Antonella
Depois que Pietro me deixou no quarto, tomei um banho e fui direto para cama, pensando no beijo e no que ele disse depois "...será minha esposa". Mas também para que eu fui falar que gostava de alguém, que não era meu noivo, malditas regras daquele jogo e maldito seja a minha atitude de garota certinha. Bom já era o outro dia, ou seja, um dia para o casamento, eu acordei com uma movimentação no meu quarto. Minha mãe me sacudia.
-Querida! Acorde, hoje temos um dia cheio.
Ainda estava meio atordoada com tudo aquilo, tinha muita movimentação, quando olho para o lado um lindo vestido branco com cetim de seda com detalhes em tons pastéis, e do lado um boque também de cores pastéis, sai da cama e fui para minha mala, pegar alguma roupa, acabei com um vestido comprido preto e rasteirinha, porque me parecia que aquele dia iria precisar de uma roupa confortável.
Estava sendo arrastada pela casa, quando vi que Pietro nos acompanhava e ria da minha situação, balancei a cabeça, em negação, e ele sorriu como bobo de novo. Logo lembrei do beijo, e comecei a compara-lo com outros. " Pra que você está fazendo isso? Ele é seu noivo." Mas ainda pensava em Matheus... Tinha que colocar minha cabeça em outro lugar, eu já estava confusa demais.
A primeira parada foi no spa, para fazer massagem e banhos que iriam me deixar mais atraente, relaxada e fértil (não estava muito confortável com aquela, ainda). Depois fomos para o salão de beleza testar maquiagem, cabelo, tentaram domar meu cabelo, mas não conseguiram, fazeram as unhas das mãos e dos pés, Pietro acompanhava tudo, apenas observando. Como era horário de almoço aproveitamos para ir ao lugar que prepararia o almoço de casamento, provar os alguns pratos e depois ao lugar que iria fazer os doces, (minha parte favorita) estavam sempre pedindo minha opinião.
"O que está achando Antonella?" "Você prefere carne vermelha ou branca?" "Qual é seu tipo de salada favorita?" "Prefere doces com frutas ou não?" "Um bolo clássico? Certo, mas vai querer algum detalhe, e o recheio?" E minha mãe e sogra diziam: " Escolha o que preferir". Foi ai que dei graças a Deus que Pietro estava ali, me ajudando com tudo, e dando sua opinião, e sendo um apoio, era bom fazer aquilo acompanhada com alguém, que estava considerando um amigo.
Já de tarde fomos a floricultura e a loja de decoração, e foi a mesma ladainha: "Qual a sua preferencia de flor?" " Como vai querer o vaso de centro de mesa?" "Qual vai ser o tipo de dobradura dos guardanapos ?" Na hora que ouvi isso pensei "Sério?" e mais uma vez, Pietro me salvou quando estava atolada de perguntas.
Eu já estava caindo de cansada, o último lugar que passamos foi a loja de lembrancinhas para o casamento, deixei essa parte para minha mãe e minha sogra escolherem, enquanto descansava, em uma praça próxima.
-Cansada?- Vejo Pietro se aproximando e me dando um garrafa de água, eu aceite, tomei um gole.
-Sim, minha cabeça está girando de tantas perguntas.
-Está, tudo bem, essa é a última parada.
-Obrigada...
-Pelo que?
-Por tudo, por me salvar quando estava enrolada naquelas perguntas, e pela água.- Sorri, em agradecimento.
-*Sorriso bobo* Tudo bem, o casamento também é meu afinal.
-Sim...- O sorriso dele era...Bonito...
Quando finalmente voltamos para casa no horário da janta, e eu não queria comer, e também não queria dormir, queria sentar em algum lugar calmo, ler algo e ouvir uma música. Fui até meu quarto, pequei o livro, Os Lusíadas, meu celular e os fones de ouvido, desci até a estufa, acho que não iriam se importar se ficasse lá por um tempo. Me sentei no balanço, coloquei uma música e comecei a ler, perdendo completamente a noção de horário, mas acho que passei entre duas ou três horas ali. Sim, me perco do mundo, com a leitura muito fácil.
-*Estalar de dedos* Antonella, acorde.- Desvio o olhar do livro e vejo Pietro.
-Ah! Desculpe, acho que acabei lendo demais.- Pisco, saindo da minha hipinose, e fechando o livro.
-Gosta de ler?-Ele perguntou sentando do meu lado.
-Muito, me perco muito fácil na leitura, gosto de ler qualquer coisa, mas prefiro as fantasias, aventura e ação.
-É mesmo? Por que?
-Justamente porque elas nos tiram da realidade monótona e chata.
-Humm... Falando em realidade, sua mãe e a minha mãe estão te procurando e pediram minha ajuda.
-É, pra que elas me querem?-Perguntei com um pouco de medo da resposta, já sabia que seria algo relacionado com o casamento.
-O vestido.
-O vestido?- Falei sem acreditar, perguntando para ver se o que ele disse era realidade mesmo.
-O vestido!- Ele confirmou.
-Ahhhhhh! Eu só quero não pensar nesse casamento mais, que saco.- Vish! Será que o ofendi.-Desculpe, não é como se...-Eu não sabia que desculpa dar, acabei calando a boca.
-Olha... Eu sei que casar com um completo estranho não é a melhor coisa do mundo. -Ele começou a se aproximar. - Mas posso te contar uma coisa?- Confirmei com a cabeça.- Desde o primeiro dia que recebi sua foto, me apaixonei.
