A Cidade Escolar (Light Novel...

By VeraloneFore

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Após a morte daqueles que todos chamam de O Professor, um garoto se transferiu para a maior Cidade Domo de to... More

Prólogo
Parte I - 01
Parte I - 02
Parte I - 03
Parte I - 04
Parte I - 05
Parte I - 06
Parte I - 07
Parte I - 08
Parte I - 09
Parte I - 10
Parte I - 11
Parte I - 12
Parte I - 13
Parte I - 14
Parte I - 15
Parte I - 16
Parte I - 17
Parte I - Especial 01
Parte I - 18
Parte I - 19
Parte I - 20
Parte I - 21
Parte I - 22
Parte I - 23
Parte I - 24
Parte I - 25
Parte I - 26
Parte I - 27
Parte I - 28
Parte I - 29
Parte I - 30
Parte I - 31
Parte I - 32
Parte I - 33
Parte I - 34
Parte I - 35
Parte I - 36
Parte II - 01
Parte II - 02
Parte II - 03
Parte II - 04
Parte II - 05
Parte II - 06
Parte II - 07
Parte II - 08
Parte II - 09
Parte II - 10
Parte II - 11
Parte II - 12
Parte II - 13
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Parte II - 15
Parte II - 16
Parte II - 18
Parte II - 19
Parte II - 20
Parte II - 21
Parte II - 22
Parte II - 23

Parte II - 17

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By VeraloneFore

Mansão do Professor:

Como o trio havia chegado bem tarde da noite, eles estavam bastante cansados e logo foram dormir. No dia seguinte eles foram surpreendidos com um grande e belo café da manhã que os aguardava no salão de jantar.

Havia desde pães à bolos, frutas, comidas, sucos e cereais. Aquele café mais parecia ser uma celebração de uma ocasião especial, do que apenas um simples café da manhã.

Quando Arthur desceu as escadas e seguiu para o salão, Riley já estava sentado à mesa. Ele possuía uma tela digital portátil em suas mãos e parecia estar lendo alguma coisa enquanto tomava café.

- Riley, bom dia... - Arthur o saudou ainda sonolento. - Onde está a Helena?

- Ah, bom dia. - Riley o respondeu - Ela ainda não desceu, talvez ainda esteja dormindo.

- Hmm... entendo...

- Você parece cansado. Não dormiu bem?

- Não, não foi isso... - ele bocejou. - É que aquela cama é tão boa, que eu acabei dormindo por mais tempo do que devia, e agora não consigo ficar mais esperto.

- Entendo. Isso deve ser aquela coisa de querer ficar na cama o dia todo, como as pessoas dizem.

- É, eu acho que é isso aí mesmo...

Talvez por estar sonolento, ou apenas por uma falta de atenção mesmo, Arthur ainda não havia notado nada de estranho até o momento. Ele começou pegou uma xicara, e logo em seguida alguém colocou café para ele.

- Ah, obrigado - ele agradeceu sem dar muita atenção. - Hm, isso é aqui é gostoso mesmo. Poderia colocar mais um pouco, por favor.

- Como desejar, mestre.

- Obrigado - ele bebeu mais um pouco. - Hã...? Mestre...? - ele se perguntou. - Como assim mestre...?

Assim que se perguntou aquilo e olhou por cima do ombro, sua sonolência desapareceu na hora. Ao redor da mesa estavam quatro empregadas, elas mantinham uma compostura educada enquanto aguardavam por qualquer ordem ou pedido, mas agiam por conta própria quando percebiam que os garotos precisavam de alguma coisa.

Quando o garoto reparou melhor, aquele grande e espaçoso salão se parecia muito com aqueles lugares onde as garotas se vestiam de empregadas e atendiam os clientes.

Haviam diversas mesas arrumadas de forma organizada por todo o salão, e percebendo melhor, eles eram os únicos ali, o que fazia o garoto se sentir o centro das atenções, já que as empregadas estavam a redor somente da mesa deles.

Por algum motivo Arthur corou enquanto sorria de forma envergonhada.

- Eu posso acabar me apegando a esse tipo de serviço - ele comentou baixinho. - Isso aqui seria o paraíso?

- Não precisa ficar envergonhado. Essas quatro estarão a total disposição para qualquer ordem que você lhes der, por isso, se desejar alguma coisa ou precisar de algo, é só dizer a uma delas.

- S-Sim... eu farei isso...

- Ah, é mesmo. Será que alguma de vocês poderia pedir para que preparem a sala de treinamento? Eu irei precisar dela para mais tarde - Riley pediu.

- Como o senhor desejar, mestre.

A empregada que estava mais próxima ao garoto se dispôs a ir. Era uma linda mulher de cabelos douras e cacheados. Ela passava um ar de irmã mais velha que sempre cuidava de seu irmão mais novo.

- Ah, Mari? Obrigado - Riley agradeceu. - Conto com você.

