- Você tem alguma outra roupa? Tem com ficar aqui?
Louis pergunta. Estávamos ainda no sofá, deitados juntos e assistindo qualquer coisa na televisão.
- Tenho uma. - encaro-o. - O que é totalmente contraditório com o surto que eu tive colocando várias roupas numa mala antes de vir pra cá.
Ele acaba rindo e beija minha testa.
- Sobre ficar... Não sei, Lou. Digo, não é como se eu realmente tivesse onde ficar, além do mais... Não seria justo com você.
- Hey, está tudo bem. - ele responde. - Eu sei que disse que precisava pensar, mas não quero ficar longe de você agora, Mary, não nessa semana. Sei como é para você.
Franzo a testa. Essa semana?
Como um lembrete atrasado, arregalo os olhos, sentindo-me imensamente mal.
- Eu esqueci. - sussurro. - É no fim dessa semana. Como eu esqueci?
- Mary... Está tudo bem. Eu estou aqui, ok? Vou ficar com você o tempo todo, por isso que quero que fique aqui essa semana. Tudo bem?
Assinto. Não é como se eu conseguisse falar, ou fazer alguma coisa. Com tudo que aconteceu, eu esqueci da morte de meu pai, e eu não me perdoaria tão cedo.
[ ... ]
- Hey, mãe. E todos os barulhos de fundo. - acabo rindo.
E ouço risadas, também. Era de se esperar que minha mãe não ligasse sozinha.
- Oi, querida. Está tudo bem?
- Sim. - olho para Louis, que comia algo que eu havia comprado mais cedo. - Agora está.
- Queremos ouvir tudo?
- Na verdade, não. - rio. - Não tudo.
- Uh, Mary... Eu preciso perguntar, filha. Como você vai fazer? Digo, você saiu daqui com pouca coisa, e...
- Não sei. - suspiro. - Louis disse que posso ficar até... Você sabe. Mas não tenho certeza, não queria te deixar sozinha.
Meus amigos falam algo entre si, ou foi minha mãe pensando alto, não sei. Porque nessa hora, Louis aparece atrás de mim e abraça-me, tirando minha concentração.
Sorrio, recebendo um delicado beijo na bochecha.
- Diz pra ela vir também. - ele sussurra.
- Sério? - o moreno assente. Sorrio. - Obrigada.
O resto da chamada foi mais longo do que imaginei. Convencer minha mãe de vir aqui foi fácil, entretanto. Convencer meus amigos a ficarem quietos e pararem de fazer graça é que foi difícil.
- Ok, ideia louca. Topa?
Louis propõe, assim que desço as escadas.
- O que é?
- Confia em mim?
Sorrio de lado. - Não sei... Eu deveria?
Ele puxa-me plea cintura. - Ah, eu acho que sim. - diz, baixinho. - Vamos, vai ser legal...
Acabo cedendo. - Ok, mas só se você pedir do jeito certo.
Louis levanta a sobrancelha, desafiado. Ele sorri, e junta seus lábios nos meus, tornando tudo mais perfeito ainda.
E disso eu nunca mais esqueceria.
[ ... ]
Também nunca mais esqueceria o que veio depois. Porque o ser iluminado quis trazer-me para a casa de sua família.
Já era a segunda vez. A segunda vez que Louis fazia-me falar com sua família normalmente depois de uma noite juntos. Primeiro no meu aniversário, depois agora – o que já é bem pior só pela situação si.
Qual é, ele ainda não aprendeu que sou envergonhada?
- Mary, se acalma. - ele ri, mas não mostro expressão. - Vai ficar tudo bem?
- Tudo bem? - exclamo, ainda num tom de sussurro. - Elas devem me odiar!
- Elas nunca te odiariam, está mais fácil eu ser o odiado aqui. - ele aperta minha mão, e dá um beijo na mesma. - Fica tranquila, ok?
Tento sorrir, mas a preocupação continua a mesma quando ele toca a campainha.