Ele...Ele...O que? Sempre foi apaixonado por mim, por isso daquele beijo tão apaixonada, com tanto desejo, eu o olhava, sem saber o que falar, para aqueles olhos verdes que me hipnotizaram, os primeiros que fizeram isso. Logo senti um doçura na minha boca, era a boca dele, me roubando um beijo doce, que se tornou sugestivo e provocador em alguns instantes, com ele invadindo minha boca, eu nunca tinha recebido um beijo daqueles, sem perceber, entrelacei meus braços ao redor do pescoço dele, deixando-o explorar minha boca.
Pietro
Acordei um pouco mais tarde hoje, estava sonhando com Antonella, de novo.
*Batidas na porta*
Me levanto da cama, saindo do meu maravilhoso sonho com o meu pai abrindo a porta.
-E ai? Sonhando com a noiva?- Meu pai entra ao me ver levanta do cama abruptamente.
-Como adivinhou?
-Como será? Ela é uma mulher bonita, educada, não tem como evitar. Bem hoje é seu último dia de solteiro, e vai passar o dia fazendo as compras com as mulheres, tem certeza?
-Sim, quero acompanhar tudo.
-Entendi, mas você sabe...
-Não posso ver o vertido, nem a noiva com o vestido, porque dá azar.
-Isso ai.- Fez um positivo como dedão e eu retribui.
-Pai... Como foi com você e a mamãe?-Ele pensou um pouco.
-Eu conheci sua mãe em uma das minhas viagens. Estava na Toscana, e ela era filha dos donos da hotelaria que iria ficar. Por sorte ela já sabia o que nossa família faz, não precisei explicar, percebi que ela ficava meio se jeito perto de mim, e aos poucos fui atraído pelo seu sorriso, diferente de muitas mulheres que conheci e me relacionei, ela era alegre e esperta. Ela me ajudou muito na administração tanto da fazenda quanto dos "negócios".
-Humm... Quero que meu casamento seja assim.
-Filho, não vai ser assim, vai ser melhor.
-Mas Antonella só sabe da fazenda, e eu não vou conseguir esconder os "negócios" dela por muito tempo.
-Ela vai entender, isso pode demorar, por causa das famílias desoneradas, mas ela vai entender. E para aceitar melhor, ela primeiro tem que se apaixonar por você, por que assim vai te ouvir.
-Ok, obrigado, pai.
-Sem problema.
Ele saiu do quarto e me deixou com meus pensamentos, eu me arrumei e desci para tomar café da manhã, quando vejo Antonella sendo arrastada pela minha mãe e minha sogra, que estavam muito animadas. Encontro meu sogro, também olhando aquela cena, e depois voltando os olhos para o jornal e bebendo um xícara de café.
-O que deu nelas?- Disse me aproximando.
-O casamento rapaz, deixa qualquer mulher louca, principalmente a aquelas que estão mais próximas da noiva, e...bem... faltando um dia para o casamento. Acho melhor você se apressar, se não vão te deixar para trás.
-Ah! Sim... Até logo.
Sai correndo atrás delas, vi Antonella com cara de tédio, misturado com sono, e não aguentei, tive que rir daquilo, e principalmente porque ela não estava mais escondendo seus sentimentos, pelo menos para mim. Infelizmente, não pude acompanhar Antonella nas seções de spa, mas pude fazer massagens relaxantes. Depois de vários paradas, e várias perguntas terminamos o dia. Eu fui jantar, e depois descansar um pouco, quando vi minha mãe e minha sogra correndo feito loucas pela casa.
-O que...?
-Filho!- Minha mãe agarrou meus ombros.- Você viu Antonella? Precisamos ajustar o vestido.
- N-n-não.- Disse sem jeito.-Mas posso ajudar a procurar.
-SIM! Por favor!
Já tinha uma ideia de onde ela estava, na estufa, fui até lá, e a vi tão concentrada no Lusíadas, que nem percebeu uma aproximação, tinha que chamar a atenção dela, estalei os dedos várias vezes até ela finalmente olhar.
-Antonella, acorde.
-Ah! Desculpe, acho que acabei lendo demais.- Piscando aqueles olhos lindos.
-Gosta de ler?
-Muito, me perco muito fácil na leitura, gosto de ler qualquer coisa, mas prefiro as fantasias, aventura e ação.- Os mesmo que eu.
-É mesmo? Por que?
-Justamente porque elas nos tiram da realidade monótona e chata.- É eu também acho.
-Humm... Falando em realidade, sua mãe e a minha mãe estão te procurando e pediram minha ajuda.
-É, pra que elas me querem?- Ela parecia com medo da resposta.
-O vestido.
-O vestido?
-O vestido!
-Ahhhhhh! Eu só quero não pensar nesse casamento mais, que saco. Desculpe, não é como se...- Falou sem jeito, mas eu entendi o que estava querendo dizer, eu também estava um pouco assustado, só que minha ansiedade, superava isso.
-Olha. Eu sei que casar com um completo estranho não é a melhor coisa do mundo. Mas posso te contar uma coisa?- Estava preparado para me declarar, queria que ela soubesse o que senti todo esse tempo.- Desde o primeiro dia que recebi sua foto me apaixonei.
Logo a beijei docemente sua boca, eu roubava aquele beijo dela, que se tornou sugestivo e provocante, invadia a boca dela, deixando claro o que estava sentindo que era desejo de ter ela do meu lado, com canto do olho vi minha mãe e minha sogra presenciando aquela cena, e eu nem me importei, ela entrelaçou seus braços ao redor do meu pescoço, deixando-me explorar toda a boca dela, mas eu estava me segurando ainda.
Continua...