A mulher fez uma mesura e em seguida se retirou do salão.

Arthur estava bastante corado. Quando a mulher se curvou para a frente antes de ir, seus volumosos seios se moveram de forma elegante, o que quase fez o garoto sangrar pelo nariz.

- Arthur, você está bem?

- Ah, sim, sim, eu estou legal.

- Hm, por algum motivo você está bem feliz essa manhã, o que houve?

- Nada. Eu apenas descobri que o paraíso realmente pode existir... ah...

Fez Arthur, quando finalmente se deu conta de algo que não havia notado até agora.

Quando finalmente olhou direito para o rosto de Riley, ele percebeu que o amigo estava muito diferente do que costumava ser. Arthur não sabia como pôr em palavras, para ele, Riley parecia estar passando mais a impressão de um garoto rico; ele estava diferente de ontem.

Talvez fossem as roupas de marca que o garoto usava. Ou talvez fossem seus cabelos arrumados, que estavam bem diferentes daquele jeito espetado que ele sempre usava.

- O que foi? - Riley perguntou um pouco constrangido. - Por que você está me encarando tanto?

Não havia dúvidas, tinha de ser aquilo. Não havia outra explicação além daquela, Arthur estava certo disso. A única explicação para que Riley parecesse tão diferente assim era o par de óculos em seu rosto.

Por causa daqueles óculos, o garoto tinha uma certa postura intelectual de alguém nobre. Ele se parecia exatamente com o estereotipo de garoto rico vindo de uma família nobre.

Riley estava bem diferente daquele garoto que estava vivendo na Cidade Escolar. Ele estava usando um suéter azul de marca e alta qualidade. Em seus cabelos haviam duas presilhas que impediam que seus cabelos lhe caíssem sobre o rosto, e em seus olhos havia um par de óculos com armações escuras.

Se as garotas da escola o vissem daquela forma, elas certamente ficariam apaixonadas por ele no mesmo instante. Até mesmo os garotos teriam de admitir que Riley estava bastante atraente com aquela aparência.

- Ei, Arthur, por que você está me encarando tanto? - Riley sorriu envergonhado. - É sério, cara, isso está começando a me deixar um pouco constrangido.

- Bom dia...

Uma voz surgiu vindo da direção da entrada do salão de jantar, quando os dois garotos olharam para lá, a figura de Helena surgiu seguindo em direção a eles.

Ela se sentou à mesa sem fazer muita cerimonia e logo foi preparando seu próprio café da manhã, mas assim que moveu seu braço para pegar o bule com chá, ela ficou estática.

- Ah... - ela fez.

Ela não havia percebido a presença de Riley ali, ou melhor, daquele Riley que estava ali. Por alguns instantes ela ficou parada o encarando, até mesmo seus óculos escorregaram um pouco em seu rosto.

- É, eu sei o que está se passando pela sua cabeça agora - Arthur comentou. - Pode apostar que sei exatamente o que você está pensando.

- É sério, o que é vocês estão encarando tanto? - Riley estava envergonhado. - Por favor, parem de me olhar dessa maneira.

- Oya, oya - Arthur colocou a mão sobre a boca. - Você viu isso, minha cara Helena? Parece que o nosso jovem mestre aqui não gosta de ser encarado.

- Sim, meu caro Arthur - Helena colocou a mão sobre a boca e soltou um risinho. - Parece que o jovem mestre aqui fica facilmente constrangido quando é encarado por muito tempo.

De repente, os dois começaram a cochichar um para o outro enquanto olhavam para Riley e davam pequenos risinhos.

- Ei, qual é a dessa conversa?! É serio, vocês estão me deixando constrangido dessa maneira.

◊◊◊

Depois que terminaram de tomar o café da manhã, Riley levou Arthur e Helena até uma área abaixo da mansão. Mas antes de deixarem a sala, algo estranho chamou a atenção do garoto, ele teve a certeza de que viu algumas frutas desaparecerem da mesa, mas após encarar por um tempo não aconteceu mais nada, então ele não deu muita bola.

- Eu não esperava que houvesse uma sala de treinamento aqui.

Arthur comentou olhando o lugar por completo. Ele seguia atrás de Riley, enquanto o garoto passava pelas grossas portas de aço. Lá havia uma sala muito ampla, cujo teto estava a vários metros do chão e as paredes eram reforçadas com 60 centímetros de aço.

- Como eu disse antes, uma certa pessoa costuma passar um tempo aqui algumas vezes. E a maior parte do tempo que ela fica aqui, ela costuma treinar para não perder a forma.

- Você fica falando dessa pessoa o tempo todo, mas nunca diz quem ela é - Helena comentou. - Eu estou começando a ficar um pouco curiosa sobre ela.

- Bem, eu realmente espero que vocês não tenham o azar de se encontrar com essa pessoa - Riley sorriu sem graça alguma. - É sério, a vida de vocês correria um grande perigo.