Como esperado, ouço vozes antes da porta abrir. Algo mais como uma discussão sobre quem seria a azarada da vez para abrir a porta.
Isso acaba me acalmando, indiretamente.
- "Se é o seu namorado e você está me fazendo levantar do sofá pra isso, eu te mat...
A voz de Fizzy falha quando vê o irmão. Não acho que me percebeu ali, de qualquer modo. Mas tudo bem, porque a cena foi maravilhosa de se ver.
A garota primeiro o abraça forte. Depois de alguns segundos, ela o encara, sorri, e dá um tapa no braço de Louis.
- Quem você pensa que é para preocupar todo mundo assim? - exclama. - Nunca mais faça isso, entendeu?!
Ele apenas ri, abraçando-a novamente, enquanto Felicite finge estar brava.
Finalmente, então, ela me vê.
- Ah, Mary! - agora era minha vez de ganhar uma abraço dela. Sorrio. - Mil desculpas, eu não a vi.
- Sem problemas. - rio, junto com ela.
- Vem, entrem logo.
Como sempre, mesmo com tantas pessoas morando numa mesma casa, ela estava perfeitamente arrumada.
Dan e Johannah estavam logo atrás da morena, então acabam falando conosco em primeiro lugar também.
- É o Tommy? Meninas, vamos logo...
Lottie aparecia na escada com um rímel na mão, claramente no meio de uma maquiagem, o que para ela não é nada difícil, com a habilidade que essa menina tem.
Assim que vê o irmão, ela não pensa duas vezes em correr até ele. Por mais incrível que pareça, ela não liga ao deixar cair a máscara para cílios no chão, e acaba empolgando-se no abraço que dá em Louis, pulando nele.
- Uh, ok, você não tem mais dez anos. - ele diz, e ambos riem.
- Atender seu celular é bom, sabia? Não é porque ficou famoso que tem que ignorar a família. - e mais uma vez, Louis recebe um tapa no braço. Não aguento e começo a rir.
- Mary! - a loira abraça-me logo em seguida. - Sei que foi você, então obrigada por tirar ele de lá.
Ela sussurrou em meu ouvido, então faço o mesmo com ela.
- Não foi nada, era o mínimo que eu poderia fazer, já que...
- Não. - Lottie interrompe-me. - Você faz demais por ele, Mary. Não se culpe assim, ok? De longe dá pra ver o quanto vocês se amam.
Sorrio.
- Apressar você sabe né, agora chamar pras coisas importantes...
As gêmeas, que haviam descido provavelmente enquanto eu falava com Charlotte, abraçavam Louis agora.
Depois de receberem uma língua para fora da irmã, vêm falar comigo. - Sentimos sua falta, todo mundo sentiu.
- Eu também fiquei com saudades, meninas. - sorrio. - Mas... Nós chegamos no meio de algo? Vocês estão todos arrumados...
- Ah, não! - elas riem. Jay começa. - As meninas queriam levar Doris e Ernest para um parque aqui perto, passear um pouco, e dar um descanso para nós dois.
- Vocês querem ir com a gente? - pergunta Daisy, empolgada.
Ao olhar para Louis, com a mesma cara que a irmã fazia, não consegui dizer não.
Lottie então explicou que só precisávamos esperar seu namorado, o tal Tommy que ela chamava ao descer as escadas, porque ele iria junto. No caso, tivemos que usar o carro de Louis também, porque aquele tanto de gente – mesmo com Tommy tendo um carro espaçoso – não caberia em um veículo só.
Para falar a verdade, o que aquelas duas crianças tem de lindas, elas têm de energia. Nunca vi alguém brincar com tanto pique que nem aqueles dois.
Daisy e Phoebe acabaram encarregadas de correr atrás deles, mas eu participei um pouco também. A alegria que eles traziam era incrível.
Uma hora, porém, elas quiseram tirar algumas fotos, e concordei.
