecei a ver que isso tinha explicação. Eu não usava celular, não assistia TV, nem lia jornais. E eu não podia simplesmente dizer "Eu fui sequestrada", até porque eu não queria dizer isso e eu também tinha certeza que Louis ia voltar de qualquer maneira e eu não pretendia ficar com a Daisy e o Thomas de novo. Eu mudei, por mais que eu não quisesse, eu mudei de vida, e não seria fácil voltar pra minha vida anterior.
- Ahn... Eu não sei muito bem... Eu acordei numa cama de hospital e me disseram que eu fui assaltada e levei uma pancada na cabeça. Algo assim assim - menti.
- Espera... Você lembra de mim? - Daisy perguntou.
Eu olhei bem para o rosto dela. Claro que eu lembro, ela fez parte da minha vida, mas agora era hora de atuar.
- Eu lembro do seu rosto... Mas não sei bem o que eu sou pra você. Nós somos amigas, não é? - perguntei e ela sorriu me abraçando de novo.
- Sim, e você tem um namorado que gosta muito de você, ele continua pensando em você - Ela falou e e eu quis socar a cara dela. Ele ainda me espera e gosta de mim. Só falta isso ser verdade. - Mas vamos, eu vou te levar pra minha casa.
Entramos em um táxi, a Daisy conversava comigo, e eu sempre retribuía com um sorriso fraco, mas ela não reparava nisso.
Nós chegamos na casa dela depois de mais ou menos quinze minutos. Eu coloquei as mãos nos bolsos do moletom assim que entramos na casa, era a primeira vez que eu me sentia desconfortável na casa dela. Eu olhei para os lados olhando de novo aquele lugar, perfeito, tudo organizado, mas sem mudanças desde que eu "sumi".
- Vem, você vai dormir aqui hoje. Eu vou ligar para o Thomas. - Ela sorriu alegremente. Que ridícula.
- Okay... Ahn... Eu vou subir para o quarto que... Eu ficava, acho. - apontei para as escadas.
- Tudo bem.
Eu entrei no quarto e sentei na cama. Louis está demorando a vim me buscar, pensei. Eu fiquei fitando a porta, logo depois levantei da cama e fui até a janela, e vi um carro chegar, o carro de Thomas. Eu suspirei voltando a sentar na cama, esperando ele entrar e dizer o quanto me ama e quanto estava com saudade. Tudo mentira.
E como eu falei, ele entrou com aquele sorriso largo, mas o sorriso que eu não conhecia mais. Ele envolveu seus braços ao redor do meu corpo e os meus braços foram para o redor do seu pescoço. Eu precisava fingir um pouco.
- Kim, que saudade de você. Por onde você andava? - ele quase gritou no meu ouvido e eu queria revirar os olhos.
- Por aí... Eu nem sei, na verdade - eu falei forçando um sorriso enquanto separava o abraço. - A Daisy pode te explicar se quiser, eu estou muito cansada.
- Ela me falou que você meio que perdeu a memória - ele disse e eu assenti. - Eu espero que você lembre de mim... como seu namorado, você lembra?
Eu olhei para ele por alguns segundos e suspirei, coçando a cabeça.
- Olha, é complicado, como a Daisy falou pra você, eu perdi a memória e não dá pra lembrar e sentir o que eu sentia por você antes, mas... Acho que gente pode tentar de novo, ou sei lá.
Senhor, me ajuda eu vou vomitar, eu nem conheço mais esse garoto, pensei.
Ele sorriu largo e me abraçou de novo.
- Muito obrigado, Kim! Eu juro que vou ser melhor que antes! - ele falou entusiasmado.
Depois que a gente conversou um pouco ele me deixou dormir, só que na verdade eu nem consegui dormir. Eu olhei no relógio de parede, era 00h23. Levantei da cama e fui até a janela de novo, franzi as sobrancelhas vendo que o carro de Thomas continuava ali. Decidi andar pela casa pra procurar ele, e quando entrei na cozinha vi Thomas entre as pernas da Daisy enquanto se beijavam. Eu sorri de lado e andei devagar até a geladeira pra que eles não me ouvissem, mas quando eu abri eles pararam e me encaram confusos.
- Oi - falei calmamente mas eu queria tanto rir alto da reação assustada deles.
- Kimberly, eu... Eu posso explicar - Thomas falou.
- Tá, tudo bem - falei quando terminei de tomar um copo de água. De fato estava bem, no começo eu fiquei chateada, mas depois passou. Eu sou estranha. - Eu vou subir.
Eu dei de costas pra ele sem nem ao menos deixar eles falarem algo. Entrei no quarto e olhei pra janela. Me assustei ao ver alguém de baixo da árvore próxima a janela, mas logo reconheci. Era Louis. Eu fiz um sinal para que ele me esperasse e ele assentiu.
Andei rápido até a porta e tranquei a porta. Fui em direção ao guarda - roupas e tentei procurar uma folha de papel ou um lápis. Agradeci a Deus por ter achado uma caneta e uma caderno pequeno dentro da gaveta. Sentei na cama e comecei a escrever.
"Daisy,
Eu não sei bem o que dizer, eu nem tinha pensado nisso, mas eu só queria ir embora e eu fui. Me desculpe mas acho que isso aqui não é algo que eu quero mais. Eu "sumi", tive uma vida, diferente da que eu vivi, de alguma forma eu consegui aceitar que eu não vou ter mais a vida de antes e eu acho que ninguém vai conseguir mudar isso.
Eu lembro de você, eu lembro de Thomas, e hoje não foi a primeira vez que eu vi vocês se beijarem. No começo me incomodou, mas agora não importa mais porque eu me afastei de vocês, e talvez vocês começaram a gostar um do outro, então não é algo que eu possa impedir. Mas eu só quero dizer pra viverem a vida de vocês, porque eu vou tentar viver a minha de alguma maneira.
Obrigada pelos tempos bons, espero encontrar você e Thomas algum dia. Tchau.
Kimberly."
Eu arranquei o papel, coloquei sobre o criado mudo com a caneta em cima, e andei até a janela. A árvore era próxima a janela e eu aprendi a subir e descer de uma árvore. E eu desci.
Louis não estava mais debaixo da árvore, mas me esperava na esquina encostado encostado na lataria do carro. Eu corri até ele assim que o mesmo deu alguns passo a frente. Eu pulei em cima dele envolvendo minhas pernas ao redor da sua cintura e abracei seu pescoço. E ele retribuiu. Eu queria abraço-lo, e consegui. Era bom.
- Me desculpa - ele falou.
Eu desci de seu colo e ele selou meus lábios, me fazendo sorrir.
- Tudo bem.
- Pronta? - perguntou ele.
- Pronta.