- Por que é que você nos trouxe aqui exatamente? - Arthur estava curioso.

- Bem, há algumas coisas que eu gostaria de aprimorar nesses três dias que ainda nos restam - Riley tirou seu suéter. - Mas antes, eu gostaria de perguntar algumas coisas.

- Sobre o quê?

- Sobre Hugo O'Connor - ele retirou seus óculos também. - Durante a minha pequena luta contra ele, eu percebi que havia uma grande diferença de poder entre nós, mas preciso entender melhor até onde vai essa diferença.

- É - Arthur confirmou. - Aquele homem está em um patamar totalmente diferente. Seja em habilidades físicas ou com Spirituali, ele é incrivelmente poderoso.

- Segundo as informações que o Sr. Cornélius reuniu sobre ele, o Segundo Assento é considerado um prodígio de sua geração - Helena ajeitou os óculos. - O que vocês pensam a respeito de Nebrissa em questão de habilidades?

- Eu acho que ela é incrível - Riley respondeu.

- Eu também concordo - disse Arthur. - Suas habilidades físicas são bem ágeis, seu estilo de luta causa bastante danos e utiliza pouca energia. Sua manipulação de Spirituali é altamente precisa e suas técnicas são muito poderosas. Ela parece dominar perfeitamente suas habilidades, mesmo sendo tão nova. Muitos a reconhecem até como um gênio.

- Exatamente - Helena levantou o indicador. - Se Nebrissa é considerada um gênio em relação as suas habilidades, Hugo O'Connor pode ser considerado um expert em relação as suas. Seus padrões estão em um nível muito diferente dos padrões normais, não é à toa que ele chegou a posição de segundo assento tão rápido.

- Antes, não importava quanto poder eu usasse, nenhum de meus golpes chegou a causar mais que alguns arranhões.

As lembranças da luta contra Hugo passaram pela cabeça de Arthur.

- Mas o que eu realmente acho bastante problemático é aquela armadura dele.

- Armadura? - Riley indagou.

- É. Quando lutei contra ele, percebi que ele podia reforçar seu corpo com Spirituali. Algo como uma armadura. Não importava de que direção eu o atacasse, ele não possuía nenhum ponto fraco.

- Uma habilidade de reforço, é? - Riley segurou seu queixo. - Eu já estudei sobre elas algumas vezes, e até onde sei, ela é capaz tornar as defesas e resistência de uma pessoa várias vezes mais forte que o normal.

- Sim, e ela parece não possuir pontos fracos.

- Não - Riley negou. - Eu não acho que seja assim.

- Hm?

- Quando eu o ataquei desprevenido da primeira vez, ele não estava usando sua armadura de reforço. Mas depois aquilo, ela pareceu ter se ativado novamente.

- O que isso quer dizer? - Helena perguntou.

- Você está dizendo que ela possui fraquezas? - Arthur indagou.

- Não, não exatamente isso. É mais como se ela possuísse pontos cegos.

- Pontos cegos?

- Sim. Você disse que quando o atacou, não importava a direção, ele sempre defendia, não é?

- Sim.

- Quando eu o ataquei, ele estava desprevenido.

- E o que isso quer dizer?

- Eu acho que ele ativa sua armadura quando pressente qualquer tipo de hostilidade ou perigo. Quando eu o ataquei, eu não estava sentindo nenhum tipo de sentimento hostil, eu apenas o ataquei sem pensar muito.

- Ah, acho que entendi - Arthur comentou. - É como uma barreira de proteção automática, ela é ativada quando algum tipo de ameaça surge próximo a ela.

- Bom, é mais ou menos algo assim.

- Então, caso lutemos contra ele, nós teremos que lidar com essa armadura antes - Helena concluiu. - Isso vai ser bem problemático depois que ele a ativar.

- Durante o baile, Hugo provavelmente vai estar alerta a qualquer coisa, já que ele está sendo procurado pela Cidade Escolar e por causa do cargo de chefe da família que está ocupando no momento - Riley explicou. - Conhecendo como as coisas funcionam em famílias assim, alguém provavelmente vai tentar usar essa oportunidade para se livrar dele, como Flamel disse. Durante o baile, ele vai estar atento a tudo, por isso, não demonstrem qualquer sentimento de hostilidade a ele.

- Hmm, entendo. Se demonstrarmos qualquer tipo de ameaça a ele e ele sentir isso, é capaz dele deixar o baile na mesma hora ou então ativar sua armadura - Helena concluiu. - Se isso acontecer, não tenho tanta certeza se seremos capazes de acertar ele com o soro de anulação.

- Exatamente.

- Certo, agora que sabemos disso, podemos prosseguir - Arthur comentou. - Riley, por que nos trouxe aqui?

- Porque quero elaborar algumas táticas e planos reservas, caso o primeiro plano falhe. Se isso acontecer, nós teremos de lutar contra ele, por isso quero estar preparado para o tipo de situação que estaremos.

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