- Mas, gente... - entretanto, Louis começara. - Vocês poderiam, uh, não postar por enquanto?
- Por quê? - indaga Fizzy.
- Ninguém sabe ainda sobre Mary e... E por hoje eu queria continuar assim, só entre nós. Por favor.
Ela acabaram concordando. E Louis veio falar comigo sobre isso mais tarde, pensado que eu estivesse chateada. Foram longos minutos fazendo-o entender que eu sabia o que dizer algo para a mídia significava, e que eu entendia seu lado.
Porque privacidade não era algo facilmente alcançado numa relação que todos sabem sobre.
Tirando nossos pensamentos um pouco sobre isso, as meninas nos fizeram posar para fotos com Tommy e Lottie, porque agora queria fotos de casais – lê-se estavam cansadas demais e queriam apenas tirar as fotos.
Mas o que a gente não sabia, e o que pretendo lembrar sempre daqui pra frente, é que aquelas garotas nunca sairiam despreparadas.
Tirando um kit de maquiagem da bolsa que trouxeram, Phoebe pedia alegremente para fazermos mais algumas fotos, e entro no clima.
Deixei elas fazerem algo em mim, e acabei passando uma coisa aqui e outra ali nas irmãs de Louis, mas a melhor parte ainda estava por vir.
- Nem pensar. - os dois disseram ao mesmo tempo.
- Nós nem falamos nada. - diz Felicite, e as gêmeas dão risada, arrumando até os mais novinhos.
- Mas pensaram. - Louis aponta. - E nada de bom sai dessas mentes diabólicas.
- Você confia em mim?
- Não sei... Eu deveria?
Sorrio. É claro que não.
Assim como o namorado da loira, Louis estava maravilhoso. Maravilhosamente ilário.
Ele pede um espelho, e acabo soltando um risinho antes da hora.
- Você tinha razão. - ele franze as sobrancelhas. - Não deveria ter confiado.
Louis, assim que olha seu reflexo no espelho tenta me pegar, mas saio correndo, rindo.
O moreno vem atrás de mim, e obviamente sendo mais rápido, alcança-me em pouco tempo, segurando-me pela cintura e me fazendo girar antes de pararmos de rir.
Mesmo com o batom que passei nele, Louis me beija, provocando um sorriso meu no meio disso.
Ao voltarmos para onde sua família estava, Lottie nos chama.
- Olha isso, ficou muito bom... - ela traz o celular até nós, mostrando o pequeno vídeo de Louis perseguido e me segurando. De fato, tinha ficado muito bom.
Antes de Louis falar qualquer coisa, ela já completava. - Eu sei, eu sei. Não vou postar. Salvo e descarto, tudo bem?
Sorrio levemente.
O resto da tarde foi incrível. Fazia tanto tempo que não passava uma tarde tranquila assim.
Logo que voltamos, fiquei ainda um tempo na casa de sua família, com direito a várias histórias vergonhosas de todos durante as longas conversas que tivemos.
- Uh, gente... - a garota mais velha entra na cozinha. - Tenho novidades. - ela hesita. - Lembra quando eu disse que iria salvar e descartar o vídeo? Eu posso, acidentalmente, ter clicado em postar.
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Eu falei que teria cenas fofas? Se não falei, então vai ter de monte.
Gente do céu, que confusão é essa nesse país? Eu hein, credo...
Falando em confusão, e trocando totalmente de assunto, como Liam Payne me coloca 1D na letra de strip that down? Vocês viram? Pq eu não entendi nada, sério. Vamos ver o que vai dar né...
Bom, acho que por hoje é só. Estamos já nos capítulos "40" da fic, que vai até 63 no MÁXIMO. Então, queria deixar registrado desde já que quando eu acabar Return, vou revisar pela segunda vez a primeira temporada e depois de um tempo essa aqui, ou seja, não se assustem se verem várias notificações minhas.
Por hoje é só amores, então leiam e se gostarem votem e comentem ❤️;)